CALMANTES COM CHAMPAGNE
Imitação Tosca de Um Blog -
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Marcelo Costa
31/12/2005 - 14h49
Estou de ressaca. Vamos conversar amanhã? Ok. Feliz ano novo,
viu. :)
30/12/2005 - 21h40
Após dois dias "família", com comadre e a afilhada mais linda
do mundo perdidas entre tantos CDs, DVDs e livros na minha
casa (e com direito a Playcenter nesta sexta-feira), estou
de volta sorrindo, muito. Acabado, mas feliz de corpo e alma.
Vou ficar por aqui mesmo neste reveillon, com os amigos queridos
de sempre. A gente se esbarra na madrugada, com certeza. E
com cerveja!
No mais, a batalhadora revista Rock Press estréia seu site
e já coloca de cara as listas de amigos e colaboradores com
os melhores de 2005. A lista da Rock Press é mais extensa
- e divertida - do que as outras que a gente vê por ai. Lá
você poderá descobrir em quem eu votei no quesito "Troféu
Exagero 2005", "Maior Gafe do ano", e "Pessoa
mais querida do mundo". Confira a lista completa aqui.
No mais, a votação S&Y começa a chegar na reta final. O disco
do ano internacional é barbada. Já os sete melhores discos
nacionais já estão definidos. Só é preciso descobrir quem
ficará em primeiro e quem ficará em sétimo!!! 59 pessoas já
votaram. Devem chegar por aqui mais uns 21 votos nos próximos
sete dias. Talvez mais. E de quem será o Melhor Show Internacional
de 2005? Uma banda já abriu quatro votos da segunda colocada.
Ela tem 18 votos e tocou em três capitais, enquanto o segundo
colocado só tocou em duas capitais e computa 14 votos. O segundo
tem apenas um voto na frente do terceiro lugar, que é uma
banda que só fez UM show no país.
A gente conversa amanhã, ok. (risos)
29/12/2005 - 09h09
Anota ai: jurupinga. Bebi pacas ontem, e não estou de ressaca.
Aprovado, Cá.
O site Speculum publica a lista de Melhores do Ano, e eu fiz
parte do corpo de votantes. Dá uma conferida no resultado
final que é bem legal. Aqui.
O amigo André Mansur, do site Sobrecarga, também coletou votos
de uma porção de gente bacana (Inagaki, Dapieve, Alex Antunes,
Lúcio Ribeiro, eu, o rapper De Leve, Ricardo Schott, Nervoso,
entre muitos outros) e publicou aqui.
Saiu no jornal O Povo, de Salvador, uma listagem de
melhores da qual também dei uns pitacos. Na versão online
estão minhas dicas de DVD. Confere.
28/12/2005 - 00h01
Descobri esta manhã que o pão e o bacon estavam vencidos.
Droga, não posso comprar muita coisa que não sinto fome em
casa. Só sede. A cerveja, a coca-cola e o gatorade se revezam
bem. O resto. Ah, os danones estão nos últimos dias...
Como é foda esse disco ao vivo do Wilco, como é foda.
Estou alternando música com leitura e filmes de Woody Allen.
Até escrevi um textinho sobre o Allen hoje. Leia.
Eu devia isso para ele. Ou melhor, ainda continua devendo.
Mas eu precisava escrever. Bem, Carmen, a biografia
de Carmen Miranda assinada por Ruy Castro, tem me divertido
muito. E já comprei o meu Reações Psicóticas, o badalado
livrinho do Lester Bangs que a Conrad acaba de jogar nas prateleiras.
Fiquei bem feliz que recebi um pacote que eu tinha comprado
em uma dessas lojas de usados gringas. Entre eles estava o
Free All Angels, do Ash, versão dupla, com DVD. Um
luxo. Ainda não é a versão francesa que um amigo meu tem,
e que eu namoro, com um CD bônus de b-sides que inclui umas
versões acústicas de Burn Baby Burn e Shining Light
além de uma versão francesa da baladaça Candy, mas
mesmo assim fiquei comemorando a nova aquisição. Ah, no pacote
também tinha a edição com DVD do último álbum do senhor Johnny
Cash, com o clipe de Hurt no DVD bônus.
Vou começar o "Clube S&Y de DVD" por aqui, ok. É
bem simples. São dois filmes: o Tarantino de primeira hora
Amor à Queima Roupa e o pesado Cronicamente Inviável.
Quer ver algum deles? Escreve para screamyell@screamyell.com.br
me passando endereço, telefone, nome completo, orkut, CPF
e blá blá blá. Vai funcionar da seguinte forma, e na confiança
mesmo. Vou mandar o DVD por correio para a pessoa número 1
da lista. Ela recebe em casa, assiste, e se compromete a enviar
para a pessoa número 2. E daí por diante. Todos os dados são
confidenciais e eu vou me manter em contato com a pessoa que
está assistindo e com a que vai assistir, passando o endereço
para onde o DVD deverá ir na semana seguinte. Gostaria muito
que essa "brincadeira" desse certo. E que a gente conseguisse
fazer uma rede de amigos legal vendo filmes legais. Vou montar
uma página especial com tudo isso, mas os leitores deste espaço
já pode ir escrevendo para o e-mail lá em cima e ir montando
uma filinha na locadora S&Y. Me escreve, diz o filme, e passa
os dados, ok.
Aliás, João, me escreve também, please. Perdi
seu e-mail e endereço. Tô com um pacote destinando à
avenida Sapopemba, e só lembro disso... risos
Ah, mais de 50 votos já chegaram para os Melhores do Ano do
S&Y. E algumas coisas começam a me surpreender... Já no Orkut
(vota
lá), Franz passou Foo Fighters, Violins continua liderando,
Sin City 'dispara' como melhor filme e Arcade Fire
e Pearl Jam empatam no quesito melhor show. Ah: Funeral,
do Arcade Fire, é de 2004.
26/12/2005 - 19h23
"Ars Longa, Vita Brevis". Eu estava com uma saudade danada
dos discos da banda mineira Último Número, que apareceram
em MP3 por aqui. Os tenho em vinil desde sempre, mas criei
o péssimo hábito de deixar dezenas de CDs sobre o toca-discos.
Pra ouvir algo é o maior trampo... bom ouvir Desintoxicação
de novo...
O natal veio. O natal foi. E sabe que não foi tão ruim. Computando,
acho que nas últimas sete noites eu bebi uma média de 3 litros
e meio de cerveja por noite, dez latinhas, +ou-. Ok, no domingão
eu acordei às 16h e não quis saber de nada. Ou melhor, até
quis: uma lasanha ótima, uma salada básica de alface+tomate+cebola
e uma cerveja preta de saideira. No domingo foram só 355ml.
No mais, teve dobradinha de Woody Allen salvando a minha vida
da mesma forma que Groucho Marx salva a vida do personagem
de Allen em Hannah e Suas Irmãs. E os filmes me inspiraram
a finalmente desancalhar meu texto sobre o cinema do meu diretor
preferido em todos os tempos. Teve também balada na "casa
divertida" com amigos, o disco ao vivo do Wilco no último
volume detonando o meu ap (meu deus, o que é aquela versão
de Misunderstood) e fazendo eu sentir tudo aquilo que
eu não senti no A Ghost Is Born. E também teve Broken
Social Scene e Black Rebel Motorcycle Club.
A semana começou leve por aqui. Estou leve. Quanto tempo vai
durar?
Pausa nos porres por cinco dias? Topa?
24/12/2005 - 11h37
Bom dia, caro leitor. E bom natal. Ali pelas duas da manhã,
já meio de porre, caminhando pela avenida Paulista, comecei
a questionar o sentido da vida, os valores do mundo, filosofia
de bêbado, entende. Nisso passa um carro em alta velocidade,
e uma menina coloca a cabeça para fora e grita: "Jesus te
ama". Bem, ok, eu queria que uma outra pessoa também me amasse
como Jesus me ama, a ponto de ser crucificado pelos meus pecados
(Patti Smith, ao contrário de você, eu sou um pecador), mas
hoje é dia de natal, o cara está nascendo e não dá para ficar
chorando na manjedoura, né. Mesmo assim durmi com pensamentos
confusos. Acordei e fui avisar minha mãe que não estava muito
afim de ver a família toda, queria me resguardar no meu canto,
e após vinte e oito minutos de sábias palavras maternas, cá
estou eu de olhos molhados, amando essa mulher a que eu chamo
de mãe mais do que tudo na vida, e entendendo que 2006 está
nascendo, novinho em folha, e que muita coisa boa irá acontecer
para todos nós neste ano que começa. Agradeço pela família
que eu tenho, pelos amigos que cuidam muito bem de mim, e
pela sanidade que não me abandona mesmo nas horas mais complicadas.
E agradeço a você, caro leitor, pois uma parte de mim exposta
aqui me fez entender muito tudo que vinha acontecendo na minha
vida bagunçada. "Ter" que atualizar o S&Y é uma obrigação
que me orgulho muito, e não faço isso apenas por mim. Faço
por você. Faço por nós. Um natal funcking special. Hoje tem
balada pós-ceia, viu! :o)
Ahhh, o Jorge Wagner acabou de postar na comuna S&Y no Orkut
um link para baixar o sensacional Howl, do Black Rebel
Motorcycle Club. Tudo explicado abaixo:
http://audiofind.ru/artist.phtml?id=1802&album=24411#1
Clique no nome da música, aí na tela em que vai aparecer,
terá algo como
< ????????? ? mp3fond.com >
botão direito, salvar destino como.
mas não demorem a baixar, porque pode sair do ar em breve.
E eu esqueci de falar que a minha geladeira acabou de ganhar
seis imãs: uma foto da Angelina Jolie, Fight Club,
Casablanca, Beatles Abbey Road, Brahma, e um
dos Simpsons com o Homer
durmindo com uma latinha da cerveja sobre a barriga. Cool.
23/12/2005 - 13h09
Mais uma dica de presente bacana de natal: o Walverdes está
vendendo pacotes especiais com a dobradinha Anticontrole
e Playback mais bottons e adesivo, tudo por R$ 29,00
com o correio incluso. Dá uma olhada no blog dos caras. Aqui.
Bem, tá mais do que na cara de que tenho vivido dias complicados,
né. Não esquenta, tudo se ajeita, sempre. E uma das coisas
mais legais que acontecem nesses dias cinzas em que ando me
achando um lixo, que a moral está lá embaixo, que começo a
ter dúvidas das coisas em que mais acredito, aparecem umas
confirmações legais de que ao menos eu estou em um caminho
certo. Neste ponto se encaixa um mail da Renata, que está
escrevendo uma tese sobre a Fernanda Young, e pediu autorização
para usar a entrevista que fiz com a Fernanda quatro anos
atrás. Lembro que, na época, o amigo André Takeda gostou muito
do papo. E fui reler. E, putz, eu gosto de fazer isso, sabe.
Conversar, entrevistar, descobrir pequenas coisas. Tenho que
melhorar muito, mas muuuuuito mesmo. Mas gosto do que faço.
Os papos seguem abaixo, abrindo com a conversa que tive com
o parceiro Jonas Lopes, e que ele publicou em seu próprio
site, o Yer Blues. Assino embaixo de tudo que está escrito
ali. No mais, o papo com a Fernanda Young, com Ian McCulloch,
com André Takeda (que ficou excelente e, pasmen, foi feito
por mail devido a um contratempo de horários), com Guilherme
Weber (feita também por mail. A primeira entrevista foi feita
nos camarins do Teatro do Sesi, na Paulista) e mais Walverdes,
CSS...
Jonas
Lopes entrevista Marcelo Costa
Entrevista com
Fernanda Young
Entrevista
com Ian McCulloch
Entrevista com André
Takeda
Entrevista com Guilherme Weber
Entrevista com
Mini e Marcos, Walverdes
Entrevista
com Adriano Cintra, CSS
No mais, apesar das coisas não estarem bem por aqui, é natal,
e o natal é uma data especial e blá blá. Devo aparecer por
aqui nos próximos dois dias, então nos falamos.
21/12/2005 - 13h53
Será que 2005 poderia acabar hoje e amanhã já ser dia 10 de
janeiro?
Bem, 36 votos já chegaram para o Melhores do Ano do S&Y, o
que já é metade dos dois especiais anteriores. Por enquanto,
barbada mesmo só disco internacional. O resto está embolado.
Em show internacional, por exemplo, seis shows estão empatados
em primeiro lugar com 9 votos.
Na verdade, o legal dessas votações é que as listas sempre
destacam alguém que deixamos passar desapercebido. Por exemplo:
no ano passado foi Arcade Fire e Devendra Banhart. Neste ano,
nomes como Antony and the Johnsons e Clap Your Hands and Say
Yeah começam a se destacar. Além da votação também dar uma
chacoalhada na memória. Quando ouvi Get Behind Me Satan,
dos Stripes, achei o disco bacaninha e só. Agora, o single
My Doorbell começa a se destacar, e fui reouvi-la,
e não é que é um puta música legal! Mais: o clipe é divertidissimo:
"Call the kids! Jack and Meg perform a matinee show for some
little rascals". Assista!
Assista também o de The
Denail Twist, em plano seqüência e bem bacana!
20/12/2005 - 15h10
Um presentinho bacaninha e baratinho de natal: o DVD Buena
Vista Social Club, filme dirigido por Win Wenders, está
sendo vendido nas lojas Americanas por R$ 9,90. Vale, vale,
vale. Vale mais, mas se eles querem vender por R$ 9,90 não
somos nós que vamos reclamar. O filme conta um pouco da história
de alguns nomes importantes da música cubana. As imagens do
show são entremeadas a imagens belíssimas da cidade de Havana,
marcada pelo tempo e pelo embargo norte-americano, mas imponente
em honra e beleza. Um filme para se assistir dançando na sala.
19/12/2005 - 18h49
Oiê. Tem alguém ai? Bem, ando muito mais reflexivo do que
o normal. Acho que é a proximidade do fim do ano, época em
que faço meus balanços pessoais e, bem, 2005 foi um ano excelente,
mas caótico para mim. Ainda estou tentando acertar meus ponteiros,
estou arrumando a casa. Logo te convido para um almoço, ou
ao menos conto pra você o que eu andei fazendo na cozinha.
Quero aprender coisas! :)~
O que eu fiz nos últimos cinco dias, o que eu fiz nos últimos
cinco dias? Bem, vi filmes: o soberbo Amor à Flor da Pele
e o fraco Os Amantes numa Mostra de cinema erótico
no CCBB. Em DVD, muito humor negro: Sin City (um dos
filmes do ano) e Delicatessen. Dormi um pouco neste
último, mas a história é bem interessante. Esbarrei no fofo
Escrito Nas Estrelas na Globo e no MIB:2 na
AXN. Falando em MIB:2, revi Teoria da Conspiração
por esses dias. E por mais que MIB tenha um q de absurdo,
é genial imaginar que nossa galáxia é apenas uma portinha
de um guarda-volumes interplanetário. Coisas para se ficar
pensando, ainda mais se lembrarmos do amigo Alexandre Inagaki:
"Pensar enlouquece. Pense nisso".
Também vi shows: O bom trio Zefirina Bomba em uma noite de
sexta regada a cerveja e pessoas especiais na Funhouse e mais
Los Pirata e Ludov no Projeto 2em1, no domingo, com duas dezenas
de músicas colocadas por mim rolando na discotecagem, choro
teen no Ludov e muitas músicas novas (e muito boas) no show
do Los Pirata. Uma frase (ou um refrão): "Elvis esta muerto,
pero Jesus ressucitou".
Além disso tudo teve cerveja em doses acima do permitido na
quinta e na sexta, e muito descaso e dengo no sábado e domingo.
E uma segunda leeeeeeenta...
Boa dica da queridissima Juliana Zambelo: o cantor Mark Lanegan
lança um EP em parceria com a ex-Belle & Sebastian Isobel
Campbell. É possivel ouvir uma música no site Fim do Mundo
e pegar o nome das outras três para baixar no soulseek. Aqui.
Já começou o corre-corre de votação dos Melhores do Ano da
comunidade S&Y no Orkut. 14 pessoas já exibiram seus escolhidos
e, no momento, Foo
Fighters vai batendo o Franz
Ferdinand em disco do ano, Pato Fu (Toda
Cura Para Todo Mal) e Violins (Grandes
Infiéis) dividem a liderança em disco nacional e Closer,
O
Jardineiro Fiel e Sin
City disputam o título de melhor filme. Link direto
para a votação
no Orkut.
Enquanto isso, o Top Seven S&Y segue recebendo votos dos convidados.
Fernanda Takai (Pato Fu), Bruno Medina (Los Hermanos), Mini
(Walverdes), Fernando Paiva (Luisa Mandou Um Beijo), Wander
Wildner e os jornalistas Arthur Dapieve (No Mínimo),
Jardel Sebba (Sexy), Ricardo Schott (Bizz) e
Thiago Ney (Folha SP) já mandaram as suas listas, além,
claro, de velhos camaradas como Marcelo Orozco, Mestre Pala,
Paulo Terron e Juliano Zappia. O resultado só no começo de
janeiro, mas eu vou tratando de provocar a curiosidade durante
estes dias... :)~
Bem, vou ali e prometo voltar antes do natal...
14/12/2005 - 17h33
Agora é oficial: o show dos Stones na praia de Copacabana,
no Rio de Janeiro, 18 de fevereiro, vai virar DVD. A apresentação,
até o momento única no País, deverá ser o único registro da
turnê do bom álbum A Bigger Band. Estarei lá. Já prometi
companhia a um amigo e vou colocar os pés na areia da praia
para ouvir Mick Jagger apenas com R$ 10 no bolso, meu segundo
RG detonado (o primeiro, novão, vai ficar em SP) e mais nada.
Na boa: pra mim essa é a última turnê mundial dos Stones.
Vai perder?
Mais downloads: o blog Baby Bordeline disponibiliza o excelente
Come On Feel The Lemonheads, de 1993, que traz clássicos
indies instantâneos do quilate de The Great Big No, Into
Your Arms, It's About Time, Down About It e Big Gay
Heart. Outro item totalmente baixável é o s-e-n-s-a-c-i-o-n-a-l
As Heard on Radio Soulwax, Pt. 2, do duo que fez duas
mil pessoas pularem como doidas no Tim Festival RJ 2003, o
2 Many DJs. O álbum, lançado em 2002, acaba de ser reeditado
e está disponível também no Baby Bordeline assim como os novos
de Kate Bush e Neil Diamond. Tudo
aqui.
Vinte e dois votos para o Top Seven S&Y 2005 já aportaram
na redação virtual do site. Boa briga nas categorias "disco
nacional", "disco internacional", "melhor show gringo" e "melhor
filme". Em 2001,
Amnésia bateu Quase Famosos como Melhor Filme.
Em 2004, Brilho
Eterno de Uma Mente Sem Lembranças venceu Kill Bill.
13/12/2005 - 02h46
Preciso dormir. Tenho um encontro com King Kong nesta
manhã. Bah...
Fim de semana bacaninha, não fosse um pau violento no micro.
Tá tudo resolvido, mas perdi várias horas importantes. No
entanto, deu para reunir alguns amigos em casa no fim do domingo
para mais uma "sessão cinema em casa". No roteiro, Bohemias
geladas, pipocas no fim de noite, um documentário sobre o
"Punk" da excelente caixa A História do Rock and Roll
e o milk shake de ovomaltine da noite: o documentário Beautiful
Dreamer: Brian Wilson & The Story of Smile. Um amigo me
escreveu hoje: "Puta domingo legal do caralho". Lendo assim
não dá para imaginar que o cara derramou lágrimas ao menos
em três vezes durante o documentário, que, sim, é de chorar,
principalmente em sua parte final, os últimos 20 minutos são
foda.
Natal e Ano Novo estão ai. Ainda estou sem planos do que fazer...
No mais, alguns recados:
Wado avisa: "Já está na Tramavirtual 4 canções do Fino Coletivo,
uma ponte inusitada entre Al e Rj do qual faço parte, e mais
uma raça de índole mais ou menos". Tá aqui, ó: http://www.tramavirtual.com.br/artista.jsp?id=32304
Na quinta, uma das grandes promessas do rock paulista lança
disco novo no palco principal do Blen Blen. O Seychelles lança
Ninfa do Asfalto, que está saindo pelo RecoHead e será
distribuido pela Tratore. Baixa a música Papel na Trama
Virtual, tenha uma idéia do som da banda e confere o show
na quinta, ok. Download.
"Wander Wildner e sua banda paulista, formada por Georgia
Branco (baixo), Pedro Rosas (bateria) e Giancarlo Morelli
(guitarra) fazem show nesta sexta no Outs. Até aí nada de
mais! Wander já pegou a mania de se apresentar em todos os
lugares possíveis, mostrando suas baladas punkbregas. O glamour
desta noite no Outs é o show de abertura, que fica por conta
de Jimi Joe, sim, ele mesmo, o cara que não gosta de ser chamado
de lenda nem de mestre, mas que, inegavelmente, é um compositor
e guitarrista ímpar. Depois de trinta anos de carreira, tocando
com boa parte do rock gaúcho, ele lança seu primeiro disco
solo, Saudade do Futuro, produzido por Astronauta Pinguim
e lançado pelo selo Pineapple Music. Imperdível!"
Show : WANDER WILDNER e JIMI JOE
Local : OUTS - Rua Augusta 486 - Consolação
Data : 16 DEZEMBRO 2005 - SEXTA
Horário : 23 HORAS
Ingresso : R$15
Informações : fone (11) 82673127
No mais, a querida Mariângela me passou um texto do Shakespeare
que eu desconhecia, mas que acalmou meu coração nos últimos
dias. É o Manual da Sobrevivência. A Mari diz que a
tradução não é das melhores, mas mesmo assim vale. Assino
embaixo. Shakespeare é foda. Leia aqui.
Fechei o domingo derramando todas as lágrimas que precisava
derramar ao assistir, após uns seis anos, As Pontes de
Madison, com Clint Eastwood e Meryl Streep.
A segunda-feira já começou?
11/12/2005 - 02h39
Passei aqui só para dar um oi rápido.
Oi
Estou desde que acordei ouvindo Howl, o sensacional
terceiro disco do Black Rebel Motorcylce Club. O trio deixa
de lado a fase "Jesus & Mary Chain" e se atola em violões
folk, climas country, arranjos soul. De novo: sensacional.
Sensacional.
No mais, gostei bastante do Belle & Sebastian novo, achei
o disco do Paul bom, ouvi por cima o do Neil Young e continuo
viciado em Twilight Singers. Juliana, obrigado!
Após a já clássica cena final de Lost and Translation
é possível imaginar que um romance que comece ao som de Just
Like Honey possa dar certo?
Só hoje assisti A Fantástica Fábrica de Chocolate.
Tim Burton é foda. Também assisti O Clã das Adagas Voadoras,
poesia visual das boas, vermelho sobre o branco.
Alguns dos links que eu coloquei ali embaixo já estavam expirados,
né. Bem, agora fique atento. Sempre tem disco novo naqueles
links e eles ficam online por uma semana ou 25 downloads,
o que vier primeiro. Então, atenção que vários discaços estão
no pedaço, como o novo ao vivo do Queens on The Stone Age.
Confere.
Quinze votos já chegaram para o Top Seven S&Y 2005. A briga
vai ser dura nos quesitos Show Internacional e Filme. Muitas
coisas interessantes no caminho. Quero ver se publico tudo
até 07 de janeiro. Será que consigo? Bem, o
melhor de 2004.
Vou dormir sem estar de porre, sem ver um arco-iris lindo
às seis e meia da manhã no encontro da Consolação com a Paulista,
sem atualizar o site, e com menos dinheiro na conta corrente.
Porém, posso dizer que hoje estou feliz. Verdade. Sorria por
mim.
"O medo de amar é o medo de ser livre", diz Beto Guedes, recuperado
pelo amigo Fábio em um e-mail que acaba de cair na minha caixa.
Do outro lado, Ian McCulloch canta acompanhado de violão
e piano: "I don't want to be forgiven / All I want is to be
free / I know I'll never be forgiven / I know I'll never be
free". Sorrisos nervosos.
09/12/2005 - 11h03
Começam a pintar as listas de Melhores de 2005 das principais
revistas do mundo. Detalhe: Funeral, do Arcade Fire,
é de 2004...
New Musical Express
01. Silent Alarm, Bloc Party
02. Funeral,
Arcade Fire
03. You
Can Have It So Much Better, Franz Ferdinand
04. I Am A Bird Now, Antony & The Johnsons
05. Employment, Kaiser Chiefs
Q MAGAZINE
01. X&Y, Coldplay
02. Demon Days, Gorillaz
03. Employment, Kaiser Chiefs
04. Don't Believe
the Truth, Oasis
05. It's Morning, Bright Eyes - I'm Wide Awake
UNCUT
01. Funeral, The Arcade Fire
02. Illinoise, Sufjen Stevens
03. No Direction
Home, Bob Dylan
04. Black Mountain, Black Mountain
05. Alligator, The National
Que decepção a lista da Q, hein. Bom, aqui, para o começo
de janeiro, o S&Y deve publicar o seu balanço anual com a
participação dos setenta e poucos amigos de praxe. Por enquanto,
na minha lista pessoal, Franz Ferdinand no topo. E Supergrass
começa a querer entrar entre os cinco. Muuuito bom o Road
To Rouen. Baixa
ele.
No mais, já ouviu o Strokes novo? Tá bacaninha, viu. E você
sabe que eu não gosto de Strokes. Então, se eu achei bacaninha,
tem gente que vai dizer que esse disco será o ovo de colombo.Já
baixou? Não. Pega aqui.
Aproveita e pega o Over the Hills and Through the Woods,
novo do Queens On The Stone Age, gravado ao vivo no Brixton
Academy, em Londres. Download.
Mais três discos para fechar a listinha de downloads
de hoje: The
Life Pursuit do Belle & Sebastian, Days
Run Away do House of Love e VA
- GS I Love You, um CD de garage bands japonesas dos
anos 60!!!
07/12/2005 - 00h45
Ando meio insatisfeito com o mundo, cansado, com vontade de
respirar novos ares, viver novas histórias. Às vezes acho
que é tudo a mesma coisa, que estou acordando e vivendo o
mesmo dia. Estou cansado, desestimulado, caindo pelas tabelas.
Putz, quem mandou atualziar o blog quase à 1 da manhã. Se
fosse hoje cedo eu estaria distribuindo sorrisos. Eu sou assim:
uma montana russa de sentimentos inexplicáveis.
Já estou ouvindo, em casa, o show do Pearl Jam que assisti
no sábado no Pacaembu. Como diz um amigo meu: como é que a
gente vivia em Internet???
Começam a chegar os pedidos de listas de melhores do ano.
Com isso, começo a revisitar alguns dos discos que mais gostei
de ouvir em 2005. Hoje passou pelo meu CD player o ótimo Pega
Vida, do Kid Abelha. Discaço. (Helena, não resmunga!)
risos
Em um post do dia 29/11 eu discorria sobre o amor e sua maldita
inconstância. Bem, eu escrevi, escrevi, escrevi e escrevi,
e no final quando fui ler, não vi gancho ali. O fato é que,
dias depois, em mesas de bar, descobri o que eu estava querendo
dizer. Eu queria falar sobre o medo. Relendo cartas, emails
e um monte de coisas sobre algumas das histórias de amor que
vivi, percebi que algumas delas não deram certo por algum
tipo de medo meu. Medo de sofrer (por mais antagônico que
seja), medo de não dar conta da história, medo de se prender,
medo de ser infeliz, medo, medo. Ainda estou tentando entender
tudo isso. Ao menos em três histórias quase recentes eu me
permiti enfrentar os meus medos. Não sei, ao certo, julgar
o que é certo ou errado, mas posso dizer que amar é vencer
seus próprios medos. Vou pensar mais...
O Afghan Whigs é desde o meio dos anos 90 uma banda adorada
aqui em casa. Seu líder, o maluco Greg Dulli, tem o dom de
jogar sua voz arrepiante sobre uma musicalidade que trafega
no limite entre a barulheira guitarreira com o soul e o funk
dos apaixonados. Dulli escreve algumas das letras mais absurdas
e líricas de todo o cenário rocker mundial. Quando anunciou,
no início da década, o fim dos Whigs, meio mundo roqueiro
lamentou. Porém, desde então, Dulli tem se dedicado ao seu
projeto Twilight Singers, que lançou em 2005 o soberbo Amber
Highlights. Três músicas podem ser ouvidas no My Space.
Cigarettes é foooooooooooda, muito foda. Guitarras
cortantes, bateria suingada, vocal gritado. A letra: "The
cigarettes are gonna kill me, i know / i gotta get a light
before i hit the door- does anybody have a light? Deixa
arrepiado e dá vontade de sair dançando pela casa. Ouça aqui.
Aliás, a página abre com um podcast que traz uma entrevista
com Greg Dulli. É só deixar a página carregar e ouvir o papo.
Vale muito ouvir e correr o risco de virar fã. Ultimamente
tenho ouvido o álbum Play Blackberry Belle. A tempestade
sônica Teenage Wristband pode ser baixada aqui.
E a capa do álbum She Loves You é linda. Olha.
Para continuar no assunto, uma matéria básica, mas boa, que
ainda traz o MP3 da sensacional Milez Is Ded e também
Come See About Me, cover da Supremes retirada do EP
Uptown Avondale. Leia.
Para fechar, um podcast do blog Road Movie que começa
com a sensacional versão de Greg Dulli para Miss
World, do Hole, ao piano e sax. O podcast ainda traz Devendra
Banhart, Buzzcooks das antigas, R.E.M., Spoon, The Kills e
Neutral Milk Hotel. Clique
aqui e seja feliz. Quer mais? Vai direto no Road
Movie.
05/12/2005 - 12h56
Vamos falar de coisas alegres? Então clica no link que virá
logo abaixo e faça o download de oito minutos do show do Flaming
Lips em São Paulo. A página demora a carregar, o arquivo é
pesado e demora pra baixar, mas vale muito a pena. Aqui.
05/12/2005 - 04h27
São Paulo, domingo, cerca de 18h30. Decido ir ao cinema. Minutos
antes o Corinthians ganhava seu quarto título brasileiro,
após o pandemônio que foi o campeonato neste ano. Após relutar
muito, retiro a minha camisa oficial da gaveta, e coloco,
orgulhoso. E saio em direção à Rua Augusta, para jantar um
dos melhores PFs da região e assistir à algum filme.
Ao atravessar a rua da Consolação, um Uno vermelho pára poucos
mêtros à minha frente. Um dos quatro homens que está dentro
do carro coloca a cabeça para fora e diz, intimidador:
- Você tá querendo morrer, maluco?
A frase automática saí da minha boca, um misto de orgulho
masculino ferido com a suprema idiotice de um cara que parece
não ter nenhum amor à própria vida.
- Por que? Qual de vocês ai vai me matar?
Um ligeiro bate-boca acontece dentro do Uno: "Dá um pipoco
nele!", Cara folgado". "Tem muita gente olhando". "Olha um
carro da polícia vindo".
O carro seguiu com o cara que me intimou me olhando até se
perder de vista. Para a minha sorte, o retorno que eles poderiam
fazer para vir atrás de mim era beeeem distante, e mesmo assim
eles encostaram o carro como quem iria fazer o retorno e voltar.
É claro que eu não esperei. Já tinha bancado o idiota por
quase dez segundos. Eu sempre tive uma relação passional com
São Paulo. Nasci aqui, morei uma vida em Taubaté, e voltei
para cá em 1999. Acho que amo praticamente tudo nesta cidade,
e embora ainda tenha planos de morar em outros lugares do
globo terrestre, sei que São Paulo sempre irá viver
no meu coração. Porém, o que mais me abomina nessa cidade
é a violência gratuita. Junto com aquele jogo fatídico do
Corinthians contra o Palmeiras na semifinal da Libertadores,
anos e anos atrás (história que eu conto no texto sobre o
filme Amor
em Jogo), o que mais me fez desapaixonar do futebol
foi a violência gratuita das torcidas, inclua ai as do Corinthians
também, claro. Lembro do trecho de uma música do Marcelo Nova,
um longo improviso feito ao vivo, em que o músico contava
a história verídica de um "rapaz que foi assassinado por estar
usando a camisa do time errado". O que eu sentia de orgulho
(ver meu time campeão) acabou se transformando em uma ameaça
de morte gratuita. E por mais que eu tente entender, nunca
vou conseguir me colocar na posição de um cara desses. Como
um bom corintiano, quero que o Palmeiras perca o máximo de
jogos que puder (risos), mas nunca iria desejar a morte de
um palmeirense, mesmo porque muitos deles são meus amigos,
e bons amigos. É claro que não dá para julgar quatro babacas
como uma torcida inteira, mas eu quis relatar esse caso aqui
porque toda essa violência não nos levará
a lugar nenhum. E isso precisa ser dito. Se foi extramente
violenta a maneira com que fui abordado, também foi errada
a maneira com que me portei. O sangue subiu, o orgulho falou
alto, e eu poderia ter levado um tiro totalmente "de graça"
pela minha suposta honra. Em Crash
- No Limite, há uma cena parecida em que um casal
é surpreendido por um policial abusivo. O marido não toma
nenhuma atitude frente ao policial que acaricia sua mulher,
mas o que fazer? O que fazer? Nada. Ou tentar criar uma sociedade
melhor. E isso começa com você mesmo, e pode ser passado para
seus próximos, amigos e parentes. Minha camisa do Corinthians
vai para a gaveta. Serei sempre corintiano, mas não quero
levar um tiro por isso. Enquanto isso, desejo e farei o possível
para construir uma cidade em que as pessoas possam exibir
seus gostos sem serem violentadas gratuitamente.
03/12/2005 - 23h31
Elvis Costello lavou a alma. Mercury Rev e Flaming Lips transcenderam
os limites da música em apresentações antológicas. Mas o melhor
show que vi em 2005 terminou cerca de duas horas atrás: o
Pearl Jam neste sábado no Pacaembu, em São Paulo, foi simplesmente
histórico. Eu sei que vou morrer, velhinho, carregando na
lembrança a imagem de Eddie Vedder, no fim do show, "arremessando"
seu próprio coração para o público brasileiro. Me faltam palavras
para falar do show, neste momento.
Um gosto de Guiness insiste em permanecer na minha boca...
maldita cerveja boa!
30/11/2005 - 15h42
Junto com o pacotão de cinco álbuns do Flaming Lips que acaba
de aportar nas lojas brasileiras chega Void - Video Overview
In Decelebration 1992-2005, coletânea de clipes da banda
de Wayne Coyne que traz a quase nova Psychic Wall (2004)
e a novona Mr. Ambulance Driver (2005) além de mais
17 loucuras visuais embalando Turn It On, She Don't
Use Jelly, Race For Prize, Fight Test, entre
outros. A maioria deles estava passando no telão atrás da
banda durante o show no Claro Que é Rock.
O novo álbum de Morrissey já tem nome, produtor e participação
especial confirmada. Ringleaders of the Tormentors
será produzido por Tony Visconti (parceirão de David Bowie
nos anos 70) e terá arranjos de Ennio Morricone em uma canção,
Dear God Please Help Me. Se títulos de canções são
algo bastante importante no universo Morrissey, ai vão os
nomes das novas músicas do maior inglês vivo: I Will See
You In Far-Off Places, You Have Killed Me, The Youngest Was
The Most Loved, In The Future When All's Well, The Father
Who Must Be Killed, Life Is a Pigsty, I'll Never Be Anybody's
Hero Now, On the Streets I Ran, To Me You Are a Work of Art,
I Just Want To See the Boy Happy, At Last I Am Born e
Dear God Please Help Me.
Estou esquecendo de dizer alguma coisa...
29/11/2005 - 20h24
Neil Young preenche o ambiente com belas melodias.
Putz, Silver & Gold é um disco maravilhoso. Ok, não
vou enrolar muito porque nunca fui muito disso, né. Gastei
novembro praticamente inteiro tentando entender o amor. Bobagem,
amor não se entende, amor se sente, diz outro. Sei lá. Mesmo
assim acho incrível como não me sinto à vontade falando sobre
isso. Uma vez, anos e anos atrás, decidi que o quarto exemplar
do Scream & Yell em papel seria sobre relacionamentos.
Imaginei, na época, que seria um suícidio de zineiro, afinal,
com tantos zines chegando em minha casa sobre politicagens,
punk rock, quadrinhos, eu ia gastar 12 páginas falando sobre
o amor? Assumo que foi um pouco corajoso. Fizemos a arte da
capa sobre a imagem de um single do U2, cheio de corações,
selecionamos um disco do Wander Wildner, poemas próprios,
textos de Drummond, Thales de Menezes, do amigo sumido Racer
X e ainda dei um jeito de colocar o coração baleado de A
Life Less Ordinary no meio da revista. Quem tem os S&Y
On Paper deve lembrar que nosso caríssimo ombudsman, Fidel
Castro, curtiu o resultado visual do coração baleado no meio
da página, mas disse que a proposta dificultava a leitura.
O genial texto, em questão, assinado por Miguel F. Luna, dizia:
"Uma garota, colo e Smashing Pumpkins". Bem, qualquer dia
desses procuro em meus arquivos esse texto em doc e republico
aqui, mas o fato é que essa edição dedicada aos namorados
me deu o prazer de conhecer uma das amigas mais especiais
que tenho até hoje e recebeu uma acolhida bastante calorosa
por parte dos leitores. Mesmo assim, falar de amor é algo
bastante complicado. Hoje dei um passeio pelo passado. Provas
de amor, declarações, romances. Milhares de milhares de palavras
escritas, digitadas em folhas e folhas e folhas. Tudo quase
perfeito. Quase. Não entendo esse quase. Nunca entendi, mesmo
quando fui eu quem teve que decidir ir. Bem, estou confuso
e não sei o que escrever. Só queria dizer que mexendo em papéis
aqui e ali encontrei pedacinhos do meu coração por todos os
lados. E que me orgulho de cada um destes pedacinhos. De todas
as palavras que falei, escrevi, digitei. De todas as lágrimas
que derrubei. Deixa pra lá. :)
28/11/2005 - 15h47
15 horas de sono depois...
Fabio Carbone, do site Ruídos,
passa a dica: Franz Ferdinand no Brasil
FEB 12 MEX MONTERREY - Supporting U2
FEB 15 MEX MEXICO DF - Supporting U2
FEB 16 MEX MEXICO DF - Supporting U2
FEB 21 BRA SAO PAULO - Supporting U2
FEB 22 BRA SAO PAULO - Supporting U2
FEB 26 CHL SANTIAGO - Supporting U2
MAR 01 ARG BUENOS AIRES - Supporting U2
MAR 02 ARG BUENOS AIRES - Supporting U2
Ou melhor, Franz Ferdinand em São Paulo...
27/11/2005 - 15h03
"Ei, eles estão vindo de lá também", comentou uma amiga em
uma mesa de padaria às 5h30 desta madrugada. "Ou então de
um rodeio", respondi, brincando. O "de lá" em questão era
a Chacará do Joquéi, local que abrigou a primeira edição do
festival Claro Que é Rock em Sâo Paulo, que por pouco não
se tranformou em Woodstook. Meus tênis marrons de lama, no
entanto, discordam do "por pouco". Mas isso é o de menos.
Acho que dá para dizer que pela primeira vez deu para sentir
o pique de um grande festival no Brasil. Dois grandes palcos
levaram mais de 20 mil pessoas de um lado para o outro durante
mais de 12 horas, para quem enfrentou a maratona e chegou
para assistir às bandas brasileiras que abriram a programação
na tarde de sábado. Micro resumo da ópera (durante a semana
escrevo com mais calma):
Fantomas: Mike Patton está alguns níveis de inteligência acima
de mim. A música do Fantomas é para poucos, e não estou entre
estes. Um show dispensável.
Flaming Lips: Wayne Coyne exagerou ao dizer que iríamos
a ver o show mais foda do mundo. Não foi. Mas foi, com certeza,
um dos mais divertidos ao reunir os bichinhos da Parmalat
no palco, Papai Noel tocando guitarra e Bush sendo sacaneado.
Hilário.
Sonic Youth: A rigor, existem dois Sonic Youth desde sempre.
Um legal pra caralho e outro chato demais. O que tocou em
SP trazia o clima charmoso do Sonic Youth cool soterrado pela
execução e a paixão pela microfonia do Sonic Youth chato.
Tedioso.
Iggy & The Stooges: Encerrado o quesito "como deve ser um
som de festival". Mais de 20 mil pessoas cantando "Now I wanna
be your dog" não conseguiram sobrepor a excelência de barulho
que saia das caixas de som. Simplesmente antológico.
Nine Inch Nails: Um massacre. Demônios foram exorcizados na
Chácara do Joquei. E enquanto uns 700 gatos pingados urravam
a cada nova música, uns outros 12 mil achavam que estavam
em uma rave. Na boa, as letras do gênio Trent Reznor
esperam os últimos. E o que foi Hurt, hein?
Só faltou Johnny Cash baixar no palco...
Hoje tem RJ. Desisti por falta de condições de jogo. (risos)
26/11/2005 - 14h38
Bem, rock. E poemas. Estava me relendo e decidi explicar tudo
assim:
'Para Natália'
'Por Encanto'
'Quarta Tolice'
'Última Mentira'
'Último Presente'
Pausa de duas semanas em porres, ok. :)~
23/11/2005 - 11h17
Prepare o bolso. Além de todos os shows que ainda vem pela
frente (Guru Jazzmatazz acaba de confirmar presença no País
em 14 de dezembro), uma leva de CDs bacanas aporta nas lojas
brasileiras. De uma tacada só, a Warner lança os dois primeiros
álbuns do Stooges (Stooges de 1969 e Fun House
de 1970) nas versões remasters, duplas, com um CD bônus de
raridades. Preço de R$ 50 em média cada um. A gravadora despeja,
também, cinco Flaming Lips em edição nacional: os ótimos Hit
to Death in the Future Head (1992), Transmissions From
the Satellite Heart (1993) e os essenciais Clouds Taste
Metallic (1995), The Soft Bulletin (1998) e Yoshimi
Battles the Pink Robots (2002). Preço em média
de R$ 39 cada um.
And I was glad that it didn’t destroy you
How sad that would be
Cause if it destroyed you
It would destroy me
A estrofe acima é da balada desconstruída The
Spiderbite Song, do álbum Soft Bulletin, e eu sempre
achei esse trecho fudidamente lindo. Não é?
Já que falei de amor, e ando pensando muito nele nos últimos
tempos (mentira, sou estupidamente passional, mas vamos fingir
que é só nas últimas semanas), estava lembrando em uma frase
do Nietzsche que citei no meu texto sobre o ótimo Cidade
Baixa: "Tudo que fazemos por amor sempre se consuma
além do bem e do mal". Pesquei essa frase em um livro
chamado Pequeno Tratado das Grandes Virtudes e acabei
de descobrir que o último capítulo, que trata do amor, pode
ser baixado gratuitamente em formato doc aqui.
Abaixo segue um trechinho:
O sexo e o cérebro não são músculos, nem podem ser. Disso
decorrem várias conseqüências importantes, das quais esta
não é a menor: não amamos o que queremos, mas o que desejamos,
mas o que amamos e que não escolhemos. Como poderíamos escolher
nossos desejos ou nossos amores, se só podemos escolher –
ainda que entre vários desejos diferentes, entre vários amores
diferentes – em função deles? O amor não se comanda e não
poderia, em conseqüência, ser um dever. Sua presença num tratado
das virtudes torna-se, por conseguinte, problemática? Talvez.
Mas devemos dizer também que virtude e dever são duas coisas
diferentes (o dever é uma coerção, a virtude, uma liberdade),
ambas necessárias, claro, solidárias uma da outra, evidentemente,
mas antes complementares, até mesmo simétricas, do que semelhantes
ou confundidas. Isso é verdade, parece-me, para qualquer virtude:
quanto mais somos generosos, por exemplo, menos a beneficência
aparece como dever, isto é, como uma coerção. Mas é verdade
a fortiriori para o amor. "O que fazemos por amor sempre
se consuma além do bem e do mal", dizia Nietzsche. Eu
não iria tão longe, já que o amor é o próprio bem. Mas além
do dever e do proibido, sim, quase sempre, e tanto melhor!
O dever é uma coerção (um "jugo", diz Kant), o dever
é uma tristeza, ao passo que o amor é uma espontaneidade alegre.
"O que fazemos por coerção", escreve Kant, "não
fazemos por amor." Isso se inverte: o que fazemos por
amor não fazemos por coerção, nem, portanto, por dever.
Leia
mais aqui.
Como sei que existem alguns leitores que lêem mais este espaço
do que o site, queria avisar que conseguir definir quase que
com exatidão tudo que penso sobre o projeto MTV Especial
Aborto Elétrico / Capital Inicial. O textão está aqui.
Não é nada bem humorado, aviso. Já o texto sobre o belo disco
da cantora Simone Capeto interpretando canções do bardo Nei
Lisboa também mereceu um texto caprichado. Simone está lançando
o disco de forma independente, tanto que o CD ainda não pode
ser encontrado em lojas, precisa ser pedido diretamente com
ela por e-mail, e tem sua primeira edição de mil cópias numerada,
um acabamento de capa e encarte (em formato livro de bolso)
que realmente impressiona, e, sobretudo, é musicalmente
bastante inspirado. Saiba mais sobre o disco aqui.
Pra fechar a parte de anúncios (risos), entrevistão bacana
com Leonardo Panço que fala do livro Jason - 2001, Uma
Odisséia na Europa, que conta da excursão que os cariocas
fizeram pelo velho mundo fazendo 62 shows em 80 dias por 15
países. O livro também traz relatos das turnês pelo nordeste
do Jason. Essencial para quem tem banda, mas não tem a mínima
idéia do que é vida na estrada. E o texto do Panço é muito
bom. Confira a entrevista.
22/11/2005 - 11h52
Tô meio sumido, né. Na verdade, eu queria ficar quietinho
no meu canto observado a o mundo e planejando o futuro. É
bom para a alma. Porém, sei que, como diria Mulder, "a
verdade está lá fora", e não dá para viver de sorvete,
cerveja e edredom. E não dá para parar. Como diria Nei Lisboa,
"vivemos de paixão e alguma grana".
Ordem no caos:
Na sexta-feira, ainda de ressaca e um tiquinho mais surdo,
recebi o Walverdes em casa para um bate papo sobre Playback,
a avalanche de barulho que os gaúchos acabam de colocar nas
lojas pelo selo Mondo 77. Logo mais, entrevistão. À noite,
os goianos do Violins na Funhouse. Tirando uma fã histérica
que queria aparecer mais do que a banda, o show foi "ok, ok".
Os caras tocaram praticamente de uma só vez o soberbo Grandes
Infiéis, que funciona muito bem ao vivo, mais coisas do
Aurora Prisma. Show para se assistir bebendo Guiness
(Ina, Ina). No sábado, porre de cervejas uruguaias. No domingo,
Corinthians se mantendo perto do título com a ajuda do Marcião.
Na boa, eu estava assistindo o jogo na casa de coloradas.
Imagina se o Timão perde. À noite, Replicantes lavou a alma
na Fun. Literalmente. Com direito a cerveja para o alto, pogo
e galera dançando abraçada. Após o show dava para torcer a
camisa. Com um Wander Wildner em noite inspiradíssima, o quarteto
gaúcho fez da pequena pista da Funhouse um território tão
perigoso quanto à faixa de Gaza. Clássicos punks marcaram
à noite: Só Mais Uma Chance, Festa Punk, Sandina, Surfista
Calhorda, Porque Não, Astronauta, Nicotina e Hippie,
Punk, Rajneesh fizeram a festa ao lado da improvável A
Lua Que Mata (versão para The Killing Moon, dos
Bunnymen) e de excelentes faixas mais novas do álbum Replicantes
Em Teste como Lembrar de Ser Feliz Agora, Desculpa
Meu Amor e Agora é Tarde. "Eu sei que tem problemas
na América do Sul / Eu sei que tem problemas no Pacaembu /
Mas resolver os problemas do mundo é coisa de vagabundo!",
adaptou Wander em Problemas. Desculpa, torcida colorada.
O título já tem destino.
Claro Que é Rock no caminho. Vou em São Paulo... e no Rio
de Janeiro.
Na quinta, Replicantes deve fazer outro show antológico no
Rose Bombom, a casa que tem o melhor som da cidade. Na sexta,
Pato Fu se apresenta no Cie Hall. Domingo tem Bidê ou Balde
no projeto 2em1, no Blen Blen. Aliás, É
Preciso Dar Vazão Aos Sentimentos, o disco, sairá
encartado na revista Outracoisa com faixas bônus.
Assisti ao show do DVD Smile, de Brian Wilson. Numa
palavra: arte pop. No caminho, o documentário Beautiful
Dreamer: Brian Wilson & The Story od Smile.
Livro do momento: A Teus Pés, Ana
Cristina César
Um disco: Bom Futuro,
Simone Capeto
Um filme: Vinicius
20/11/2005 - 07h15
A vida é completamente estranha, incontrolável, anárquica
e especial. Fulano está no fundo do buraco, chorando as pitangas,
se sentindo o cara mais infeliz do universo. Então ele vai,
acorda no meio da madrugada com o coração apertado. Liga para
a mãe que está a mais de 200 quilometros dele. Ela atende
com voz sonâmbula:
- Aaaaaalô.
- Oi mãe, está tudo bem com a senhora? Tive um sonho ruim...
- Filho, que horas são? Está tudo bem com a mãezinha, viu.
Que voz é essa?
- Nada, mãe. Só fiquei preocupado...
- Está tudo bem, viu. Vai dormir. Eu amo você.
- Eu também te amo, mãe.
- Meu filho, Deus te abençoe. Você sabe que a benção de uma
mãe é uma das coisas mais importantes do mundo, né?
- Sei, mãe. Deus abençoe a todos nós.
- Dorme bem, meu filho.
Costumo repetir isso sempre entre amigos e pessoas queridas
próximas, e até escrevi alguma vez aqui neste espaço, mas
é bom relembrar: por mais que eu reclame, chore, cobre justiça
do mundo e o pedaço de felicidade a que eu tenho direito,
eu sou feliz. Fudidamente feliz. Viver é foda demais, mas
passa demasiadamente rápido. É bom dormir com o coração leve
e poder sonhar. É bom recuperar algo que se perdeu. No mundo
moderno, com as informações atropelando as pessoas, e o capitalismo
consumindo papel, moedas e almas, fica difícil demais parar
para ver o sol se por tomando sorvete em plena na avenida
Paulista. Às vezes me orgulho de mim mesmo, mas só às vezes.
:)~ Guarde tempo para você e para as pessoas que você ama.
Cuide
bem dos seus amigos.
Cuide bem de todas as pessoas que atravessam o seu caminho.
E de você mesmo.
18/11/2005 - 10h43
Três coisas que posso dizer sobre o show do Walverdes desta
madrugada:
1) Estou um pouco mais surdo
2) Estou com uma ressaca dos infernos
3) Estou um pouco mais feliz
17/11/2005 - 14h45
A melancolia vai, a melancolia vem, a melancolia vai, a melancolia
vem. Estados alterados de humor. É incrível como não temos
domínio sobre nós mesmos. Ok...
Shows, shows e mais shows: Bem, hoje tem festa Mondo 77 no
Rose Bombom com Walverdes. Na sexta tem Violins na Funhouse.
No sábado tem Continental Combo (ex-Momento 68) no Berlin.
Domingo tem Replicantes na Funhouse.
Para quem não se disponibilizou a gastar uma graninha no ótimo
box With The Lights
Out, do Nirvana, acaba de chegar às lojas em edição
nacional Sliver - The Best of the Box, coletânea que
seleciona 22 faixas das 61 da caixa. Faixas luminosas reaparecem
aqui, como Clean Up Before She Comes e o sensacional
rockabilly Ain't It Shame, cover do bluesman Leadbetter.
Das 22 faixas, três aparecem em versões inéditas, nunca lançadas
(nem mesmo no box): Spank Thru, em versão da demo Fecal
Matter, Sappy, também em versão demo (a boa original
foi lançada como faixa escondida da coletânea No Alternative),
e Come As You Are, demo de 1991.
Eu ainda não abri os dois links abaixo, cortesia do amigo
Inagaki,
e só não abri por estar com medo. Recomendação do Ina: "Não
abra o link se você tiver trabalhos urgentes pra fazer". O
primeiro link é de um wallpaper repleto de imagens a la Onde
Está Wally, repleto de referências a bandas famosas em cada
canto do anúncio. Já o segundo link é de um anúncio pra TV
na qual a brincadeira é identificar as músicas citadas no
vídeo. Vai lá brincar, vai, depois me conta:
http://virgindigital.com/wallpapers/virgindigital1280x960.jpg
http://www.natl.tv/flash.html
(ao abrir o site, cliquem em "work")
Nesta quinta começa a Primavera dos Livros, um evento organizado
pela Libre (Liga Brasileira de Editoras), que reúne mais de
80 editoras que fazem um trabalho muito caprichado. Além de
ser um momento especial para conhecer o catálogo dessas editoras
e adquirir seus livros, inclui atividades para crianças, como
contadores de histórias e oficinas de pintura, e para adultos,
como lançamentos de livros, debates e o Sarau Poesia Libre.
E é charmosíssima. O evento ainda tem livros com bons descontos.
Foi numa Primavera dos Livros que eu comprei a excelente biografia
Nada Mais do Que a Verdade, que conta a história do
clássico jornal Notícias Populares. O evento acontece
até o domingo na Oca do Parque do Ibirapuera.
Entrevistei a banda carioca Polar em abril, quando eles estavam
lançando um compacto com apenas duas canções. Agora a banda
já disponibilizou no Trama Virtual as seis faixas do EP A
Mesma Pessoa no Mesmo Lugar, inspirados na melodia de
bandas inglesas como o Coldplay, o Keane e o Radiohead, e
nos brasileiros Belchior e Paulinho Moska. Releia a entrevista
e baixe
as seis músicas. Vale a pena.
CDs do dia: Love Is Hell, Ryan Adams (valeu Dé)
O Strip-Tease da Alma / Filme, Último Número
(valeu Tubá)
No mais, queria agradecer mesmo, de coração, Dary, Cel, Ina,
João Barreto, Zé Franco, Fábio, Felipe, Camila e Ana
pelas palavras carinhosas e pelo "força sempre".
16/11/2005 - 12h29
Extra, extra, extra
Claro que é Rock anuncia mudança na escalação
Fantomas, do ex-Faith No More Mike Patton, vem ao Brasil no
lugar do Suicidal Tendencies
A organização do festival informa que a banda Suicidal Tendencies
cancelou sua participação devido a problemas de saúde do vocalista
Mike Muir, que será submetido a uma cirurgia de hérnia de
disco. O Suicidal Tendencies será substituído pela banda Fantomas,
liderada por Mike Patton, ex-vocalista do Faith No More.
"Eu quis beber pra então sorrir, mas a dose me fez trair"
"Então um viva à insensatez"
"Eu sei que o mundo não comporta mais deuses,
E sei que o amor não me suporta mais vezes"
"Quantos clichês que te falam que você só deve ter quem te
torne mais feliz"
"Eu sei, tudo é fácil mentir"
"A felicidade sempre ofende, mas tristeza demais cansa
Bem, que se fodam os ofendidos"
Todos as aspas acima foram retiradas de canções do poderoso
Grandes Infiéis, que os goianos do Violins apresentam
nesta sexta, na Funhouse. Baixe três músicas
aqui.
16/11/2005 - 00h17
Sobrevivi ao feriado de forma melhor do que eu imaginava.
Revi Elizabethtown, Crash e Manderlay,
bebi cerveja até altas no aniversário de uma amiga queridissima
e recebi amigos para um sessão "cinema em casa" do documentário
No Direction Home, de Martin Scorsese, sobre Bob Dylan.
Ah, encontrei em um sebo o sensacional Weird Tales,
do Golden Smog, coletivo que em 1998 reunia gente bacana como
Dan Murphy, Kraig Johnson, Maerc Pearlman e... Jeff Tweedy.
O "homem Wilco" assina sozinho três canções e divide a autoria
de outras duas. O som é aquilo que o Wilco teria feito depois
do Summerteeth se Tweedy não tivesse pirado e lançado
o simplesmente soberbo Yankee
Hotel Foxtrot. Golden Smog é sensacional.
Tava aqui pensando no Dylan e lembrei de uma coluna antiga
em que eu falava sobre a biografia dele assinada por Howard
Sounes. Um bom texto, e olha que eu não acho meus textos bons,
mas esse vale a pena reler: Dylan,
Scorcese e a História Universal
Nesta quinta, Walverdes, Violentures e Banzé agitam o Rosé
Bombom no lançamento do selo Mondo 77. Walverdes é uma das
bandas preferidas da casa, você sabe, né? Na sexta, a banda
responsável pelo melhor
disco do rock nacional em 2005 (grifo deste que vos escreve)
se apresenta na Funhouse. Só perco o Violins lá por força
maior. No domingo, na mesma Funhouse, a lenda Replicantes
toca clássicos punks como Surfista Calhorda, Sandina
e Festa Punk. Anotou tudo?
13/11/2005 - 14h16
Fazia muito tempo que eu não fazia isso...
Ouço Vinicius. Ele tenta colocar ordem nos meus sentimentos
desconexos com samba e benção. Como dizia o Poeta, quem nunca
curtiu uma paixão não vai ter nada não. No chão, cacos de
vidro de taças de vinho branco. Taças de pranto. Da noite
que parecia que não ia terminar. Do amor que parecia
que seria para sempre. Já é dia. O sol ilumina a casa. Lembra
que tudo termina, mas não acaba. Bob Dylan explica que não
há como ser esperto e amar ao mesmo tempo. Meus olhos se fecham.
Respiro. Ela atravessa o meu peito. Mancha as botas com desamor
e desalento. Tinha que ser assim. Tudo só termina no fim.
Na hora que o juiz apita. Que a porta se fecha e separa almas.
Calma. Tudo permanece. A gente finge que esquece. É preciso
esquecer. É preciso abraçar a tristeza, dançar uma valsa e
rir. Jogar a taça quebrada, a palavra não usada e o coração
partido no lixo. E continuar bebendo vinho. Sambando sozinho.
Queria saber mentir com jeitinho. Com carinho. Queria desaparecer
como quem busca cigarros na padaria. Partir sem destino por
mares nunca vistos. Colocar em garrafas vazias nossas fotografias.
E jogar ao mar. Talvez alguém fique feliz ao nos encontrar.
Ouço chorinhos. É tudo tão bonito. Tão dolorido. Vamos dançar
sobre sonhos desfeitos. Sobre contos de fadas sem finais felizes.
Ana Cristina disse: Repare em minhas mãos, vazias. Guardo
seus lábios nos meus. Com mel. Abro as janelas para que a
tristeza veja o sol. Ouvimos Vinicius. O bom samba é uma forma
de oração. Tomara. O corpo quer cama. A alma quer colo. Quero
dormir e acordar noutra semana. Vou ali. Já volto. É só um
sonho. Só um sonho. Se você acordar, me acorde. Gosto de olhar
os seus olhos".
Como diria Forrest Gump, "e não falamos mais nisso..."
ou falamos?
Bem, para não dizer que não falei das flores, ops, de cultura
pop, fragmentos de um texto escrito para o próximo
número da revista Pipoca Moderna, em primeira
mão...
"Não dá para ser esperto e amar ao mesmo tempo", diz Bob
Dylan em certo trecho do documentário "No Direction Home".
Com a frase, Dylan tentava explicar a implosão do relacionamento
com a cantora Joan Baez, também entrevistada para o filme.
Uma corruptela do pensamento do cantor poderia também dizer
que não dá para ser genial e amado ao mesmo tempo. É isso
que o diretor Martin Scorsese explicita nas três horas e meia
de imagens antológicas de "No Direction Home", que acaba de
ganhar edição nacional em CD e DVD duplos.
Depois de produzir a elogiada série de filmes "The Blues",
Scorsese quis algo ainda maior: desvendar o mito Bob Dylan.
"No Direction Home" centra foco no começo da carreira do cantor,
e segue até sua ascensão ao estrelado em 1966, quando Dylan
chocou seus fãs ao eletrificar o folk e abandonar gradualmente
a imagem de cantor de protesto, associada ao folk singer Woody
Guthrie e a canções como "Blowin' In The Wind" e "Hard Rain".
Dylan tinha apenas 25 anos em 1966 quando saiu em turnê pelo
mundo, sendo vaiado todas as noites assim que terminava o
set acústico e começava o elétrico acompanhado pela The Band.
Scorsese reúne material raro dos famosos Newport Folk Festival
além de entrevistar pessoas importantes do cenário da época
como os músicos Pete Seeger, Maria Muldaur e Al Kooper, a
ex-namorada Suze Rotolo (fotografada ao lado de Dylan na capa
de "Freewheelin"), o promotor de música folk Harold Leventhal,
o cineasta DA Pennebaker (diretor do documentário "Don't Look
Back") e o poeta beat Allen Ginsberg, além do próprio Bob
Dylan, entre outros. O resultado é um filme histórico que
começa de forma suave ao retratar os primeiros anos do compositor
e termina de modo sombrio com gritos de "Judas" sendo direcionados
para Dylan em um show em Londres.
Entre os extras, aparições raras do cantor em apresentações
de TV (destaque para o belíssimo registro de "Girl of The
North Country" para uma TV canadense), em shows e quartos
de hotel completam o pacote de um documentário essencial para
se vislumbrar a grandiosidade e a genialidade do mito Bob
Dylan. Uma aula de vida e rock and roll.
Então, já foi ver Elizabethtown? Estou indo pela segunda
vez...
12/11/2005 - 05h17
"Nobody Loves You When You're Down And Out", canta John Lennon
em uma velha canção. Ela é bastante recorrente quando o meu
mundo costuma desabar, porém, nos dois últimos dias, não posso
decididamente reclamar. Amigos cuidaram de mim direitinho.
Elogios surgiram na hora certa, recuperando a minha auto-confiança,
que estava perdida sei lá por onde. E pra fechar, um post
fudidamente carinhoso de um grande amigo para lavar a alma...
e a sala. Força sempre, Dary, para todos nós.
Vou cozinhar... miojo. :)~
11/11/2005 - 17h10
Ria. Estou rindo. É sério. Prometo não deixar o computador
ligado quando for beber. Exato. O problema não é ir. É voltar
bêbado. Lá vou eu.
Bateu um cansaço agora.
Hoje tem Paulinho da Viola no Sesc Santana.
Lembra da listinha de filmes que devem ser vistos que eu coloquei
ali embaixo? Então, ela dá um engordadinha neste fim de semana
como Elizabethtown
(que vou ver mais uma vez), Manderlay e o novo de David
Cronenberg, Marcas da Violência.
Como é bom o Super Extra Gravity, novo álbum do Cardigans.
Vá atrás de Losing a Friend, faixa que abre o CD. As
outras tão no mesmo nível, algumas até melhores.
11/11/2005 - 04h49
Bem, estou bêbado... muuuuuuuuuito... perdoe possíveis erros....
Filmes salvam vidas, você sabe...
"Abrace a tristeza por cinco minutos. Encare-a. Beije-a.
E a esqueça. Cinco minutos. E prossiga".
Bem, esse é um dos vários trechos bacanas de Elizabetown,
novo filme de Cameron Crowe, um cara que, segundo palavras
de Dary Jr., poderia sentar numa mesa de boteco conosco e
beber. É especial, mas é para poucos. Você precisa
se desligar do ritmo frenético de Hollywood. É um filme para
ser saboreado. É um filme para sonhadores. Bem, esquece. Bebi
demais da conta, mas eu preciso. Você sabe.
Caralho. Cerveja ainda se transforma em lágrimas...
Eu preciso dormir. E acordar para a vida. Contos de fadas
não existem.
Abraço a tristeza. Será que já se passaram cinco minutos?
10/11/2005 - 09h28
Tem dias que acordar é a coisa mais difícil do mundo. Alguma
coisa te prende. Abrir os olhos é assumir que tudo mudou.
Eu queria continuar de olhos fechados. Mas, no fundo, bem
lá no fundo, a gente sabe que precisa acordar. Mas é muito
difícil.
Meu amor, tudo em volta está deserto, tudo certo
Tudo certo como dois e dois são cinco
09/11/2005 - 14h01
Me dá um sorriso? Valeu! Tava meio carente, sacumé.
Então, viajar no feriadão? Eu tava pensando, mas descobri
que vão ter uns shows legais pela frente. Bem, o Faichecleres
apresenta seu rockanalha nesta quinta no Rose BomBom. No sábado,
festão no Memorial da América Latina. O badalado Recbeat aporta
em São Paulo para shows em três finais de semana. Neste sábado,
dia 12, a partir das 16h, Junior Barreto abre a festa, passa
a bola para o elogiado Cidadão Instigado e o Mombojó fecha
a parada. Como disse um amigo: estou lá, com ou sem chuva.
No domingo, o Cansei de Ser Sexy (entrevistão especial aqui)
se apresenta na Galeria Olido. Se eu estiver aqui, vou lá.
Mais sobre Crash
- No Limite: o filme é racista sim. A idéia do diretor
Paul Haggis é mostrar que todos são racistas. Brancos
não topam negros que sacaneiam orientais que não respeitam
ârabes e por ai vai. Que o racismo está escondidinho dentro
de você, e só é liberado em algumas ocasiões. Vale o exame
de consciência.
Eu só não aceito palmeirenses... mas tenho vários amigos e
tal... risos
Mais sobre Cidade
Baixa: uma amiga acha impossível uma pessoa se apaixonar
por duas ao mesmo tempo. Na boa, discordo. Eu já me apaixonei
assim. Elas eram diferentes, se completavam e seria muito
bacana se eu pudesse ter ficado com as duas. Fiquei sem nenhuma.
Mas assumo que é um lance raro. Agora, dois amigos se apaixonarem
pela mesma mulher é estupidamente comum. Sim, já aconteceu
comigo também. Eu e meu amigo devíamos estar ali pelos 17
anos, algo assim, e o resultado do final da história foram
dois moleques entornando uma dessas garrafas de vodka falsificada
(Balalaika ou Strov, Vrostrov, algo com rov) em praça pública
(Taubaté, praça do colégio Idesa) e choramingando pelo destino
cruel. Foi foda. Bem, ao menos não teve troca de sopapos.
Ok, ela não era a Alice Braga. :)~
08/11/2005 - 17h55
Se não fosse metade do pote de sorvete napolitano que estava
no congelador, eu iria estar com uma tremenda ressaca agora.
Nada como sorvete às 5 da manhã para animar o dia, não? É,
caro leitor: sorvetes também salvam vidas! :)~
Porém, existe invenção melhor que bacon em cubinhos? Puuuuutz!
Além de colocar Love Kraft, do Super Furry Animals,
You Could Have It So Much Better…, do Franz Ferdinand
e Push Barman to Open Old Wounds, coletânea dupla de
EPs do Belle & Sebastian, nas lojas brasileiras, a Trama acaba
de soltar uma dobradinha de singles: o primeiro é Fuck
Forever, do BabyShambes, que vai queimar a língua de todos
aqueles que achavam que Pete Doherty era gênio. Se tivesse
metade do tempo, a faixa título até poderia passar por uma
boa canção, mas as outras três faixas são apenas rascunhos
de músicas ruins. Já o Franz Ferdinand aporta nas lojas também
com o single da bacanuda Do You Want To, que traz mais
três grandes canções inéditas: Your Diary, Fabulously Lazy
e Get Away. A Warner, aproveitando a passagem do Television
ao País, acaba de colocar nas lojas a dobradinha Marquee
Moon/Adventure, remasterizados e com bônus tracks. A reedição
nacional vem em caixinha normal de acrílico, diferente da
versão gringa que imita o velho vinil. Entre os lançamentos
que já estão nas lojas ainda temos os novos do Cardigans (Super
Extra Gravity), Audio Bullys (Generation), Viva
La Fête (Grand Prix) e Depeche Mode (Playing the
Angel). O sublime Funeral, do Arcade Fire ganhou
edição nacional pela Slag Records. Os caras capricharam na
arte, que é exatamente idêntica à gringa, mantendo todos os
detalhes. Serviço de primeira.
Filmes, filmes, filmes: o ótimo Sem Notícias de Deus,
de Agustín Díaz Yanes, que assina direção e roteiro, acaba
de chegar às locadoras. Dois anjos, um do céu (Victoria Abril)
e outro do inferno (Penélope Cruz), são enviados à Terra para
disputar a alma de um boxeador. A deliciosa visão de Yanes
diverte muito em um filme que ainda conta com ótimas participações
de Fanny Ardant e Gael García Bernal. Woody Allen também têm
me feito companhia. Manhatan (1979) é um filmaço, hein.
E tem coisas ali que a minha memória afetiva colocava em Annie
Hall. Os dois filmes são bem parecidos, inclusive. E como
a Meryl Streep era linda. Outro do Allen no caminho foi Crimes
e Pecados (1989), que fica no meio termo entre a comédia
e o suspense, e mesmo não estando entre os tops do diretor,
traz algumas discussões brilhantes. Numa delas, uma família
judia discute à mesa. A tia defente: "Lembre-se: a história
é escrita pelos vencedores. Se os nazistas tivessem vencido,
as futuras gerações veriam a Segunda Guerra bem diferente".
Em outra passagem brilhante, o personagem de Woody Allen deixa
um cinema na companhia de sua pequena sobrinha, e explica
a ela: "O coração diz uma coisa, a cabeça diz outra. É difícil
demais fazer com que eles se entendam. No meu caso eles nem
se falam". Gênio.
Disco do dia: The Worst of Black Box Recorder, coletânea
de b-sides e vídeos do BBR. É de 2001, mas só apareceu em
casa hoje. Discão.
A banda Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta, capturada para
um entrevistão
do S&Y por João P. Barreto, acaba de disponibilizar em seu
site oficial as quatro músicas do EP A Dois. Confere.
Se você gostar, já será um motivo a mais para se chegar cedinho
no Claro Que é Rock. http://www.roneijorgeeosladroes.com.br
07/11/2005 - 15h29
Posso até estar errado, mas a versão final de You Could
Have It So Much Better... With Franz Ferdinand que acaba
de chegar às lojas parece ainda beeeem melhor do que a que
estava circulando em MP3 nos últimos dois meses por sites
de trocas de arquivos. Na versão oficial, o som parece ainda
mais cristalino, pesado e cheio de detalhes. Lembre-se que
minha audição é péssima. Se eu percebi diferenças, alguma
coisa deve ter. Será que o disco é ainda melhor do que achávamos?
A MTV irá reprisar os principais shows do Tim Festival. Eu
estou com uma cópia em DVD do show do Elvis Costello no RJ.
Vale ver, e rever de novo. Fique atento.
Lembra que no ano passado, por essa mesma época, eu estava
em Buenos Aires acompanhando o Personal
Fest, o Tim Festival dos portenhos? Então, neste ano,
o Personal está agendado para o começo de dezembro, mas a
escalação está beeem fraquinha, destacando Simple Minds, Duran
Duran, Macy Gray e Erykah Badu. Só.
O amigo Márcio Custódio manda recados de Londres através de
sua coluna no site Oi Londres. Nessa semana, o assunto é:
"Pete Doherty escreve um manifesto para o seu amado time de
futebol". Confere
lá!
Você gosta de Los Hermanos? Eu gostava. Mas se você ainda
gosta, ouça Você e Esse Mundo Louco, da Casa
Flutuante, download gratuito no Trama Virtual. Já falei deles,
mas não tinha indicado o MP3. Minha resenha está lá, inclusive.
Baixa.
Anda brigado(a) com o cinema? Faça as pases, agora. Neste
momento, vários filmes sensacionais estão em cartaz destacando
o polêmico O Jardineiro
Fiel, o doce Noiva-Cadáver,
o apaixonado Cidade
Baixa e o obrigatório Crash
- No Limite.
Logo logo, Manderlay, de Lars Von Trier, que segue
Dogville.
Lembra que eu falei que shows de Bob Dylan e Depeche Mode
já estavam confirmados para 2005 no Brasil? Então, mais duas
bombas. O Rolling Stones parece que está fechando uma data
extra no Rio de Janeiro... no Maracanã. E o U2 parece ter
confirmado duas datas no País, dias 21 e 22 de fevereiro.
Será? :o)
Existe inferno astral atrasado, meses depois do aniversário?
Desgraça pouca é bobagem? O mundo é fudidamente injusto ou
só faz tipo? Bem, deixa pra lá...
06/11/2005 - 19h10
Melancolia, dor de estômago, muito sorvete e Zeca Baleiro
cantando "meu amor, minha flor, minha menina, solidão não
cura com aspirina". Nunca é fácil, nunca.
O diretor Paul Haggis bate forte no estômago com seu Crash
- No Limite, o mais próximo que um filme recente chegou
de Magnólia, de Paul Thomas Anderson. Na verdade, os
roteiros são praticamente idênticos. Você troca a chuva de
sapos por neve caindo, Aimee Mann por Bird York e o tema central
(o perdão em um, o autoconhecimento no outro) e cá
estamos novamente à frente de um grande filme. Crash
- No Limite é uma porrada movida a base de clichês (como
a vida). Cuidado. Muitos se assustam quando descobrem o quão
pouco se conhecem. Filmaço. E ponto pra Sandra Bullock, que
queria tanto fazer parte do elenco que pagou ela própria sua
passagem de avião para se dirigir ao set de filmagens. O pequeno
microcosmo de Los Angeles via Crash ainda conta com
Don Cheadle, Ryan Phillippe, Brendan Fraser, Thandie Newton
e Matt Dillon, todos em atuações impecáveis.
Gostei do Capital Inicial/Aborto Elétrico, um disco
cru que permite muitas reflexões. Logo as divido, prometo.
Estou organizando minhas idéias. Não é fácil. Nunca
é fácil.
Ah, você sabe que Magnólia fecha a minha listinha pessoal
dos 15 filmes preferidos da década de 90, não? Bem, está
aqui, ó. Confere lá. Vou beber algumas. Já volto.
05/11/2005 - 00h17
As coincidências de Cidade Baixa com Cidade de Deus
não se resumem apenas ao primeiro nome de cada filme, closes
em galináceos e a produção de Walter Salles. Assim como Cidade
de Deus, Cidade Baixa é um filmaço de dar orgulho
do cinema feito neste País de políticos corruptos e belas
mulheres. Obrigatório. Obrigatório.
04/11/2005 - 18h55
Comecei a audição de Capital Inicial / Aborto Elétrico.
Hummm. A voz de Dinho... tá, deixa eu terminar o disco depois
eu comento melhor...
Além do disco do ano, You Could Have It So Much Better...
With Franz Ferdinand, que chega às lojas em edição especial
com DVD, a Trama acaba de colocar ao mesmo tempo o primeiro
single do BabyShambles, Fuck Forever. O single traz
a faixa título, Monkey Casino, East of Eden e BabyShambes,
a música. Já ouço...
Hummm, de cara, as músicas do Aborto que a Legião gravou são
bem melhores. As versões de Tédio (Com Um T Bem Grande
Pra Você), Que Pais É Esse?, Química e principalmente
Conexão Amazônica (uma das grandes canções do Legião)
soam bastante inferiores. Por cima, dá para dizer que tem
umas nove inéditas no repertório, mas será que consigo me
convencer que se elas permaneceram inéditas por 20 anos é
porque eram inferiores a pequenas pérolas como Música Urbana,
Geração Coca-Cola, Fátima e Veraneio Vascaína?
Ok, o CD já vale só por registrar uma versão
decente de Ficção Científica, o melhor momento do Renato
Russo letrista, que o Capital emporcalhou na fase Bozo Barreti
com sax e teclados. Mas talvez seja pouco. Bem, deixa eu me
acostumar com a voz do Dinho...
Um presentinho especial de papai-noel para corações roqueiros
acaba de chegar às lojas: o pacote CD duplo e DVD duplo do
filme de Martin Scorsese sobre a vida de Bob Dylan. O CD foi
incorporado à série bootleg do cantor, que registra outtakes
e gravações raras e já está no volume 7 (vem com um livreto
de 40 páginas). O filme não entrou em cartaz no Brasil, e
nem vai entrar. Vá atrás. Bob Dylan vale a pena.
Briguei com o fogão ontem. Pô, a louça de panelas e pratos
para se lavar após um almoço mais ou menos é de dar no coração!
É mó foda lavar panelas...
03/11/2005 - 14h05
Para que não conhece, o Cascavelletes foi uma das bandas mais
importantes e influentes do rock gaúcho nos últimos 50 anos.
E não é culpa deles que a desencanação e a putaria que a banda
fazia no final da década de 80 fosse acabar gerando
os malas do Cachorro Grande. Uma boa pedida para conhecer
a genialidade do Cascavelletes é baixar, do Trama Virtual,
algumas pérolas clássicas do rock gaúcho como Menstruda,
O Dotadão Deve Morrer, Banana Split, Entra Nessa e o melhor
blues já escrito em língua portuguesa: Sob um Céu de Blues.
Tudo aqui.
No meu textão sobre
os shows do Curitiba Rock Festival e do Tim SP 2005, falei
bastante do Festival Tinidos, de Curitiba. Então, no site
da revista eletrônica existem trechos em vídeo das apresentações
de Ludov, Poléxia, Terminal Guadalupe, Wandula e Relespública,
entre outros. E ainda Good Life, do Weezer, ao vivo
no CRF. Confere na cobertura
de shows do site.
Um feriado no meio da semana não estraga tudo?
02/11/2005 - 18h33
O Terminal Guadalupe comemora 1000 cópias vendidas de Vc
Vai Perder o Chão com um bonito novo site e um EP virtual
para download gratuíto. O EP Delação Premiada reúne
cinco músicas, duas delas inéditas. Torres Gêmeas,
uma das novas, traz a excelente frase: "De perto todos são
normais" sobre uma boa base pesada. Tambores surge
aqui em ótima versão acelerada (gravada em estúdio) assim
como Lorena Foi Embora (gravada ao vivo no festival
Rock De Inverno 6). Completa o EP a clashiana Uma Canção
Para Lena. Baixe tudo no site
da banda.
01/11/2005 - 00h49
Direto na veia e sem muita enrolação, minha
terceira parcial dos Melhores de 2005. Não adianta reclamar.
Strokes nem pensar entre os cinco shows do ano. Nem Arcade
Fire, porque o show poderia ter sido matador, se o som do
Tim SP não tivesse prejudicado a banda. E vamos combinar que
no quesito "shows", muita coisa boa pode acontecer até o fim
do ano. :)~ E entre os discos, tem coisas que eu ainda preciso
ouvir, como o novo do Paul McCartney e o tal disco ao vivo
do Capital Inicial recriando o Aborto Elétrico. Na boa, acho
grande a chance desse disco do Capital ser muito foda. Mesmo.
E nem Los Hermanos entre os discos nacionais já que o 4
é fraquinho, fraquinho. No entanto, não posso falar nada da
Maria Rita... ainda não ouvi o Segundo... (será que
vou ouvir? ahhhh, eu não ganhei iPod). Já no quesito
"filmes", assumo que vou precisar fazer mágica para encaixar
na listinha final Menina de Ouro (o filme mais triste
dos últimos tempos) e o sublime Closer,
ambos de 2004, mas que só estrearam aqui em 2005. Vê ai. Não
mudou tanta coisa.
DISCO NACIONAL
01) Grandes Infiéis,
Violins
02) Vc Vai Perder o Chão,
Terminal Guadalupe
03) O Galope
do Tempo, Marcelo Nova
04) Canções Dentro
da Noite Escura, Lobão
05) Toda Cura Para
Todo Mal, Pato Fu
CANÇÂO NACIONAL
01) Agridoce, Pato Fu
02) Dizem, OAEOZ
03) Tambores, Terminal Guadalupe
04) A Balada do Perdedor, Marcelo Nova
05) Meu Amor, Minha Flor, Minha Menina, Zeca Baleiro
DISCO INTERNACIONAL
01) You
Could Have It So Much Better... With Franz Ferdinand
02) Devils & Dust,
Bruce Springsteen
03) Take
Fountain, Wedding Present
04) The Forgotten Arm, Aimee Mann
05) In Your
Honor, Foo Fighters
MÚSICA INTERNACIONAL
01) Interstate 5, Wedding Present
02) Everyday I Love You Less and Less, Kaiser Chiefs
03) Walk Away, Franz Ferdinand
04) Gratitude, Björk
05) Stormy Weather,
Echo & The Bunnymen
FILME
01) Manderlay
02) Sin City
03) O Jardineiro
Fiel
04) Batman Begins
05) A Noiva-Cadáver
SHOW NACIONAL
01) Wander Wildner, Café Camalehon (Setembro)
02) Orquestra Manguefônica (Mundo Livre + Nação Zumbi), Sesc
Pompéia (janeiro)
03) Defalla, Avenida Clube (janeiro)
04) Bidê ou Balde, Avenida Clube (Junho)
05) Movéis Coloniais de Acaju no CRF, (Setembro)
SHOW INTERNACIONAL
01) Elvis Costello, Tom Brasil (outubro)
02) Mercury Rev, CRF (setembro)
03) Weezer, CRF (setembro)
04) Stereo Total, Sesc Pompéia (outubro)
05) Television, Sesc Pompéia (outubro)
No mais, muitas novidades bacanas nos próximos dias. Acredita
que o aniversário de cinco anos do site passou em setembro
e eu nem vi? Pois é. Cinco anos! Bem, mas não é hora de ficar
relembrando o passado, e sim pensar no futuro (que clichê
- argh). Pela frente, coisas legais. André Azenha flagrou
o Autoramas no palco em Santos, e depois foi investigar nos
camarins o que prêmios da MTV podem influenciar na carreira
do trio, o novo disco da banda e influências do Rei Roberto.
Já o amigo Jonas Lopes atravessou o Atlântico em uma conexão
via Embratel Floripa/País de Gales para saber do Super Furry
Animals quais as novidades de Love Kraft, novo disco
dos galeses, que chega ao Brasil com carimbo Trama. E o Marcelo
Costa (ops, terceira pessoa já é demais, né) bateu um papo
animado com o gente boa Adriano Cintra, ex-Thee Butchers'
Orchestra, que atirou para todos os lados em defesa de sua
nova banda, a muito comentada e pouco ouvida Cansei de Ser
Sexy. Sobrou para jornalistas, roqueiros gaúchos e até para
o Kraftwerk. Papo bom, papo bom. Um pouco depois, o S&Y
foi conferir a nova versão do CSS no palco do Rose Bombom.
Quem vai passar o feriado decupando entrevista levanta a mão!!!!
Tá, tô por aqui. Almoçando na mesa ao lado de Françoise
Cactus e Brezel Göring, a dupla Stereo Total (na verdade,
foram eles que almoçaram ao meu lado, já que o bar/restaurante
fica praticamente embaixo do meu apartamento) e encontrando
o senhor Fernando Meirelles, todo solícito, no cafezinho do
cinema. São Paulo, São Paulo. Então, já foi ver o "fofo" A
Noiva-Cadáver?. Eu já. Duas vezes. Ahhhh, curiosidade:
o Brezel, do Stereo Total, deu uma saída da mesa para buscar
um livro que ele havia deixado na copiadora para xerocar.
Sabe qual: A Divina
Comédia dos Mutantes, do Carlos Calado. Já leu? Não?
Trate de procurar então. Os gringos estão vindo aqui, xerocando
pra ler, e você vai ficar de braço cruzado???? Humpft... :)~
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