CALMANTES
COM CHAMPAGNE
Imitação Tosca de Um Blog - Página 1
Marcelo
Costa
28/09/2004
- 8h33
Dia
de folga, por aqui, é dia de trabalho. Aproveitei o dia para
acertar as resenhas de Kill Bill Volume 2 e A Vila.
Ainda tenho um novo texto de Leonardo Vinhas e textos sobre
literatura de Leonardo Barbosa Rossato (que já escreveu sobre
Pergunte ao Pó
para o S&Y).
No fim das contas, não consegui finalizar os textos sobre o
Wonkavision (entrevista com Grazy e Will) e Nação Zumbi (papo
com Jorge, Lucio e Nino) nem ver os filmes que eu tinha alugado
na locadora. Na verdade, encontrei tempo para um mergulho na
piscina do Sesc e tentei encontrar a dupla Lado Z, Márcio e
Alex, em vão.
O legal foi que, lá pelas 22h, perdido na Augusta esperando
os amigos, acabei achando alguns CDs que eu estava atrás há
muito tempo. O primeiro foi o Atrás do Porto Tem Uma Cidade,
terceiro álbum da carreira de Rita Lee, de 1974, e, a rigor,
primeiro álbum realmente solo dela (sem a participação de nenhum
mutante). Este disco estava fora de catalago, custando cerca
de R$ 40 na Galeria do Rock, mas acabou de ser relançado (assim
como o primeirão dos Mutantes e o clássico Lóki do Arnaldo
Baptista). Estão custando na faixa de R$ 15 nas lojas honestas.
Com Atrás do Porto Tem Uma Cidade completo a minha coleção
da titia Rita. É, provavelmente, o disco mais rock dela, amparado
em Stones, Beatles e maconha.
Outra aquisição bacana foi A Banda dos Contentes, último
disco da fase hippie de Erasmo Carlos. Eu também queria o Carlos,
Erasmo, mas está complicado achar esse e comprar o box do
cara é foda (complicado aguentar a carreira dele nos anos 80).
A Banda dos Contentes traz a matadora Filho Único,
a excelente Paralelas de Belchior, algumas parcerias
com o Rei Roberto e três faixas bônus nesta reedição.
Por último, peguei um duplo do Frank Zappa que eu namorava há
tempos. The Best Band You Never Heard In Your Life é
um álbum duplo ao vivo que registra alguns shows da turnê européia
de Zappa de 87/88. Traz, entre outras coisas, as malucas e surreais
versões do mestre para Sunshine of Your Love, Purple
Haze e, mama mia, Stairway To Heaven. São 28 músicas
por... R$ 24. :_)
Supla e Paulo Miklos fizeram os shows mais fracos do projeto
Um Banquinho e Rock'n'Roll, no CCBB. Enquanto Leo Jaime
contou piadas, Kiko Zambianchi mostrou exímia técnica ao violão,
Clemente tocou hinos punk ao violão, Marcelo Nova mostrou a
inédita (e matadora) Balada do Perdedor, Fábio Golfetti
não falou nada e Edgard Scandurra relembrou carreira solo e
Rolling Stones, em uma pungente versão de As Tears Go By,
Supla entrou lembrando Elvis (Trouble), fez uma versão
emocore ao violão de Imagine (Lennon), encarnou Billy
Idol em Dancing With Myself e relembrou os anos 80 com
duas boas versões acústicas de Humanos e Garota de
Berlim. Papai Suplicy olhava tudo atento, umas duas fileiras
a frente. Já Paulo Miklos mostrou apenas canções de seu primeiro
(e cult) disco solo que, a rigor, só tem quatro faixas boas.
Dessa forma, ele mostrou as boas A Mesma Praça, Ele
Vai Se Vender e De Quem São As Cidades?, esquecendo
a bela A Paz é Inútil Para Nós. No total, ponto para
o CCBB, palco de grandes momentos do rock nacional neste setembro
que termina com calor insuportável.
27/09/2004
- 11h14
Era
para eu ter postado algo aqui na sexta-feira, mas enchi a cara
com alguns amigos e a ressaca foi violenta no sábado. E eu estava
de plantão (sente o drama).
Então, aproveito uma folga em uma plena terça-feira calorenta
para dar uma passadinha aqui e deixar um oi.
Oi.
Se o Morrissey não vier para cá, estou afim de ir até a Argentina.
Alguém tem dicas legais, preços de pacotes bacanas, coisas assim
para me passar?
Em casa, Mariana Davies continua cantando bem. Logo teremos
entrevista. Alias, conversei com a Nação Zumbi no meio da tarde
da semana passada. Eles iriam fazer um show fechado no projeto
Trama Universitário e eu cheguei atrasado para a entrevista.
Resultado: vou ter que ter um bom ouvido para decifrar as respostas
do Jorge e do Lucio em meio aos tambores na passagem de som.
Mas foi legal.
Wonkavision é outra banda que deve aportar logo por aqui. Papo
com Will e Grazy.
Neste exato momento ouço Libertines. Tô curtindo
E, continuando o box Elis Tranversal do Tempo, a bola
da vez é Falso Brilhante, de 1976, talvez o disco mais
roqueiro em concepção da Pimentinha. Abre com duas pérolas matadoras
de Belchior (Como Nossos Pais e Velha Roupa Colorida),
traz canções em castelhano (Los Hermanos e Gracias
a La Vida), a versão de estúdio de Fascinação e a
maravilhosa Tatuagem, de Chico Buarque e Ruy Guerra.
Excelente.
O Blemish está reeditando o single King Kong, que agora
traz uma bela arte e a inédita Hermit's Cocktail junto
a faixa título e Broken Mirror. Só falta os caras aparecerem
por aqui com o novo show. O Blemish é uma das melhores bandas
brasileiras em cima de um palco. Grifo de quem já viu dezenas
de shows dos caras.
Para fechar, assisti O Declínio do Império Americano,
filme que deu origem As Invasões Bárbaras: ambos sensacionais.
Vou ali ver o Supla cantar com o Paulo Miklos no CCBB e já volto.
20/09/2004
- 10h01
Começo de semana punk por aqui, e não tem nada a ver com o show
do Replicantes que eu vi no sábado...
Bem, cositas rápidas:
Mombojó - O show era para a gravação do DVD da banda. Foi muito
bom, até melhor que o CD, embora ao vivo, o passeio do grupo
por diversos estilos acabe soando caricato em alguns momentos.
Gente bonita, o charme do teatro do Itaú Cultural, participação
da vocalista do Comadre Fulozinha e versões para (a matadora)
Juízo Final, de Nelson Cavaquinho, e Amor de Muito
de Chico Science e Nação Zumbi.
Os Replicantes - O Hangar 110 é um muquifo, mas o um muquifo
estiloso pra caralho. Nas paredes do bar, cartazes de shows
de 1981, 1982. Na galera, punks, skatistas, tatuados, tatuadas
e tudo mais ouvem a avalanche de barulho que vem das caixas.
Cheguei na metado do show do Biônica, engracadinho e só. Quando
Os Replicantes pisaram no palco, a festa movida a pogo, copos
d'agua para o alto e canções cantadas em coro começou a ganhar
ares de antológico. Duas inéditas abriram o show e ferveram
a molecada, mas quando a linha de baixo de Sandina se
fez soar, a casa quase veio abaixo. A "fila" para subir ao palco
e pular nos braços da galera não deu descanso aos assistentes
do local. Wander Wildner mostrou entrosamento com o trio, interpretações
alucinadas para as canções e muito pique para comandar a festa.
"Eu queria dedicar a próxima música para as três bandas que
tocaram antes de nós. Isso é que é uma festa. Quatro bandas
de quatro estilos diferentes no mesmo lugar. Isso é rock'n'roll",
elogiou o vocalista. Foi a deixa para que Festa Punk
transformasse o local em uma área tão violenta quanto a faixa
de Gaza. Lindo. Após a apresentação, nos camarins, Wander comemorava
o fato da banda ter apresentado sete das vinte e uma músicas
novas. "Dessas, 12 estão no novo disco", informa o vocalista,
que ainda encontrou pique para elogiar o novo clipe da Bidê
ou Balde ("Eles estão mais rock agora. Eu já gostava antes,
imagina agora") e avisar que o Replicantes Em Teste será
distribuido pela Trama Independete.
Ainda tinha Relespública tocando covers do The Who na Outs,
Superphones se apresentando na Funhouse, e Wado e MQN juntos
no Sesc Pompéia, mas eu já não tinha mais pique. Foi chegar
em casa, quase 1h da manhã, pedir uma lazanha e dormir.
No domingo vi A Vila. Melhor que Sinais, pior
que Corpo Fechado. Vale mais como metáfora do que como
suspense.
Disco do fim de semana: I Smell Voodoo EP do Dawn of
the Replicants, a melhor banda escocesa dos últimos anos (grifo
do Lúcio Ribeiro em uma versão on paper do S&Y que eu assino
embaixo). Mary Louise é do (sensacional) álbum 1 Head
2 Arms 2 Legs. As outras três faixas do EP são inéditas:
uma demôniaca e ensandecida versão para Balad of a Thin Man
(Dylan) e duas canções com acento mais soul (nos moldes do Afghan
Whigs), Myrrh Tingle e Dual Converter. Matador.
Vou ali respirar, já volto.
17/09/2004
- 20h29
Cantem comigo: "Hoje é sexta-feira, traga mais cerveja". Ops.
Tá, passou o surto, mas vamos comemorar: fim de semana livre
é algo raro por aqui. (depois ficam testemunhando no Orkut que
eu ando desaparecido... sei, sei, sei) risos
Outro dia acordando próximo ao meio dia. Ufa, quase dormi no
ônibus também, mas Neil Young não deixou. Everbody's Rockin'
fez a festa em meu discman nesta tarde. Roooock. Após ter comprado
o vinil, em 1991, e trocado um dia depois pelo Comes a Time
(discaço), eis que Everbody's Rockin' volta ao meu mundo
faiscando.
Também passou por aqui outro disco da Elis (vocês vão me ouvir
falar da moça durante um booom tempo). O terceiro disco que
ouvi do box Transversal do Tempo foi Elis (1977),
um álbum que destaca uma produção e arranjos impecáveis, mas
faltam canções. O disco abre com a excelente Caxanga,
de Milton e Fernando Brant. Bituca dá uma força nos vocais do
fim da canção. Colagem, a seguinte, é um country estilizado.
As canções se sucedem, destacando mais os arranjos do que as
interpretações e as letras.
Ironia das ironias: o grande sucesso do disco é Romaria,
de e com Renato Teixeira. O arranjo é simples, contrastando
com as outras músicas do disco e destacando a belíssima letra
deste clássico caipira. A Dama do Apocalipse traz um
lindo arranjo de violino e Ivan e Lucinha Lins participam da
outra grande canção do álbum, Cartomante. O disco fecha
com Transversal do Tempo, a música.
Hoje tirei uma hora para passear por sebos. Consegui achar o
In The Attic do R.E.M., uma edição especial da EMI apenas
com canções que sairam em singles e compilações durante a fase
IRS do grupo de Michael Stipe. Vale por Dream (All I Have
To Do (da trilha do filme Athens: GA Inside Out),
Tired of Singing Trouble e versões acústicas de One
I Love e Time After Time. Peguei ainda o Unplugged
do Clapton (roubaram o meu) e I Just Wasn't Made For These
Times do Brian Wilson.
Brian Wilson, PJ Harvey, Primal Scream, Picassos Falsos, Libertines,
2many DJs: a gente vai se ver no Tim Festival, não vai?
Neste fim de semana pretendo ver Wander e Mombojó. Se você ficar
em casa, faz um favor: assiste o Altas Horas e vê o Arnaldo
Baptista. O cara é uma das atrações do programa. E é uma lenda.
:_)
Para terminar: estou com fome. Alguém ai quer pizza?
16/09/2004
- 23h11
Folgas e Shows
Não consegui ver A Vila ontem. Talvez no fim de semana,
quem sabe. Após virar algumas madrugadas acordado, ontem o corpo
pediu as contas. Entrei às 7h para abrir a lojinha no trabalho,
o que significa que acordei às 5h30 lá no centro de São Paulo.
Fui dormir, após a correria do dia, à 1h30 da manhã. Nesta quinta
teriam duas cabines bacanas, entre elas, Depois do Entardecer,
às 11h. Acordei ao meio dia. Porém, acordei ao meio dia inteiro,
bem humorado. Do capítulo que versa sobre "Coisas que só uma
noite bem dormida pode fazer por você".
Nada de muito legal hoje por aqui. Alguns CDs bacanas engordam
a coleção: a dobradinha Just Enough Education To Perform
e You Gotta Go Theme To Come Back do Stereophonics. O
primeiro (terceiro deles na discografia oficial) todo mundo
detona. O segundo (quarto) todo mundo elogia. Eu tinha parado
no Cocktails, mas tanto gente me falou do último disco
deles que resolvi pegar os dois. Se não gostar passo os quatro.
(ok, o primeirão é bacana e eu fico).
Também peguei o Under The Western Freeway do Grandaddy
que eu tinha em CDR (nada como um CD original). E minha coleção
oficial do Neil Young está quase completa, com Everbody's
Rockin' (1983). Eu já tinha comprado esse disco em vinil,
uns quinze anos atrás, e devolvido. É um daqueles discos dos
anos 80 em que o Neil Young pega uma banda de um estilo diferente
do seu, se traveste de frontman, e manda bala. A banda, aqui,
é a The Shoking Pinks. O estilo é o rockabilly. Na capa, Neil
Young posa de guitarra e brilhantina. O disco traz covers para
Mystery Train e Rainin' In My Heart e da última
vez que ouvi, em 1991, não curti. Vamos ver agora. Com este
disco, só faltam o Trans (o disco eletrônico do Neil)
e o Arc (23 minutos de microfonia e só).
Também peguei o DVD de 24 Hours Party People...
Boa notícia: Leonardo Vinhas está voltando! Já sugeriu três
pautas e logo tem texto dele na casa (clap clap clap). Alias,
amanhã prometo postar matérias novas.
Agora, mais descansado (e com a conta no vermelho), é possível
pensar nos agitos de fim de semana. O Mombojó faz duas apresentações
gratuitas no Itaú Cultural da Avenida Paulista, nesta sexta
e sábado. Tom Zé está inaugurando o espaço cultural da Galeria
Olido (quase ao lado da Galeria do Rock) com quatro shows. Começou
na quarta e vai até o sábado. E sábadão tem Os Replicantes no
Hangar 110.
Devo ir no Mombojó no so sábado e, de lá, sair correndo para
ver o Replicantes. Cruzo os dedos para que dê certo. Depois,
uma balada para amaciar a alma, afinal, ESSE É O MEU FIM DE
SEMANA DE FOLGA. (risos)
Descanse em paz, velho Johnny, descanse em paz
15/09/2004
- 14h45
Vi
Colateral ontem e vou tentar ver A Vila hoje.
Achava difícil eu gostar de Colateral, e estava certo.
Os clichês batem ponto, apesar do diretor Michael Mann ter
conseguido abrir mão de vários que podiam estar no filme,
principalmente no final. Mesmo assim, nota 6. E o Tom Cruise
até manda bem. Depois exponho melhor isso em uma resenha.
Chega às bancas na próxima sexta-feira o primeiro número da
revista Pipoca Moderna, de Marcel Plasse. Com enfoque
em cinema e DVD, a revista traz Star Wars na capa e
destaca Kill Bill, Alien vs. Predador, Pato
Donald, Twin Peaks e Elvis Presley. Duas
matérias minhas engordam a publicação: um especial sobre o
box de cinco DVDs da Mulher Maravilha e uma resenha do novo
CD do Prodigy.
Disco do dia: Transversal do Tempo, Elis Regina, 1978.
Comprei a caixa de 21 CDs de mesmo nome e, assim como leio revistas,
comecei a audição: de traz para frente. Elis Especial
de 1979 é bonzinho, mas não me impressionou. Porém, Transversal
do Tempo é sensacional. Além da ligação afetiva (me vejo
menino vendo meus pais ouvirem e cantarem esse disco), Transversal
do Tempo é musicalmente imperdível. Abre com a famosa versão
de Elis para Fascinação, segue com três faixas afiadas
e contundentes (Sinal Fechado, Deus Lhe Pague
e O Rancho da Goiabada, com excertos de Construção)
e quando entra Saudosa Maloca, é difícil de conter as
lágrimas. Gravado ao vivo nos dias 06 e 09 de abril de 1978,
Tranversal do Tempo é clássico e imperdível.
Outracoisa com Arnaldo Baptista nas bancas. Escrevi algo
para o Terra. Confira.
14/09/2004
- 00h25
Insônia
Depois de passar dois dias virando madrugada em coberturas de
festivais (Pop Rock, em MG - Sonarsound, em SP) e dormindo de
dia, fica difícil colocar o sono no lugar certo: no travesseiro.
Passei a noite passada como um zumbi e, lá pelas tantas, desisti:
peguei o DVD do filme Trapaceiros, do Woody Allen, e
fui rever. É interessante quando a gente despe o olhar crítico
e assiste o filme por assistir. Ainda o acho um filme banal,
mas é divertido.
Dia cansativo, um pouco de açai (yep, eu adoro), quase nada
de música, e pequenas curiosidades para colocar o S&Y nos eixos.
A capa principal está atualizada, mas a lista de texto é a do
ano passado e as subcapas continuam nas mesmas. Vou arrumando
enquanto a insônia me visita, prometo. No mais, curiosidades
legais: na comunidade S&Y do Orkut, os novos discos de Wilco
e Morrissey estão sendo apontados como os Melhores de 2004,
enquanto Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças disparou
na lista de Melhor filme da temporada. Um tópico interessante
foram os dos textos preferidos de cada pessoa aqui no S&Y. Abaixo
segue uma listinha dos mais citados, tá.
A Teoria de Alison, por Miguel
F. Luna
Brincando de Seduzir, por
Marcelo Costa
As Teorias do Mestre Opala,
por Eduardo Palandi
S&Y Copa Awards, por Juliano
Costa e Martín Fernandez
"Alternativo" A QUÊ?,
de Leonardo Vinhas
Quando o Rock Fala ao Coração,
Álvaro Pereira Jr.
Neil Young no Rock in Rio 3,
por Marcelo Costa
Um adolescente nos anos
80, por André Takeda
Ohana, por Flávia
B. Boudou
Uma Década em Quinze Filmes,
por Marcelo Costa
Buffalo Tom, por Leonardo
Vinhas
Eu Queria Entender o Silêncio,
por Marcelo Costa
13/09/2004
- 00h54
Colocando
ordem na casa
Estou quebrado. É sério. Tô de saco cheio do trabalho, mas como
a grande maioria, preciso trabalhar para pagar o aluguel, a
comida e os vícios. São quase 1h da manhã de domingo para segunda
e, bem, decidi colocar em prática o plano de voltar a capa do
S&Y ao modo antigo. Isso se deu mais por eu estar publicando
resenhas longas no blog, ao invés de ficar postando notinhas.
Aqueles textos mereciam um espaço só deles e,
bem, lá estão. Assim, este espaço deverá
funcionar realmente como um blog, algo que nunca tive. Então
se prepare para ouvir dezenas de reclamações...
eu ando ranzinza pacas. Porém, com certeza, alguma coisa útil
deve aparecer por aqui. Eu ainda devo tar uma arrumada neste
espaço. As resenhas de CDs devem ir para a parte de resenhas.
Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças ganhará um
texto digno ao filme maravilhoso que é. Falando nisso, as próximas
coisas que devem pintar por aqui são Hanif Kureishi (O Corpo
e Outras Histórias: começou bom, tá mezzo), Wonkavision
(estou absurdamente viciado no début da banda), uma entrevista
com o DJ Anderson Soares, e Nação Zumbi (o DVD),
Nervoso (Saudade Das Minhas Lembranças), o filme sobre
a turnê dos Doces Bárbaros (beeeem legal), e mais uma ou outra
cosita, tá.
NOVIDADES
Música
Em Casa
Always Outnumbered, Never Outgunned, Prodigy
Faithless Street, Whiskeytown
Daydream Nation, Sonic Youth
No Disc Man
Tranversal do Tempo, Elis Regina
Tyrannosaurus Hives, The Hives
Wonkavision, Wonkavision
Música do Momento
O Bom Veneno, Nervoso
Spitfire, Prodigy
Comprimidos, Wonkavision
Filmes
Os Dóces Bárbaros (CINEMA) – Boas músicas, algumas viagens
e grandes histórias.
Propagando, Nação Zumbi (DVD) - Eu apareço em uns dois
trechos... (risos)
Livros
O Corpo e Outras Histórias, Hanif Kureishi - Bom romance,
contos medianos.
O Banquete, Caco Galhardo e Marcelo Mirisola - Aninha,
Ângela e Eugênia... ufa.
02/08/2004
- 21h40
CURTINHAS
Lasciva
Lula lança clipe de Olívia Lik
Terminal
Guadalupe pode regravar Perla em novo CD
Bidê
ou Balde finaliza gravações do terceiro álbum
Hurtmold
lança novo CD e agenda shows
Wander
Wildner e Replicantes gravam novo CD
27/07/2004 - 00h15
NOVIDADES
Música
Em Casa
In Exile Deo, Juliana Hatfield
Seychelles, Seychelles
Melhor Assim, Poléxia
No Disc Man
Nadadenovo, Mombojó
Enchante, Margaret Doll Rod
Tramplin, Patti Smith
Música do Momento
Papel, Seychelles
O Bom Veneno, Nervoso
A Visita, Nervoso
Filmes
Shrek 2 (CINEMA) – Eu acho que eu vi um gatinho...
Estranhas Ligações (CINEMA) – David Lynch à espanhola
Pelé Eterno (CINEMA) – Se fossem só os gols...
Cazuza – O Tempo Não Pára (CINEMA) – Deveria ser Cazuza
– Exagerado
O Outro Lado da Cama (DVD) – Sexo, amor, traição e canções
Dolls (DVD) – A vida
é um teatro (de bonecos)
Shrek 1 (DVD)
– Vale ver de novo só pelos extras...
Aniversário de Casamento (DVD) – Com quantos E se faz
uma festa de arromba
Introduzindo a Drum Bass no Brasil (DVD) – Uma aula de
boas idéias
25/07/2004
- 23h10
The Who 4, Roberto Carlos 2, Ira! 1
A passagem dos curitibanos da Relespública
por São Paulo foi celebrada com doses cavalares do bom e velho
rock and roll. O trio Fabio Elias (vocal e guitarra), Emanuel
Moon (bateria) e Ricardo Bastos (baixo) mostrou as canções do
excelente álbum As Histórias São Iguais, com destaque
para Garoa e Solidão, Nunca Mais, Boatos de
Bar e A Fumaça é Melhor Que o Ar, cover para uma
música dos primórdios do Ira!, nunca lançada pelo grupo paulista.
A Reles ainda incendiou o público com uma dobradinha do Rei
Roberto, Eu Sou Terrível e Se Você Pensa, está
última com participação de Rafael, vocalista do Acústicos e
Valvulados. E, para o bis, um quarteto matador de canções do
The Who para ficar na história da Funhouse, em São Paulo: My
Generation, Shakin Over, A Quick One While He’s Away e Won't
Get Fooled Again encerraram, com chave de ouro, um show
matador.
O
rock de Curitiba em dez discos
13/07/2004
- 5h30
Walverdes prepara novo disco
A banda gaúcha Walverdes está finalizando
o novo CD, sucessor do elogiado Anticontrole, lançado pela Monstro
Discos em 2002. Em entrevista ao Terra, o vocalista/guitarrista
Gustavo "Mini" Bittencourt disse que o trabalho está bem avançado.
"Já estamos com 80% do disco novo composto. Estamos terminando
mais umas 3 ou 4 músicas", contou Mini.
Saiba
mais e ouça a matadora Refrões ao Lado/Classe Média Baixa
Records.
Wander Wildner
A passagem de Wander Wildner por SP, neste último fim de semana,
me deixou rouco, uma ressaca de cerveja no plantão de domingo,
uma foto nova para o Orkut (essa abaixo) e um rombo de R$
60 pilas no cartão
de crédito da amada. Mas foi divertidamente rock and roll.
Wander tocou com a banda que o acompanhou em Bueno Dias,
o que quer dizer que mestre Jimi Joe estava presente. O
som estava
muito bom e a decoração do bar do Hotel Cambridge
é excelente para shows de rock. Parabéns para
a Fernanda, que organiza shows no espaço. Faltaram
muitas músicas (sempre faltam, não?), mas foi bacanaço.
O amigo André, da banda McQuade, contou que a apresentação
de Wander em Araraquara também foi de tirar o chapéu.
Compromisso em Araraquara
Na sexta-feira, este que vos escreve aporta em Araraquara para
um bate papo sobre a cena independente brasileira. O evento,
que faz parte do excelente festival Araraquara Rock 2004 (e
que contou com shows de Wander Wildner, Inocentes e Cachorro
Grande, entre outras muitas bandas bacanas) está acontecendo
no teatro do Sesc Araraquara. Na minha pauta, um dedinho de
prosa sobre fanzines, e-zines e imprensa musical. Barbara Lopes
e Katia Abreu, do Bscene, já liberaram alguns exemplares da
versão impressa do site. Devo levar alguns Cardoso On Paper
(versão impressa do Cardoso Online) e outros badulaques. O evento
está sendo organizado pela Secretaria Municipal de Cultura
de Araraquara - FUNDART.
06/07/2004
- 08h51
Eu sou um cara passional, fudidamente passional. Em música,
então, nem se fale. Tenho CDs de bandas que desgosto teoricamente,
mas servem para matar o tempo (todos vocês sabem que na prática,
a teoria é outra, certo) entre uma taça de vinho, uma noite
mal-dormida e a eterna vontade de mandar as obrigações para
o espaço. Entretenimento, manja? Bem, tudo vai por água abaixo
quando me apaixono por um disco. Apaixonar-se por um disco,
hoje em dia, é algo tão raro quanto encontrar uma nota de R$
10 perdida na rua. E o melhor é que, ao contrário da analogia,
você não fica pensando no azarado que perdeu a grana: você apenas
sorri, aperta o repeat e flutua em sua órbita pessoal. Todas
essas bobagens que eu disse (e que dariam para encher um caminhão,
segundo Nei Lisboa) estão ancoradas em apenas um motivo: eu
estou apaixonado por um disco. Não é um disco novo, destes que
você vai esbarrar nas bancas de jornais, nem na capa da NME.
É um disco de 2000, que não foi lançado no Brasil, que não lembro
de ter ganhado muito destaque naquele ano e que passou totalmente
desapercebido para mim. Lembro que, quase dois anos atrás, vi
um show deles, aqui em São Paulo, sentado na primeira fila do
teatro do Sesc Vila Mariana. A apresentação foi belíssima, com
um toque inesquecível que, naqueles dias estranhos, não conseguiu
ser totalmente decifrada pelo meu coração, eternamente atropelado
pelo mundo moderno. O cara, loirinho, fazia piadas a todo o
momento, contrastando com a melancolia de sua voz... e das músicas.
A garota, morena, alternava-se entre o baixo, um harmonium e
o microfone, enquanto um guitarrista japonês soltava riffs abafados
que flutuavam pelo ar como fumaça de cigarro sob uma névoa de
luzes. O loirinho atende pelo nome de Damon Krukowski. A garota
se chama Naomi Yang. Juntos, eles formam o Damon & Naomi. Michio
Kurihara, guitarrista do grupo Ghost, estava excursionando com
o duo, que mostrava canções do álbum singelamente chamado Damon & Naomi
With Ghost. Lançado em 2000 pela Sub Pop, Damon & Naomi
With Ghost é de uma beleza rara na música pop.
A melancolia transborda das caixas de som, sem resvalar um
momento
que seja na pieguice. The Mirror Phase, a faixa que
abre o disco, é de uma covardia atroz. Como é que esses caras fazem
uma música dessas e o mundo não derrete como flocos de neve
nas calçadas de Ipanema? O melhor momento de guitarras surge
na longa Tanka, com um crescendo mortífero. E tem
cover do Big Star (a baladinha Blue Moon, do cultuado Third/Sister
Lovers). E tem uma belíssima capa. E tem a vantagem de ser
atemporal. Foi gravado quatro anos atrás, mas poderia ter sido
ontem. Ou amanhã. O tempo não importa. O que importa é a música.
Eu já devo ter te perguntado isso, caro leitor, mas não custa
nada perguntar de novo: você já se apaixonou por um disco?
Show
do Damon & Naomi With Ghost em São Paulo
No Pique de Nova York
Eu sei, o título não ajuda. Se eu disser que é uma tola comédia
de costumes, talvez você pare de ler exatamente aqui, certo.
Eu precisava correr o risco. Embora o título chinfrim e o formato
"mais pose que conteúdo"não credenciem, New York
Minute é uma deliciosa comédia teen novaiorquina. Estrelado
pelas irmãs Olsen (Ashley e Mary-Kate – sim, esta última é a
que foi internada por anorexia dias atrás), o filme consegue
se safar do roteiro banal por não se levar a sério. As doses
de exagero em New York Minute salvam o filme da mesmice.
E divertem. A história é aquilo de sempre: irmã CDF não suporta
irmã PREGUIÇA. Irmã CDF tem um discurso que vale uma bolsa para
Oxford. Irmã PREGUIÇA tem a gravação de um clipe de uma das
bandas do momento. Nisso, as duas acabam se enroscando uma no
dia-a-dia da outra e, bingo, temos uma comédia de costumes.
A distribuidora deverá vender o filme no Brasil como a estréia
cinematográfica de Jack Osbourne. Não leve a sério. Ele faz
só uma pontinha de nada. A dupla dinâmica Olsen vale a pipoca
desta deliciosa e tola comédia pop. Afinal, o mundo não é feito
apenas de Dogville...
Mais
Caetano,
Paulinho da Viola e Los Hermanos cantam hinos de futebol
Franz
Ferdinand ganha remix do Daft Punk
NOVIDADES
No Disc Man
Shibuya-Kei, coletânea by Bárbara Lopes
Sonic Nurse, Sonic Youth
Em Casa
Damon & Naomi With Ghost, Damon & Naomi With Ghost
As Próximas Horas Serão Muito Boas, Cachorro Grande
Música do Momento
Take Me Out – Daft Punk Remix, Franz Ferdinand
Sal de Fruta/Burocracia Romântica, Poléxia com Dary
Jr.
Livro
Adoniran, Uma Biografia, Celso de Campos Júnior
Filmes
Crepúsculos dos Deuses (CINEMA) – O sensacional Billy
Wilder
Escola do Rock (DVD) – Esperava mais, mais, bem mais
Encantadora de Baleias (DVD) – Não me encantou
Os Vigaristas (DVD) – Filme menor de Nicolas Cage
e Ridley Scott
Profissão de Risco (DVD) – A boca de drogas do Zé Pequeno,
versão EUA
02/07/2004 - 20h10
O rock nacional renasce em Curitiba
Quase onze anos atrás, em setembro de 1993, uma matéria
de quatro páginas na principal revista de música do país (a
finada Bizz) atestava que Curitiba estava inundando de sangue
fresco o rock nacional. Apelidada de "Novos Vampiros", a cena
curitibana de 93 acabou ficando à margem, enquanto surgia o
mangue beat (atraindo a mídia) e o forrocore dos Raimundos se
transformava em sucesso de vendas (atraindo o público). Muita
coisa aconteceu desde então, e em tempos de maré braba na indústria,
as luzes voltam-se para a "cidade modelo" novamente. Vários
grupos da cidade - da MPB ao punk, do reggae ao psychobilly
- conseguem mostrar que ainda é possível fazer boa música
no Brasil.
Confira um dossiê sobre a cena curitibana, com entrevistas,
videoclipes, áudio de músicas e mais. Clique
aqui
22/06/2004
- 22h42
Pixies,
Pixies e mais Pixes
1) Bam Thwok, a primeira música inédita do Pixies em
13 anos, já está na Web. A música foi lançada na terça-feira,
apenas para venda no site iTunes Music Store, da Apple, por
99 centavos de dólar. Como o serviço só é operado nos Estados
Unidos, só residentes do território norte-americano podem comprar
a música. Leia
mais
2) Desde que Black Francis (Frank Black) e Kim Deal decidiram
reviver os bons tempos do Pixies, a banda já se apresentou 17
vezes. A primeira aconteceu no Fine Line Music Café, em Minneapolis,
nos Estados Unidos, dia 13 de abril. A última no festival brasileiro
Curitiba Pop Festival, dia 05 de maio. Destes 17 shows, 16 foram
gravados em CDs duplos e vendidos para o público logo após o
show, com tiragem de mil cópias. Apenas o show do Brasil não
foi 'vendido' e o show do Festival Coachella teve uma tiragem
superior, de duas mil cópias.
Leia mais
NOVIDADES
No discman
Loaded - Fully Loaded Version do Velvet Underground
Gigante do Capital Inicial
Velvet Revolver do Velvet Revolver
Em Casa
Gilberto Gil 1968 do Gilberto Gil
Third/Sister Lovers do Big Star
Set do ALex Chilton
Músicas do Momento
Homem Mosca do Criaturas
Metida Demais do Faichecleres
Livro
Adoniran de Celso de Campos Jr.
Filme
O Homem Que Não Estava Lá (DVD) - Irmãos Coen voltam
no tempo.
Plata Quemada (DVD) - Pior que Nove Rainhas, melhor
que Kamchatka.
16/06/2004
- 11h45
NOVIDADES
No discman
Jupiter Maça e os Pereiras Azuiz do Jupiter Maça
Loose Screw do Pretenders
Novos Sons Fora do Eixo Vol. 1, coletânea com bandas
de Curitiba
Em Casa
Franz Ferdinand do Franz Ferdinand
As Histórias São Iguais da Relespública
Polly A Olympia, da Polly Jean Harvey
Músicas do Momento
Céu Sem Cor da Pelebrói Não Sei?
O Bêbado de Ulisses da Terminal Guadalupe
Hurt com Johnyy Cash
Livro
Adoniran de Celso de Campos Jr.
Filme
Samba Riachão (cinema) - Toda a beleza do samba.
Diários de Motocicleta (cinema) - Poderia ser menos piegas.
O Sentido da Vida (DVD) - É Monty
Python. Precisa dizer mais?
15/06/2004
- 6h59
Ludov
Uma das maiores sensações do meio independente nacional da atualidade,
com shows lotados e público cantando junto as canções do grupo,
o Ludov começa a chamar a atenção das rádios e da MTV. Canções
como Dois a Rodar e Trânsito já figuram na programação
de emissoras como a Brasil 2000 e o videoclipe de Princesa está em sétimo lugar no Disk MTV, parada diária da emissora.
Veja o videoclipe e confira, ainda, três vídeos do Ludov ao
vivo no Blen Blen, em São Paulo.
Leia mais.
26/04/2004
- 06h37
Skol
Beats
Neste final de semana rolou o Skol Beats em São Paulo. Basement
Jaxx mostrou suíngue enquanto o Fischerspooner trouxe roupas,
ironias e dançarinas. Bem, eu fico com a música, combinado.
Muito embora, não tenha jeito: para mim, Marky será eternamente
o nome do festival. A primeira vez que o vi no Skol Beats, acho
que em 2002, foi lindo (o cara fez chover - mesmo - dentro da
tenda). Um set dançante, suave, e com excelenets viradas. Este
ano ele veio muito mais porrada. O começo da discotecagem, com
o público urrando e pulando muito, já entrou para os momentos
inesquecíveis que a música me proporcionou na vida. Arrepiante.
Saiba
mais
César Camargo Mariano
Andei conversando com o pianista César Camargo Mariano.
Quando estava indo para a entrevista, marcada para às 18h de
uma quarta-feira, imaginava um papo rápido de, no máximo 20
minutos. A conversa durou 1 hora e meia e foi muuuuuuito legal.
O primeiro link que vou colocar abaixo é o do primeiro trecho
da entrevista em vídeo (publiquei nove trechos). Depois, o material
em texto, tá.
PS - Ainda faltam alguns trechos em vídeo que devem ir ao ar
nesta semana, sobre o relançamento do clássico Elis e Tom,
um dos dez discos mais importantes da MPB.
Em
vídeo - César Camargo Mariano fala sobre o DVD Piano e Voz
Em
texto - César Camargo Mariano analisa a carreira de Maria Rita
Em
texto - "Sinto saudade de botequim", diz César Camargo Mariano
19/04/2004
- 19h38
São
Paulo teve neste fim de semana um excelente festival de rock.
Tudo bem que tinha mais purpurina que atitude, que tinha mais
tatuagens que guitarras. O que vale é a excelente idéia da Prefeitura
de São Paulo abrir espaço para a cena. O que fica? O harcore
continua mandando bala. Deu baile nos rock setentistas com o
Nitrominds, embora o Thee Butchers' Orchestra tenha feito seu
básico e excelente show bagaceiro e rock em alto volume. E o
Los Pirata também mandou bem na abertura, mas, impossível não
ressaltar que a banda esteja presa no som que está fazendo.
Eles tocam muito mais que aquilo, mas estão se prendendo na
caricatura. Mesmo assim, é muito cedo para dizer se isso é bom
ou ruim. O que é certo é que tanto Me Gusta, Paloma quanto
a cover de Blackbird valeram o show.
Cena
independente celebra o rock e a chuva em SP
Leia mais e veja fotos
11/04/2004
- 07h51
Entrevista
com Ciro, baixista da banda goiana NEM
06/04/2004 - 06h42
Eric
Burdon grava três canções de Marcelo Nova em novo disco
04/04/2004 - 02h21
Mundo Livre S/A, Piores do Ano e Lars Von Trier
O Mundo Livre S/A, um dos três grupos fundamentais da música
brasileira em atividade (independente de qual sejam os outros
dois) colocou uma música nova para download gratuíto no site
da Trama. É a versão demo de Dogville, Coleiras e Bombeiros,
canção inspirada em uma correlação do maravilhoso filme de Lars
Von Trier com a não menos maravilhosa Luma de Oliveira. "Quando
assisti Dogville, percebi uma coincidência", explica
Fred Zeroquatro, líder da banda. "Quando o Lars Von Trier criou
a personagem da Nicole Kidman, nunca ia imaginar que uma pessoa
da alta sociedade brasileira se exibisse publicamente usando
uma coleira", comenta. A música, climática, suave, dançante,
gostosa e abrasileirada, está liberada para download gratuíto
até o dia 14/04. Vai
lá, baixa.
Um dos sites mais bacanas da internet brasileira, o Abacaxi
Atômico já começou a recolher votos para a tão aguardada eleição
de PIORES DO ANO. Eu votei, mesmo sabendo que os Engenheiros
do Hawaii devem papar a maioria dos prêmios. Quero deixar
registrado aqui meu protesto. (hehehe) O disco Dançando
no Campo Minado não é dos melhores trabalhos da banda, mas traz de três a cinco
faixas muito boas. Preta Gil, Carlito Marrom e Tihuana são
bem piores. Mesmo assim, vota
lá vai. :o)
Para fechar os posts desta madrugada, Dogville. Eu devo
fazer parte da minoria esmagadora de pessas que não saiu chorando
da sala de cinema após ver Dançando no Escuro, filme
anterior de Lars Von Trier, que trazia Bjork no papel principal.
Cheguei até a ironizar alguns lacrimosos na minha sessão. Depois
fiquei pensando no que tinha acontecido com meu coração. E cheguei
a conclusão que meu coração estava perfeitamente no mesmo estado
de sempre (a saber, esburacado, cheio de cicatrizes e batendo
aos trancos e barrancos, mas isso é outra história). Ou seja,
o problema era mesmo o filme, um pastiche musical buscando mostrar
onde a inocência, a fé nas pessoas, no Estado e, principalmente,
na sociedade como um todo podem levar uma pessoa. A idéia era
ilustre. O resultado deixou a desejar, muito porque EU NÃO GOSTO
DE MUSICAIS. Desculpe. Com isso, fui com os dois pés (os dois
braços, o tronco, os membros e tudo mais que eu tinha direito)
atrás ver Dogville. De cara, algo assusta: o filme
não
tem cenário, apenas riscos no chão que indicam onde deveriam
ser as paredes das casas (o que, em uma cena capital, a do estupro,
funciona de maneira assustadoramente arrebatadora). A divisão
por capítulos, no entanto, dá à trama um poder narrativo
que não cansa o espectador, mesmo com a obra beirando as três
horas de duração. Passado o desconforto pré-inicial, Trier nos
acomoda neste conto de fadas às avessas, uma típica história
americana. Dogville é uma pacata cidadezinha do Colorado, que
vive da mineração. A calma do local será abalada pela chegada
de Grace (Nicole Kidman), que aparentemente está fugindo de
bandidos e quer se esconder na cidade. Graças à ajuda de Tom
(Paul Bettany), os moradores decidem acolher a fugitiva. Tom
sugere que, em troca, Grace preste alguns serviços gratuitamente
aos moradores. Desse ponto em diante, Grace será adorada, usada,
abusada, escravizada e violentada pela sociedade que a acolheu.
Não estranha Nicole Kidman não ter aceitado continuar trabalhando
com Trier no segundo filme (Smalville) desta trilogia
norte-americana que o diretor deseja filmar. Trier leva Kidman
até o mais fundo do poço das humilhações, ressurgindo, com ela,
com uma história perturbadora, inteligente e vingativa. Nunca
Kidman esteve tão linda como está em algumas passagens de Dogville.
Paradoxalmente, nunca encarou um papel tão humilhante e devastador
quanto este de Grace. O resultado deste pequeno compêndio sobre
os Estados Unidos da América é enebriante. Em um mundo afundando
em blockbusters, em que uma fábula bem filmada/adaptada (e só
isso) leva onze estatuetas de Oscar para casa, fica difícil
classificar uma obra como Dogville. Provavelmente, o
texto especial que Hector Babenco escreveu para o Estadão consiga
explicar melhor o valor desse filme. Leia, veja o filme e tire
suas próprias conclusões. Eu não podia deixar passar a chance
de falar sobre esse filme, você entende?
01/04/2004 - 22h07
Shows
A
Lasciva Lula, uma das bandas mais admiradas pelo S&Y conseguiu
reunir outras três bandas legais e armar uma mini-turnê pelo
sul do país. O Lasciva Lula irá tocar ao lado do Relespública
em Curitiba (02/04), do Pipodélica em Florianópolis (03/04)
e do Wonkavision em Porto Alegre (05/04). Depois a banda descansa
uma semana para voltar aos palcos, desta vez em São Paulo, na
casa Funhouse (17/04). Confira matéria e ouça Olívia Lik.
Leia
aqui
Organizando o acervo de textos
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LOS PIRATA APOSTA NA MPB MEXICANA
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BLEMISH LANÇA KING KONG E PLANEJA PRIMEIRO DISCO
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OUTRACOISA - WANDER WILDNER
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INKER, PB E SUITE MINIMAL
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NAÇÃO ZUMBI GRAVA DVD
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MUNDO LIVRE S/A RETORNA EXPERIMENTAL
-
ELBOW RETORNA CARREGADO DE TRISTEZA
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THE DATSUNS PAGA TRIBUTO AO AC/DC E AO LED ZEP EM ESTRÉIA
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BELLE AND SEBASTIAN CONTA SUA HISTÓRIA EM DVD
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BARFLY ESTRÉIA COM CD EMPOLGANTE PELA MONSTRO
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COLETÂNEA DO TEENAGE FANCLUB CHEGA AO BRASIL
-
DISCO POLÍTICO DE JOYCE É RELANÇADO NO PAÍS
-
TIM FESTIVAL EM FOTOS, TEXTOS e VÍDEOS
01/04/2004 - 15h29
Entrevistas
Edgard Scandurra, guitarrista do Ira!, fala do Acústico MTV
que a banda lança em maio, conta como surgiu a canção Gritos
na Multidão, fala da paixão da banda pelo The Clash e
muito mais.
Leia
aqui
Marcelo Nova, vocalista do Camisa de Vênus, fala do DVD que
a banda gravou e relembra como foi compor Deus me dê Grana
e Simca Chambord. O vocalista também fala de seu próximo
disco solo, que começa a ser gravado no próximo dia dezenove. Leia
aqui
31/03/2004 - 0h29
Livros, livros e mais livros
Brincando de Matar Monstros (Conrad) de Gerald Jones é o meu livro do momento. Estava lendo há mais de três semanas
e adorando, mas... emperrou. O autor defende - de maneira inteligente
- que as crianças precisam de videogames, desenhos animados,
armas de brinquedo e violência de faz de conta, em um contra
ataque a todos aqueles que acusam a mídia por casos como o de
Columbine. Estou na página 72 e quero (tenho) escrever uma resenha,
então aguardem (até rabisquei paralelos com Nick Hornby e o
André Barcinski de Barulho). O fato é que nos últimos seis
dias, dei folga ao Gerald Jones e li outros dois livros.
Em noventa e seis horas devorei o novo livro do grande Fábio
Massari. Muito mais acessível que (o também bacana) Rumo à Estação Islândia (Conrad), o novo Emissões Noturnas
- Cadernos Radiofônicos de FM (Grinta Cultural) compila
material de arquivo do bom e saudoso Rock Report, programa
que
Massari comandou na rádio 89FM de São Paulo, entre 1991 e 1996.
Jornalismo rock de imensa qualidade, estes recortes ora soam
confusos (como na entrevista com Justin Sullivan, vocalista
do New Model Army), quase sempre soam geniais (como as entrevistas
com Nick Cave e Bobby Gillespie, do Primal Scream, na época
lançando o divisor de águas Screamadelica) e vez
ou outra tocam o terreno do antológico (a entrevista com Kim Gordon
do Sonic Youth é inesquecível). Particularmente, o livro já
serviu para me tirar o ranço de um álbum que eu sempre quis
ter, mas sempre deixei de lado porque me diziam que era estranho
demais: Citizen Wayne do ex-MC5 Wayne Kramer. A entrevista
com o cara fecha o livro e é matadora. E eu sempre esbarro nesse
CD em sebos, agora já tenho um motivo para comprar. E do capítulo
quase sempre esquecido "elogio para quem merece", o trabalho
de projeto, produção gráfica e design, assinado pelo Daniel
Motta, é simplesmente acachapante. Sei que o Daniel já me detonou
por ai algumas vezes (talvez duas, não menos, provavelmente
mais), mas não vou ficar lamentando sobre o uísque derramado,
afinal, nesse mundinho repleto de injustiças, crédito para quem
faz. Parabéns ao Massari e ao Daniel pelo excelente trabalho.
Após o livro do Massari, uma leitura rápida: Cartas na Rua (Brasiliense)
do Bukowski, apenas para alimentar meu lado junkie que está hibernando (durma em paz, cara). Antes que alguém cool,
com a conta bancária no azul, perfumado e de banho tomado apareça
para cagar regras, tenho que dizer que gosto muito da literatura
do velho safado. É ótimo sair do mundo de Salman Rushdie, Lygia
Fagundes Telles e José Saramago e pisar o território de Bukowski,
assim, sem regras, apenas pelo prazer da leitura e das paisagens
que essa leitura traz. Mas se eu precisasse fazer uma lista
de escritores prediletos, um TOP TEN, Bukowski provavelmente
ficasse para a segunda ou terceira turma. Sinceridade acima
de tudo, sempre.
São 00h07m e fiquei em frente a estante escolhendo o próximo
livro. Por alguns segundos pensei em pegar O Inventor
da Solidão (Best Seller) de Paul Auster (ainda impressionado
pela grandeza literária e emocional de No País das Últimas
Coisas - Editora José Olympio), mas acabei optando pelos
fantasmas de Intimidade de Hanif Kureishi (Companhia
das Letras). Ganhei esse livro há quase quatro anos (o tempo
voa, sim) e já tentei lê-lo pelo menos cinco vezes (não menos,
talvez mais), mas sempre me perco em algum canto (quarto) dessa
noite longa e interminável. Da última tentativa resta um
marcador de livro (uma propaganda do filme Bicho de Sete
Cabeças)
marcando a página 50 (são 114 no total) e uma citação que acompanha
meu e-mail, vez em quando: "Nunca me ensinaram a arte da solidão,
tive de aprendê-la sozinho. Ela se tornou tão necessária para
mim quanto Beatles, tanto quanto beijos na nuca e carinho" (página
42). Vou tentar ir mais adiante dessa vez. Quem sabe até o
final, quem sabe. Segue o trecho inicial:
"É a noite mais triste, pois estou indo embora e não vou
voltar. Amanhã de manhã, quando a mulher com quem vivi durante
seis anos sair de bicicleta para o trabalho e as crianças forem
jogar bola no parque, arrumarei a mala, deixarei minha casa
levando pouca coisa, torcendo para que não me vejam, e pegarei
o metrô até onde Victor mora. Lá, dormirei no chão por um período
indeterminado, no quartinho que ele me ofereceu gentilmente,
ao lado da cozinha. Devolverei o fino colchão de solteiro ao
guarda-louça, todas as manhãs. Guardarei o acolchoado malcheiroso
numa caixa. Ajeitarei as almofadas de volta no sofá.
Não retornarei a esta vida. Talvez deva deixar um bilhete informando:
"Cara Susan, não vou voltar...". Talvez seja melhor telefonar
amanhã de tarde. Ou fazer uma visita no fim de semana. Ainda
não resolvi os detalhes. Mas tenho quase certeza de que hoje
à tarde ou à noite não revelarei minhas intenções. Adiarei.
Por quê? Porque palavras são atos e provocam acontecimentos.
Depois que saem não se pode recolhê-las. Algo irrevogável terá
sido feito, e eu estou temeroso e inseguro. A bem da verdade,
trêmulo. Passei a tarde assim, o dia inteiro.
Portanto, esta pode ser nossa última noite como uma família
inocente, completa, ideal; minha última noite com uma mulher
a quem conheço há dez anos, uma mulher sobre a qual sei quase
tudo e de quem não quero mais saber. Logo seremos dois estranhos.
Não, jamais chegaremos a tanto. Ferir alguém é um ato de relutante
intimidade. Seremos perigosos conhecidos com um passado em comum.
Naquela primeira vez em que ela segurou meu braço, preferia
ter me afastado. Por que não fiz isso? Desperdício; desperdício
de tempo e de sentimento. Ela disse algo parecido a meu respeito.
Falávamos a sério?"
30/03/2004 - 8h02
O fim de semana teve teatro, rave e cinema. De traz para frente,
do melhor para o pior, combinado.
Como as novidades na telona não me fizeram ter muita vontade
de encarar uma sessão (yep, ainda não vi A Paixão de
Cristo e nem sei se vou ver), a saída foi se deliciar
com uma volta ao passado. Em cartaz apenas no Top Cine, na
Av. Paulista, o
delicioso Um Tiro no Escuro conta com Petter Sellers
em excelente forma e direção perfeita de Blake Edwards. Na mansão
de um milionário, um assassinato é cometido no meio da noite.
Por engano é enviado ao local o atrapalhado inspetor Clouseau,
a fim de solucionar o mistério. O mote abre espaço para dezenas
de gags divertidíssimas. O filme, alías, chega em versão remasterizada
como prévia da caixa com seis DVDs em homenagem a Pantera-Cor-de-Rosa,
desde já, sonho de consumo.
Na madrugada de sexta para sábado aconteceu no bacana Blue Space,
mais uma das raves Circuito, organizada pelo jornalista André
Barcinski. A produção excelente da casa, contando com duas pistas,
boa cerveja gelada, iluminação perfeita e som alto e pesado
resultaram em uma deliciosa madrugada barulhenta, melhor ainda
para aqueles que dançam (sorry, eu só danço de vez em quando).
Não me lembro do nome dos DJs que tocaram, mas foi uma noite
pra lá de legal, muito mais porrada que bandinhas pseudo
hardcore emo que andam fazendo shows pela cidade.
Por fim, sábado também teve teatro. Era a última semana de
Homens, Santos e Desertores, a dita peça séria de Mário
Bortolloto. E eu não gostei. O texto deixa vácuos, a peça é
teatralizada demais, as boas tiradas são poucas e tudo soa óbvio
demais. Para quem foi empolgado por ter conferido a pré-estréia
de Getsêmani,
uma semana antes, foi uma balde de cubos de gelo. Mas nem
tudo é ruim. A trilha é bem escolhida (e casa com as passagens) e
a atuação de Gabriel Pinheiro é excelente. No entanto, a obviedade
do texto não permite elogios.
Isso tudo não desmerece Getsêmani, peça de Bortolloto
que estréia esta semana no mesmo Teatro Alfredo Mesquita, casa
da Cia Cemitério de Automóveis. Divertida, inteligente e nada
óbvia, a peça conta a história de um seqüestro de um editor
de livros de auto-ajuda, capturado por quatro jovens com jeito
de terroristas e nome de apóstolos: Tomé, Pedro, Tadeu e Mateus.
O plano dos seqüestradores é dividido em duas etapas: Primeiro,
obrigar o editor a publicar livros decentes (Rimbaud, por exemplo).
Após publicados, os quatro planejam assaltar as livrarias, roubando
os livros para distribuí-los de graça entre os jovens carentes.
Com isso, o teatro de Bortolloto fica no empate aqui em casa:
uma legal, outra não. Isso tudo me faz lembrar de Felipe Hirsh.
Eu adorei as duas primeiras peças dele que assisti: a antológica A
Vida é Cheia de Som e Fúria e a bela Nostalgia.
Depois, nada me agradou. Achei Os Solitários (com
Marieta Severo e Marco Nanini) tremendamente óbvia. E Memória da
Água tinha passagens muito boas, mas a atuação de Andréa
Beltrão pôs tudo a perder. Desde então, estou dando cano nas
peças do cara (que, diga-se de passagem, é uma pessoa extremamente
bacana). Deixei o placar em 2 a 2. Nesta semana estréia nova
peça dele em São Paulo: Como aprendi a dirigir um carro,
no Teatro Vivo, com Andréa Beltrão e Marco Nanini. Jogo de
desempate a vista. :_)
26/03/2004 - 18h45
Dias atrás, eu, sentado na segunda fila de um teatro, com Jorge
Mautner a minha frente em um palco (e Jacobina do outro lado),
fiquei pensando que precisava arrumar um jeito de voltar a escrever
as bobagens que eu adoro escrever. Ponto primordial é que tinha
ser algo de fácil atualização, já que as 24 horas que compõe
o dia já não me bastam (fico pensando se algum dia bastaram).
Paralelamente, muitos amigos perguntavam se o S&Y não iria nascer
de novo. Entre um extremo e outro, decide voltar com essa coluna
em formato blorre, blog + porre = bobagens em doses. Ainda acredito
que as coisas que escrevo não interessam para muita gente, mas,
na pior das hipóteses, isso pode funcionar como um diário, já
que a minha memória se foi e eu não vou lembrar de nada que
estou escrevendo agora, na semana que vem. Assim, vou assinalando
as minhas impressões sobre o mundo. E sobre tudo. E sobre nada.
Sobre o que eu tava falando mesmo? Bem, vamos as primeiras impressões:
A idéia disso daqui surgiu durante um show do Mautner no evento
"Underground, Passado e Presente", que aconteceu no Sesc Consolação,
exatamente ao lado da minha casa. O show foi muito bom, com
destaque para as canções que ele gravou no álbum com Caetano:
A marcha-rancho Eu Não Peço Desculpas, Manjar de
Reis e a melhor da noite, Tarado, com coreografia
especial (hehehehe). Ainda teve espaço para o Samba dos
Animais (o Lulu Santos gravou quando o Jacobina estava
dando aula para ele) Vampiro ("Meu primeiro sucesso,
gravado por Wanderléa") e Maracatu Atômico, inferior
a forte versão de Chico Science com a Nação Zumbi. Nos happenings
cheios de citações, como Pipoca À Meia-Noite, a
guitarra de Nelson Jacobina deixou marcas psicodélicas no ar. No meio
do show já deu vontade de contar para alguém. Agora sabemos
porque estou aqui (conexão distante: foi mais ou menos assim
que nasceu o S&Y: a maldita vontade de contar para alguém
que Carnaval na Obra era um PUTA DISCO.)
E essa semana teve muita coisa legal que era para ser contado
mais detalhado. Na terça-feira, um show tosco do 365 (também
no Sesc Consolação) que mostrou que eles ainda não aprenderam
a tocar, mas que bastou começar Grandola, Vila Morena para
me deixar arrepiado e chegar a conclusão que eles
são precursores do emocore. Saiba
mais aqui
Na mesma noite do 365 eu conheci o teatro de Mário Bortolloto.
Se Jesus and Mary Chain fosse teatro, eles seriam a Cemitério
de Automóveis, compania do Bortolloto. A conclusão surgiu após
assistir a peça Getsêmani, que teve pré-estréia nos
porões do Sesc. Muuuito legal. Saiba
mais aqui
Tão legal, mas tão legal, que me animei a conferir outra peça
deles, Homens, Santos e Desertores, cuja temporada
irá terminar neste fim de semana. A peça está em cartaz no Teatro
Alfredo Mesquita. Se tiver afim de ir, liga lá: 6221-8887. Saiba
mais aqui.
Para finalizar estes posts toscos, tem show (sexta e sábado)
da banda curitibana Cores D Flores, novo projeto de Mariele
Loyola (ex-Escola de Escândalo, ex-Arte no Escuro e ex-Volkana).
Ela irá tocar no Outs (nesta sexta) e no Sub Jazz neste sábado.
Confira,
aqui, um bate papo com a Mariele e ouça uma das músicas
do CD. Tem muita coisa para falar ainda. O livro do Massari,
o Curitiba Pop Festival, o novo do Morrissey, o DVD do Belle
and Sebastian, show do Lobão, Ludov, Marcelo Rubens Paiva no
caminho... vixi... eu vou ali na esquina comprar um cigarro,
e eu tento voltar, tá. No caminho, eu tento encontrar um
html legal para isso tudo, prometo.
maccosta@hotmail.com
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