CALMANTES COM CHAMPAGNE
Imitação Tosca de Um Blog - Página Principal 
Marcelo Costa

29/04/2005 - 02h21
Brasileiro é metido a entender de tudo, mas querer discutir sobre o Papa é demais. Sinceramente, as poucas coisas que sei sobre o Vaticano e Papas ganhei de leituras de vários (e bons) Morris West. O resto não me interessa, mesmo. Porém, de tudo que li, o texto com maior clareza foi publicado em um dos melhores sites do País, o genial Cocadaboa, em texto assinado por Chico Barney. Leia. Eu assino embaixo!

Alguns posts atrás eu louvava a organização do Claro Que é Rock, pela excelente seleção de bandas, reconhecimento de quem trabalha/batalha. Porém, a quantidade de furos que o festival vem cometendo (desclassificando bandas, colocando produtores de bandas que participam para serem jurados) joga pela janela toda idoneidade que eu acreditava que o festival pudesse ter. Claro que é marmelada.

Pra finalizar, nesta sexta tem show da Stela Campos no Hotel Cambridge, lançando Hotel Continental. Para quem quiser ir já conhecendo ao menos duas músicas novas, e para aqueles que não estão por perto para conhecer nossa "Lou Reed de saias" (grifo do Marcel Plasse, no jornal Valor), no site oficial da cantora é possível baixar duas músicas novas (Cassino e Girl From 33), e outras quatro dos dois álbuns anteriores. Segundo a própria Stela, Girl From 33 é "claramente inspirada no Velvet Underground e Modern Lovers. Me fez lembrar o quanto é bom ter uma banda de garagem suja". Já em Cassino, "a sonoridade me lembra um pouco o terceiro disco do Velvet Underground - algo limpinho e ao mesmo tempo sujo, lírico e amargo. A idéia dos efeitos foi surgindo aos poucos e no final eles se encaixaram perfeitamente, traduzindo bem o espírito da letra". Curioso? Curiosa? Ouçam!

Pra fechar: tô até gostando do disco novo do Kid Abelha...

28/04/2005 - 13h17
Show do Placebo, em SP, em uma palavra: burocrático.

Em sua passagem por SP, em um Credicard Hall praticamente lotado, a banda de Brian Molko conseguiu transformar os bons rocks de seu repertório em rockzinhos, e os rockzinhos em baladas arrastadas. Pra quê duas guitarras no palco se não dá para ouvir nenhuma, se o que importa é colocar a (boa) voz de Brian Molko lá em cima, sobre todos os instrumentos, para que os fãs reconheçam e cantem juntos? Não dá para dizer que o show foi ruim. Não foi. Foi nota 6, vai. Só que eu e muita gente esperava mais. Estranhamente faltou peso, faltou rock, faltou sexo e faltaram drogas no show do Placebo. Sobrou um showzinho certinho, blasé, tremendamente burocrático. Perfeitinho para conquistar fãs de FM e não assustar as mães que estavam presentes no local, levando seus filhos (as) tatuados, com piercings e olhos sombreados. Se ser fácil é isso, como disse Molko na entrevista, eu preferia que eles fossem difíceis e fizessem um show arrebatador. Não foi o caso. Uma pena. Mesmo.

27/04/205 - 19h01
Vocês não levaram a sério quando eu disse que iria abastecer a geladeira, levaram? Bem, um cara que mora sozinho e não tem fogão não tem muito o que colocar na geladeira. Dei uns goles na vodka, ontem. Ajuda? Tá bom, tá bom, comprei uma bandeja de Danone (daquela de seis), sucos, água e só. Nada de cerveja ainda. :/

Por que estou escrevendo duas vezes no mesmo dia? Oras, porque estou de folga. E já estava de folga ontem. Antes de você dizer "eu quero um trabalho assim", coloque na balança o fato de que eu trabalhei quinze dias direto, sendo que um dos finais de semana foi feriadão de quatro dias (daqueles emendados). Eu mereço essa folga, vai.

Ontem assisti a alguns DVDs que estavam parados aqui. Vi A Última Noite, do Spike Lee, e não gostei. Ok, foi o primeiro filme a tratar sobre o atentado às torres gêmeas, há um tom de "nós colhemos o que plantamos" aqui e ali no roteiro, mas acho que tenho alergia à bandeira dos Estados Unidos. Toda vez que ela aparecia na tela me dava enjôo. Spike Lee já foi beeeeem melhor. Na seqüência assisti A Taça do Mundo é Nossa, dos Cassetas. Na boa, não é nenhuma TV Pirata, mas tem seus bons momentos. Ainda tenho dois Steven Sodenbergh na fila: Full Frontal, que eu vi no cinema, mas não me lembro bulhufas (devo ter dormido) e Sexo, Mentiras e Videotape, que eu nunca vi. Depois conto o que achei.

Também foram dois dias de muita música por aqui. Neste momento, o ótimo Planet Waves de Bob Dylan faz a trilha, mas a manhã foi palco de uma briga estranha: David Bowie contra Luiz Melodia. Achei em um sebo, ontem, o Space Oddity (R$ 14). Hoje de manhã achei o Pérola Negra, nessa versão remaster do Marcelo Fróes, que tinha desaparecido. Estava lá, na minha lojinha preferida para se comprar MPB, ao lado das reedições de Sacundin, África Brasil e Ben é Samba Bom, do Jorge Ben (na série Samba & Soul), do primeiro do Mautner (Para Iluminar a Cidade) e do clássico do Elomar, Das Barrancas do Rio Galvão. R$ 12 cada um. Desses, eu só não tinha o Pérola Negra (e tava atrás há tempos) e o Elomar (eu só tinha uma cópia em CDR). Peguei os dois. No discman, a caminho da consulta com a fonoaudióloga (vou precisar fazer mais exames, mas o martelo está ok, garantiu a doutora?!?!?), Bowie fazia a trilha. Porém, não demorou muito e decidi trocar pelo Melodia. De uma tacada só, foram quatro audições completas seguidas. Talvez Bowie tivesse chance se fosse o Ziggy Stardust, mas Space Oddity (que até é um bom disco) não segurou a peleja.

PAUSA
Começou a tocar Forever Young. Palmas para o Dylan.
FIM DA PAUSA

Estácio, Eu e Você ("Estácio pode lhe querer / Eu posso querer você / Nós dois podemos lhe querer / Estácio, eu e você") , Vale Quanto Pesa ("Quanto você paga pra me ver sofrer"), Estácio, Holly Estácio (da linda abertura: "Se alguém quer matar-me de amor, que me mate no Estácio"), a maravilhosa faixa título ("Tente passar pelo que estou passando / Tente apagar este teu novo engano / Te me amar, pois estou te amando /Baby, te amo, nem sei se te amo") e, ainda, Magricela, Farrapo Humano e Forró de Janeiro fazem deste um disco clássico. CLÁSSICO, com letras maíusculas.

Ahhh, ali embaixo eu falei do Nick Hornby, né. O 31 Canções me olha na estante toda vez que entro em casa, mas não consigo de maneira alguma abandonar Paul Auster e sua coletânea de histórias maravilhosas. São mais de 120 histórias, e eu só li 40 até o momento (umas 35 devem ter me emocionado). Vou me dedicar nos próximos dias para terminar e contar a experiência em um texto. Na segunda, posto um dos contos aqui, para dar uma idéia do que é Achei Que Me Pai Fosse Deus - E Outras Histórias.

Aliás, mais sobre livros: A Cia Das Letras, uma das grandes editoras do País, acaba de se render aos pocket books. De cara, colocam na praça Cem Dias Entre o Céu e o Mar, Amyr Klink (que é bem bacana), Estação Carandiru, Drauzio Varella, Além do Bem e do Mal, Nietzche (não lembro nada desse livro), O Evangelho Segundo Jesus Cristo, Saramago, e Nova Antologia Poética, de Vinicius de Moraes. Destes, o do Saramago é o mais caro: R$ 22. Os outros títulos variam de R$ 16 a R$ 18,50. Não dá para dizer que está barato, mas os preços são convidativos.

Escrevi muito hoje. Desculpe. Vou ali ver qualé a do Brian Molko e já volto.

27/04/2005 - 02h01
Não posso demorar. O tal do fonoaudiólogo ficou para esta manhã. E a noite tem Placebo... vamos? E na sexta tem Stela Campos lançando seu novo disco, Hotel Continental, no bar do estiloso Hotel Cambridge, vamos também?

A passagem por aqui é rápida. Enquanto escrevo tento aceitar que a Internet na minha casa é discada, e lennnnta. E que as coisas são assim... :/

Porém, por mais que demorasse para baixar os emails, valeu a pena. Três emails, pelo menos, me fizeram sorrir. O amigo e colaborador S&Y Drex Alvarez avisa que voltou a atualizar o seu blog, o excelente Cartas de Maracangalha. Ótima notícia, André! O Fábio escreveu para me parabenizar pela nova geladeira (hehehe). "Lendo o que escreveu, me lembrei da época que eu tinha uma geladeira gigante só minha e só tinha cubos de gelo, uma garrafa de água sempre, caixinhas vazias de cervejas (daquelas que vem seis latas) e um catálogo de pizzaria! hahaha". Fábio, vou deixar para comprar as caixinhas de cerveja no fim de semana! :_)))) E obrigado pelo elogio ao site. De coração bêbado (hehehe). Pra fechar, um email do Maurício de Almeida, que escreve coisas bacanas no Maquinário, diz: "Escrevi só para dizer que li a matéria sobre o Polar no Scream & Yell e fui atrás da banda. Muito boa. Gostei muito do som deles". Maurício, estou para escrever uma coluna exatamente sobre isso, e foi seu email que me motivou a trazer os outros pra cá e abrir o meu sorriso. Pois depende só da gente correr atrás das coisas, do que ouvir, ler, assistir. Eu, assim como você e muitos outros, falamos de um monte de coisas legais, para nós, e que também podem ser bacana para muitas pessoas, e muitas destas coisas estão a um toque do mouse. Estamos vivendo o "faça você mesmo" mais do que em qualquer outra época. Bandas como a Polar, o Terminal Guadalupe, a Bidê ou Balde, o Walverdes, o Wander Wildner, a Lasciva Lula, o Reu e Condenado e dezenas de outros colocam MP3 de graça em seus sites. É só chegar, baixar e ouvir. Gostou? Faça uma cópia para um amigo, divulgue! Custa quanto isso? O preço de um CDR!!!! Não dá para esperar que um milagre faça as nossas rádios abrirem as portas para a boa música, mas é possível dar uma chacoalhada nas coisas, principalmente porque a gente começa mudando o mundo dentro de casa. Mauricio, fiquei feliz pra caralho de saber que você foi lá, e baixou a música. Gostar ou não faz parte de outro departamento. O que estou comentando aqui é que ir atrás de textos legais, músicas legais e bons filmes só depende de cada um de nós. Faça você mesmo. Sei que as coisas não são tão simples assim, mas tudo é questão de sonhar, e querer transformar esse sonho em realidade. Não é fácil, e quem disse que era mentiu, mas a vida esta aí para ser vivida. Não dá para abrir mão, né.

Vou tentar organizar melhor as idéias para uma coluna, tá, mas queria agradecer muito a todos. Por tudo. E por nada. Obrigado! :_)))

Pra fechar: um cara, tempos atrás, pediu autorização para republicar a entrevista que eu tinha feito com o Wado em seu site. Essa semana ele me passou o link do site. www.cenabaiana.net
É um site bem profissional, de baladas e serviços, e fiquei contente de ver meu texto sobre o Wado ali ("Até agora, achei a matéria que melhor descreve o disco!", comentou Wado comigo, logo depois de ler o texto publicado), sem contar minhas impressões sobre o Como Ser Legal, do Hornby. Valeu, Mark. E vou dormir, agora.

25/04/2005 - 02h59
Então, sono. Tudo bem por ai?

Bem, sabe aquela "brincadeira" que eu costumava fazer, quando dizia que tinha mais de 3 mil CDs, sei lá quantos livros e DVDs, mas não tinha geladeira e nem fogão. Já era. Ou quase. Ainda não tenho fogão, mas depois de 3 anos e cinco meses sem geladeira, decidi está semana por fim ao suplício e comprar uma. Sacumé, né. Pagamento em dez vezes e tal. Mas ela está ali, na cozinha vazia, mas está ali, uma Eletrolux branquinha linda, linda, linda. :_) Quer saber o que tem dentro dela? Tá brincando, né. Não? Bem, ok. No momento, tem uma coca-cola 600ml no finalzinho, um coca-cola 2 litros pela metade, um suco de Sufresh de Pera (cortesia da namorada) praticamente vazio e uma garrafa de Orloff recém-aberta. E duas bolsas térmicas de gel para os meus joelhos castigados (lembra que eu tinha que estar fazendo fisioterapia). E só. Me desculpa. A geladeira chegou no sábado e eu estive de plantão o feriado todo, não deu para abastece-la. Mas vou fazer isso. Prometo.

Passou voando pelo meu discman o décimo segundo álbum de Elis Regina que retiro da caixa Transversal do Tempo: Elis Regina In London (1969). Nas notas do disco, escritas por Roberto Menescal, o violonista conta como a Pimentinha surpreendeu o diretor artístico da gravadora britânica, com seu carisma ao vivo. O cara convidou a brasileira para gravar um disco. A história é boa: a banda de Elis (a saber: Antonio Adolfo no piano, Jurandir Meirelles no baixo, Wilson da Neves na bateria, Hermes na percussão, e Menescal no violão) gravou os arranjos de base no Brasil, mandou o tape para a Inglaterra, e lá o maestro Peter Knight fez os arranjos para uma big band. Tudo isso feito, os brasileiros embarcaram para Londres e, em uma tarde e uma manhã, gravaram o álbum. "Entramos no estúdio com mais 46 músicos ingleses, os quais não conhecíamos, um maestro que conhecemos na véspera, e um produtor com qual mal tinhámos falado na viagem anterior, e, como um milagre, tudo aconteceu. E com um detalhe importantíssimo: Elis colocou a voz ao mesmo tempo em que se gravava a banda toda", conta Menescal. O resultado é um álbum tremendamente bonito, mas que perde em carisma para os registros posteriores, que revelam uma Elis muito mais solta e ativa. Elis Regina em London revela uma crooner impecável (que, na verdade, já tinha uns dez discos na carreira em pouco mais de cinco anos de canto) e um bom repertório, em que se destacam Corrida de Jangada (Edu Lobo e Capinam), Se Você Pensa (Roberto e Erasmo), Zazueira (Jorge Ben) e Wave (Tom Jobim), entre outros. Posso estar redondamente errado, mas acho que daqui pra frente, tendo a gostar dos álbuns (todos da primeira fase de Elis), mas vou sempre remeter aos grandes discos dos anos 70 (comentados nas páginas deste blog).

Outro disco que passou por aqui, também, foi o Cheap Thrills, do Big Brother & The Holding Company. Por mais que esse seja "o álbum" que revelou, de uma vez por todas, Janis Joplin, prefiro o anterior, com o nome da banda. Cheap Thrills traz cavalos de batala incontestáveis (Piece of My Heart, Summertime e Ball and Chain), mas Big Brother & The Holding Company soa mais compacto, mais forte e menos datado. Mesmo assim, os bônus bacanas de Cheap Thrills me impressionaram: a ótima Roadblock (outtake das mesmas sessões de gravação de Cheap Thrills) e a fodaça Catch Me Daddy, com Janis até incomodando um pouco com os gritos, mas impressionando com a sua performance. Muuuuuuito bom.

Vou ali fazer uma visita ao fonoaudiólogo e já volto.

21/04/2005 - 15h18
O Terminal Guadalupe estréia site novo e coloca o primeiro single do disco novo para download. Esquimó por Acidente, primeira faixa de trabalho do álbum Você Vai Perder o Chão, já é hit aqui em casa. Além dela, é possível baixar um vídeo especial, que traz uma colagem com cenas de ensaios, gravações de estúdio e shows da banda. O vídeo é embalado por outra canção nova, O Bêbado de Ulisses. O novo endereço é: http://www.tg.mus.br/

Eu trabalho há cinco anos com jornalismo em Internet, e ao menos dez anos com computadores, mas não entendo bulhufas de hardware, programas e tais. Digo isto pois, novamente, meu computer deu uma pane geral no último fim de semana. Precisei reinstalar o Windowns Millenium às pressas para não perder o que eu tinha no meu Windows 98. Agora ele está lá, capengando, com umas coisas funcionando, e outras perdidas. Mas estou arrumando aos poucos...

Vi a Bizz Melhores Capas de Todos os Tempos. Ela é bem bonita, mas não vale R$ 14,90, mesmo que a amada Ana Maria Bahiana tenho escrito sobre Velvet Underground & Nico. Como não basta criticar, é preciso argumentar, vamos lá: uma Rolling Stone ou uma Los Inrockuptibles na Argentina não passam de 7 pesos, ou seja, não chegam a metade dessa edição especial da nossa Bizz. E elas têm mais páginas e são mensais. Para uma revista que versa sobre capas, colocar fotos das capas em 5cm por 5cm é um disparate. Só as dez capas principais ganharam imagens maiores, e honram o propósito do especial. As outras ficam devendo. Não estou dizendo, com isso, que não seja bacana. É. Mas R$ 14,90 é um preço exagerado para o mercado brasileiro e, se fosse para cobrar isso, que se enfiasse os dois pés na jaca e colocassem as capas em páginas inteiras, destacando o propósito do especial.

17/04/2005 - 00h18
Será que eu lembro de tudo? Bem, vamos começar por quinta-feira. Show do Defalla, na Outs, em São Paulo. A Outs tem um dos piores sons de uma casa de shows na cidade, mas a cerveja é gelada. A apresentação anterior que vi do Defalla, acho que em janeiro, tinha sido fodaça e rock. Porém, a banda optou por um repertório hip hop desta vez, e o show foi até bacana, mas não tão bom quanto o anterior. Eu gostei, mas não levem em conta. Eu estava bêbado. Mentira. Bêbado tava o Carlinhos, da Bidê ou Balde, que ajoelhou na beira do palco e cantou It's Fucking Boring To Death. Bem, o fato é que pouco dos meus amigos gostaram do show. Valeu Bohemia.

Eu posso ver cem vezes o Marky discotecar que vou ficar chapado TODAS as vezes. Em minha passagem rápida pelo Skol Beats, só posso dizer que achei normal o pouco do que vi do Faithless e que me arrepiei na tenda Movement, com Marky comandando a torcida drum'n'bass. O festival se ampliou (em tamanho) e, de forma impressionante, tinha muito mais mulheres (a maioria muito bonita) que homens. :_) Porém, amantes de música eletrônica mesmo não eram nem metade das 57.500 pessoas que a organização anunciou como público. Com o decorrer dos anos, o Skol Beats se transformou muito mais em um evento social do que uma festa de música.

Para finalizar, estou dissecando o box With The Lights Out, do Nirvana. Já estou na faixa 29 (a sexta do segundo CD) e só posso dizer que estou bastante impressionado. Para quem achava que todo o filé havia sido usado nos sensacionais Nevermind e In Utero, o box apresenta uma série de canções que não faria feio em um disco oficial do trio. if You Must, Clean Up Before She Comes e uma das quatro covers de Leadbetter, Ain't Ita Shame, são as minhas preferidas no momento.

Para fechar, o excelente site Recife Rock conta como foi a primeira eliminatória do Claro Que é Rock e exibe o set list da primeira apresentação do Placebo no País. AQUI

14/04/2005 - 00h18
Correndo... impressões rápidas sobre a coletiva do Placebo, em SP

12/04/2005 - 01h38
Existem umas duas dúzidas de bandas que eu investiria todo o meu dinheiro, se eu pudesse e tivesse. Terminal Guadalupe, Lasciva Lula, Wonkavision, Bidê ou Balde, Ludov e tantas outras merecem o sucesso. Mais: o público merece essas bandas. Me deu na telha falar isso porque hoje caiu, novamente, em meu discman, Um Compêndio Lírico de Escárnio e Dor, a estréia do duo goiano Réu e Condenado. Se eu pudesse levar apenas um disco de 2004 para uma ilha, eu levaria esse. No site dos caras é possível baixar três músicas: Funcionário do Mês, Jardineiro Carlos e Hino da Nossa Geração. Nenhuma das três está entre as minhas preferidas (a saber, Eu Sou Tão Mal, União Soviética e Não Consigo Conter Tanta Alegria em Meu Coração), mas é possível perceber por elas um tiquinho da genialidade de um dos melhores álbuns nacionais de 2004. Baixa lá. Está na seção "Se você for surdo, clique aqui".
Aproveita e lê a matéria de novo! :_)

Bem, a Claro divulgou as 40 bandas que vão abrir para o Placebo nos oito shows brasileiros. A lista completa está aqui, mas já adianto que tem Terminal Guadalupe, Los Diãnos, Suzana Flag, Brinde, Superphones e Pipodélica, que já ganharam entrevistas, resenhas e destaque aqui no S&Y, além de outras que admiro, como Superquadra (parabêns Claudio Bull), Bugs, Sapatos Bicolores, Violins, Biônica e Pullovers. Os cariocas do Polar tem sido a trilha sonora dos últimos dias, com as duas faixas do bom EP A Mesma Pessoa No Mesmo Lugar. Confesso que a lista me surpreendeu pela qualidade e o reconhecimento de quem batalha. Parabêns, Claro.

Lúcio Ribeiro e André Barcinski anunciam o Campari Rock. Detalhes.

O que você estava fazendo em 11 de Setembro de 2001, no exato momento dos atentados às Torres Gêmeas? O Radiohead estava em cima de um palco, em Berlim, na Alemanha. Thom Yorke ia informando o público, incrédulo, sobre o que estava acontecendo. O show, na integra, foi colocado nesta noite para download no Glide Magazine, o mesmo lugar que tem o sensacional show do Neil Young em 1971, e a apresentação familiar do Wilco em 2004. Mas o link é outro: vai lá.

O Defalla, que já é responsável por um dos cinco melhores shows que eu vou ver em 2005 (o do Avenida Club), volta a se apresentar em SP, na próxima quinta, no Outs!. Se eu fosse você, não perdia. No sábado, o Thee Butchers' Orchestra apresenta as canções do recém-lançado Stop Talking About Music, Celebrate It!. Estarei lá.

11/04/2005 - 09h04
A linda Catalina Sandino Moreno atacou sem piedade meu estômago no domingo. O bom Maria Cheia de Graça até me rendeu uns pesadelos no começo da noite...

Ainda pude rever O Iluminado na TV. Jack Nicholson é foda, muuuito foda.

No quesito DVD, consegui ver o show Under Blackpool Lights, do White Stripes, na integra. Uma porrada de garageirices do começo ao fim. E a Meg White é mesmo uma gracinha. Saudades do show do RJ.

Também passou por aqui o DVD da caixa With The Lights Out, do Nirvana. Ainda não ouvi as raridades em áudio, mas o DVD é bem bacana. Tirando o começo totalmente tosco (o tal show na casa da mãe do baixsita Krist Novoselic), que serve mais como curiosidade, o resto traz coisas bem bacanas, como o clipe da Subpop para In Bloom, versões ao vivo e matadoras para Pennyroyal Tea, Smells Like a Teen Spirit e Territorial Pissings em Seattle, abril de 1991, pré-lançamento de Nevermind, e os dois grandes filés do pacote: Jesus Doesn't Want Me For a Sunbeam, em versão elétrica e ao vivo capturada no famoso show do Paramount, também em Seattle, cuja descrição arrepiante pode ser conferida no livro Barulho, de André Barcinski, e Seasons In The Sun, que traz Kurt na bateria e voz, Krist na guitarra e Dave no baixo em um flagra das famosas sessões que a banda realizou nos estúdios da BMG Ariola, na rua Barata Ribeiro, 181, no Rio de Janeiro, entre os shows de São Paulo e Rio do Hollywood Rock de 1993. De arrepiar.

Na sexta, o Terminal Guadalupe deixou por aqui uma cópia do master de Você Vai Perder o Chão, primeiro álbum da banda que trará uma formação fixa, e estava a caminho da fábrica. Os curitibanos vão lançar o CD no formato SMD, que deverá revolucionar o mercado. Vamos conversar muito sobre isso. Por enquanto, o primeiro single, Esquimó por Acidente, já é um dos hits do momento em casa. E a nova versão - e definitiva - de Lorena Foi Embora também está entre as preferidas. A banda deve colocar nesta semana o MP3 de Esquimó por Acidente para download no site oficial, mas quem quiser ouvir a música agora, dá um alô que eu mando a canção por email.

No mais, mais um álbum de Elis Regina passou pelo discman. O ao vivo Elis, Miele e Bôscoli serve mais como curiosidade do que como álbum de carreira da Pimentinha. Flagra o show que ela realizou no Rio de Janeiro no Teatro da Praia, com Roberto Menescal (guitarra), Wilson das Neves (bateria), José Roberto (contrabaixo, Hermes (percussão) e Jurandir (piano). As piadas de Miele e o repertório (à la Sinatra) devem ter soado interessantes ao vivo. Em disco deixam a desejar neste que é o mais fraco álbum dos onze que ouvi da caixa Transversal do Tempo até o momento.

Puta show o do Wilco, aquele que está para download ali embaixo, hein.

07/04/2005 - 21h16
Lembra aquela música do Radiohead, como era o nome dela mesmo, ahhh, Creep. Então, dá uma conferida nesta animação bem bacana.

06/04/2005 - 14h17
Acabo de sair de 1970, depois de ouvir por longas semanas Elis Regina... Em Pleno Verão, décimo CD da caixa Transversal do Tempo a passar pelo meu disc-man (os outros nove estão comentados nas outras páginas do blog). Em Pleno Verão é outro dos álbuns matadores de Elis, um tiquinho de nada atrás de Ela, de 1971. Abre com a sacolejante Vou Deitar e Rolar (Quaquaraquaquá), de Baden Powell e Paulo César Pinheiro, com Elis à vontade, comandando até o breque. Traz duas boas canções de Jorgen Ben (Bicho do Mato e Até Ai Morreu Neves) e duas canções vindas diretamente do exílio em Londres de Caetano (a ótima Não Tenha Medo) e Gil (a também ótima Fechada Pra Balanço), além da clássica parceria de Roberto e Erasmo em As Curvas da Estrada de Santos, com um arranjo de jazz matador. E tem também Tim Maia, no dueto em inglês de These Arte These Songs. Produzido por Erlon Chaves, Em Pleno Verão é outro dos álbuns nota 10 de Elis Regina.

Que tal baixar um show inteiro em CD duplo do Wilco? E um show de 1971 de Neil Young? E a bacana banda Calexico, você conhece? Bem tá tudo aqui. Se divirta. :_)

05/04/2005 - 15h01
Comprei um sofá... cor de laranja.
Uma coisa a menos para se preocupar.
Se a vida fosse só isso. :_)

Sou um roqueiro mais feliz a partir de hoje. Descobri nos arquivos de um amigo uma pasta com mais de 30 músicas do João Penca e Seus Miquinhos Amestrados em MP3. Os Miquinhos são uma das bandas mais injustiçadas da história do rock nacional. Apaixonados pelos fifties, com uma quedinha pelos sixties, o trio jogou pérolas aos porcos em cinco bons discos: a boa estréia com Os Maiores Sucessos de João Penca & Seus Miquinhos Amestrados (1983), o obrigatório OK My Gay (1986), o menor Além da Alienação (1988), o clicletudo Sucesso do Inconsciente (1989), e o muito bom Cem Anos de Rock'n'Roll. Tenho todos os vinis, e a coletânea Hot 20, que quebra um galho, mas o pacote de MP3 trouxe à tona canções como Menino Justiceiro, O Par, Celso Carlos e Ma Beibi, Beibi . Porém, nem tudo é perfeito: nas minhas contas, ainda faltam seis músicas obrigatórias em se tratando de Miquinhos: O Bom e o Velho Rock'n'Roll, Jazz-Jazz, a versão Okay My Gay de Popstar, Cachet, Escrava Sexual e A Surra . Se você tiver fácil ai, me passa? :_)

Ouvir os Miquinhos me lembrou do Tubaína do Demônio. Já era para eu ter falado sobre eles, mas acabei esquecendo. Bem, no caso do Tubaína, as músicas falam por si só: ouça e baixe o MP3 aqui: http://www.tubaina.com.br/cd.php Dica: Voltar pra Birigüi e Bauru X BigMac. Tenho o Ao Vivo deles e eles são melhores ao vivo.

Às vésperas de lançar Você Vai Perder o Chão, o Terminal Guadalupe disponibiliza os dois discos anteriores, na integra, no Trama Virtual. Estão aqui, ó: http://www.tramavirtual.com.br/terminal

Bem, o S&Y fechou março com chave de ouro: mais de 33% de aumento de público, acho que um recorde nos cinco anos do site, já que a média mensal era subirmos 10% (e olhe lá). Desta forma, fechamos março de 2005 com 36.891 visitantes únicos (27.548 em fevereiro) e 92.964 páginas vistas (77.224 em fevereiro). Sem palavras. O negócio é tentar manter o público agora, com textos novos, bem escritos e muita, mas muita paixão por cultura pop. Se depender da gente... :_)

04/04/2005 - 03h
Consegui passar batido pelo primeiro de abril. E consegui aproveitar o fim de semana para fazer uma porção de coisas legais, que incluem terminar de assistir ao DVD da TV Pirata, ler mais alguns contos maravilhosos de Achei Que Meu Pai Fosse Deus, ver dois filmes (Herói e Questão de Imagem) e assistir a uma peça de teatro (Avenida Dropsie, da Sutil Cia de Teatro), além de comer batata assada em um novo lugar, e café da manhã (as duas da tarde) em uma nova padaria, mas nada tanto assim. :_/

Espero disponibilizar ainda nesta segunda textos de Miss Simpatia 2, O Chamado 2, Herói e Questão de Imagem. Ok, se eu conseguir escrever sobre dois destes quatro filmes já fico feliz. Temos, pela frente, entrevista com Leonardo Panço, da banda Jason, que lançou o livro Jason 2001 - Uma Odisséia na Europa, que conta a aventura de uma banda hc brasileira no velho mundo. Altamente recomendável. Também teremos nos próximos dias um papo com o ator Guilherme Weber, que irá contar sobre Will Eisner e a peça Avenida Dropsie, sucesso tão grande no Teatro do Sesi, na Avenida Paulista, em SP, que obrigou a Sutil Companhia de Teatro a adiar para 2006 a remontagem de A Vida é Cheia de Som e Fúria. E o papo com Bid, que eu estou terminando de decupar (decupar entrevista é foda!). Talvez tenhâmos pela frente Fafá de Belém, que está lançando um disco apenas com canções de Chico Buarque, mas é só talvez. E eu queria muito papear com Tom Zé, mas não sei se vou conseguir. Muuuita coisa pela frente, e pouco tempo. Foi diferente?

Cada vez me acho mais estranho: ao invés de comprar a tão sonhada geladeira, acho que vou embarcar em um sofá estiloso para a querida sala!!! Assim, leitinho gelado para o sucrilhos e cerveja gelada para o calor vão ter que esperar um pouco mais...

Será que sou só eu quem faz tolices assim?

31/03/2005 - 15h11
Literatura rock:

O amigo Bento Araújo acaba de lançar o número 7 do Poeira Zine, que comemora dois anos de atividade. Especializado em rock dos anos 60 e 70, a publicação, prensada em gráfica, é um aula sobre o bom e velho rock'n'roll. Na capa desta edição, os altos e baixos da fase Tommy Bolin no Deep Purple. E, ainda, um texto bacana sobre a primeira edição do festival Hollywood Rock, em 1975, que contou com O Peso, Rita Lee, Raul Seixas e Erasmo Carlos. O rock progressivo italiano também está em pauta, assim como um texto especial dedicado ao roqueiro argentino Pappo Napolitano, que faleceu em um acidente de carro no dia 25 de fevereiro, e entre dezenas de servições prestados ao rock portenho, também participou da Patrulha do Espaço. O Poeira Zine pode ser adquirido por email (contato@poeirazine.com), ao preço de R$ 3. Vale também uma visita ao site: www.poeirazine.com.

A edição de março da Rolling Stone americana dedica 40 páginas para Hunther Thompson. Abre com um texto passional de Jann Wenner, traz Johnny Depp relembrando como foi conhecer Thompson e falando das filmagens de Fear and Loading In Las Vegas, e ainda Jack Nicholson e o filho de Hunter, Juan, fechando o especial, além de dezenas de fotos bacanas. Nas bancas ao preço de R$ 25.

30/03/2005 - 14h49
Tô arrebentado. É sério. A insônia resolveu bater ponto aqui em casa e eu não dormi nada bem nos últimos dois dias. Ah, e quem viu, era eu mesmo na Record, sendo entrevistado na fila para comprar passagens para o litoral no feriadão. Eu não vi. :_)

Após um reveillon sensacional, com quatros dias de sol escaldante, esse feriado de semana santa em Ubatuba honrou o apelido da cidade: Ubachuva. Teve chuva para todos os gostos: tempestade, garoa, chuva fina, chuva forte, e aquela que você acha que não molha, mas molha pra caralho. Mas o barato foi que, entre uma e outra, São Pedro dava uma pausa que permitia ir aqui e ali. E ainda liberou um solzinho no sábado, o que até permitiu ler os contos coletados por Paul Auster para o maravilhoso Achei Que Meu Pai Fosse Deus ao lado de uma Bohemia, sentado em uma daquelas cadeirinhas de praia, debaixo de um guarda-sol, olhando o mar. Cool.

Punk, no entanto, foi a volta. A viagem que normalmente dura pouco mais de três horas passou de sete horas e meia. Gastei praticamente meu estoque todo de pilhas no discman, mas foi bacana descobrir que Damage, o último da Jon Spencer Blues Explosion, é um discaço, que o novo do Butchers também é foda, que a coletânea que fiz pros amigos até arranca sorrisos, e ouvir Elis Regina, 5º Andar, e o Tom Zé de Estudando o Samba, bem bacana. Engraçado foi chegar em casa e me deparar com o Estudando o Pagode, que eu nem sabia que ele ia lançar. Sincronismo é isso.

Olha, se você não tem aparelho de DVD, dá um jeito de comprar um. Sei que as coisas não funcionam assim, mas lembre-se: eu não tenho geladeira, fogão e nem sofás, mas tenho o meu DVD e tenho me divertido com a TV Pirata. O DVD, duplo, é sensacional, sensacional, sensacional, sensacional. E já merece um volume dois! Vou escrever sobre ele na semana que vem, ok. E, tá bom, acho que eu compro uma geladeira ainda este mês, calma, não pega no pé. A grana tá curta pacas. Mesmo.

Pela frente, teremos Drex Alvarez analisando o novo disco (e a carreira) do Ludov. E entrevista minha com o Canastra. E com o Bid. E, se eu encontrar algum tempo livre dentro da mochila, textos sobre as edições especiais e nacionais de London Calling (o DVD vale!), You Are The Quarry do Morrissey (com nove músicas a mais em um DVD legal) e o The Holy Bible do Manic Street Preachers, esse só na gringa. E ainda quero assistir Robôs. E eu assisti O Chamado 2 no litoral! Vou escrever também, além de Miss Simpatia 2, que quem lê esse blog, já sabe o que eu penso (tá em uns posts ai embaixo). Muuuuuuuita coisa. Porém, para o momento, já está na capa do site a nova coluna do grande amigo Carlos Eduardo Lima, outro filho que retorna à casa S&Y. CEL, seja benvindo, meu caro. Puxa uma cadeira, deixa tocar Amor por Retribuição também (uma das minhas músicas preferidas dos 80) e se sinta em casa.

Olhei ontem as estatísticas e estou até com medo. Três dias antes de fechar o mês e o S&Y já ultrapassou em seis mil "unic visitors" o número do mês passado, o que torna março de 2005, desde já, o mês em que o S&Y foi mais lido nos quase cinco anos que estamos no ar. Sorriso. Comento mais na sexta. E esqueci de avisar, mas atualizei o editorial na semana passada. Tá na barra do menu, ai em cima. Olha. :_)

29/03/2005 - 03h22
Tô chegando.

24/03/2005 - 09h28

Véspera de feriadão. Eu ia para Parati, vou acabar parando em Ubatuba para honrar a combinação praia e caipirinha de vodka com abacaxi. Preciso comprar as passagens.

Na terça presenciei, pela primeira vez, João Donato ao vivo, no palco. Ele só tocou três músicas no show que o Trio Mocotó fez no CCBB, no projeto 3 Trios, cuja curadoria é do grande Alex Antunes. Na boa: João Donato é o Brian Wilson brasileiro. Uma peça. Dava dó do rapaz do piano elétrico, que ficava perdido quando Donato endoidava, e ele endoidava a toda hora. Desafinava nas canções, fazia umas notas malucas e divertiu a platéia com jeito de menino, falando de forma quase bêbada, aparentemente sem estar bêbado. Engraçado. Fora isso, o Trio Mocotó, agora com Scowa no lugar de Fritz, fez um bom show, com algumas histórias e clima mais jazzy que o samba-rock que eles fazem tão bem. Gostei desse show, mas já vi melhores.

Fui dormir às três da manhã. Fiquei bisbilhotanto a edição dupla do TV Pirata que repousa sobre o rack, na sala. Porra, e não é que os caras eram geniais mesmo! Mais de 15 anos depois, o humor da TV Pirata continua forte, divertido, impagável e provocativo. Assisti uns trechos da TV Macho, sensacionais, das Presidiárias e vários e bons esquetes. Também relembrei a novela Fogo no Rabo, com a história de Reginaldo ("Como uma deusa"). Simplesmente indispensável.

Outra coisa que apareceu por aqui foram as 31 Canções, de Nick Hornby, que a Rocco acaba de colocar no mercado. Como estou terminando o livro que conta da turnê européia da banda carioca Jason (beeem legal o livro), só dei uma folheada em 31 Canções para perceber que Hornby se mantém fiel ao seu jeito de escrever, delicado e honesto. Este é daqueles que eu ainda não li, mas já gostei. :_)

Bom feriado, tá. Eu vou ali, tomar um solzinho, e já volto.

22/03/2005 - 03h18
Ando sem muito o que dizer nestes últimos dias. E meio sem sono, se você prestar atenção no relóginho aí em cima. Na verdade, eu estava diagramando a página do White Stripes e tentando encontrar as diferenças entre o CD 1 e o CD 2 da edição especial de 10 anos do fodaço Holy Bible, do Manic Street Preachers. O CD 1 traz o álbum remasterizado e mais alguns bônus. O CD 2 traz a mixagem americana do álbum (???) e mais alguns bônus. Eu sempre achei que essas diferenças de mixagem, masterização e remasterização são algo que só músicos e produtores percebem, mas até tem algumas diferenças, trechos mesmo. Depois explico isso, que agora que abri o blog o sono começou a me rondar...

Ontem vi Joey, o tal seriado do Matt Le Blanc, que era do Friends. Bacaninha, viu.

E no sábado peguei nas maõs o DVD duplo da Tv Pirata. A Globo antecipou o lançamento, que seria no dia 28, e o DVD já está nas lojas. Bem, na que vi, estava R$ 76, e achei melhor conter a vontade e procurar preço melhor. No Submarino, por exemplo, tá R$ 64. Imagina: 8 horas de Tv Pirata, com a integra de Fogo no Rabo, e mais As Presidiárias, TV Macho, entre outras coisas. Imperdível.

Olhando no meu profile no Orkut, o Jonas (Lopes) viu que eu tinha colocado, entre os discos que mais gosto, o V, da Legião Urbana. Conversamos sobre Legião depois e me deu vontade de ouvir o Tempestade. Má idéia. Bem, vai o conselho: se você não tá num dia bom, não ouça esse disco. Ele derruba, feio. E você vai se pegar enxugando os olhos no meio da tarde, com um monte de gente vendo. Natália é uma porrada sem dó no estômago ("A felicidade é uma mentira / e a mentira é salvação"); L'Avventura é a canção que mais gosto de todo o repertório da Legião - e um pedaço importante da minha vida romântica ("Triste coisa é querer bem a quem não sabe perdoar"); Longe do Meu Lado é a balada mais dolorida de todas as baladas doloridas ("A paixão já passou em minha vida / foi até bom, mas ao final deu tudo errado"); A Via Láctea é triste, triste, triste ("Hoje a tristeza não é passageira"); Soul Parsifal é bela ("Pecado é provocar desejo e depois renunciar"), Dezesseis é comovente ("E na saída da aula foi estranho e bonito, todo mundo cantando baixinho: Strawberry Fields Forever"); Mil Pedaços é matadora ("Eu não perdi, e mesmo assim você me abandonou") e, por fim, O Livro Dos Dias, um fecho de ouro embebido em lirismo e muita, mas muita melancolia ("Não esconda a tristeza de mim / Todos se afastam quando tudo está errado / Quando o que temos é um catálogo de erros / Quando precisamos de carinho, força e cuidado"). A paixão de DCEs, DAs e acampamentos pela Legião - e o imenso sucesso dos quatro primeiros discos - fez com que a banda repousasse na minha estante, intocada. Os únicos discos que consigo ouvir são o V, o Descobrimento do Brasil e este Tempestade, e uma ou outra canção perdida. É uma banda que faz muita falta, mas cuidado ao ouvir o Tempestade. Doi.

E eu disse que não tinha muito o que falar...

18/03/2005 - 12h13
Fiquei sabendo só ontem: o S&Y está concorrendo no Prêmio Claro de Música Independente na categoria "Melhor site, coluna, blog ou fanzine online":

Depois de quatro anos em papel, o S&Y se transformou, em 2000, num dos mais respeitados fanzines on line. Com uma pá de colaboradores, cobre cinema, música, literatura e outras popices em geral. Revelou e forneceu mão de obra para vários veículos da imprensa cultural brasileira, e é referência de bom jornalismo no meio.

Então, vota lá

17/03/2005 - 13h46
Pequenas considerações sobre cinema ao ar livre no Vivo Open Air:
1) Esperava uma tela maior. Tá, a tela é grande, mas eu esperava uma tela maior.
2) É estranho e surreal ficar olhando a tela e, de repente, ver um avião levantando vôo de Congonhas. Ao fundo, prédios e prédios de São Paulo. Curti.
3) O som é muito bom. No caso da sessão que assisti, Kill Bill 1 e 2, melhor ainda, pois permiete ouvir com mais nitidez e perfeição a excelente trilha do Tarantino.
4) Porém, o Vivo Open Air é muito mais um evento social do que cinema.
5) Existem garças no Jockei? Acho que várias vezes as ouvi ao fundo. :_)
6) No geral, foi um programa muuuuuito legal. E deu para admirar ainda mais o Tarantino. Kill Bill é um filme para durar. Em tempos de clássicos instântaneos, que todo mundo elogia hoje e esquece na manhã seguinte, Tarantino conseguiu criar uma fábula tão rica em detalhes que vale ver muitas vezes. E, acredito, não envelhecerá. 7) Por fim, as dicas: chegue cedo para pegar um lugar legal. Você só chega, reserva o lugar e pode ir dar um passeio pela área dos bares ou circular pelo Jockei. As cadeiras (tipo praia) que ficam em frente a tela são as mais disputadas, mas meu conselho é ficar nos pufes, que ficam logo atrás das cadeiras, mas já são protegidos pela cobertura da arquibancada do Joquei. Alias, o grande enigma: e se chover? Bem, se chover, vai todo mundo para a arquibancada coberta, sem problema. Quanto a comida, dispense o hamburguer de R$ 12. Vá de pizza. Custa R$ 5 um pedaço caprichado e engana tão bem que nem parei para comer depois da sessão. :_)

Fui dormir às 4h. Acordei às 9h para ir à sessão para jornaistas de Miss Simpatia 2. Perdi tempo precioso que poderia ter usado na cama? Não. O filme é bonitinho. Já contei alguma vez sobre o que mais me incomoda nos pseudo-intelectuais? É que eles são intelectuais 24 horas por dia, e isso se resume assim: eles são chatos. O legal da vida é que ela permite que você ria de bobagens durante a manhã e participe de uma reunião séria na parte da tarde. É insensível querer bancar o intelectual com uma pessoa simples, pedindo dinheiro para você na rua, o que acontece mais do que o normal. Cada núcleo da sociedade (da família aos amigos, passando pelo trabalho e pelos estudos) tem seu próprio modo de entender as coisas. Querer bancar o superior não é só uma tremenda babaquice, mas também uma tremenda idiotice. Ficar só lendo/vendo coisas sérias faz a pessoa perder aquilo que mais conquista os outros: o humor. É por isso que é importante ler de tudo, assistir de tudo e conversar com todos. Assim, um filme aparentemente banal como Miss Simpatia 2 pode melhorar o humor de uma pessoa. São só piadas inocentes e diversão. E é cinema: sempre vale a pena. E estar dormindo é estar perdendo minutos preciosos da vida. Acorde! :_)

Vou ali trabalhar um pouquinho, e volto já.

16/03/2005 - 13h46
Estou me sentindo fudidamente estranho hoje. Sei lá...

Bem, o que importa é que descobri na sexta passada que minha folga seria justamente hoje e, adivinha: vou ver a sessão dupla de Kill Bill no Vivo Open Air. No dia em que descobri que estava de folga, parecia um menino, pulando sozinho na redação às 2h da madrugada. Tem coisas que só uma folga faz por você.

Não sei se acontece com vocês, mas o meu disc-man não toca algum CDs. Ele é um Citizen que também toca MP3, mas vez em quando barra alguns CDs que quero (ou preciso) ouvir (para escrever). No entanto, acabei de entrar no mundo dos ripadores e já fiz uma seleção bacana para estreiar meu primeiro CDR feito em casa. Tem Bidê ou Balde, Brinde, Canastra, Casa Flutuante, Charme Chulo, Lasciva Lula, OAEOZ, Pelebrói Não Sei, Réu e Condenado, Terminal Guadalupe, Walverdes e Wander Wildner, duas faixas de cada. Acho que vou fazer algumas cópias para os amigos...

Quando uma borboleta pousa na nossa roupa é sorte ou azar?

Uma conversa no MSN na madrugada me fez lembrar que eu escrevia poesias. Nada muito sério, mas que eu mesmo curto ler vez em quando. Você já leu? Tão aqui.

Pela frente, temos Leonardo Vinhas falando sobre o novo livro do Laerte, Andye Iore falando sobre o DVD do White Stripes, e eu vou tentar traduzir em palavras a beleza de Funeral, do Arcade Fire. Logo logo na capa do S&Y...

14/03/2005 - 08h46
Finalmente, assisti Menina de Ouro. Não há muito o que falar que já não tenha sido falado. Um belo filme. Um dos filmes mais tristes do cinema recente. Clint é foda.

12/03/2005 - 08h46
Alguém avisa lá em cima que São Paulo não é o Rio de Janeiro! Sério. Acho que, no mínimo, estamos tendo tardes de sol a 40º a semana toda. E tá foda dormir com essa caloreira toda. Se tivesse uma prainha, ainda...

Se tivesse uma geladeira para gelar cerveja.

Se a banheira fosse maior... alias, momento comédia: quando fui em uma vidraçaria pedir um box para a banheira, a solicita senhora me informou que o tamanho das banheiras é padronizado. Então tá. Quer dizer que quando construiram meu prédio só existiam pessoas de menos de 1m50 na cidade, né. Foi o seguinte: na quinta, após um dia punk de trabalho, decidi que merecia um banho de banheira. Até tomei, mas é incômodo. E olha que eu nem sou tão alto, é só 1m74. Deu pra ajeitar o corpo, deixar a água gelada cair sobre o corpo e quase dormir, mas faltou o vinho... :_)

O estômago clama por um emprego novo. Tô facinho, hein.

E estou ouvindo Quinto Andar, banda que é o destaque da Outracoisa, que entra em seu segundo ano (parabêns grande lobo). Ontem, uma boa "rodada" de Bidê ou Balde no som me fez pensar se as pessoas que detonam a banda ouviram o disco novo. Na boa, vale a pena. Mesmo para quem não gosta dos dois discos anteriores, É Preciso Dar Vazão Aos Sentimentos é um discaço e melhora ainda mais a cada audição. Vai lá, por mim, e baixa a faixa título, e Mesmo Que Mude e Pelo Menos Isso no site oficial. A Bidê mudou, e para melhor. Na segunda, entra no ar a entrevista que fiz com a ex-vocalista do Sex Beatles, Cris Braun. Vai lá no site dela e baixa a linda Bom Dia, Drum and Bass is Past e Atemporal, se quiser ficar por dentro da interview. :_) Por fim, o grande Wander Wildner estréia site novo com uma porção de MP3 pra lá e pra cá. Tá aqui, ó. No mais, estou quase desempregado. Não chore, festeje. Mas eu preciso de um emprego novo. Se alguém souber de algo, me avisa, hein.

08/03/2005 - 10h35

Alguém ai já viu a programação do Vivo Open Air, aquele telão de cinema de seis andares que é instalado no Joquei Clube? Bem, só para provocar, numa quarta-feira vai ter Kill Bill 1 e 2, direto, na veia, nesse telão. E eu não vou poder ir. Se você estiver por aqui, não perca. Deve ser muuuuito legal.

Acordei com uma preguiça do tamanho do mundo, mas vou me levantar e tocar o barco. Acho que vale uma esticada até a piscina, isso se o meu exame médico ainda não venceu. Saudades do futebol. Agora me lembro que abandonei a fisioterapia. Não sou um bom exemplo, mas foi interessante a médica me dizer que só me liberava da fisio se eu voltasse a jogar. Cada uma. Acabei me liberando. E ainda estou sem time.

Pouco da preguiça surge por causa do sono. Ainda não me acostumei a dormir no novo quarto, e não sei se o barulho ou a claridade, mas o fato é que 7h30 da manhã, todos os dias, acabo acordando. O bom é que dá para aproveitar mais, mas como manter o corpo em pé após ter ficado até às 4h rabiscando novos textos...

O dia parece vazio, hoje.

NOVIDADES
Música
Em Casa
Você Não Sabe Muito Bem Onde Eu Estou, Charme Chulo
Atemporal, Cris Braun
Ziggy Stardust 30Th Aniversary, David Bowie
You Are The Quarry Special Edition, Morrissey

No Disc Man
Funeral, Arcade Fire
Bambas e Biritas, Bid
True Confessions, The Undertones
Bubblegum, Mark Lanegan

Música do Momento
Freak Cat, Jumbo Elektro
Bom Dia, Cris Braun e Paula Toller
Piada Cruel, Charme Chulo
Teenage Kicks, Undertones

Filmes
Mar Adentro (Cinema) - A delicadeza da morte
Espanglês (Cinema) - Ninguém se entende mesmo

Livros
Jason - 2001, Uma Odisséia na Europa, Leonardo Panço - Diário Punk Rock

04/03/2005 - 20h29
Dei uma sumida nesta semana, né. Bem, me desculpem. O clima do trabalho não estava dos melhores, o que fez a sra gastrite aparecer com força total. Por outro, a Dona Vilma, a mãe mais maravilhosa do mundo, deu as caras pela primeira vez, em seis anos, em São Paulo, para conhecer o novo cantinho do filho bastardo, que deixou tudo em Taubaté para vir brincar de ser jornalista em São Paulo. Por mais que eu tenha escondido as roupas sujas e ficasse dizendo "mãe, você está de férias, pára de mexer ai", não teve jeito. Ela lavou toda roupa, e ainda reclamou da cor amarelada das camisetas de bandas, que, segundo ela, são fruto do meu vício em deixar tudo na lavanderia. Mais: me fez arrumar todos os CDs na sala para que ela desse um brilho na cozinha e fizesse do banheiro um lugar decente. Resultado: agora parece que realmente estou em um novo apartamento. Vou ver se tiro umas fotos do meu novo aconchego e posto aqui, apesar que a cozinha está vazia (geladeira, fogão e microondas ainda devem demorar uns três meses, se o estado lastimável da minha conta bancária sair do vermelho). Na sala, falta o sofá. E no quarto, falta eu fuçar em algumas caixas de papelão (umas cinco) e colocar ordem no meu passado. Há de tudo naquelas caixas, mas, principalmente, papel. São cartas, emails, recados, anotações, recortes, ensaios poéticos, textos, lembranças. Vai ser especial...

Nestes dias de silêncio, Charme Chulo, de Curitiba, está rolando no CD-player. A comparação, primária, é Smiths com viola caipira. Tem mais, mas eu digo depois, que escrever o texto. Ainda tem uma entrevista com a Cris Braun para ser decupada e uma com o Bid para ser feita. E eu ainda não vi Menina de Ouro. A propósito, minha mudança causou dois estragos: malhei o vidro do rack na escada, e morri em R$ 40 em um novo. E a televisão também decidiu não ligar na nova casa, mas felizmente estava na garantia. No entanto, ela foi na quinta passada para o conserto e voltou nesta quinta. Ou seja, não pude ver Charlie Kaufman sendo premiado no Oscar, mas fiquei feliz - e comovido - com uma amiga que escreveu dizendo que Kate Winslet festejou muito o prêmio, e com outros amigos que estouraram champagne mesmo, ou então vibraram como seu time do coração tivesse feito um gol. Era para tudo isso? Era. E explico. Na vida tumultuada que vivemos, é muito difícil ver um trabalho fudidamente genial sendo reconhecido. Como diz um grande amigo, acordamos com o placar do estádio já em 0x3 e passamos o dia todo tentando empatar. Kaufman simboliza, ao menos para mim, a inteligência dentro da máquina. Uma pessoa que pensa e, inteligentemente, sabe sobreviver dentro de uma mega-corporação escrevendo os roteiros mais doidos de que se tem notícia. Ele é o cara que demonstra que vale a pena fazer as coisas do seu jeito. Curvo-me. E me inspiro.

Por fim, curti muito o show do Jumbo Elektro na semana passada. Os caras são muuuuuito bons ao vivo. Na minha discotecagem, quase tudo aquilo que falei, mas valeu muito porque em quase toda música vinha um ou dois perguntar o que era que tava rolando... e pedir Mombojó. :_)

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