Para
Natália
de
Marcelo SIlva Costa
É só esperança
que guardo em seus bolsos
Deixo minha fé com você
quando partir
No vazio do aquário rasgo
as pernas do anjo
Fui condenado a caminhar no deserto
sem fim
Meu sonho separou chocolate e Afghan
Whigs
Faço silêncio para não
acordar seus pesadelos
Mãos machucadas se perdem
entre suas pernas
E se fosse mais simples não
seria divertido...
Tento rir da insegurança que
assassina o sorriso
Enquanto outra estrela cai sem ninguém
ter visto
Vamos proibir o amor que parte corações
Nada que faça acreditar será
permitido,
Acabam-se comédias românticas,
flores e sonetos
Nada mais de Anna Júlia, promessas
e "heroes"
Vamos proibir o amor que nos faz
morrer jovens
Se você tivesse o meu coração
entenderia a dor
Se você entendesse a dor saberia
o que é amar
Mas saber nunca basta, de nada adianta...
Escolho a roupa mais velha para viver
um quase
Enquanto vênus em escorpião
traduz meu sonhar
É só esperança
que me faz olhar você assim
Deixo o perdão quando você
me partir
Mas ainda lamento pelos beijos que
perderemos...
Nem calmantes com champagne me aliviam
Meu anjo esqueceu que eu não
quero mais querer
Dedos calados desenham teu nome com
fios de cabelo...