CALMANTES COM CHAMPAGNE
Imitação Tosca de Um Blog - Página Principal 
Marcelo Costa

28/12/2006 - 01h39
O Top Seven S&Y chegou aos 40 votantes, quase metade dos 100 que são esperados para a votação deste ano. Até o momento, segue assim:

MELHOR DISCO NACIONAL
Dois discos seguem empatados em primeiro, com oito votos cada um. O terceiro lugar tem seis votos, e outros dois empatam na quarta posição com cinco votos.

MELHOR DISCO INTERNACIONAL
Virtual vencedor, o líder abriu cinco votos de diferença dos três álbuns que seguem empatados na segunda posição, todos com cinco votos.

MELHOR MÚSICA NACIONAL
A música mais votada tem cinco votos. Três músicas dividem o segundo lugar com três votos cada uma.

MELHOR MÚSICA INTERNACIONAL
Destaque da votação, a música mais votada já recebeu 12 votos, oito a mais do que as duas canções que dividem o segundo lugar.

MELHOR CAPA DE DISCO NACIONAL
Três capas seguem empatadas em primeiro lugar

MELHOR CAPA DE DISCO INTERNACIONAL
Duas capas seguem empatadas em primeiro lugar

MELHOR SHOW NACIONAL
A banda que lidera aqui tem cinco votos, dois a mais do que os dois artistas que dividem a segunda posição.

MELHOR SHOW INTERNACIONAL
Outra barbada, ou parece ser. Quem lidera aqui tem 10 votos, quatro a mais do que o segundo lugar, e sete a mais do que os dois shows que seguem empatados em terceiro.

MELHOR FILME
O filme mais votado recebeu 10 votos. O segundo lugar tem 6 votos. Em terceiro, dois filmes com 5 votos.

MELHOR SITE
O site mais votado tem 8 votos, quatro a mais do que o segundo lugar.

MELHOR LIVRO
Dois livros seguem empatados em primeiro.

MELHOR DVD
O DVD do ano lidera com 5 votos, dois a mais do que o segundo colocado.

MELHOR BLOG
O melhor blog lidera com 7 votos, quatro a mais do que o segundo colocado.

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A última coluna de 2006 no iG...

27/12/2006 - 17h51
Duas horas da manhã, e enquanto o ônibus cruza o interior de São Paulo vindo de Minas Gerais em direção a capital paulista, ouço Brett Sparks cantar, sobre uma base de guitarras sujas, "Your great journey has begun". A canção me toma de assalto, e flutuo em sua letra. Olho para a pessoa ao meu lado no ônibus, e ela dorme belamente, e por um segundo penso no quanto sou feliz por ter encontrado esta mulher.

Corte para o dia seguinte, em São Paulo. Um comentário na minha coluna tenta ser sarcástico: "Como você sabe que está velho: Roberto Carlos passa a parecer relevante." Leio e rio. É tão engraçado como poucas pessoas entendem realmente o que escrevo. Ando assumindo a minha velhice faz meses neste espaço, mas não acho – de maneira alguma – que a relevância de Roberto Carlos tenha a ver com isso.

Até tem, mas não nesse tom exposto comicamente. Roberto Carlos sempre foi relevante, e negar isso é negar o óbvio (idiotas sempre tentam negar o óbvio para chamar atenção). No entanto, nunca fui tão feliz quanto estou sendo agora. Aos 18 eu ouvia Mercyful Fate e Sex Pistols, odiava Queen e não dava a mínima para a MPB. Quando se é muito jovem, a testosterona ocupa o lugar da inteligência. Nos achamos imbatíveis, geniais, espertos, e quase sempre somos tudo isso junto. No entanto, cometemos as maiores bobagens do universo em nome de uma pretensa persona intelectual que busca encaixe em uma sociedade que não nos merece.

Aos 36 tudo é bem diferente. Você já encontrou o seu lugar no mundo, já perdeu o ranço com seu passado (ou deveria ter perdido), já aprendeu a ouvir (não escutar) e a ler (não passar os olhos sobre um texto), já sabe que o mundo renasce todos os dias de manhã, e é capaz de encontrar a felicidade nos lugares mais inusitados, como em uma ceia de natal familiar, com todos de mãos dadas rezando e orando pelo menino Jesus, algo que eu nunca tive – e nem sabia que eu sentia falta. Nada a evr com religião, mas sim com a união das pessoas, com a emoção de um breve reencontro e de uma celebração por mais um ano findo. Quem vive isso todos os anos nunca poderá saber como é fazer isso pela primeira vez... aos 30 e poucos anos. É de se esforçar para não derramar nenhuma lágrima de emoção.

Aos 18 eu queria o mundo, e queria agora. Aos 36 aprendi que o agora é meu, e sempre foi. Sou dono do meu nariz, da minha vida, e senhor do meu destino. Mas não posso negar que é bom demais compartilha-lho com as pessoas que amo, com as músicas que me fazem flutuar por estas idéias, pelos filmes que me fazem sonhar, pelo mundo que me inspira. Ter 36 anos é saber reconhecer o que é realmente relevante no mundo. Ainda cometo as minhas gafes, pois a experiência não impede erros, mas não sou mais tolo para assumir que algo que eu achava idiota quando era moleque possa soar interessante hoje. Que Roberto Carlos possa me inspirar tanto quanto Sex Pistols, TV on The Radio e Handsome Family.

Nada como saber que o tempo – inevitavelmente – passa. E que tudo depende de você. Faça a vida valer a pena, meu amigo. Sonhar é permitido, viver é permitido. O mundo continua difícil, mas cada ano que passa e um ano a mais na nossa história particular. Aproveite cada segundo dele. Feliz 2007. :o)

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A propósito, a música em questão era All the Time in Airports, do disco deste ano do casal Rennie and Brett Sparks, que atende pelo nome de The Handsome Family. O belíssimo Last Days Of Wonder é para poucos. Alguns vão conseguir traçar um paralelo entre algumas das canções deste álbum e a música caipira brasileira. Se você não temer essa associação, afunde em um dos grandes discos do ano...

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Já chegaram por aqui mais alguns votos para os Melhores do Ano S&Y. A queridissima Fernanda Takai já enviou sua lista...

21/12/2006 - 18h32
Coluna nova no iG: São tantas emoções :o)

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Já ouvi mais de 170 discos neste ano, mas como tinha mais uns 100 pra ouvir, e não iria dar tempo de ouvir todos, fiz uma lista dos 20 discos essenciais pra ouvir até o começo de janeiro. Como que posso fazer uma lista de melhores do ano sem ter ouvido o triplo do Tom Waits? :)

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Agora já são 32 votos. E começa a despontar o Melhor Filme de 2006... por essa, nem a Academia esperava. E, na boa, Melhor Disco Internacional já tem dono. Estou curioso para saber quais dos cinco discos que estão atrás irá ficar com a segunda posição...

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Desafio "qual é a música?" no iG. Beeeem legal!
http://igpop.ig.com.br/quiz/nacional/

20/12/2006 - 16h01
27 votos já chegaram para o Top Seven 2006 S&Y. Dois discos seguem empatados na categoria Melhor Disco Nacional. Em Melhor Disco Internacional, o álbim líder abriu quatro votos de vantagem dos três discos que estão empatados em segundo lugar. O item Melhor Música Nacional já traz um líder, com um voto de vantagem sobre nove outras músicas. Já Melhor Música Internacional está uma barbada. A canção mais votada até o momento abriu seis votos das três músicas que estão em segundo lugar. Melhor Show Nacional também já tem um líder, com um voto a frente de outros seis shows. Melhor Shoe Internacional que pintava ser disputado agora parece ser uma barbada para o líder, que já abriu cinco votos do segundo lugar. A categoria Melhor Filme está embolada. O líder tem dois votos de vantagem sobre o segundo lugar, que tem um voto de vantagem sobre o terceiro, que tem um voto de vantagem sobre os três filmes que seguem empatados em quarto. Melhor Site, Melhor DVD e Melhor Livro estão embolados. E como Melhor Blog, o blog líder lidera com três votos de vantagem. Dos 27 votantes, nomes como Wander Wildner, André Takeda, Thiago Ney (Folha) e Helio Flanders (Vanguart). Até o momento, 62 discos internacionais já foram citados...

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No fim de semana passado, com minha sobrinha na cidade, fui até a fonte do Ibirapuera conferir a fonte iluminada. E dentre a lista de canções que é executada durante o evento, uma me chamou a atenção: uma deliciosa versão de Jingle Bells, interpretada por Frank Sinatra. Fui atrás da música hoje, e depois de uma intensa busca, achei um arquivo com o álbum A Something Something Xmas Volume 3. No entanto, o que mais curti na busca foi encontrar dezenas de blogs com especiais de natal, com canções natalinas interpretadas por uma lista infindável de bandas. O blog Easy Dreamer traz uma boa seleção de links, incluindo Raveonnetes tocando The Christmas Song e uma versão Pell Session de No Xmas for John Quays do The Fall. Já o ótimo Something Old, Something New disponibilizou os cinco volumes da série Have A Something, Something Christmas, que incluí, entre outros, Arab Strap (Christmas - Baby Please Come Home), Flaming Lips (A Change at Christmas), Weezer (Christmas Celebration) e White Stripes (Candy Cane Children), entre muuuuuitos outros. O blog The Blue Walrus colocou um álbum inteiro para download. Para fechar vale a dica do Blog Ligeirinho, com vários álbuns para serem baixados com tema natalino. :)

19/12/2006 - 16h04
Disco da semana publicado na Revoluttion. Saiu na correria, como tudo que tenho feito ultimamente, mas para disfarçar coloquei junto dois vídeos bacanas do Youtube. Um dos discos do ano. Confere aqui.

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Falando em discos do ano, o álbum Estudando o Pagode, de Tom Zé, foi eleito o 11º disco mais elogiado de 2006 pelo site Metacritic (apesar do disco ser de 2005, mas isso é o que menos conta nessa avaliação - e é sério). A lista do site reúne os 30 discos que receberam mais críticas positivas durante todo o ano (entre eles, Bob Dylan e Arctic Monkeys). Com 14 críticas catalogadas pelo site, Estudando o Pagode atingiu 86 pontos positivos, de um total de 100. A nota que os usuários do Metacritic deram para o disco de Tom Zé foi 9.1, de 10 pontos possíveis. Veja a lista completa aqui.

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Lúcio Ribeiro colocu uma versão de Crazy, do Gnarks Barley, feita pelo Raconteurs no para download na Popload. Baixe aqui. Aliás, você sabia que Crazy é a música de 2006?

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Para comemorar o Natal e o ano de 2006, o ótimo site Urbanaque está lançando um coletânea virtual: o EP Papai Noel Chegou Volume 01. São seis músicas de Natal feitas por Los Pirata, Rockassetes, Banzé, Ecos Falsos, Johnny Suxxx and The Fucking Boys e Sebastião Estiva. Clique aqui para baixar o CD.

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Um dos destaques do CD acima é o Los Pirata, que liberou antecipadamente sua hilária e divertida versão de Buenas Fiestas no site oficial. Junto, seguem abaixo versões de Iron Man e Run Devil Run, ao vivo na Brasil 2000, e mais a matadora versão de Blackbird, daquela banda chamada Beatles. Clica com o botão direito e salvar como...

"Run Devil Run" - Ao vivo na Brasil 2000
"Iron Man" - Ao vivo na Brasil 2000
Buenas Fiestas
Blackbird

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Ufa, última parte do tópico downloads gratuitos, ok. :) o cantor Seu Jorge liberou sua nova música, Eterna Busca, antecipadamente. A música, que fará parte do novo álbum do Seu Jorge que sairá somente no ano que vem - foi disponibilizada no site da Sagatiba. Baixe aqui. E beba com moderação. :o)

19/12/2006 - 01h55
Cada vez mais me surpreendo com a lista de melhores do ano que está se formando neste ano no Top Seven S&Y. Apenas 22 listas já chegaram aqui, mas se eu disser que não conheço a segunda música internacional mais votada até o momento (mesmo tendo ouvido mais de 160 discos internacionais em 2006), você iria acreditar? :o)

17/12/2006 - 22h05
Ando pensando demais nos raros momentos livres que ando tendo. Principalmente agora, no final do ano, época de balanço. 2006 foi maravilhoso, e deve terminar inesquecível como o melhor dos anos que já vivi, e vamos combinar que já se passaram muitas primaveras por estes lados. Estou prevendo algumas mudanças para 2007. O S&Y, que não vê uma atualização faz mais de quatro semanas, deve permanecer assim, com atualizações raras, pois o tempo livre se tornou raro por estes lados. Não fique triste, leitor. Quando você menos esperar, uma porção de textos novos vai aparecer na capa do site, espero (risos). Estou tentando administrar a vida nova de uma forma que minha'alma não faça dramas. Mas quero tentar voltar aqui, quando eu conseguir. Se você soubesse como eu quero... Neste momento, enquanto Roberto Carlos canta Emoções na televisão, a sobrinha mais linda do mundo dorme no sofá agarrada às pernas da avó, e eu planejo meu reveillon, chegam os primeiros votos para o Top Seven S&Y 2006. Já chegaram 12 votos (dos 100 esperados) e divido a surpresa quanto ao disco que lidera a votação de Disco Nacional (já me falaram tanto dessa banda), da música lidera a votação internacional (sucessão), e do melhor filme até o momento (que também já me foi recomendado). A idéia é publicar tudo até o dia 10 de janeiro...

14/12/2006 - 16h39
Acaba de ser divulgada a lista de filmes concorrentes ao Globo de Ouro (que influencia, e muito, os escolhidos para concorrer ao Oscar): Alejandro Gonzales Iñárritu lidera com sete indicações para o seu Babel, que eu ainda nem vi, mas já sou todo torcida desde já, pois o cara que fez Amores Brutos e 21 Gramas só pode ter feito outro grande filme. Scorsese vem atrás com seis indicações para o ótimo Os Infiltrados. Aliás, também estou torcendo para que Aaron Eckhart leve o Globo de Ouro de Melhor Ator Comédia pelo excelente Obrigado Por Fumar (que também foi indicado a Melhor Filme), mas assumo que bater Johnny Depp em Piratas do Caribe não é uma tarefa fácil. Curiosidades: Mel Gibson concorre com seu Apocalypto na categoria Melhor Filme em Lingua Estrangeira contra Clint Eastwood (que ficou de fora na categoria Melhor Filme, mas recebeu duas indicações a Melhor Diretor) por Letters From Iwo Jima e Pedro Almodóvar, agora com o bonito Volver.

MELHOR FILME DRAMA
Babel
Os Infiltrados
Bobby
Pecados Íntimos
A Rainha


MELHOR FILME COMÉDIA OU MUSICAL
Dreamgirls - Em Busca de um Sonho
Pequena Miss Sunshine
O Diabo Veste Prada
Obrigado por Fumar
Borat: O Segundo Melhor Repórter do Glorioso País Cazaquistão Viaja à América

MELHOR DIRETOR
Clint Eastwood - Letters From Iwo Jima
Clint Eastwood - Flags of Our Fathers
Alejandro Gonzales Iñárritu - Babel
Stephen Frears - A Rainha
Martin Scorsese - Os Infiltrados

14/12/2006 - 13h07
Coluna nova no iG. Na verdade, é mais uma provocação... :o)

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Erlend Oye, do Kings of Convenience, me fez lembrar de alguns bons momentos de balada em São Thomé das Letras ao abrir a festa Invasão Sueca, em São Paulo, na madrugada passada. Ele é divertido, tem uma voz bonita, mas voz e violão em balada é hippie demais para mim. Alguém pediu Stairway To Heaven em algum momento. Fiquei com medo do bordão "toca Raul", pois Erlend poderia tocar mesmo. Foi interessante, curioso, e só. O Hell on Whells é fraquinho. Jens Lekman começou o show muito bem acompanhado de duas belas suecas (uma tocando caixa de bateria e pandeirinho e outra se dividindo entre o acordeom, o xilofone e um trompete) mais um baixista. Boa parte das 300 pessoas conhecia a maioria das músicas. Eu mesmo só conhecia The Opposite of Hallelujah, You Arms Around Me e You Are The Light, apesar de ter ouvido o disco algumas meses no começo do ano, quando a Juliana Zambelo me passou um texto sobre ele para o S&Y. Duas das três músicas dele viraram obrigação diária por aqui (e a Last.Fm está lá para provar) e ele The Opposite of Hallelujah, já valendo a noite. Mas o show não foi ótimo apenas por isso. Jens tem carisma, improvisos e encanta o público. Ele merecia um lugar melhor para se apresentar (o Studio SP é bem legal, mas é para rock barulhento em que a voz e os detalhes da canção ficam em segundo plano), mas mesmo assim se saiu muito bem.

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Em que lugar do mundo passar o reveillon se você precisa estar na redação ás 13h do dia primeiro de janeiro? Hummmm.

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"Então você baixa MP3 sem culpa, Ivete Sangalo?", pergunta o jornalista

E ela responde: "Ô, meu irmão, culpa do quê? Estou esperando o momento em que vamos chegar a um denominador comum entre a velocidade com que a tecnologia se desenvolve e essa coisa obsoleta que é o mercado fonográfico"

Além da capa da nova Rolling Stone (que eu achei bem bonita), curti a entrevista da Ivete Sangalo. Quando digo que curti, estou dizendo que achei muito boa a condução do texto do Vladimir Cunha, que tem alguns textos publicados aqui no S&Y. Ivete não fala nada demais, mas o Vlad consegue mostra-la sem "pejorativismo". Bacana isso.

12/12/2006 - 16h53
"Ontem de manhã quando acordei
Olhei a vida e me espantei
Eu tenho mais de vinte anos
e tenho mais de mil perguntas sem respostas"

:o)

11/12/2006 - 16h30
Eu estava bastante interessado em O Grande Truque (The Prestige), filme mais recente de Christopher Nolan (Amnésia, Insônia, Batman Begins). Tão interessado que fiquei com medo de que o filme saísse de cartaz sem que eu o tivesse visto na telona. Na semana passada, O Grande Truque estava em cartaz em São Paulo apenas em uma sala, em apenas um horário. Quinta-feira, 22h20, lá estava eu. E valeu a pena. Christopher Nolan mistura obviedade e suspense com bastante inteligência. Ele deixa vários buracos no roteiro, mas sempre têm uma carta na manga para o golpe final (o grande truque, para ficarmos em uma frase recorrente no filme). Hugh Jackman (Robert Angier), Christian Bale (Alfred Borden) e Michael Caine (Cutter) brilham em um filme deliciosamente genial (não acredito que vou escrever isso, mas já enchi de Scarlett Johansson fazendo o papel de Scarlett Johansson), que merece uma segunda sessão. Neste momento, estou me segurando para não joga-lo no segundo lugar dos melhores filmes que vi no ano, baixando Match Point para terceiro, e colocando 2046 em primeiro.

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Bacanaça a discotecagem na festa do site Sampaist, na sexta-feira. Curti a discotecagem. Segue, abaixo, o set list:

Gold Lion Remix (Yeah Yeah Yeahs)
2 Many DJs Remixes
Out of Control (Chemical Brothers)
Lovely 2 C U (Goldfrapp)
Out of Control (Chemical Brothers)
Everyday I Love Less and Less (Kaiser Chiefs)
La La Love You (Pixies)
It Wont Be Long (Beatles)
Blister in the Sun (Violent Femmes)
Bohemian Like You (Dandy Warhols)
The Good Life (Weezer)
Common People (Pulp)
Do You Remember Rock 'n' Roll Radio (Ramones)
Please Mr. Postman (Backbeat)
Pull Shapes (The Pipettes)
Can't Take My Eyes Off You (Manic Street Preachers)
Be My Baby (The Ronnetes)
Que Pena (Gal Costa)
Mas Que Nada (Jorge Ben)
Chocolate (Tim Maia)
16 Toneladas (Funk Como Le Gusta)
Jorge Maravilha (Julinho da Adelaide)
Não Vou Ficar (Roberto Carlos)
Samba e Amor (China)
As Curvas da Estrada de Santos (Elis)
Life In a Glass House Long Version (Radiohead)
I'm Your Man (Nick Cave)

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Aprendi a fazer arroz e a fritar bife.. :)

07/12/2006 - 13h15
Festa de amigo secreto da firma (e aqui vale dizer que festa "desta" firma é garantia de diversão), e lá pelas tantas, após entornar alguns goles de morango amassado com vodka e açúcar (que eu insistia em dizer que era caipirinha), comecei a conversar com um amigo, dizendo que eu já estava velho "pra essas coisas" (leia-se: beber, pular e cositas assim).

À sério, mesmo, envelheci muito cedo, e depois voltei à infância sem perceber. Quando meus pais se separaram (eu tinha nove anos), e minha mãe veio me dizer que a partir daquele momento eu passava a ser o homenzinho da casa, muita coisa na minha vida mudou. Fiquei mais solitário (jogando jogo de botão sozinho em casa) e descobri os livros. Com doze anos já havia devorado uma coleção de mais de 30 livros com quase tudo de Shakespeare da biblioteca municipal de Taubaté (capa dura azul, com vários apêndices interessantes no final).

A adolescência voou, e eu não aproveitei tanto ela. Quando saí do quartel após servir o exército brasileiro por 400 dias (contados), alguma coisa mudou e, ao invés de me tornar um adulto responsável, regredi. E virei um adolescente. Ou um adultescente, como alguns tentam explicar esse fenômeno que tomou o comportamento dos trintões ao final do século passado.

Dia desses, conversando com um amigo, saí com essa: "sabe quando você percebe que já é um homem, adulto, começando a se tornar responsável? Quando compra uma caixa de ferramentas para ter em sua própria casa". É sério (risos). Eu moro sozinho faz uns cinco anos. Antes, passei dois anos dividindo apartamento com amigos, e mais uns 20 e muitos morando com a mãe. Mas só nestes últimos cinco anos senti falta de ter uma caixa de ferramentas em casa.

É algo bastante sintomático pois, quando se é adolescente, não ligamos para essa organização que as ferramentas nos ajudam a fazer. Devido ao fato de, na maioria das vezes, morarmos com os pais, e demorarmos a sair de casa, e muito porque temos outras coisas a se preocupar na adolescência do que arrumação de casa (nós, homens, com cerveja, mulher e futebol, não necessariamente nessa ordem de importância :o)

Já faz mais de três anos que tenho dois jogos de ferramentas em casa, o que não quer dizer que comecei a envelhecer a sério em 2003. Mas, nos últimos dias, após pintar uma parede inteira de verde na casa da namorada, instalar uma bancada na parede, e dar um jeito na janela antiga (aquelas de 'folha' de metal que lembram muito as portas de bar), sinto que estou realmente diferente do moleque trintão que chegou nessa cidade quase anos atrás. To só pensando alto... e escrito, viu.

05/12/2006 - 12h03
"Marcelo Silva Costa aposta que o CD tal qual o conhecemos ainda não morreu, mas vai morrer, e logo. Ainda assim tem 5 mil desses disquinhos ocupando toda sua sala. 'O CD vai morrer, mas não a música. O suporte mudou, mas a música continua a mesma'. E quando não está ouvindo ou pensando em música, está tocando ou escrevendo sobre ela. De 'profissão séria' é editor de homes em um portal de internet, editor do site Scream & Yell e escreve sobre música, cinema e cultura pop".

Confira a integra da entrevista que concedi ao bacana Sampaist

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Na Revoluttion, o disco desta semana é de março deste ano... atrasado quem?

04/12/2006 - 16h56
Fim de semana de imagens. Revi o documentário sobre o Transformer, do Lou Reed (série Classic Albuns), e depois fui ao cinema. Os Infiltrados, do Scorsese, já pinta como um dos favoritos ao Oscar. Sei que é cedo, que existem mais alguns outros filmes para entrar na briga (o novo do Clint, por exemplo), mas Os Infiltrados é redondinho, sem as gorduras e exageros que marcaram os tam,bém ótimos O Aviador e Gangues de Nova York. Scorsese fez um filme na medida para a premiação.

Após o sangue e a violência de Os Infiltrados encarei o documentário Olhar Estrangeiro, de Lúcia Murat. O argumento é ótimo, mas a edição e o desenvolvimento não ajudam. Mesmo assim, Olhar Estrangeiro têm ótimas sacadas e vale a curiosidade. Para fechar o fim de semana em frente da tela, revi Elizabethtown, que eu havia comprado na sexta. Tirando o fato de que os extras não honram o título de "edição para colecionadores" estampado na capa, o filme continua fresquinho e fofo. E Claire Couborn continia apaixonante.

"Elizabethtown" é para sonhadores, por Marcelo Costa

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Na sexta, assumo as pick-ups na festa Rockload, no Stúdio SP, que comemora o aniversário do site Sampaist. Abaixo, o flyer:



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Já foi até o site da Mojo Books? Vá! http://www.mojobooks.com.br/

29/11/2006 - 12h42
No momento em que ia começar a escrever este post me veio um imenso bocejo. Meio-dia e meia. Cansaço. Mas tudo bem. Eu queria dizer... o que mesmo? Estou perdido (risos). Bem, o amigo Danilo Corci bancou uma idéia muito bacana: "Se um disco pudesse ser convertido em palavras, que história que ele contaria?". As histórias em questão estão rendendo a primeira tiragem da Mojo Books, uma série de livros inspirados em discos, da qual eu farei parte em janeiro. Os primeiros volumes serão lançados no próximo dia 2 de dezembro e trazem Technique, do New Order, revisto por Ricardo Giassetti, Black Celebration, do Depeche Mode, recriado por Danilo Corci e In It for the Money, do Supergrass, recontado por Delfin.

Assim que os livros forem disponibilizados em PDF no Speculum, eu aviso.

A próposito, eu vou escrever sobre o Doo...

:o)

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Três perguntas para Gordinho, da Pelvs
01) Qual a importância do tempo no som da Pelvs?
O que mudou do primeiro álbum para o novo?
O tempo é um fator importante. A PELVs sempre trabalha sem pressão para entregar um disco novo, então acabamos demorando muito para gravar, mixar e finalizar. Talvez se não tivéssemos tanto tempo, o resultado seria totalmente diferente. Não sei se melhor ou pior. Quanto à mudança na sonoridade ao longo dos anos, é muito natural. Gosto de pensar que existe uma evolução desde o primeiro disco até o "anotherspot" e isso acontece porque nós, pessoalmente, mudamos e vamos incorporando outras referências com o tempo. O fato de nós termos ganho segurança no estúdio faz bastante diferença também, já que sempre produzimos os discos sozinhos. Agora, a forma como o som da PELVs mudou de um disco para outro na minha cabeça é a seguinte: O "Peter Greenaway's Surf" é um disco muito cru, feito por adolescentes sem nenhuma experiência. O "Members to Sunna" é o disco em que a PELVs descobriu o estúdio. Muitas idéias e muitos recursos, mas faltava um pouco de controle sobre o resultado. No "Peninsula" a idéia foi domar esses instintos de usar todas as idéias que aparecem. Isso aliado a mais experiência no estúdio fez um disco mais redondo. A gente tentou não ser tão certinho no disco novo. Tentamos ousar mais. Usamos bateria eletrônica em algumas faixas, gravamos músicas mais longas e com mais detalhes. A idéia é que o disco não seja tão imediato, mas que as pessoas possam descobrir coisas diferentes a cada audição.

02) Como manter-se na ativa por quinze anos em um mercado tão desrespeitoso como o nosso?
Fazer o que tem vontade e depois não acreditar que as coisas boas vão acontecer de repente. Esse ceticismo nos previne de ter decepções e eu acho que as decepções são o principal motivo para o fim de bandas como a PELVs.

03) O disco novo coloca a banda na estrada. Vocês têm tocado regularmente?
Temos ensaiado bastante ultimamente, mas nem lembro quando foi o último show. Não procuramos muitos shows desde que começamos a gravar o disco. Agora, nossa vontade é tocar o máximo possível. Temos esses dois shows (Rio, 29/11 e SP, 1/12), depois alguns shows marcados e queremos tocar bastante a partir de janeiro. Temos muita vontade de ir para o Sul novamente. Nunca passamos do Paraná. E gostaríamos de ir ao Nordeste mais uma vez. Fizemos shows muito bons em 2004 em Salvador e Recife. Quem sabe dessa vez tocamos em mais cidades. No show, a gente tenta equilibrar o repertório, mas o mais importante é tocar as músicas que funcionam melhor ao vivo. Muitas vezes a escolha do repertório surpreende as pessoas que vão aos shows esperando as músicas mais agitadas. E sempre tem uma música que a gente nunca gravou que gostamos de tocar.

29/11 - PELVs, no Estrela da Lapa (RJ)
Lançamento do CD "Anotherspot"
A partir das 21h
$15
Promoção: $30 (Ingresso + CD)
Av. Mem de Sá, 69 - Lapa / Rio de Janeiro

01/12 - FESTA TRAMAVIRTUAL, no Inferno (SP)
A partir das 23h
Show: Pelvs & Nervoso e os Calmantes
DJs: Staff TramaVirtual, Lariú e Gordinho
$15
Rua Augusta, 501, Consolação, São Paulo
Tel: (11) 3120.4140

27/11/2006 - 13h30
Fim de semana agitado... e ótimo. Na sexta, o Los Pirata tocou praticamente seus dois álbuns completos em um show impecável no Stúdio SP. Fecharam com uma cover para Run, Devil, Run. No sábado, a chuva impediu a ida ao Supercordas, e esvaziou o Nokia Trends. No último caso, até que foi bom. Havia bastante espaço, o som estava ótimo, e as bandas colaboraram. O Hot Hot Heat fez um show impressionantemente bom. We Are Scientists ficou abaixo, mas mesmo assim foi legal. Só vi duas músicas do Bravery, mas deu para perceber o quão chatos eles são. Já o 2Many DJs fez todo mundo dançar com colagens de Blur, CSS e Bonde do Rolê, entre outras coisas. No geral, valeu muito. Como diz o Jotabé Medeiros no Estadão, o Nokia Trends foi o "mais organizado festival da temporada".

No domingo rolou cinema (ufa!): Volver, de Pedro Almodóvar, é tudo que se espera de um filme do baixinho maluco espanhol: cenas tocantes, ironias e tudo amarradinho no final. É mais fraco que a tríade Tudo Sobre Sua Mãe, Carne Trêmula e Fale Com Ela, mas recupera o tempo perdido com o mediano A Má Educação, apesar de ambos soarem óbvios quando deveriam surpreender.

24/11/2006 - 12h45
Fim de semana rock por quase todos os lados. Esse é tema da coluna Revoluttion desta semana. Lá estou falando um pouco mais sobre o show que o Los Pirata faz hoje no Studio SP (um dos shows do ano. O segundo deles, em fevereiro, no mesmo lugar, só perde pro Tom Zé na minha lista). Também tem o Supercordas lançando disco novo no CCSP. Quer ir? Me manda um email que tenho um par de convites pra sortear, mas tem que ser rápido. Na coluna eu ainda falo de Nokia Trends. Muita coisa legal. Confere aqui.

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O Violins voltou a postar suas quatro músicas novas no site oficial... aqui...

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O Terminal Guadalupe, nos últimos retoques de seu novo álbum, abre o baú e libera mais duas músicas no My Space. Desta vez, são dois outtakes de um ensaio em 2003, Torres Gêmeas (primeira música que Allan mostrou pra Dary) e Como Se Fosse A Primavera, poema deste que vos escreve, que Dary Jr musicou para o primeiro álbum da banda, Burocracia Romântica. As duas músicas, acústicas, podem ser baixadas - e ouvidas - gratuitamente no My Space do Terminal Guadalupe.

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Para ir atrás, baixar, ouvir alto e sorrir muito:

- New Order ao vivo no Personal Fest, em Buenos Aires - 18/11/2006
- Thom Yorke - Spitting Feathers EP (2006)
- Flaming Lips - It Overtakes Me EP (2006)
- Jeff Tweedy - Foellinger Auditorium - 17/10/2006
- Babyshambles - The Blinding EP (2006)

21/11/2006 - 13h33
Mais duas mini-entrevistas para o Guia Out, da Popload do Lúcio Ribeiro. Fernanda Popsonic é metade do Lucy and The Popsonics, e o duo brasiliense (completado por Pil Popsonic) faz um pop guitarreiro bastante divertido. Linhas sujas de baixo e guitarra, um bom vocal, programações e letras desencanadas: "Saiba que agora descolei uma namorada / confesso pra você que meu namoro é de fachada", canta Fernanda em Coração Empacotado. O duo parte para uma turnê que começa em Porto Alegre (sexta, 24/11), e parte para Floripa (sábado, 25/11), Rio de Janeiro (quarta, 29/11) e Sâo Paulo (quinta, 30/11), além dos festivais Jambolada (Uberlândia – MG) e Dezembro Independente (Mogi das Cruzes – SP).

Três perguntas para Fernanda Popsonic:
01) Vocês optaram por um formato bastante em voga nos últimos anos (um homem, uma mulher, um som)? Como vcs chegaram a essa formação?
Optar por esse formato pra gente significa independência! Já tivemos experiências em bandas com mais integrantes, mas queremos estar em dupla porque é muito mais fácil de se articular, de se entender... Imagine um relacionamento sem os aspectos negativos, que impedem a boa convivência e o amadurecimento. Queríamos isso para banda e por isso demitimos nosso baterista antes mesmo de conhecê-lo. Estamos juntos há 08 anos e o Lucy é apenas mais uma consequência.

02) Qual a importância do visual no Lucy and The Popsonics?
Sentimos prazer com a estética das coisas. É realmente um sentimento wildeano de que as aparências são fundamentais em tudo. Nosso comportamento de consumo é guiado pela beleza. Experimentamos tudo que é belo, em todos os formatos da arte, da moda ao cinema, da fotografia às histórias em quadrinhos, passando inclusive pelo desenho industrial. Fatalmente, isso reverbera com o Lucy quando buscamos nos rodear de adornos e, por consequência, satisfazer nossos ímpetos. Podemos dizer que nossa personalidade narcisista se delicia ao se auto-consumir.

03) E ao vivo, o que o público pode esperar de vocês dois? O que acontece só num show do Lucy and The Popsonics que não acontece em mais nenhum lugar?
Troca de olhares apaixonados e beijinhos entre um casalzinho playmobil-punk, "metido a indie", que prima pela supremacia da pose.

Download: http://www.tramavirtual.com.br/lucy_and_the_popsonics

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O Supercordas integrou o time de 13 bandas que importam no rock nacional hoje em dia em um especial da revista Bizz, no caso deles, uma escolha acertada da revista. Após um álbum e um EP, a banda lança o novo álbum, Seres Verdes ao Redor: Música para Samambaias, Animais Rastejantes e Anfíbios Marcianos (Trombador Discos), com show no CCSP no sábado. Hippies modernos que não temem batizar um disco com um nome quilométrico, o Supercordas - literalmente - flutua misturando viola caipira com o ar respirado em Paraty, cidade que exerce intensa influência sobre a banda. Ao vivo, a história deve ser bem interessante. Vou sortear um par de convites na Revoluttion, na próxima quinta. Mesmo assim, vale a dica:

Lançamento do disco Seres Verdes ao Redor
Supercordas e Lulina
Sábado, 25 de novembro, 19h
CCSP: Rua Vergueiro, 1000 (prox. ao metrô Vergueiro)
Ingresso: R$ 10 (estudantes pagam meia-entrada)

Três perguntas para o Bonifrante... vocal, guitarra do Supercordas:
01) Como é ser uma das 13 bandas que importam no rock nacional?
Se realmente somos, eu acho incrível. E até concordo. Nós temos muito o que emitir às pessoas em termos musicais e líricos, e temos a pretensão de ser uma banda relevante (o que, convenhamos, não é uma característica muito roqueira hoje em dia).

02) Vocês estão com um novo disco no pedaço. Ele segue a linha do EP "Satelites no Bar"? Qual a piração de vocês no momento?
De maneira nenhuma este novo disco ("Seres verdes ao redor: música para samambaias, animais rastejantes e anfíbios marcianos") segue a linha das gravações anteriores. Pra começar, o último EP foi gravado numa maquininha magnética de 4 canais e não contou com participações de todos os quatro integrantes. O novo álbum (que acho que podemos chamar de 'o primeiro') teve uma produção um pouco mais pomposa, com boa parte tendo sido gravada nos estúdios da Trama em São Paulo. Além disso, o clima caseiro futurista-espacial do EP deu lugar a uma sonoridade essencialmente rural e brasileira. Trata-se de um disco verde e clorofilado, que inclui canções escritas em tempos muito diferentes (da primeira canção que eu escrevi à última, podemos dizer). É claro que não seguiremos essa linha pra sempre, já temos canções pro próximo disco e elas me parecem soar um tanto mais abertas e ao mesmo tempo enigmáticas.

03) Como funciona o som do Supercordas ao vivo? Tem muita diferença pro CD ou a viagem é a mesma?
Estamos constantemente tentando acertar um certo desequilíbrio que surge da impossibilidade de reproduzir ao vivo tudo o que fazemos nas gravações - todas as minhas teclas e guitarras, os sons complexos do Giraknob, as percussões exóticas do Wakaplot, etc. Procuramos inclusive explorar esse desequilíbrio de modo a tornar os concertos mais interessantes. Por um momento até nos entregamos à exploração da crueza das canções, mas agora procuramos trazer o experimentalismo e a diversidade das gravações pro palco, e contamos com a participação de um guitarrista extra pra engordar o som.

http://www.tramavirtual.com.br/supercordas

19/11/2006 - 13h19
Após lançar um dos grandes discos do rock nacional nos anos 00, o Violins vem com um álbum a altura para 2007. A temática volta a ser tabu, ainda mais pesada do que em Grandes Infiéis, que versava sobre traição, infidelidade e mentiras. Tribunal Surdo pinta ser um retrato de uma sociedade balizada pela hipocrisia, pela violência e pelo racismo. Grupo de Extermínio de Aberrações vai chocar o público médio, com seu polêmico trecho final, que traz Beto Cupertino cantando sobre uma base limpa: "E eu garanto que seus filhos agradecem por crescer / sem ter que conviver com bichas e michês / e pretos na TV, discípulos de Che / Putas com HIV". Na comunidade da banda no Orkut, Beto fala sobre a letra:

"Quando escrevi essa música, pensei que talvez eu pudesse ser perseguido por grupos de extermínio, e nunca por negros, homossexuais, etc. Acho que o próprio nome do disco contextualiza bem a música. É um disco pra ser compreendido como um todo, e não isoladamente. É o nosso risco colocar as músicas no site fora do contexto do disco pra vocês, mas acredito que assim que o disco esteja lançado oficialmente esse tipo de interpretação preguiçosa não terá espaço"

Baixe quatro músicas (não masterizadas) de Tribunal Surdo aqui. E confira as letras fortes de Anti-Herói (parte 1) e Grupo de Extermínio de Aberrações

Anti-Herói (parte 1)
Tranque a porta que eu já ouvi barulho lá fora
pode ser que queiram roubar a minha moto nova
e queiram te violentar mas isso nem importa
é bem a cara desse mundo
você só deve olhar pela janela
e de repente eu pensei
"que puta morte bela
se eu morrer pra defender os bens
que eu comprei a prazo e a prestação
e fingir que é teu meu coração!"
fingir morrer por nós
mas, não, eu mato o ladrão
e você agora me tem em devoção
a mim! Um lambedor de chão!
que nem sei beber
sem te meter a mão

por quanto tempo
eu devo perseguir o bem
eu devo perseguir alguém
outra vez outra vez e outra vez


Grupo de Extermínio de Aberrações
Atenção, atenção!
Prestem atenção ao que vamos dizer
Nós somos o Grupo de Extermínio de Aberrações
de toda sorte que você possa conceber
vindo até vocês pra pedir
qualquer quantia que se possa fornecer
e eu garanto que seus filhos agradecem
por crescer sem ter que conviver
com bichas e michês
e pretos na tv

Tá faltando soco inglês
o estoque de extintor não chega ao fim do mês
não to pedindo aqui fortuna pra vocês
a gente quer limpar o mundo de uma vez

Ei, amigão, amigão!
abaixa essa arma que é melhor para você
Nós somos o Grupo de Extermínio de Aberrações
e não viemos pra ofender
viemos receber sem medo de pedir pra vocês
qualquer quantia que se possa fornecer
e eu garanto que seus filhos agradecem
por crescer sem ter que conviver
com discípulos de Che
e putas com HIV

Tá faltando soco inglês
o estoque de extintor não chega ao fim do mês
não to pedindo aqui fortuna pra vocês
a gente quer limpar o mundo de uma vez

E eu garanto que seus filhos agradecem por crescer
sem ter que conviver com bichas e michês
e pretos na TV, discípulos de Che
Putas com HIV.


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Cel, João e Adriano, muuuuito obrigado pelo carinho. De coração.

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Começo de dezembro tem Los Hermanos e Hurtmold em São Paulo. Estou sorteando convites lá na Revoluttion...

17/11/2006 - 13h10
Leitores me perguntam: quais os melhores blogs para se encontrar novidades no momento? Segue, abaixo, uma listinha:

El Mundo de Mimi - http://www.elmundodemimi.blogspot.com/
Meu preferido na atualidade. Tem coisas novíssimas como o EP do Babyshambles, Muse ao vivo na AOL, o procurado novo álbum do Bloc Party (estou ouvindo neste momento), a bacanuda coletânea do Charlatans, o sensacional CD duplo que registra as Pell Sessions do Pulp e vários singles do Radiohead. E mais, muuuuito mais.

Una Piel de Astracán - http://unapieldeastracan.blogspot.com/
Eles radicalizaram um pouco colocando para download dezenas de discos de bandas totalmente desconhecidas. E quer saber: tem muuuuita coisa legal no meio. O disco de hoje por lá é o novo do Now It's Overhead, Dark Light Daybreak. Olha o que eles falam da banda:

"Además de un tipo respetado en la independencia en Athens (Michael Stipe aceptó colaborar en su segundo largo) y músico de Bright Eyes, Andy LeMaster es uno de esos artistas estadounidenses enamorados del pop británico. Lo demuestra nuevamente en su tercer disco, combinando el sonido Saddle Creek (si es que eso existe, en 'Let The Sirens Rest', 'Type A') con los ambientes lánguidos de Ride ('Meaning To Say') o unos My Bloody Valentine ('Estranged') sin experimentación. Y a los coros, de nuevo Orenda Fink y Maria Taylor de Azure Ray.

E você não vai baixar uma coisa dessas????

BRMB - http://brmb.blogspot.com/
Descobri na semana passada. Eles têm desde o single do Klaxons até o box de raridades do Cure. Além do novo Damien Rice (9), de um clássico Neil Young (After The Gold Rush), uma matadora coletânea dupla da gravadora Matador (Matador at Fifteen, de 2004), até gravações ao vivo do BRMC, Strokes e The Kooks.

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A quem interessar, possa...

Estou cansado, sabe. Muito cansado. Do mundo. Ando pensando demais nas coisas que amo na vida. Por mais que esteja vivendo o melhor momento de meus 36 anos, parece que o mundo decidiu fazer complô contra os meus sonhos. Estou perdendo amigos pois eles não sabem valorizar a minha felicidade. Desde quando amar alguém é olhar para o próprio umbigo? Tenho certeza de que muitos deles preferiam que eu estivesse bêbado, desapaixonado e presente em suas vidas. Um homem feliz e ausente é algo que poucas pessoas desejam. A felicidade ofende, cantaria outro. Se pra ficar ao meu lado for preciso que você seja infeliz, que seja, é o pensamento corrente. Sei que estou sendo cruel, mas ando salivando esse veneno faz tempo. O mundo que eu conhecia parece estar se desintegrando em minhas mãos. As coisas que eu mais amava fazer parecem fardo sobre os meus ombros. Queria ter coragem para jogar tudo para o alto, abandonar os vícios que sempre me fizeram feliz, e me dedicar de corpo e alma a nova vida que me foi apresentada. Não é fácil. Também não é fácil passar a madrugada atualizando este site, por exemplo. Eu queria ter tempo livre, mas tempo, mais do que dinheiro, é o ar que eu respiro. Tudo vira questão de escolha. Se estou aqui, agora, escrevendo isso, automaticamente estou deixando de fazer alguma outra coisa importante. E a alma, dividida, não sabe para que lado pende. Não quero abandonar o meu passado, mas quero viver o futuro com todas as possibilidades que ele se apresentar para mim. Quero pessoas leves e sorridentes, que saibam que a amizade não é obrigação, e que descartar um convite não é um sinal de mal-querer. Quero pessoas que se ofereçam para uma balada ou um jantar, mas se não rolar, valorizem um cafézinho na parte da tarde no meio da semana ou mesmo um e-mail dizendo "te adoro" ou uma mensagem no MSN escrita "Saudade" (Renato, seu calhorda, você me fez encher os olhos ontem). Quero ter tempo para ver Almodóvar, Scorsese e Nolan, mas também para desbravar a minha nova máquina digital, deitado no colo da minha amada enquanto ela explica todas as maravilhas que aquele objeto pode registrar. Quero ter tempo e calma para ler os textos excelentes que meus jovens colaboradores me mandam por email, e que só consigo editar na correria para dar a você, caro leitor, a chance de descobrir (e aprender) um pouco mais sobre a cultura do mundo. Queria morar numa montanha, com um laptop no colo, editando as capas que tenho que editar, e escrevendo sobre a saudade que tenho de tudo aquilo que ainda vou viver (das filhas que eu vou ter, das cidades que vou conhecer, das manhãs que vou acordar ao lado da mulher amada). Sobretudo, quero estar descansado para poder sorrir com leveza. Quero que as pessoas se sintam felizes com a minha felicidade. E que estou, sempre, tentando fazer o melhor. Me desculpa qualquer coisa, mas eu precisava escrever tudo isso. Bom fim de semana.

14/11/2006 - 17h24
O primeiro show do New Order em SP, na noite de ontem, foi bem bacana. Até me surpreendeu positivamente. Vamos ver como será hoje...

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Mais duas entrevistinhas de três perguntas pro Guia Out: MQN & Montage

FESTA NOITE DO INFERNO, no Inferno (SP)
Terça-feira a partir da meia-noite
Show: MQN
DJS: Cláudio Medusa, Doctor Love
$15
Rua Augusta, 501, Consolação, São Paulo
Tel: (11) 3120.4140
Lista: http://www.infernoclub.com.br/

Três perguntas para Fabrício Nobre, do MQN
1) Há alguma diferença para vocês entre tocar em Goiânia, São Paulo ou no Acre?
Em Goiânia é jogar em casa, literalmente... pessoal pilhado, conhece a banda sabe tudo que vc vai fazer e para impressionar tem que botar para fuder todas as vezes...

2) Como você resumiria uma apresentação do MQN? E como é tocar no Inferno?
Alto, rock e cerveja voando... Três caras dando tudo em meia hora de rock com rock... com um gordo louco na frente... a fim de rock... cara, é um show de rock. Caralho, tem rock 5 vezes (sem contar essa na resposta), cara acho que é rock. A gente sempre toca no Inferno! Desde de 97!

3) Muita gente aponta o MQN como a melhor banda brasileira em cima de um palco. E para vocês, qual é a melhor banda brasileira?
É mesmo, quem?! HEHHEHEEH. Para mim a melhor banda brasileira em cima do palco é a Nação Zumbi. Matanza e Walverdes são foda! Pata de Elefante é alucinante... Caralho o que eram os Dead Billies... Tem umas bandas fodas por aí...

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FESTIVAL MIX MUSIC 2006, no Sesc Pompéia (SP)
Shows: 808 SEX, LAS BIBAS FROM VISCAYA, MONTAGE e BONDE DO ROLÉ
DJ: André Fischer
Quinta-feira a partir das 21h
$8 A $20
Rua Clélia, 93, São Paulo
Tel: (11) 3871.7700

Três perguntas para Daniel, vocalista do Montage
01) Vocês são um dos nomes mais elogiados no circuito independente na atualidade. Previsão para um disco?
O disco sai esses dias. Fizemos o pré-lançamento no Clube Glória e agora começa a distribuição. O CD se chama "I Trust My Dealer" e tem 14 faixas. A produção musical foi feita pelo Dudu Marote (Pato Fu, No Porn, Skank), e o encarte foi fotografado pelo Manuel Nogueira com fugurino de Lino Vilaventura. Ou seja, é um disco que está sendo bem trabalhado. Com excelentes profissionais envolvidos.

02) Como você definiria uma apresentação do Montage? O que influencia você?
O Montage é um show de rock. Quem assiste não da conta que aquilo na real é um live p.a. Porque tem a energia de um show de rock. O peso da guitarra aliado aos beats e a minha gritaria dá uma casamento intenso, pulsante e muito sexual. Musicalmente tenho deixado as referencias antigas do anos 70 e 80 para trás um pouco. Estou voltado para um som mais atual. É o que tenho ouvido e obviamente recebendo uma forte carga de inspiração, coisas tipo The Knife, IAMX, Yeah Yeah Yeahs. Mas David Bowie, Iggy Pop e Madonna são referencias eternas pra mim.

03) Vocês vão tocar no festival Mix Music, que fará parte da programação do Mix Brasil 2006. Vocês vão preparar algo especial para este show?
Será o repertório oficial do disco. Muitas músicas inéditas além da nossa vontade de tocar em Sampa depois de viajarmos mais de um mês pelo Nordeste. Ah, e sobre o figurino, também tem algo especial, exclusivo para o evento. Já que - indiretamente - ele tem uma ligação com a moda.

13/11/2006 - 14h42
Os dois melhores álbuns de 2006 devem sair em... 2007. Os goianos do Violins disponibilizaram quatro músicas de seu quarto CD, Tribunal Surdo. "Trata-se de uma masterização provisória", diz a nota no site, que apresenta Anti-Herói (parte 1), O Piloto Russo na Aldeia Suskir, Campeão Mundial de Bater Carteira e Grupo de Extermínio de Aberrações. É só ir lá e baixar gratuitamente:

http://violins.com.br/

Já os curitibanos do Terminal Guadalupe estão finalizando a mixagem de A Marcha dos Invisíveis, no mítico estúdio Toca do Bandido, no Rio de Janeiro. Enquanto isso, a banda coloca duas músicas inéditas - que não vão entrar no novo álbum - no My Space para download gratuito: Ni mistura surf music com Ramones, Monthy Phyton e brega italiano. Mármore Gelado é um clássico desconhecido do rock pantaneiro (?!). Foi do repertório do grupo Carestia em Ascensão, de Corumbá (MS), e teve sucesso local no final dos anos 80. Esta versão, com forte influência grunge e citação de Chico Buarque, foi gravada em junho de 2005, em um show na tradicional casa noturna Era Só O Que Faltava, em Curitiba.

http://www.myspace.com/terminalguadalupe

10/11/2006 - 18h33
Quando, cerca de um mês e meio atrás, um dos meus melhores amigos me ligou no celular em plena metade do dia ao sair do cinema dizendo ter visto o melhor filme de sua vida, não me abalei. Aceitei a sugestão, afinal o cara tem ótimo gosto para cinema e música, mas levar ao pé da letra a frase "o melhor filme da minha vida" era demais para um sujeito cético como eu. Agora eu o entendo. Assisti ao documentário Estamira na noite de ontem, e foi uma daquelas experiências que só o (bom) cinema consegue fazer conosco: saí mexido, revirado, como se as mãos da catadora de lixo protagonista do filme tivessem passeado por dentro de mim. Estamira é muito mais do que as palavras podem explicar. É um documentário, mas poucas vezes o cinema brasileiro teve uma fotografia tão esplêndida, tão pintura. É a história de uma mulher, de uma catadora de lixo, mas é provável que nunca se tenha citado tanto Nietzsche em uma tela quanto aqui (sem intenção, em um gesto que propõe que a loucura, sim, está próxima da genialidade e da percepção total das coisas que estão ao nosso redor). O filme permanece em cartaz em São Paulo apenas em uma sala, apenas em um horário, todos os dias da próxima semana: 19h na sala 5 do Espaço Unibanco, na rua Augusta. Se você ainda não se viu 'cara a cara' com Estamira, dê esse presente a si mesmo. Ela pode mudar a sua vida. E você pode estar diante de um dos melhores filmes que irá ver, desde sempre. Não perca tempo, como eu.

09/11/2006 - 19h31

Rolling Stone x Bizz: há espaço para duas revistas de música no Brasil? Esse é o assunto da Revoluttion desta semana... Confere aqui.

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A Bizz deste mês, aliás, já está nas bancas. Peguei a minha hoje, e estou curtindo.

08/11/2006 - 19h27
Em sua coluna no No Mínimo, o jornalista Ricardo Calil dizia, entusiasmadamente, que o filme brasileiro O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, de Cao Hamburger, era tão bom, mas tão bom que parecia argentino. Se levarmos em conta que fora uns três filmes sensacionais (O Filho da Noiva, Nove Rainhas e Kamchatka ou Plata Quemada), os vizinhos estão fazendo filmes bons, mas nada assim assim que arranhe o status mágica do quarteto entre parnteses. O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias não é sensacional como O Filho da Noiva ou Nove Rainhas, mas é bastante sentimental e bonito a ponto de conquistar a sua simpatia, caro leitor. E é o filme mais oscarizável que vamos ter em toda a nossa história: fala de futebol, de Pelé, Tostão, da ditadura, de judeus, tem dedo de Fernando Meirelles na produção e as duas maõs do roteirista Bráulio Mantovani nas oito do roteiro. Aposto minhas fichas.

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Assisti Filme de Amor, do Bressane. Posso dizer que não gostei? Nem um pouco...

07/11/2006 - 14h44
O melhor show internacional que vi em 2006, até agora, foi o da Patti Smith, em Curitiba, na semana passada. Mas o melhor show que assisti neste ano foi de Tom Zé, no Theatro Deodoro, em Maceió, em março. E mesmo lançando um disco sem palavras (o novo Danç-êh-Sá), Tom Zé não deixou de fazer outro show excepcional, duas semanas atrás. Brilhante como artista, performer, poeta e agitador, como quando, ao segurar um "dossiê" - que entre outras coisas trazia uma longa pesquisa da MTV que dizia que os jovens não se importavam com as letras das músicas - avaliou que a eleição que aconteceria na semana seguinte não era uma eleição, "pois uma eleição prevê que podemos escolher um candidato, e desta vez não tinhámos nenhum candidato a escolher". Abaixo, uma ótima entrevista organizada pelo jornalista Ronaldo Evangelista, com dez pessoas fazendo perguntas para Tom Zé na data de seu aniversário de 70 anos. Se todos envelhecessem criança como ele...

Tom Zé, 70 anos
por Ronaldo Evangelista

Para celebrar o aniversário, parceiros como David Byrne fazem perguntas ao músico, que lança CD, faz shows e é tema de filme

Tropicalista, reinventor do samba, artista pop excêntrico, influenciador de inúmeros jovens artistas, pensador incansável, cantor cult esquecido, ícone da MPB. Tom Zé já fez muito e já foi muitos nos 70 anos que completa hoje (11/10). Mas uma coisa nunca mudou: a originalidade de sua obra.

Lançando disco "sem palavras", Danç-êh-Sá, para marcar o anunciado fim da canção, fazendo show comemorando o lançamento e o aniversário, estrelando documentário sobre sua vida e obra, Tom Zé não chegou aos 70 anos impunemente, nem a música brasileira mexida e remexida por ele.

Para marcar a data, a Folha convidou nove amigos, fãs e parceiros a dizer o que gostariam de perguntar a Tom Zé na data de seus 70 anos. Feitas as perguntas, as respostas do compositor - nascido na pequena cidade de Irará, no interior da Bahia, e radicado em São Paulo - você lê na entrevista a seguir.

DAVID BYRNE - Por que muitas vezes são as pessoas do interior, de cidades pequenas, que fazem a revolução? Tem algo da sensação de um garoto do interior descobrindo o mundo que nunca vai embora?
TOM ZÉ - Dizem que o Nordeste não tem terremoto. Mas tem uma força tão forte lá debaixo da terra que o Nordeste está eternamente trepidando a três graus da escala Richter, uma central atômica, que é o folclore. Eu, Caetano e Gil nascemos sob a égide dessa força, dessa enorme condensação cultural. E não era nem literário _era no visual, no gesto, na dança, no canto e na palavra falada. Uma visão de mundo diferente. Talvez por isso seja mais fácil para os tropicalistas compreender a segunda revolução industrial.

ZÉ MIGUEL WISNIK - O que é São Paulo na sua vida?
TOM ZÉ - Não tenho essa coisa filosófica de aceitar um lugar como uma coisa mítica, mas aqui em São Paulo eu passei a ter uma profissão, um casamento, um CPF, passei a contribuir com INSS. Tudo isso vai transformando a pessoa num cidadão, então São Paulo me deu uma cidadania.

JOHN ULHÔA - Canções construídas de uma maneira mais tradicional, delicadas, ainda têm espaço em seu trabalho, que se afirma em sua vertente mais experimental?

TOM ZÉ - Tenho algumas músicas mais melódicas na minha carreira, mas não sou bom no contemplativo. Às vezes o contemplativo vem a mim, mas é de dez em dez anos. Eu só sou bom no cognitivo. Por isso que você tem que esperar dez anos para ouvir uma música minha que é quase melódica, quase contemplativa [risos].

MAX DE CASTRO - Por que você acha que o mesmo trabalho que o colocou no ostracismo nos anos 70 tenha sido aceito como clássico anos depois _e tenha sido o mesmo trabalho que o tirou do ostracismo?
TOM ZÉ - Não me queixo de mercado, de público, de nada, eu aceito as regras. Então, tem uma coisa aí que tem que ser minha culpa, de não assumir e ser dono de minha obra. Eu estava fraco, depauperado, sem capacidade de assumir o que eu mesmo fazia. Não é o sistema nem a música que eu fiz. Foi eu ter me recolhido como se estivesse assombrado com o sucesso que eu tinha feito, como se eu sentisse culpa do sucesso.

ELIFAS ANDREATO - Para mim, a principal questão a ser feita a Tom Zé é: você se sente ressarcido do calote que lhe deram os tropicalistas?
TOM ZÉ - No Oriente se diz que quando um amigo seu quer se afogar, você não pode tentar salvá-lo, caso contrário morrem os dois. Isso é algo importantíssimo, e os meninos sabiam disso por intuição. Era interessante se livrar de um complicador como eu, como Caetano disse agora no documentário feito sobre mim. Mas eu não tenho queixa de Gil nem de Caetano. Queixa de quê, meu Deus? Ninguém pode imaginar a felicidade que eu tive nascendo perto dessas pessoas. Caetano foi quem me trouxe para São Paulo, literalmente, dentro de um avião. Aqui em São Paulo ele me botou trancado dentro de um quarto e tocou o disco "Sgt. Pepper's" [Beatles] _ele sabe que eu não ouço música_ e me traduziu música por música, palavra por palavra. E me levou para ver Zé Celso fazendo o "Rei da Vela". Ele realmente queria me botar dentro das coisas mais importantes que estavam acontecendo. Uma coisa extremamente carinhosa.

WASHINGTON OLIVETTO - Cartola disse que as rosas não falam. Roberto Carlos não gravou essa canção porque tem certeza de que as rosas falam. Você, que é jardineiro, por favor, esclareça: afinal, as rosas falam ou não falam?
TOM ZÉ - [risos] As rosas não dizem uma palavra, elas cantam. Dizem que as árvores são parentes próximas dos homens, só que elas estão na fase em que o homem só cantava!

ELTON MEDEIROS - Tom Zé, qual é a sua maior devoção?
TOM ZÉ - Eu tenho um sonho maluco de infância. Um dia, eu tive uma intuição de que, quando a ciência se desenvolvesse muito, a humanidade toda seria beneficiada. Nesse dia eu fiz uma conta, a de que o ano 2000 seria a chegada da felicidade na Terra, e eu teria 63 anos. Hoje em dia a ciência realmente está estabelecida, só que, como ela tem dono, não fez a felicidade de todo mundo. Minha devoção agora é ficar fazendo música como se eu estivesse num paraíso terrestre, uma música que seria como a atitude dos donos da ciência, me preocupando com a alegria da humanidade.

LUCAS SANTTANA - Você acha que o jabá priva a população de ouvir novas produções musicais?

TOM ZÉ - Sem dúvida que a população fica privada de um leque de escolha maior. No meu dentista sempre ouço essa rádio de música brasileira, e o repertório é fraquinho. O gozado é que foi oferecido um jabá pra tocar o meu disco e eles mandaram de volta dizendo que era muito moderno, não dava pra tocar, nem pagando [risos].

RITA LEE - Eu estou com 60 anos, então pergunto o seguinte: quando a gente 60 se tenta, quando a gente 70 se senta?
TOM ZÉ - Olha, eu, pelo menos, quando setento, não me sento, mas me sinto 60.

06/11/2006 - 17h52
Assisti a Uma Verdade Inconveniente. Na boa, o trailer é beeem melhor que o filme, que na verdade nem é filme, e sim uma palestrona com a inclusão de pequenos momentos pessoais de seu apresentador (aquele que deveria ter sido o próximo presidente dos Estados Unidos, Al Gore). Duas coisas precisam ser analisadas separadamente aqui: 01) O documentário é necessário e merece ser visto. 02) É impossível dissociar o filme da pessoa Al Gore, e por mais que ele diga que está fora da vida política, não tem como não imaginar a causa como um trampolim para um futuro cargo presidencial. Como observou um amigo aqui na "firma", Al Gore vai conquistar a simpatia do mundo, e depois conquistar os EUA. E o Bush até colabora com o péssimo mandato que fez. E ele parece que seria um presidente bem melhor mesmo (teria como ser pior que Bush? sim, mas precisaria ser muito idiota e escroto). No primeiro item, o documentário torra um pouco a paciência com números, gráficos e blá blá blá científico, e demora a dar o recado: o que realmente precisamos fazer para evitarmos o aquecimento global. É menos interessante que a A Marcha dos Pinguins, por exemplo. Mas vale ver. No segundo item: a frase "eu não concordo com a Suprema Corte, mas vou respeitar a decisão" já é uma das frases históricas da humanidade nos anos 2000.

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Quero ver Estamira, hoje. Ou este que é tema da coluna de hoje do chapa Maurício Teixeira no iG Jovem: Esse cara não fala coisa com coisa

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A dor de estômago melhorou. Também, bebi mais copos de leite puro ontem e hoje do que nos três anos anteriores. Dois. E olhe lá... :o)

05/11/2006 - 12h04

Estou com um dor de estômago que está me acompanhando faz uns cinco dias. Mais propriamente desde o happy hour de quarta-feriado com os amigos "da firma". Aliás, promovi um racha na mesa ao escolher Bohemia enquanto a maioria estava acostumada a beber Original. Mas, diz ai: não é claro que a Bohemia é muuuuuito melhor que a Original?

O fato é que a dorzinha têm me acompanhado desde então, e atrapalhou pseudos-porres nos dias seguintes, apesar da dona do meu coração dizer que eu já estava bebendo direto fazia três dias. Exagero, claro. :o) Hoje é domingo (ainda - plantão é algo que eu não desejo a ninguém) e ao menos hoje quero manter a mente aberta, a espinha ereta e o coração tranqüilo. Já não sou mais um menino...

O fato é que estou meio que em uma entresafra criativa. Não ando lá sentindo que tenho muita coisa a dizer, sabe. O trabalho, que em se tratando de trabalho é algo muuuuito bom (mas se eu pudesse escolher, faria outra coisa), está em ritmo forte, e estou aos poucos percebendo que amadureci mais no último ano do que nos 35 que havia vivido antes. E o amor, bem, o amor é algo que finalmente encontrei em posição de reciprocidade bilateral: ela me ama, eu a amo. E isso tudo é novo demais.

Tenho ido bem pouco ao cinema, e ouvido muitos discos. O álbum homônimo do Eskobar é algo tão viciante que estou morrendo de medo de dar um play nele agora e só larga-lo quando desconectar o computador. O do Bonnie Prince Billy não me impressionou, nem o do Josh Ritter. Agora estou ouvindo Lauren Hoffman... e não posso esquecer de dizer que o solo do Jarvis Cocker está bem bom.

Estou por aqui, meio enjoado, mas estou aqui.

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Eu disse que troquei meu descanso de tela? Então, tirei a Scarlett Johansson e coloquei esta foto aqui, um dos lugares mais lindos que eu já estive na vida. Olha!

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Para fechar: sabe qual é o meu maior sonho de consumo na atualidade? Uma casinha numa montanha afastada de tudo. Com Internet, claro. (hehe)

01/11/2006 - 16h10

Beastie Boys são aclamados no Tim Festival em Curitiba, por Marcelo Costa




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