CALMANTES
COM CHAMPAGNE Imitação Tosca de Um Blog -
Página Principal Marcelo Costa
31/05/2007 - 15h34
Uma das coisas que sempre quis fazer neste espaço era
publicar alguns e-mails de amigos e leitores que recebo,
sem ficar editando o falando "tal coisa é bacana, tal
pessoa indicou". Vou brincar de fazer isso hoje, ok. Uma
porque o tempo está faltando (fim de mês, metas de audiência
para ser cumpridas, shows para serem vistos, e os braços
da amada me esperando, é difícil ser um só em um dia que
só tem 24 horas). Vou tentar fazer isso uma vez por semana.
Sem enrolar, vamos nós:
"Amigos, aproveitando algumas horas de ócio, coloquei
no ar o site , no endereço http://telhadodevidro.wordpress.com.
Trata-se de um espaço virtual para minha produção jornalística
- republicarei textos meus já vistos na imprensa (virtual
ou em papel) e também escreverei coisas inéditas. Dêem
uma olhada, comentem, recomendem (ou não) aos que lhe
são caros, reclamem, divulguem.
Ps. O Bart, além de um ótimo jornalista, é um dos grandes
amigos cariocas do Scream & Yell. Alguns textos que você
irá ver no Telhado de Vidro também podem ser encontrados
aqui no Scream & Yell. Graaaaande Bart.
*******
"Caro Marcelo, às vezes leio seu blog - que acho muito
bem feito. Gosto quando você cita bandas da minha cidade
natal (Curitiba) e mesmo morando em Nova York a 5 anos,
me interesso pelo o que acontece com o rock/musica independente
no Brasil. Em Curitiba já dirigi alguns clipes de bandas
locais como Magog, Bad Folks, Boi Mamão e Catalépticos.
Aqui em NY estou em contato e recentemente fiz um trabalho
(um vídeo que é projetado em shows ao vivo) para a banda
formada por dois irmãos brasileiros (Rodrigo e Rafael
Carvalho) chamada The Soundscapes. Confira o som deles
em http://www.myspace.com/thesoundscapes.
O Rodrigo era baterista do falecido Thee Butchers Orquestra
e chegou aqui há 4 anos para se juntar ao irmão e tentar
a sorte na "cena" de NY. Tem rolado. Eles tem feito bastantes
shows nos lugares certos. Alguns para casa cheia, alguns
para bartenders, mas tem tocado sem parar, chamando atenção
inclusive de bandas estabelecidas por aqui que os chamam
para abrir shows como o (http://www.myspace.com/artankerconvoy)
por exemplo e irão gravar em estúdio em agosto com um
produtor bem legal aqui do Brooklyn. No mesmo mês vou
filmar um vídeo para eles. Dá uma escutado no som se tiver
tempo. É isto ai. Keep up the good work e se cuida ai
em SP (é sampa né?)
Abraços
Artur Ratton"
Ps. Artur, é Sampa mesmo. Gostei muito das infos aí de
cima, e se teve relação com o Butchers, algo bom deve
sair. Abraço
*******
"Freak out muzik é assim:
O desejo exacerbado pelas vitrines
o narciso fake que se entedia consigo mesmo
a apatia apartada pelas ruas do Leblon ou Ministro Godóy
tudo ali num mix auto-alto-psicanalisado
ocupado com o presente de presente
tanta felicidade estar vivo!
o fetiche pelas vitrines e espelhos
se debatendo no eterno conflito: à ciumosa afliçao dosmeusolhos!
Um mimo pras princesas Julia, Clara e Lucylle (póstumo).
Hoje tem Bellrays no Inferno. Vou pro PIB, no Sesc Pompéia,
e de lá pro Inferno. Amanhã tem Mudhoney no Clash, mas
vou perder...
28/05/2007 - 22h46
Uma correria danada por aqui. Após um fim de semana bastante
atípico de encontro com vários amigos (foram dois aniversários,
um churrasco e uma comemoração em quatro círculos de amigos
diferentes, sem contar a querida sogra sãopaulina)
e uma segunda-feira agitada, cá estou com novidades rápidas:
- Farei parte do grupo de jurados do festival PIB (Produto
Instrumental Bruto), que acontecerá no Sesc Pompéia e
visa promover a cultura da música instrumental contemporânea
e inovadora em toda a sua diversidade de estilos musicais.
Os eventos acontecerão do dia 30 (lançamento do projeto
no Tirana) até o dia 02, com shows no Sesc de gente como
Pata de Elefante, The Dead Rocks e Fóssil. No sábado,
às 16h30, ainda irá rolar um debate num anexo ao lado
da área de convivência do Sesc Pompéia, em que vão participar
Alex Antunes, Carlos Costa (selo e distribuidora Sensorial
discos e baixista do Continental Combo), Loop B (músico,
produtor, oficineiro, atuante na música instrumental desde
os anos 80) e... Marcelo Costa :o). Saiba mais na comunidade
do Festival
PIB 2007 no Orkut.
*******
- Ali pelo dia 15 estarei na Fnac de Curitiba batendo
um papo sobre cultura pop, música, cenário independente
e essas outras coisas que você sempre lê neste espaço.
O evento fará parte do Festival Tinidos, que irá acontecer
de 11 a 16 de junho. Vou dar mais detalhes sobre essa
história no decorrer do período, ok. Fique atento no http://www.tinidos.com.br/
- Então, você viu o Fantástico no domingo? Olha, o "Profissão:
Repórter", do Caco Barcellos, foi beeeem bom, viu. Já
assisti a uns quatro programas e o formato está cada vez
melhor. Parabéns ao Caco. Já o estreante "Galpão do Fantástico"
foi uma das coisas mais constrangedoras que já assisti
numa televisão. Sério. Uma das coisas que sempre repito
é que deveríamos trocar know-how com os ingleses sobre
filmagem e edição. Nós ensinamos a eles como se deve filmar
uma partida de futebol, e eles nos ensinam como se deve
filmar um artista no palco. A gente podia trocar a ilha
de edição da Globo no Brasileirão pela equipe do Jools
Holland. Iria ser duca. Porque precisamos, e muito, aprender
a filmar shows. A edição de fotografia do Galpão do Fantástico
foi uma das maiores porcarias que já vi em um programa.
O problema nem foi a Rita Lee chocha chocha e nem a apresentação
café com leite do Zeca Camargo. O problema maior foi essa
maldita edição idiota de fotografia. Sabe o que é pior:
tem gente que ganha para fazer aquilo (e ganha bem).
*******
- Para fechar, não sei se vocês conhecem uma das melhores
(senão a melhor) comunidades do Orkut, a "Anão vestido
de palhaço mata 8", cuja descrição é:
Comunidade dedicada às manchetes que por si só já valem
mais do que a notícia toda. Inspirada em headlines como
"Hindu de 13 anos constrói mini-bomba nuclear", "Búfalo
mantém família refém por 8 horas" (vide foto), ou o título
da comunidade, "Anão vestido de palhaço mata 8 na Croácia".
Eles fizeram uma votação no site que por si só já vale
uma lida:
Disputada por 64 notícias, a I Copanão registrou mais
de 48 mil votos. A trajetória da campeã 'Resgate' foi
tranquila, liderando o número de votos na 1ª fase, e sendo
ameaçada apenas na semifinal pela 'Kiwis'. A partida mais
emocionante foi a semifinal entre 'Chinês' e 'Cão-guia',
terminando apenas na prorrogação, com uma diferença de
10 votos pró-Chinês (1445 x 1435).
1º Resgate de celular que caiu na privada mata 3 - 5655
2º Chinês fracassa em 100ª tentativa de suicídio - 4767
3º Kiwis vândalos matam ovelha e molestam cachorro - 5057
4º Cão-guia salva esquimó engasgado com a tecla ESC -
4873
5º Torcida em êxtase invade Copa de Banco Imobiliário
- 2712
6º Preso processa Deus por quebra de contrato - 2371
7º Vaso cai de prédio e fere 27 em Pequim - 2318
8º Jesus Cristo é absolvido pela Justiça Eleitoral - 2244
9º Professora anuncia fim do mundo a alunos de 6 anos
- 1840
10º Rinoceronte míope tenta fazer sexo com carro - 1674
11º Neozelandês morre afogado na vasilha do gato - 1418
12º Argentino sobrevive a terremoto, 11/9 e tsunami -
1295
13º Idosa pede indenização de três dodecilhões - 1262
14º Heróico coreano passa após 272 exames de direção -
1169
15º Garoto norte-americano quer imprimir a Internet -
1154
16º Astróloga processa NASA por mudar seu horóscopo -785
17º EUA em alerta para invasão de patinhos de borracha
- 547
18º Entusiastas irão pular para mudar órbita da Terra
- 530
19º Diminuto coelhinho ajuda 31 a fugirem de prisão -
487
20º Pulgas são acusadas de abduzirem cidadão turco - 477
24/05/2007 - 18h04
Já está na web (Part f The Queue, Rock Army) o álbum "Era
Vulgaris", o novo álbum do Queens of The Stone Age. Estou
ouvindo, e tentando assimilar. De cara, assumo: é um disco
difícil.
*******
Foi bem bom o show do Wander Wildner ontem, no Astronete.
Eu tinha receio que o lugar fosse lotar, mas lotou. Muita
gente cantando, dançando e bebendo cerveja, mas poucas
bebendo Guiness. Fechei a noite com uma taça de Guiness
e a sensação que tenho em todo show que vejo de Wander
Wildner: o lugar do rock é sobre um palco.
*******
Coluna nova na Revoluttion. O assunto é: o preço dos CDs
"Uma vez, alguns anos atrás, assisti (aqui mesmo no
prédio do iG) a uma palestra de André Midani, um dos poderosos
presidentes de majors no País entre os anos 60 e 90. Na
época (2004, acho), Midani estava em evidência por uma
excelente entrevista concedida ao jornalista Pedro Alexandre
Sanches, que escancarava o jabaculê, pagamento clandestino
feito por gravadoras para que emissoras de rádio e televisão
tocassem determinadas músicas. No meio do papo, muito
interessante, questionei: "Por que o preço final de um
CD de major no Brasil é tão caro?" O argumento do ex-presidente
de gravadora era de que as majors haviam padronizado os
preços, e que um CD de R$ 39 no Brasil custava US$ 13
nos Estados Unidos (em tempos de dólares a R$ 3).".
Continua
aqui.
23/05/2007 - 13h49
Acordei às quatro e meia da manhã hoje. Ao invés de acordar
a amada, algo que eu iria fazer, inconsequentemente, se
tivesse ficado na cama, resolvi colocar a casa em ordem.
Publiquei quatro textos novos no Scream & Yell, fiquei
estudando a capa do iG e procurando álbuns do Cascavelletes
no Orkut. Diz ae: você já visitou a parte de discografia
para download da comunidade Rockinho Gaúcho? A parada
é boa. Meu download preferido no momento é um acústico
da Vídeo Hits que inclui uma cover de "Amada Amante",
do Rei mala Roberto Carlos. http://tinyurl.com/2g9zo3
*******
Downloads:
- O selo Igloo Discos está disponibilizando seu primeiro
single virtual, "Love Can Be Sold As I Do (She Finnaly
Found A Job)", do Color Tv, que no lado b traz "Marigold",
música que Dave Grohl cantou em um lado b do Nirvana.
http://igloodiscos.blogspot.com/
- Além de reformular o site, o Violins colocou várias
faixas para download (incluindo cinco versões finais do
novo álbum, "Tribunal Surdo"), com destaque para "Glória"
e "Gênio Incompreendido", que surgem em novas versões
gravadas no estúdio Rocklab, e disponibilizadas apenas
no site: http://www.violins.com.br/
- "Estreitando sua relação com a música pop, o
programa de animação americano Adult Swim está disponibilizando
uma coletânea em seu site. Chamado Warm & Scratchy, o
álbum que tem download gratuito traz faixas exclusivas
de bandas como Rapture, Raveonettes, TV on The Radio e
The Good The Bad and The Queen". Leia mais e
pegue o link para baixar no iG
Música.
*******
Livro: "Socialismo Para Milionários", de Bernard
Shaw (Ediouro).
Abaixo, o primeiro sensacional capítulo:
As Atribuições de um milionário
"A classe dos milionários, uma classe pequena, mas crescente
na qual cada um de nós pode se ver atirado amanhã pelos
acasos do comércio, é talvez a mais descuidada da comunidade.
Este opúsculo, que eu saiba, é o primeiro já escrito para
milionários. Pelos anúncios das fábricas do país cheguei
à conclusão de que tudo é produzido para os milhões e
nada para o milionário. Crianças, rapazes, moços, "cavalheiros",
senhoras, artesãos, adeptos das profissões liberais, até
pares de reino e reis são providos do necessário; mas
a freguesia dos milionários evidentemente não é interessante
por eles serem tão poucos. Enquanto os mais pobres têm
a sua Feira de Trapos, um mercado devidamente organizado
e ativo em Houndsditch, onde se compra uma bota por um
pêni, percorrer-se-ia o mundo em vão em busca de um mercado,
onde as botas de 50 libras, o tipo especial de chapéu
de 40 guinéus, o costume de ciclista de tecido de ouro,
e o clarete Cleópatra, quatro pérolas do conjunto, possam
ser adquiridos por atacado. Assim ao milionário infeliz
cabe a responsabilidade de uma fortuna prodigiosa sem
a possibilidade de se divertir mais do que qualquer homem
medianamente rico. Na verdade, sob muitos aspectos ele
não pode divertir-se mais e nem tanto quanto muita gente
pobre; pois um tambor-mor se veste melhor; o empregado
de uma coudelaria freqüentemente cavalga um cavalo melhor;
o compartimento de primeira classe é partilhado por auxiliares
de escritório que levam as suas amiguinhas a um passeio;
qualquer pessoa que vai passar o domingo em Brighton viaja
no vagão Pullmann; e qual é a vantagem em poder pagar
um sanduíche de miolos de pavão quando só se encontram
de presunto ou de carne. A injustiça desse estado de coisa
não tem sido levada na devida consideração. Uma pessoa
tendo uma renda anual de 25 libras pode multiplicar o
próprio conforto além de todo e qualquer cálculo dobrando
de renda; provavelmente até 250 libras, a duplicação da
renda atual significa duas vezes mais conforto.A partir
dessa quantia o acréscimo de bem-estar cresce menos em
proporção com o da renda até se chegar a um ponto em que
a vítima é saciada e mesmo fartada por tudo o que o dinheiro
pode obter. Esperar que ela se delicie com mais cem mil
libras porque as pessoas gostam de dinheiro seria como
supor que um caixeirinho de confeitaria ficasse satisfeito
em trabalhar mais duas horas por dia porque os meninos
em geral gostam de doces. Que pode fazer o desditoso milionário
que precisa de um milhão? Desejará ele uma frota inteira
de iates, uma Rotten Row1 cheia de carruagens, um exército
de criados, uma cidade inteira de imóveis ou um continente
inteiro para coutada? Pode assistir mais uma peça de teatro
por noite, ou vestir mais de um terno ao mesmo tempo ou
digerir mais pratos que o seu mordomo? É um luxo ter mais
dinheiro para tomar conta, mais cartas de pedidos para
ler, e estar proibido de ter desses deliciosos sonhos
de Alnasahar em que o pobre, entregue a imaginar o que
faria na eventualidade sempre possível de herdar uma fortuna
de algum parente desconhecido, esquece a sua penúria?
No entanto, não há simpatia para com esse infortúnio oculto
da plutocracia. Só se tem pena dos pobres. Associações
surgem por toda parte para desafogar toda espécie de pessoas
comparativamente felizes, desde presos liberados a se
regozijarem com a liberdade readquirida até crianças que
se empanturram na sofreguidão de um apetite ilimitado;
mas não há mão que se estenda ao milionário, a não ser
para pedir. Em todas as relações que possamos ter com
ele está implícito o erro de que ele não tem nenhum motivo
de queixa e deveria sentir vergonha por nadar em dinheiro
enquanto outros estão morrendo de fome. "
21/05/2007 - 14h01
Tudo está tão corrido por aqui que tenho deixado de comentar
algumas coisas legais que andam acontecendo. Então, segue
várias coisas em um único post:
Show: o Terminal Guadalupe baixou sexta na Funhouse,
e além de fazer uma apresentação matadora, ainda tocou
duas das melhores músicas de 2007: "De Turim a Acapulco"
e uma versão poderosa (citando até Bento XVI) de "Grupo
de Extermínio de Aberrações", do Violins. http://www.myspace.com/terminalguadalupe
CD: já está circulando por algumas lojas o aguardado
"Tribunal Surdo", novo álbum do Violins. A banda estreou
site novo e colocou várias músicas para download. Confira
aqui: http://violins.com.br/
Filme: me diverti horrores com o inacreditável
"O Segredo". Essas coisas de ir ao cinema sem saber patavina
do filme causam constrangimentos como o de sábado. O tal
"O Segredo" é um filme de auto-ajuda. E por mais que ele
queira soar sério, é impossível não cair na gargalhada
em algumas passagens. Não vá ao cinema.
Mostra: Caetano Veloso é um mala, mas fez uma seleção
fundamental de filmes para o ciclo Carta Branca, do Espaço
Unibanco, com várias obras clássicas entregues de bandeja
(e de graça) para o cinéfilo paulistano. No sábado perdi
"Passageiro: Profissão Repórter" de Michelangelo Antonioni,
com Jack Nicholson. Mas ontem consegui assistir a "As
Noites de Cabíria", de Federico Fellini. Comparado a sua
obra posterior, "As Noites de Cabíria" pode até ser chamado
de um filme normal, mas é de uma beleza terna e suave.
Blog: o amigo Rodney entrou no OleOle com o seu
Amendoimneles. Só da palmeirense naquele espaço! :) Vou
precisar colocar meu time em campo (hehe). http://br.oleole.com/blogs/amendoimneles
Capa: bem bacana a capa da Bizz deste mês (cortesia
comuna
do Orkut)
Vídeo: abaixo, o vídeo que filmei do Vanguart com
João Ricardo no CCBB. Lá tem "O Vira", filmado por mim,
também.
Agenda: Para esta semana, garanto presença no show
do Wander Wildner na quarta-feira, no Astronete.
Disco da Semana: quando voltar do almoço escrevo
para a Revoluttion...
17/05/2007 - 12h35 As 25 músicas mais tristes e esquisitas da música pop
O site da Spinner
fez uma lista interessante com 25 lamentos em forma da
canção. E a revista explica o motivo de cada escolha.
A lista abre com "The River", de Bruce Springsteen, na
25ª posição. Jutificativa: "Uma gravidez prematura,
casamento e uma harmônica esmagam os sonhos de um jovem
casal". A próxima da lista é a dilacerante versão
de Sinead O'Connor para "Nothing Compares 2 U", de Prince
(lembra que no clipe ela chorava de verdade?). Justificativa:
"Uma ode para um ex que mostra que existe vida após
o amor, mas a vida é uma merda". Na 23ª posição aparece
o Radiohead com a maravilhosa "No Surprises" (não é no
clipe dessa que o Thom Yorke está com a cabeça em um aquário
que vai sendo preenchido de água?). Os motivos para ela
estar na lista (mais as outras 22 músicas) você confere
no link abaixo:
Quem me passou o link acima foi a Game
Girl Re Honorato, que também indicou o blog "Roberto
Carlos sem Detalhes", que traz o livro proibido na integra
dividido em posts. O livro também anda circulando pela
internet em versões word e PDF.
Por fim, a Rolling Stone americana listou os 15 piores
discos de grandes nomes da música mundial. Como toda boa
lista que se preze, tem erros e acertos. Veja a lista:
1. Bob Dylan - "Down In the Groove"
2. Rolling Stones - "Dirty Work"
3. David Bowie - "Tonight"
4. Van Morrison - "Beautiful Vision"
5. The Clash - "Cut the Crap"
6. Neil Young - "Old Ways"
7. Van Halen - "Diver Down"
8. The Who - "Face Dances"
9. Elvis Costello - "Mighty Like A Rose"
10. Red Hot Chili Peppers - "One Hot Minute"
11. Crosby, Stills, Nash & Young - "American Dream"
12. Aerosmith - "Rock in a Hard Place"
13. Lou Reed - "Mistrial"
14. Morrissey - "Kill Uncle"
15. Led Zeppelin - "Presence"
Comentários rápidos: "Undercover" é muito pior do que
"Dirty Work", que marca o início da terceira vida dos
Stones. "Cut The Crap" nem pode ser considerado um disco
do Clash, mas tudo bem, o nome está lá. "Old Ways" bate
de longe o oitentista "Landing on the Water", o eletrônico
"Trans" (a versão de "Transforme Man" contida no "Unplugged"
revela toda beleza da música que ficou escondida em sua
versão original) e o rockabilly do "Everybody's Rockin'".
E se "Mighty Like a Rose" é o pior do Elvis Costello,
o cantor pode ser chamado de Woody Allen do rock: até
seu pior disco é melhor do que toda parada de sucessos
em voga. :)
Queria saber o motivo deles não considerarem o "Metal
Machine Music" (Lou Reed) e o "Arc" (Neil Young) como
piores álbuns dos respectivos artistas, já que os dois
discos são feitos apenas de microfonia...
16/05/2007 - 17h07
O show do Vanguart com o João Ricardo (ex-Secos e Molhados),
ontem no CCBB, foi... matador. O Vanguart, em uma casa
com som perfeito, fez um show beirando a perfeição. E
a participação de João Ricardo foi divertida e hilária.
Ele leu a letra de "Cachaça", do Vanguart, cantou três
músicas do Secos e Molhados, e tentou levar "O Vira" no
final, mas parou no meio do improviso zoneado. Veja algumas
fotos do show (tenha na memória "aquele" João Ricardo)
e mais coisas do show aqui.
Aliás, fiz um vídeo do show, da canção "Mulher Barriguda".
Assim que uma amiga minha upar para o Youtube, posto para
que vcs tenham idéia do que foi o show.
*******
Participei, ontem, do podcast do iG Música, acompanhando
o trio Carlos Augusto, Juliano Zambelo e Marco Tomazzoni.
A idéia era falar apenas de "Sky Blue Sky", novo disco
do Wilco, que anda sendo detonado pela imprensa gringa,
mas que é lindo de doer. No entanto, acabamos falando
do novo do Paul McCartney (tem no Part
of The Queue), e ainda do Resfest. Para ouvir o podcast,
aqui.
*******
Esqueci o que eu ia escrever...
15/05/2007 - 13h01
Então, rapidinho. A nova caixinha aí de cima da Last.FM
permite que você, leitor, ouça trechos e músicas completas
da playlist que eu estou escutando (ou escutei) no meu
computador (se a canção estiver no acervo
deles). É só clicar no play. :)
Fora isso, gravei uma participação no podcast do iG Música.
Já já passo o link.
14/05/2007 - 14h37
Eu não detesto segundas, como o Garfield, mas esta segunda
está de doer. Vamos conversar sobre música, que é melhor:
- Estou viciado no Bazar Pamplona, principalmente em "Agora
Eu Sou o Vilão", faixa 1 do EP "Músicas Que Caem em Pé
e Correm Deitadas", de 2006. Já tinha recebido tempos
atrás a demo "Quando Mamãe Era Moça", que registrava um
ensaio de 2005, em qualidade duvidosa, e deixei passar.
Mas esse "Músicas Que Caem em Pé e Correm Deitadas" (e
também o álbum "Ok Yoko") são recomendadissimos. Os dois
discos estão disponíveis na integra para download gratuito
no Trama Virtual. Se der, dá uma passada no site deles.
Curti o visual:
- Os gaúchos da Superphones lançaram, também em 2006,
o ótimo single "Love Games", com três faixas inéditas.
As três músicas ("Love Games", "Left Behind" e "Walking")
podem ser baixadas gratuitamente no site oficial da banda
(que, aliás, ganhou um ótimo visual enxuto):
- Os curitibanos do Terminal Guadalupe, que aparecem em
SP na próxima sexta-feira para fazer o pré-lançamento
do álbum "A Marcha dos Invisíveis" com show na Funhouse,
colocaram para audição no My Space as poderosas "El Pueblo
No Se Vá" e "De Turim a Acapulco" (esta última lidera
o meu ranking de músicas executadas na Last.FM). Vá lá
ouvir duas grandes canções do rock nacional safra 2007:
- Falando em safra do rock nacional 2007, que tal uma
brincadeira? O chapa Danilo Corci, capo da Mojo Books
e do Speculum, publicou uma nota comentando sobre suas
três bandas novas favoritas do rock nacional. O amigo
Jorge Wagner apareceu por lá, incluiu uma banda, e tirou
outra. E o Dary, vocalista do TG, também deu sua opinião.
As bandas citadas por estes três amigos: Lasciva Lula,
Supercordas, Terminal Guadalupe, Vanguart e Violins. E
para você, quais são as três melhores bandas novas do
rock nacional? Pode citar outras que não estejam nessa
lista.
12/05/2007 - 09h25
Para fechar a parceria com o Projeto Supernovas em alta,
a produtora Inker liberou três singles "Hey Yo Silver"
(com faixas inéditas que não vão entrar no álbum) para
sorteio na Revoluttion. Os singles são para todo o País.
Os convites só para quem estiver em São Paulo na terça.
http://revoluttion.blig.ig.com.br/
*******
O Jeferson Augusto, jornalista de Ponta Grossa, montou
com um amigo o site Loco de Bom. Vale uma visita para
conferir, no mínimo, a ótima entrevista com o pessoal
do Charme Chulo, entre outras coisas. http://www.locodebom.mus.br/
11/05/2007 - 18h17
A foto acima foi de ontem, festinha de aniversário de
Lili, no Exquisito, aqui na rua de casa (conto mais sobre
esse "na rua de casa " na hora oportuna - hehe). Fiz uma
brincadeira com a foto no photoshop, já que ela saiu escura.
Mas a mensagem é aquela mesmo. E tira o olho do meu copo
de cerveja uruguaia... :)
*******
Na quarta gravei uma entrevista para o programa Metrópolis,
da TV Cultura, falando sobre o meu Mojo Book "Doolittle".
O papo foi bem legal, mas não sei quando irá ao ar. Assim
que souber, aviso. O que posso adiantar é que, segundo
os editores, o meu "Doolittle" está prestes a esgotar
sua tiragem, e será retirado do site. Se você não baixou,
segue o link abaixo e pega o seu.
Enquanto esperava a minha vez de papear com o Metrópolis,
bati uma foto (tremida) dos chapas Danilo e Ricardo gravando
entrevista. Confira
aqui.
*******
Comprei a Folha de São Paulo hoje e, caso raro, consegui
ler o caderno Ilustrada na hora do almoço, entre torresminhos
de um restaurante mineiro aqui do Itaim. Pequenos excertos:
- O cineasta Michael Moore está sendo acusado de violar
o embargo a Cuba por ter levado pessoas para o país durante
as filmagens de "Sicko". (hehe)
- Zé Simão: enquanto está tudo paparado nos aeroportos,
o vôo do papa chega meia-hora adiantado. Milagre! Frei
Galvão em ação. O papa fala português melhor que o Lula.
E eu quero emoção. Eu quero ver o papamóvel dando cavalo
de pau. O chargista Zé Ramos revelou a oração dos paulistanos
no trânsito: "E livrai-nos do caminho do papa, amém".
Amémdoim! E um corintiano me disse que vai levantar duas
faixas no Campo de Marte: "Bentão, ajuda o Coringão" e
"Santidade, um centroavante por caridade". E quem devia
cantar pro papa era a Fafá de Belém, com aquele peitão.
Aí ficava Mamas and Papas! E mais essa: Aparecida decreta
Lei Seca durante visita do papa. Coitado do Lula! Eu também
num vô mais! Pra agüentar esse papa mala, só bebendo.
Agora temos o papamóvel e o papa mala! Rarará! PAPAGAIADA!
Papa condena aborto e eutanásia e camisinha e sexo fora
do casamento e gay e rock e fio dental e cueca Calvin
Klein. Ou seja, eu quero ser católico, mas o papa não
deixa!
- Lanny Gordin põe guitarra a serviço das melodias
- Caetano Veloso diz: "Tenho um temperamento mais rebelde
que o Lobão. Ele é legal, mas um pouco conservador."
- Ainda Caê, sobre a biografia do Roberto Carlos: "Não
gosto da decisão, o livro deveria estar sendo vendido
livremente. Vão queimar os livros? Se ainda fosse uma
coisa caluniosa e ofensiva e que causasse danos objetivos...
Sou contra. "
- A última do Caê: "Não quero fazer nada que seja mau
para o meu marketing, estou apenas dizendo a verdade.
Se é bom para o meu marketing, ótimo. Se não, foda-se.
Sou rebelde mesmo. "
Mas não tem jeito, o melhor da Ilustrada ainda são as
tirinhas:
Ps: andei comprando um CD duplo de raridades do Elton
John dia desses...
*******
Pra fechar, duas coisas: coluna nova no iG, sobre o disco
novo do Manic Street Preachers. E uma coisa que não falei
lá, mas a diabinha não é mais gata que a anjinha? Eu vivo
dizendo que o inferno é melhor, vocês não acreditam...
E na coluna também há sorteio de CDs e convite para o
show de encerramento do projeto Supernovas, no CCBB, com
o badalado Vanguart recebendo o ex-Secos e Molhados João
Ricardo:
09/05/2007 - 15h14
Ontem, o time do iG estreou na Copa São Paulo de Imprensa
2007 vencendo por 18 x 1 o time do Diário de Diadema.
Não joguei (sou perna de pau demais para campeonatos sérios),
mas me diverti com a reportagem sobre o jogo, publicada
no Ole!Ole!. Entre os craques do time, estão o Mauricio
(meu ex-chefe na minha segunda passagem no iG - essa é
a terceira) e o Lúcio 'Aloísio' Ribeiro.
Aliás, já estou para falar do Ole!Ole! faz um tempo. A
idéia é bem simples e legal. Você faz um cadastro (gratuito),
e ganha um blog para postar comentários e escrever sobre
futebol. Todo post feito aparece na lista de notícias
da capa do Ole!Ole!, e o Mauricio (que foi editor de esportes
do iG) escolhe os melhores para os destaques principais
da capa do site. É um projeto beeem legal. Dà uma olhada
lá:
E o Wilco confirmou presença em um dos festivais europeus
mais bacanas do verão:
07/05/2007 - 19h12
Meu fim de semana foi musicalmente agitadíssimo. Na sexta
estive no Skol Beats e foi a pior seleção de artistas
que já presenciei. Não gostei de nada, nem do Gui Borato,
que muita gente elogiou. Tentei ver o Afrika Bambaataa,
mas o atraso (por problemas de som) não deixou. Passei
em uma tenda em que o DJ que pilotava as pick-ups conseguiu
estragar com "Tainted Love", e o cara tem que ser muito
ruim para estragar uma música dessas. Sai de lá quase
às 5 da manhã, e ainda paguei mais em um táxi com o taxímetro
adulterado. Um final de noite em total sintonia com a
madrugada.
Acordei após o meio-dia para o primeiro compromisso musical
do sábado: conhecer a Sala São Paulo, local em que a Osesp
iria apresentar a "Sinfonia nº 4 em Mi b maior WAB 104
- Romântica", de Anton Bruckner, com regência de Cláudio
Cruz e o austríaco Benjamin Schmid no violino. A sinfonia
foi conduzida de forma belíssima, e a atuação solo de
Schmid foi impressionante.
Saindo da Sala São Paulo, eu e Lili fomos nos preparar
para a noitada da 3ª Virada Cultural, em São Paulo, com
um lanche reforçado no Café Girondino, no centro. Dali,
uma caminhada curta até o Theatro Municipal, para a primeira
apresentação histórica do fim de semana, com um João Donato
contagiado pelo teatro (de 1870 lugares) completamente
tomado. A madrugada ainda teve Paulinho da Viola no MIS
e Jards Macalé no Theatro Municipal, às 3 da manhã. Fui
dormir às 5 sem ter percebido o tumulto do show dos Racionais.
No domingo, eu queria acordar cedo para ver ao menos os
shows de Karnak e Pato Fu, mas quase perdi o do Garotos
Podres, que foi às 13h. Sai dali direto para o Teatro
São Pedro, na rua Barra Funda, para conhecer o teatro
datado de 1917 e assistir pela primeira vez a uma apresentação
da cantora Maria Alcina. O show foi divertidíssimo, e
a empolgação da cantora contagiou o público (e vice-versa),
que já aplaudia de pé ainda no meio da apresentação.
Os cinco shows que vi na 3ª Virada Cultural foram o
tema da minha coluna Revoluttion, no iG, nesta segunda-feira.
De quebra, abaixo, você assiste a "Mal Secreto", com Jards
Macalé e Lanny Gordin, no Theatro Municipal, filmada por
mim mesmo (pena que a compressão do Youtube tenha resultado
em perda de qualidade, mas o vídeo permite que você vislumbre
um trecho do melhor show que vi em 2007).
04/05/2007 - 18h45
Correria. Tenho que me organizar para o Skol Beats, vou
a Sala São Paulo amanhã à tarde, tenho Virada Cultural
pela frente, um fim de semana agitadíssimo. Enquanto não
apareço, vai lendo uma entrevista minha de cinco anos
atrás, que veio á tona só agora. Na época eu ainda estava
na Zero, e o papo é sobre a futura revista. Muita coisa
mudou daquele papo em diante, mas a idéia toda é aquela
mesma, e eu não mudo nenhuma virgula do que disse, mesmo
cinco anos depois. Me orgulho.
Vou achar a entrevista que dei ao Jonas Lopes, ainda no
Yer Blues, pois acho as duas entrevistas bem sintomáticas
sobre o assunto. Uma pré, outra pós.
03/05/2007 - 18h27
Isso é São Paulo, em três histórias de uma
quinta-feira:
Primeira: viver em São Paulo é cruzar constantemente com
meninos de rua e mendigos dormindo no chão. É uma imagem
que parte o coração com a mesma facilidade que garfos
de prata cortam picanha de carneiro nos restaurantes estrelados
da cidade. Um dos lugares mais freqüentados pelos meninos
é a fachada do banco Bradesco (na frente do Copan), na
Avenida Ipiringa, a mesma que algumas quadras depois fez
Caetano Veloso sentir alguma coisa em seu coração. A frente
do Bradesco é a casa de vários meninos de rua. Eles dormem
ali pelo segundo motivo: há canais de ventilação para
a rua (acho que vindo do Metrô) que soltam ar quente,
e que servem para aquecer aqueles que dormem ao relento.
A questão toda é muito maior do que este relato, mas toda
grandiosidade do tema deixa o coração pequenininho na
hora que a gente passa ao lado e percebe um garoto - aparentando
ter no máximo 10 anos - jogado sobre uma das saídas de
ar, a cabeça coberta por um pano, os pés sujos. Pouco
mais de 9 da manhã, centenas de pessoas passando ao lado,
algumas delas com o coração apertado tentando entender
o mundo que a gente vive.
Segundo: dentro do ônibus, nos aproximadamente 12 minutos
que o veiculo leva do ponto até o trabalho, uma senhora
conversa animadamente com o motorista. Só é possível perceber
que ela é bem velhinha, e que carrega consigo uma muleta.
Em seu falatório incessante não sobra pedra sobre pedra.
Ela reclama do Governo, dos jovens que descem a escada
do metrô aos pulos, da falta de respeito, de como era
bom o tempo antigo, coisas assim. Excertos da conversa:
- Os Estados Unidos estão certos em não deixar qualquer
um entrar nos paises deles. Como deixar uns meninos desses,
que fazem essa bagunça toda, entrar lá?
- O problema é a falta de cultura, né. Esses meninos não
tem estudo. Como é que a gente pode esperar alguma coisa
deles se eles não sabem nada de estudo?
Ela desce um ponto antes. Algumas pessoas do ônibus se
manifestam:
- Como fala, hein? - diz uma moça que aparenta uns 30
anos
- Mas ela fala muitas verdades - completa uma mulata um
pouco mais velha
- Ela tem mais de 90 anos - interrompe o motorista, tentando
surpreender
- Ela fala algumas coisas certas, mas ela também fala
muita bobagem. - diz o cobrador, que parece não simpatizar
com a senhora. Assim que estou descendo, ele me diz:
- Ela é racista.
Terceiro: entro no fast-food que almoço alguns dos dias
da semana. Logo após fazer meu pedido, percebo um menino
pedindo - de mesa em mesa - para que alguém de um prato
de comida a ele. É o que imagino, já que ele fala tão
baixo que não consigo ouvir. Antes de chegar a mim, uma
mulher - acompanhada de uma amiga - leva o menino até
o caixa para que ele escolha o que ele quer. Em seguida,
o número no letreiro avisa que meu prato está pronto.
Pego, e sigo para um dos cantos do restaurante, em que
posso ler e comer sem ter a atenção distraída constantemente.
Alguns minutos depois, o menino surge com uma bandeja,
e senta-se na minha esquerda. Vejo a cena sem pensar em
nada, e retorno ao meu livro. Minha refeição, geralmente,
é rápida, mas concentrado no livro ela dura uns dois ou
três minutos a mais. Olho para a mesa na esquerda, e o
menino está levantando para ir embora. Percebo que o saco
de fritas não foi tocado, que o lanche foi mordido apenas
uma vez, e que uma caixinha com nuggets nem sequer foi
aberta. O refrigerante, no entanto, foi inteiramente bebido.
A menina do restaurante chega para limpar a mesa, percebe
que o prato parece intocado, olha para os lados, e por
fim decide abrir a caixinha do lanche, onde vê que o x-alguma
coisa recebeu apenas uma mordida. Ela balança a cabeça
e olha pra mim com uma cara de desentendida. Pega aquela
comida toda e joga no lixo. Olho para o meu prato, vazio,
e respiro fundo. Hora de voltar ao trabalho.
01/05/2007 - 23h40
"E no primeiro dia, Jesus ressuscitou" (frase emprestada
do Lúcio)
01/05/2007 - 17h57
Final de plantão e, putz, foi corridaço. Nada de cinema,
um showzinho, muita música e, pasmen, é só eu deixar de
olhar os meus sites preferidos de download que uma porção
de coisas legais despenca por lá. :)
Este foi um fim de semana muito mais gastronômico do que
musical ou cinematográfico. Eu e Lili batemos cartão no
Tollocos no sábado e no domingo. O Tollocos é um fast-food
mexicano que abriu quase em frente ao Espaço Unibanco
na Augusta, e é especializado em burritos e tacos. Booooom.
Como estou (estava) de plantão, enfiei os dois pés (e
o estômago) em comidas toscas. Foram dois dias de Hamburguinho
e um de BlackDog (já comeu o dogão de lá? Muuuuito bom).
Depois de tanta tosqueira, eu e Lili optamos por um almoço
caprichado com salada de rúcula, palmito e tomates italianos;
arroz integral e tornedos de filé mignon com... bacon.
(hehe). Ficou ótemo.
Acabei comprando, neste fim de semana, o "Jools Holland
- Cool Britannia 2". De tudo que assisti, fiquei impressionado
(e eu sempre fico impressionado) com o Radiohead. Thom
Yorke e banda recriam "There There" de uma maneira sensacional.
Humm, um Top Five deste DVD, vai:
1) "There There", Radiohead
2) "This Is Hardcore", Pulp
3) "Boys In The Band", The Libertines
4) "Cigarettes And Alcohol", Oasis
5) "Road Rage", Catatonia
Franz (com "Michael"), Kaiser Chiefs (com "I Predict Riot"),
Verve ("Lucky Man), Snow Patrol ("Run") e New Order ("Krafty")
também honram suas aparições em um DVD que ainda tem Morrissey
e Ian Brown (muito melhores nas entrevistas que surge,m
de bônus), Blur, Bloc Party, Coldplay, Suede, Keane e
outros...
Revezei esse DVD do Jools com "Procura-se Amy", de Kevin
Smith, que Lili não tinha terminado de assistir. Terminamos
ontem, e eu ainda adoro esse filme. Ele é exemplar em
como nós homens gostamos de colocar tudo a perder fazendo
tudo errado, na hora errada. E eles deviam ficar juntos,
mas nem tudo é perfeito, né.
*******
No sábado fui a Funhouse assistir ao Charme Chulo lançar
seu primeiro CD oficial. Foi a terceira vez que vi a banda
ao vivo, e eles ainda não conseguem transpor para o palco
a sutileza e os detalhes conseguidos em um estúdio. Ao
vivo, a voz de Igor e o violão/guitarra de Leandro são
soterrados pela bateria de Rony. Me lembrou os shows que
vi do Legião, com a diferença que Leandro é muito mais
músico do que Dado Villa-Lobos sonhou um dia ser.
A banda começou com "Mazzaropi Incriminado", uma das grandes
novas canções do debute, mas foi possível distinguir pouca
coisa do ótimo arranjo do disco. Em alguns momentos (nos
mais calmos), as coisas fluíam bem, mas no geral foi mais
um show em que o Charme Chulo não mostrou no palco a grande
banda que é em estúdio. Já que uma das influências confessas
do quarteto são os Smiths, seria de bom tom que a banda
ouvisse atentamente as Peel Sessions do álbum "Hatful
of Hollow", para perceber como a bateria de Mike Joyce
não atropela a guitarra sutil de Johnny Marr.
Em estúdio, o som do quarteto é redondo, e resultou em
um dos grandes álbuns do rock nacional em 2007 até o momento
(Disco
desta Semana na Revoluttion), mas ao vivo a banda
parece ainda não ter se encontrado. O palco da Funhouse
é um dos melhores da cidade (Top 5: Walverdes, Vanguart,
Autoramas, Replicantes e Violins), e talvez a saída para
a banda seja abrir espaço nos arranjos da bateria para
os detalhes instrumentais inteligentes de Leandro, que
fazem o som do Charme Chulo soar instigante.
*******
Semana agitada pela frente. Sexta tem Skol Beats e sábado
tem Virada Cultural.