CALMANTES COM CHAMPAGNE
Imitação Tosca de Um Blog - Página Principal
Marcelo Costa

27/04/2007 - 18h18

Preguiça. Quer um pouco?

*******

Várias músicas legais estão perdidas na Web nesta semana. Abaixo, recomendo:

- Do novo single do LCD Soundsystem, "All My Friends" em versão fresquinha do Franz Ferdinand. Baixa aqui

- "Icky Thump", primeiro single do novo álbum do White Stripes. Aqui.

"Time Won't Let Me Go", novo single do Bravery, Arctic Monkeys tocando "Take It Or Leave It" (The Strokes) e "You Know I'm No Good" (Amy Winehouse) e "The Show Is About To Begin", b-side do single de "Weapon Of Choice", do Black Rebel Motorcycle Club. Tudo aqui.

*******

Amanhã, Charme Chulo na Funhouse. Na terça, Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta recebem Cadão Volpato no CCBB. Ingresso e CDs na Revoluttion.

26/04/2007 - 16h49
Oi.

Estou cansado, meio enjoado (acho que foi o vinho chileno), mas com um monte de coisas para escrever. Acho que o molho curry do frango que comi ontem na casa de uma amiga deu uma castigada no meu estômago, mas estava tãoooooo bom. Aliás, falando em comida, logo que sai do show que o Supercordas fez com Fernanda Takai no CCBB, subi pela Rua Augusta decidido a tirar a prova final de algo que nunca entendi: os curitibanos adoram os sanduíches toscos de São Paulo. Dary Jr, vocalista do Terminal Guadalupe, é fã do X-Salada do Bar do Zé, que fica exatamente embaixo do prédio que moro (e que já foi frequentado por Chico Buarque em outros tempos). Isso que o Bar do Zé tem o Monalisa (um lanche divino de quatro queijos em pão integral) e um ótimo Pão de Mortadela com Molho (o molho deles é uma delícia). Mas Dary insiste que o X-Salada é imbatível.

O vocalista conseguiu um aliado: Allan Yokohama, guitarrista da banda, também ficou seduzido pelo tal X-Salada. Mais. Encontrou um lugar na Rua Augusta que fazia um X-Salada tão bom quanto o do Bar do Zé. Foi nesse lugar que passei após o show do Supercordas com a Fernanda. Comi o lanche balançando a cabeça negativamente: como esses dois malucos podem gostar desse X-Salada? :) Na boa, se eles são fãs desses lanches, queria ver a cara deles frente ao lanche do Chiquinho, na Praça Santa Terezinha, em Taubaté, simples e sensacional. Das coisas que eu não consigo entender, mas ainda os trago ao Hamburguinho, lanchonete do lado da redação em que trabalho, hamburguer próprio, e um molho delicioso para realçar o sabor.

*******

O Wry colocou quatro músicas novinhas no My Space. Trata-se do EP "Whales and Sharks", composto por "Sister", "Bitter Breakfast", "Different From Me" e "Never Sleep (When I Go)". Vai lá: http://www.myspace.com/wrymusic

*******

O Bazar Pamplona colocou 25 músicas no Trama Virtual, incluindo as sete faixas do EP "Músicas Que Caem Em Pé e Correm Deitada" e oito do álbum "Ok Yoko Volume 1". Tudo aqui: http://tramavirtual.uol.com.br/bazar_pamplona

*******

A Midsummer Madness está preparando um lançamento inusitado e sensacional. O selo carioca irá lançar uma fita K7 (isso mesmo) com 30 bandas brasileiras da década de 1990 e seus hits em fita demo compiladas por Gabriel Thomaz, do Autoramas. Só para dar uma palinha, Gabriel Thomaz comenta, abaixo, as cinco primeiras faixas da coletânea "Fim de Século":

01 - Pato Fu - "Spoc"
"Ouvi esta música numa K7 que era uma coletânea de demos feita pelo Jefferson do zine mineiro Kaspar, o nome da coletânea era "The Last Temptation of Noise", uau. Tinha bandas como Little Quail, Primitive Painters, Náuplio e um tal de Pato Fu também...que na época achei sensacional. Eles só foram lançar esta música no 2º cd deles, se não me falha a memória (n. da r.: “Gol de Quem”). Era comum na época os zines fazerem compilações das demos que recebiam e trocar com as bandas que enviavam estas fitas."

02 - Graforréia Xilarmônica - "Mixto Quente"
"Na época da gravadora Banguela (selo criado por Carlos Eduardo Miranda em conjunto com a major Warner Music) chegavam milhares de fitas no escritório e eu ficava com vontade de ouvir todas, conhecer todas as bandas. E quando chegavam coisas dos amigos dava mais vontade ainda. Um dia chegou uma fita do Graforréia só com os nomes das músicas escritas à mão, uma das músicas era esta versão clássica de "Mixto Quente" só com o Frank Jorge na voz e teclado. Na minha opinião muito melhor que a versão do CD "Chapinhas de Ouro" e com a vantagem que essa aqui nunca deve ter sido lançada em lugar nenhum..."

03 - Raimundos - "Carro Forte"
"Essa não é novidade pra quem viveu a época, mas essa versão gravada com Verônica, a bateria eletrônica, pouquíssima gente tem, eu guardei, "Ministry do Forró" ahahahaha"

04 - Eddie - "Quando a Maré Encher"
"Versão original de uma demo dos caras de Olinda-PE, eu sou um dos poucos que lembra que essa música é do Eddie. Clássico do som de Pernambuco."

05 - Oz - "Shit Bomb"
"O Oz foi uma das grandes bandas de Brasília nos anos 90, quem não é de lá não tem idéia da popularidade dos caras no Distrito Federal. O show de lançamento do cd deles foi num ginásio, pra se ter uma idéia. Essa versão de "Shit Bomb" fez parte da clássica demo "Trés Bien Mon Ami" e tocou muito em rádios de Brasília. Por isso escolhi esta música entre todos os outros sucessos. E esta letra conta uma história verídica do Andrezinho, baterista da banda. Andrezão, o guitarrista, hoje mora em Manaus e tem uma banda chamada Macaco Elétrico e Marcelo Bighead, baixo e vocal, hoje atende pela alcunha de Nego Moçambique."

Mais infos no site da Midsummer: www.mmrecords.com.br

*******

O show do Supercordas no CCBB, na terça, foi um exemplo de excelência musical. Com um som de primeira, o Supercordas fez uma apresentação irretocável, com o grande destaque para a participação de Fernanda Takai cantando duas músicas, entre elas a poderosa "Ruradélica". Um dos melhores shows que vi neste ano.

*******

Pra fechar, "Sky Blue Sky", do Wilco, na Revoluttion: http://revoluttion.blig.ig.com.br

24/04/2007 - 12h43
Pra ninguém dizer que não falei das flores:

Ela: "Eu acho que você é um exemplo da arte do amor."

Eu: "Sou?"

Ela: "Vc é tranparente, Má... vc viveu todas as suas paixões... e isso é lindo."

Eu: "Mas as paixões precisam ser vividas, né"

Ela: "Agora eu sei disso. E como é bom meter a cara, viver isso, agora que eu descobri que dor de amor passa..."

Eu: "Essa é a grande sacada. Perceber isso. É tão bom amar, mas ninguém quer sofrer por isso, e precisa. Pois só assim as coisas vão ser verdadeiras, a gente vai se entregar de forma verdadeira".

Ela: "É. Porra pq vc não me mostrou isso antes".

23/04/2007 - 14h49
Lili viajou para encontrar a família em Uberlândia, na sexta, então este foi o meu fim de semana de "solteiro". E é incrível como ficamos perdidos na ausência da outra metade. Não que eu precisasse disso para saber a importância dela em minha vida, mas essas saudadezinhas servem para valorizar ainda mais o relacionamento. :)

Findo o momento piegas, as baladas (pô, eu estava solteiro, vai). E além de estar solteiro, eu estava "apresentando" aos curitibanos do Terminal Guadalupe a noite paulistana. Fomos ao CB (eles adoraram o palco), passei rapidamente na Funhouse, entramos no Inferno e terminamos a noite no Outs, assistindo mais um grande show do Vanguart, com direito a cover de Neil Young.

O Terminal Guadalupe veio para SP divulgar uma versão especial do novo álbum, "A Marcha dos Invisiveis" (incluindo DVD com o clipe de "Pernambuco Chorou", música de trabalho do disco), e fazer um show "escondido" no Juke Joint, no sábado, junto com os conterrâneos do Folhetim Urbano e os paulistanos do La Carne.

Gostei muito do Folhetim Urbano, que abriu a noite. "Guerrilha", que fechou o show (e faz parte do CD "Cativeiro", que pode ser baixado no site oficial da banda), ganhou muito em sua versão ao vivo, incorporando o vocal de Linari (La Carne), que marca presença na gravação de estúdio. Grande show. Devido ao adiantado da hora, e o longo rolê por casas noturnas no dia anterior, perdi o La Carne (ainda estou em dívida com eles, mas pago assim que puder).

Já o show do TG foi típico. A banda começou se acertando no palco, e as coisas só começaram a fluir a partir da quarta música. Desse ponto em diante, o quinteto se soltou, mostrou a força das poderosas canções novas (destaque para "El Pueblo No Se Vá" e a faixa título, que crescem muito ao vivo) e tocou alguns mini-hits, como "O Bêbado de Úlisses" e "Esquimó por Acidente". Ao vivo, o TG não exibe sutilezas. É uma porrada atrás da outra. Muito bom.

Assisti ao show do Terminal Guadalupe com certo receio. Vi a banda nascer e venho acompanhando passo a passo a trajetória do grupo de lançamento a lançamento, mas nunca os tinha visto ao vivo. Imagina se a banda chega em São Paulo e decepciona no palco. Acontece muito. Mas foi o contrário. O grupo superou as expectativas, e o repertório do disco novo está bastante afiado. Dia 19 de maio eles estão de volta, para um show na Funhouse. Anote.

*******

Revi "Educação Sentimental do Vampiro" na sexta-feira. A peça fica mais densa em uma segunda experiência, mas continua sensacional. No sábado revi "Cartola" (e chorei, chorei e chorei) e assisti a "Inferno", de Danis Tanovic, filme que faz parte da trilogia concebida pelo diretor polonês Krzysztof Kieslowski e seu co-roteirista Krzysztof Piesiewicz, que surge na seqüência do bom "Paraiso", de 2001 (com Cate Blanchett, Giovani Ribisi e direção de Tom Tykwer). E o que você espera do "Inferno", leitor?

Para Kieslowski, Piesiewicz e Tanovic, o "Inferno" é dominado pela coincidência produndamente relacionada com o destino escrito para cada um. Há muito de tragédia, quase nada de comédia, e muito de poesia na visão de Tanovic para a obra pensada pelos poloneses Kieslowski e Piesiewicz. A abertura é uma das mais lindas e tocantes do cinema recente, mas falta ao filme um aprofundamento na dor através das imagens, algo que Kieslowski era mestre em conseguir. Falo mais sobre o filme assim que sobrar um tempinho, ok.

No domingo, cinema de novo: assisti a "Na Cama", o filme chileno que alguém comentou partir do mesmo pressuposto romântico de "Antes do Amanhecer", de Richard Linklater. Bobagem. "Na Cama" é muito mais despretensioso, sexy e passageiro que "Antes do Amanhecer", este um história clássica de romance incompleto. Em "Na Cama", uma garota ignora o destino e fisga um rapaz, e os dois acabam a noite na cama de um motel. O filme flagra a conversa destes dois desconhecidos, que na folga entre uma e outra repetição do ato, discutem a natureza humana, mas sem muita profundidade temática. Mediano, mas vale ver. Eu gostei da Blanca Lewin (Lili e Kátia não acharam ela bonita, mas mulheres não entendem de mulheres, né - risos). E procurando uma foto dela, achei seu blog.

20/04/2007 - 15h12
Ando meio estranho... pensativo... saudoso de coisas que já vivi e que ainda estou por viver. Sei lá, acho que eu e Lili estamos tão próximos que a TPM dela influencia no meu humor também. :)

*******

Para quem pegou o novo disco inteiro do Arctic Monkeys (já há na web uma versão bacana com todas as faixas em perfeito estado, incluindo a fodaça "Balaclava"), agora vazaram as duas faixas inéditas do mercado japônes: "Da Frame 2R" e "Matador". E também as três inéditas do single "Brianstorm", a saber: "If You Found This Its Probably Too Late", "Temptation Greets You Like Your Naughty Friend" e "What If You Were Right The First Time". No Part of The Queue.

*******

Dica do Jonas: conhece o site Angry Alien? Eles fazem resumos de filmes com mais ou menos 30 segundos de animação com coelhos no lugar de atores. É sensacional. Se você não teve coragem de assistir ao bonito "Brokeback Mountain", tudo o que você precisa saber do filme está aqui. Ainda tem "Casablanca", "Borat", "Pulp Fiction", "Clube da Luta" e muitos outros. Divirta-se. http://www.angryalien.com/

*******

Hoje vou rever a "Educação Sentimental de um Vampiro". E depois rodar baladas (CB, Inferno, Outs, Funhouse, Studio) com o Terminal Guadalupe, que faz show na cidade neste sábado no Juke Joint. Quem sabe a gente não se esbarra, né.

18/04/2007 - 22h41
O S&Y foi indicado ao Prêmio Toddy de Música Independente.



Clica na imagem e vota. :)

Esse é o mesmo prêmio que em 2005 se chamava Prêmio Claro de Música Independente, que também havia indicado o S&Y na categoria veículos on-line. Perdemos em 2005, mas... bem, a história segue abaixo:

Pausa

Antes: vazou o novo Manic Street Preachers. Está no Rock Army...

Fim da Pausa

O celular toca. Enquanto me esforço para buscá-lo no chão percebo que estou imensamente bêbado. Atendo. Alguém, do outro lado da linha, avisa que a reunião que estava marcada para às 15h tinha sido antecipada para às 13h. Tiro o celular do ouvido e olho as horas: 10h30. Praguejo. A pessoa do outro lado da linha ri. Desligo e, por um minuto deito a cabeça no travesseiro. Me conscientizo: estou absurdamente bêbado. Enrolo, enrolo, enrolo. Enfim, sento na beirada da cama. Uma amiga jaz em um colchão no meio do quarto. Um outro amigo inerte paira em outro colchão. Tenho vontade de não ir à reunião, reflito 10 segundos, e levanto. Caminho em direção a cozinha, mas passo antes no banheiro e deixo meu estomago lá. Volto a cozinha, procuro coca-cola, e tento entender como fiquei tão bêbado assim. Começo a calcular: da minha casa até o trabalho, com o trânsito ajudando, gasto uma hora. Entro debaixo do chuveiro com a coca-cola e fico meio hora derretendo. Quando saio, percebo que nada mudou. Ainda estou absurdamente bêbado. São quase 11h30, e preciso me arrumar. Coloco qualquer camisa, com qualquer calça com qualquer um dos tênis preto que uso constantemente. Jogo alguns CDs na mochila, pego algumas aspirinas, e saio cambaleante de casa, deixando os amigos para trás. No ônibus, sacolejante, imagino que não vai dar certo eu ir sentado. Fico em pé, mesmo com o ônibus tendo metade de seus assentos vazios. O enjôo domina minha razão. Penso em descer do ônibus. Esqueço. Coloco um CD para ouvir. No primeiro acorde desligo. A cabeça não está ok para sons. Entre enjôo e enjôo chego ao meu destino. Subo até o 12º andar, ainda com resquícios de bebedeira, e entro na redação. A primeira pessoa que vejo da minha editoria me avisa que a reunião voltou ao horário normal. Conto até dez. Respiro fundo. Um amigo brinca com meu estado de quem acabou de sair do bar. Faço cara de sério e vou ao banheiro. Deixo um pouco de coca-cola no vaso. Viro as costas, saio e vou em direção do elevador. Desço. Ao lado do prédio há um shopping. Chego à praça de alimentação, e me lembro que a enfermaria fica em algum lugar por ali. Encontro a entrada. Falo com a recepcionista. Ela diz que o médico não está, foi em algum lugar, mas já está voltando. Enquanto espero, deixo outro gole de coca-cola, desta vez no banheiro da enfermaria. Quando o médico chega, já estou azul de porre e ressaca. Ele me olha e pergunta:

- O que aconteceu?
E eu:
- Vodka

- Qual?
- Smirnoff.
- Essa demora de seis a doze horas para sair do seu sangue.
A Absolut fica até 32 horas no sangue...
- Mas é melhor.
- Bem melhor.
- O problema na verdade é qualquer vodka antes de uma reunião.
- Que horas?
- As três horas.

Enquanto rio disfarçadamente por estar sendo atendido por um médico especialista em vodka, ele avisa:

- Estou montando um coquetel que vai te deixar novinho em folha para a tal reunião das três horas.

Ele acrescenta várias combinações de remédios ao soro, abre o conta-gotas em uma velocidade mais rápida que a usual, e deixa a sala. Eu chego a cochilar, mas o enjôo vai me abandonando, aos poucos. Quando ele volta, meia-hora depois, o frasco de soro está quase no fim. Ele retira a agulha de meu braço, e pergunta:

- Então, se sente melhor?
- Bem melhor.
- Ótimo. Antes de sair, passa no banheiro e ajeita o cabelo, porque você está parecendo acabado...

Essa história acima aconteceu após a entrega do Prêmio Claro de Música Independente. Foi a primeira vez na vida que tomei glicose na veia. Estou feliz que, neste ano, será Toddynho na festa ao invés de Smirnoff...

16/04/2007 - 08h01
Assino embaixo, três vezes:

"Hoje, as obras culturais não mais repercutem mais na consciência das pessoas. Houve um tempo em que uma obra prima do teatro ou grande filme influenciava a cultura do Brasil. Os acordes de João Gilberto mudaram a musica; "Terra em transe", mudou não só o cinema mas criou o tropicalismo, influenciou Zé Celso – que criou o rei da vela, que influenciou o teatro e a contracultura, que descaretizou a solenidade artística.

Hoje, as obras culturais não mais repercutem mais na consciência das pessoas. A cultura mudava a política; "hoje", como dizia o grande Oswald de Andrade, "a bosta mental é tanta, que nada ilumina o pensamento nacional". Fica tudo no gosto ou não gosto.

Nelson Rodrigues mudou a moral das pessoas. Guimarães Rosa, mudou as palavras. Há pouco, o Gerald Thomas montou uma obra-prima com o Nanini, "Circo de rins e fígado". Alguém se mexeu? Não.

Agora, esse espetáculo do Felipe Hirsch, em cima de textos do extraordinário Dalton, deveria diferenciar nossas vidas. Mas a arte de mercado só nos compacta num grande formigueiro medíocre.

Essa peça é imperdível. E quantos a perderão? Neste país, unificado pelo horror e desesperança, a arte e a beleza são as poucas portas de fuga que ainda temos.

Fujam, para dentro."

Por: Arnaldo Jabor - sobre o espetáculo de Felipe Hirsch, "Educação sentimental de um vampiro", adaptação para o teatro de contos de Dalton Trevisan. Infos abaixo.

15/04/2007 - 11h40
Coisas rápidas:

"Cartola - Música Para os Olhos", documentário de Lírio Ferreira e Hilton Lacerda sobre o sambista carioca é, em uma palavra, obrigatório. Vá, veja e se emocione. Assista a um dos trailers abaixo:



"Educação Sentimental de Um Vampiro", nova peça da Sutil Companhia de Teatro (a mesma Cia de "Nostalgia", "Avenida Dropsie" e, zuzu bem, "A Vida é Cheia de Som e Fúria") é, também em uma palavra, obrigatória. O mundo literário de Dalton Trevisan ganha uma tradução densa, por vezes cômica, mas muito poderosa no olhar da Sutil. Detalhe: a peça, em cartaz no Sesi da avenida Paulista (ali no edifício "ralador de queijo") é gratuita às quintas e domingos, e custa 3 reais às sextas e sábados. Vou ver de novo. Veja as infos aqui

Vazou o disco da Patti Smith de covers. Está lá no Una Piel de Astracán

Para hoje: Goya, no Masp. E doação de sangue. :) E mais um filme...

12/04/2007 - 18h07
Ok, ok, ok: exagerei no post anterior sobre o Arctic Monkeys. Aliás, isso ocorre muito comigo. Me empolgo muito com um disco. Me apaixono pelas músicas. Não paro de ouvir até que decido escrever sobre ele. E nessa hora, quando sento e ouço as músicas com calma, prestando atenção as letras e aos arranjos, tentando entender tudo aquilo que eu estava ouvindo displicentemente, percebo que o disco não era tudo aquilo que eu imaginava.

Que eu me lembre, isso aconteceu com o álbum "Eyes Open" do Snow Patrol também. Caiu um pouco meu pique depois que percebi que só as quatro primeiras músicas do álbum é que valiam realmente à pena. Mas ainda acho que as quatro primeiras músicas daquele disco valem mais que discos inteiros por ali. Com o Arctic Monkeys é diferente. "Favorite Worst Nightmare" é ótimo, mas não é tão sensacional quanto eu achava nas primeiras audições. Talvez a excessiva derivação de alguns sons tenha me baixado a bola, sei lá, mas o fato é que ele pulou de um dos grandes discos da década 00 para um álbum que fica de fora da minha Top 5 de 2007.

:/

Aliás, atualizando a listinha exibida na Revoluttion, preciso dar crédito a "Neon Bible", do Arcade Fire, um disco que me olha todas as manhãs pedindo para ser ouvido novamente. Ele pula para a primeira posição, com o Wilco no segundo posto e o BRMC caindo para terceiro. Preciso ouvir o novo Bright Eyes, que ao menos quatro pessoas assopraram pra mim que é beeeem foda, além do National, que eu sei sem ouvir que deve ser foda. Klaxons e Bloc Party estão ameaçados no meu Top 5.

Escrevi sobre o Arctic Monkeys. Leia aqui

*******

Do capítulo "músicas para baixar", o selo carioca Midsummer Madness está disponibilizando as demos "Altas Horas", da banda 4Track Valsa, que depois virou Casino, e é bem legal. Eu ainda tenho o K7 do 4Track Valsa em casa. Baixe aqui: http://mmrecords.com.br/200703/casino/

*******

Quem também está disponibilizando música nova é o rapper De Leve. No My Space dele você pode baixar a nova "O Que Que Nego Quer" além das clássicas "Diploma" e "México". Aqui: http://www.myspace.com/deleve

*******

E a Virada Cultural em São Paulo, hein. Vou "dormir" no Theatro Municipal e "acordar" na Barão de Itapetininga. :) A programação completa tá no link no final. Queria ter pique para encarar essa seqüência:

PALCO PRAÇA DA SÉ
18h - Alceu Valença (Espelho Cristalino 1977)

THEATRO MUNICIPAL
21h - João Donato (A Bad Donato 1970)
0h - João Bosco (Centésima Apresentação 1983)
3h - Jards Macalé (Farinha do Desprezo 1972)

PALCO BOULEVARD SÃO JOÃO/ANHANGABAÚ
4h- Gerson King Combo
6h- Skowa e a Máfia (La Famiglia 1989)
8h- Karnak

PALCO BARÃO DE ITAPETININGA
9h45- Cólera (Pela Paz em Todo o Mundo 1986)
11h30- Ratos de Porão
13h15- Garotos Podres (Mais podres do que nunca 1985)
15h- Os Inocentes
16h45- Camisa de Vênus

Programação completa

10/04/2007 - 13h26
Enquanto eu passeava com a sobrinha, no fim de semana, caia na Internet a integra de "Favorite Worst Nightmare", novo álbum do Arctic Monkeys. Agora, com as doze faixas que compõe o disco (mais um b-side) em minhas mãos, me arrisco a falar: "Favorite Worst Nightmare" entra fácil em uma lista Top Ten da década 00. Mais: a enlouquecedora "Brianstorm", faixa que abre o disco e o apresenta em formato single, traz a abertura de uma música de trabalho mais devastadora desde "Smells Like a Teen Spirit", do Nirvana. Dois bumbos socando os ouvidos do ouvinte como se quisesse acabar com tudo antes do término do primeiro assalto. Entre ela e "Fluorescent Adolescent", faixa cinco, está tudo o que você precisa ouvir, dançar e mostrar para os amigos em 2007. Incluindo "Teddy Picker", "D Is For Dangerous" e "Balaclava", as sensacionais faixas 2, 3 e 4 do álbum.

*******

Começo por onde? Bem, melhor contar de segunda para sexta. Ontem foi dia de futebol. Não joguei bem novamente, mas dessa vez nem acho que fui o pior em quadra. E fiz dois gols. E estou menos quebrado. Peguei uma carona com o chapa Lúcio Ribeiro e fomos ouvindo o disquinho ai de cima, e comentando. Achamos "Only One Who Knows", faixa 6, chatinha, e só ela. Lúcio curtiu - de primeira - "D Is For Dangerous" enquanto eu passei o jogo assoviando "If You Were There, Beware". Após o futebol, na volta pra casa, audição de "Sky Blue Sky", novo do Wilco, em versão promo da Nonesuch Records. Confesso que esse não é o disco perfeito para se ouvir voltando pra casa do futebol na segunda-feira pós meia-noite. Talvez seja um disco para ouvir deitado no colo da namorada, enxugando uma garrafa de vinho deitado na banheira, ou olhando estrelas cadentes vararem o céu na madrugada. Vou tentar refletir melhor sobre isso na próxima quinta-feira...

*******

Falando em Revoluttion, disco da semana publicado por lá. E os ganhadores da promo Supernovas, primeira semana. Um convite e um CD para uma menina, e mais dois CDs para outros dois sorteados. E mais promoção. Confere aqui.

*******

Estou tentando arranjar tempo para falar de Flávio Campos, compositor candango que está lançando seu segundo trabalho, produzido por Phillipe Seabra, da Plebe Rude. Ouve ele enquanto tenta economizar tempo: www.flaviocampos.com.br. Também estou ouvindo os goianos do Valentina e descobri (só hoje) a beleza de "Bhanda", novo do compositor mineiro Lô Borges, um disco cheio de ótimas canções. Falo sobre os três assim que sobrar tempo...

*******

O fim de semana teve sobrinha, irmã e mãe me visitando. Mãe e irmã fizeram um limpeza geral na casa que até parecia que a vigilância sanitária havia passado por ali. E olha que tento manter a casa limpinha. :) Levei a senhorita Gabriela, empolgada no auge de seus sete anos, para ver uma (ótima) peça infantil ("Felizardo"), no Sesc Consolação (ou seja, ao lado de casa). Aliás, a peça fica em cartaz até o fim do mês e é gratuita. Se você tem um(a) irmão/irmã pequenos, vale muito assistir. No sábado fomos ao Ibirapuera, batemos com a cara na janela da bilheteria do Planetário (com duas sessões lotadas antecipadamente), comemos algodão doce e andamos naquelas bicicletas família. Domingo foi dia de passear no Parque da Água Branca, que Lili definiu a perfeição: um parque pitoresco. Tomamos chuva, perdi o humor, recuperei, e acabamos comendo pastel de feira com calda de cana. Ainda tivemos almoços especiais (com o ponto alto indo para o Strogonoff de Carne da Lili, no sábado. Fiz algo que nunca se deve fazer, ligando para ela duas horas antes e avisando: "Amor, vamos almoçar na sua casa, tá. Você faz alguma coisinha para nós?". E ela fez. E ficou bom demais (com méritos para a ótima salada da Kátia). Acho que engordei nesse fim de semana... e nem foi de chocolate...

05/04/2007 - 19h11
Vou ser bem rápido hoje, afinal estamos na véspera do feriado de páscoa:

- Coluna nova no iG comentando do livro sobre o disco "Kind of Blue". Aqui.

- Vazou "Year Zero", disco novo do NIN. Aqui

- Vazou "The Boy With No Name", novo do Travis. Aqui

- Vazaram seis músicas do novo Arctic Monkeys. Aqui

- Vazou "Unbreakable", coletânea do sensacional Afghan Whigs. Aqui

Boa páscoa

03/04/2007 - 15h19
Estou um caco. Voltei a jogar futebol ontem e parece que o corpo todo decidiu reclamar junto disso (risos). Costas, pernas e braços me lembram do futebol. Que vontade de estar em casa com as pernas levantadas. Bem, também não é esse drama todo. Eu não jogava fazia uns cinco meses então parece normal que o corpo estranhe. A tendência é de que nas próximas semanas ele se acostume. Marquei dois gols (um deles, numa ótima tabelinha), mas não se engane: eu sou o pior jogador da turma. Mesmo. Marquei dois, mas perdi uns quatro ou cinco. Valeu a pena. Semana que vem estarei lá novamente.

******

Na Revoluttion desta semana, Nick Cave e promoção. Dá uma olhada...
http://revoluttion.blig.ig.com.br/

******

O Parto f The Queue colocou todos os álbuns da Cat Power para download. Por ali você também encontrará "Gimme Shelter" e "Smells Like a Teen Spirit", em versões de Patti Smith. E mais algumas coisinhas. Siga o link:
http://partofthequeue.blogspot.com/

02/04/2007 - 08h14
Fim de semana caseiro, daqueles que dá vontade de estender o sábado e o domingo pelos outros dias da semana quando a gente levanta na segunda-feira. Não teve show, não teve cinema, não teve teatro. Teve filmes em casa, e algumas passagens de olho pelo livro "Kind of Blue". E boa comida com bacon. E só.

Dos filmes, no sábado assisti a "Ladrão de Casaca" ("To Catch a Thief"), clássico do gênio Alfred Hitchcock que levou o Oscar de Melhor Fotografia em 1955. Bem, até eu, se filmasse com aquela paisagem da Riviera Francesa ao fundo, ganharia um Oscar de Melhor Fotografia (hehe), o que não desmerece um dos filmes mais leves e românticos de Hitchcock. Cary Grant interpreta o ladrão aposentado John Robie, que acaba se apaixonando pela loirinha milionária Frances Stevens, que ganha corpo e alma por Grace Kelly.

Sinceramente: eu esperava mais de Grace Kelly. Não da atuação, muito boa por sinal, mas de sua beleza, já que Grace é um símbolo mítico da beleza hollywoodiana, e fora um outro close, ela me pareceu bem normalzinha, sabe. Seria como se Paris Hilton tivesse estilo ao invés de dinheiro. Cary Grant também não é essa beleza toda, mas os dois formam um casal bonitinho. O roteiro, embalado por diálogos ótimos, e a fotografia valem o filme. Assista ao trailer ai embaixo.



No domingo, o encontro (estirado em um colchão no meio da sala) foi com (dezenas de suspiros) Eliza Doolittle, ou melhor, Audrey Hepburn, em "My Fair Lady". A atriz, que foi esquecida pelo Oscar de 65 (na profusão de estatuetas que o filme levou - oito no total), está excelente no papel da florista pé rapada que acaba sendo motivo de uma aposta entre dois lingüistas, que querem fazer dela uma bela dama. Dividido em duas partes, a primeira é muuuuito superior a segunda, tanto que dei uma cochilada no final, e não vi se os dois ficaram juntos ou não. Outro filme clássico de todos os tempos que mostra como unir diversão e inteligência.

Mais... nada. Saímos para comprar o ovo da páscoa perfeito para a Gabi (acabamos optando pelo fator "impressionar" do que pelo "qualidade", e compramos o maior ovo que encontramos, um Grandes Sucessos da Lacta de 800g no lugar de um 300g de drágea que vinha com bolsinha e uns badaluques fofos, da Kopenhagen). Aliás, vocês chegaram a ver o ótimo especial de ovos da páscoa do Estadão? É uma diversão. Está neste link aqui, mas você vai precisar fazer um cadastrinho rápido. Se não quiser, vale olhar o do ano passado, que está aberto para todos os leitores. É só clicar nos ovos e ler os comentários hilários, como a "Pan faz o melhor chocolate ruim do mundo, e isso é um elogio" ou um especial da Nestlé que traz um carrinho dentro do ovo: "O Batmóvel não é de comer. E, pensando bem, o ovo também não se presta a este fim". Especial Páscoa.

*******



PÁGINA 21
Abril de 2007
PÁGINA 20
Março de 2007
PÁGINA 19
Fevereiro de 2007
PÁGINA 18
Janeiro de 2007
PÁGINA 17
Novembro e Dezembro de 2006
PÁGINA 16
Setembro e Outubro de 2006
PÁGINA 15
Agosto de 2006
PÁGINA 14
Junho e Julho de 2006
PÁGINA 13
Maio de 2006
PÁGINA 12
Abril de 2006
PÁGINA 11
Março de 2006
PÁGINA 10
Fevereiro de 2006
PÁGINA 9
Janeiro de 2006
PÁGINA 8
Novembro e Dezembro de 2005
PÁGINA 7
Setembro e Outubro de 2005
PÁGINA 6
Julho e Agosto de 2005
PÁGINA 5
Maio e Junho de 2005
PÁGINA 4
Março e Abril de 2005
PÁGINA 3
Dezembro 2004, Janeiro e Fevereiro de 2005
PÁGINA 2
Outubro e Novembro de 2004
PÁGINA 1
De março 2004 até setembro de 2004

Contato - maccosta@hotmail.com