Selo Scream & Yell: Canções de Inverno – Um songbook de Ivan Santos & Martinuci

Onde é que a sua alma encontra abrigo nos dias cinzentos e solitários? Quando o tempo e os bares estão fechados, e tudo que você deseja é um trago, um papo sem afetação e sem enfeites ou, melhor ainda, um silêncio amistosamente compartilhado?

A minha alma costuma caminhar até uma casa que está sempre aberta. Ela passeia por entre os móveis, dedilha o piano, folheia velhos álbuns de fotografia. Ela olha o quintal pela janela, vê a chuva caindo, vê a penumbra da noite apagando a paisagem. Ela afaga os bichos da casa e depois se senta num sofá empoeirado pra descansar.

Essa casa é real e é inventada. Essa casa é feita de tijolos e madeira e música. É linda e imperfeita. São canções e é a vida. O sofá existe. As plantas crescem no quintal. O piano, o violão, as vozes, tudo soa com a mesma naturalidade com que os cães se deitam aos nossos pés, esperando um afago.

Ivan e Martinuci criaram um lugar assim pra gente se abrigar naqueles dias, os cinzentos e solitários. É bem verdade que ele poderia ser frequentado por mais gente. Talvez venha a ser, um dia. Não é esse o ponto. O ponto é que o lugar existe. E quando você sai de lá, vai levando ele consigo, num assobio.

A casa imperfeita que nos acolhe
por Olavo Rocha


“Canções de Inverno – Um songbook de Ivan Santos & Martinuci”
DOWNLOAD GRATUITO – BAIXE AQUI / OUÇA NO SPOTIFY
por Leonardo Vinhas

Sempre tem uma canção esperando por alguém em algum lugar.

Às vezes, ela fica escondida por muitos anos, e alguém – um jornalista, um diretor que escolhe a faixa para a trilha sonora de um filme de sucesso, um músico mais famoso que a cita para seu público – a traz de volta. E a reboque vêm aqueles textos muitas vezes exagerados sobre a genialidade que não foi reconhecida em seu tempo etc. É difícil saber o que é romantização de outsider, o que é apreço pessoal de resenhista, o que é vício de escrita e o que é ouro bruto e esquecido.

“Canções de Inverno” é uma coletânea que reúne canções de três bandas curitibanas que foram pouco ouvidas em seu tempo. Em comum, o fato de as três serem capitaneadas pelos músicos Ivan Santos e Aguinaldo Martinuci. São canções que pouca gente ouviu, e que estavam esperando em algum lugar, até que uma série de eventos as trazem de volta, para audição nas plataformas de streaming e para download gratuito exclusivo aqui no Scream & Yell. Ouça, e descubra por você mesmo a qual das quatro “categorias” do parágrafo anterior elas pertencem. Mas antes, um pouco de contexto.

A primeira delas a ser formada foi a IMOF, ainda em 2012. A banda lançou singles e EPs, fez alguns shows e chegou ao fim tão sem estardalhaço quanto começou. Santos e Martinuci continuaram juntos, e com o auxílio de dois colaboradores de longa data de Ivan, formariam o SMA&C, em referência aos sobrenomes dos integrantes (Santos, Martinuci, Igor Amatuzzi e Luigi Castel). Esse já nasceu como um projeto de estúdio, sem a pretensão de subir aos palcos. A ideia era compor e gravar canções que faziam parte do repertório da IMOF, mas não haviam sido registradas em estúdio – ou haviam, mas não de forma que os músicos considerassem satisfatórias. O último lançamento, uma regravação da canção “Imperfeição”, seria creditado a SM&A.

Sim, todos os projetos faziam referência ao nome dos integrantes. No caso da IMOF, à sua formação original: Ivan, Martinuci, Osmário Júnior e Fernando Lobo. Nas três “encarnações”, a falta de sagacidade para nomes sempre foi inversamente proporcional à riqueza das composições.

Fundador do selo e do (hoje extinto) festival De Inverno, Ivan Santos é parte indelével da história do underground curitibano. Além dos grupos citados, também fez parte de Relespública, Dusty, Hotel Avenida, Duo Noir e OAEOZ. Dono de um conhecimento enciclopédico sobre música e apaixonado principalmente por artistas que sabem transformar dor em beleza (Tindersticks, Cowboy Junkies, Red House Painters, Nick Cave, Mark Lanegan, Arnaldo Baptista e outros), ele jamais teve dúvidas de que a música que gostava de fazer era pouco comercial. E mais: quando, ainda na época da faculdade, foi tocar violão em um bar e ouviu do dono que deveria abaixar o volume “porque as pessoas queriam conversar”, ele decidiu que não valia a pena se arriscar no que pudesse ser entendido como “circuito de shows”. Embora não seja avesso ao palco, sempre preferiu tocar em lugares onde as pessoas vão para de fato ouvir música, e não onde quem se apresenta não faz diferença para os frequentadores.

Martinuci, por sua vez, vive uma vida dedicada à música. Bacharel em Música pela UFPR com mestrado em Composição e Criação, sempre procurou fazer do amor pela obra musical seu meio de vida – uma iniciativa que nem sempre dá bons resultados financeiros ou mesmo práticos no Brasil. Com a banda Stilnovisti, lançou dois álbuns – o segundo, “Intertextualité”, veio diretamente de seu projeto de mestrado, e é outro álbum pouquíssimo conhecido que vale ser revisitado. Seu universo musical é amplo, mas há um apreço por aqueles que fazem da canção pop algo muito maior que uma obra banal – gente como os Rolling Stones, Bob Dylan, Paul McCartney, Herbert Vianna e Arrigo Barnabé. Além de Villa-Lobos e Tom Jobim.

O encontro de dois criadores com backgrounds e abordagens musicais tão distintas rendeu várias canções. Algumas não chegaram a ser gravadas, outras o foram sem um resultado de estúdio satisfatório. E muitas atingiram o alvo. Nessas, há as letras, poeticamente exatas em sua reflexão que vem da sensação de ocaso e esboço de sabedoria que o avanço dos 40 anos trazem. Há as harmonias que traduzem essas letras em conduções de piano, fraseados delicados de guitarra e arranjos sem verniz desnecessário. Há a evocação de dias vividos em casas de bairros afastados ou em solitários apartamentos nas zonas mais centrais – que são originalmente de Curitiba, mas podem ser em qualquer cidade.

A vida é imperfeita, muitas vezes difícil, e a idade torna difícil sustentar as ilusões. Encontrar o que fazer a partir dessas constatações é a missão da maior parte da vida adulta, e por isso a música pop não se ocupa muito disso. Pop sempre foi para jovens, na maioria das vezes por jovens – e tudo bem. Cada coisa a seu tempo. Mas o passar dos anos traz outros sentimentos, e outros sentimentos pedem novas canções. Que, às vezes, são aquelas que estavam ali, esperando por alguém em algum lugar.


 Faixa a faixa: Um parágrafo para cada canção:
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Comentários por Ivan Santos, Aguinaldo Martinuci e Leonardo Vinhas

01 – Chuva (Ivan Santos/Rubens K./Martinuci)
Ivan: Essa surgiu de um texto que o baixista Rubens K, parceiro desde os anos 90, me mandou. Editei o texto, escrevi o refrão e a música saiu quase que instantaneamente. A frase chave da letra é: “o que está lá fora é culpa minha”.

Martinuci: É uma das preferidas de todos os integrantes que passaram pela banda. Uma canção na qual o Ivan mostra o seu lado mais lírico. É a melhor performance do [Osmário] Junior, com uma bateria simples, elegante e a serviço da canção. Acabei achando um arpejo que funciona sobre os quatro acordes e que trouxe um clima interessante e minimalista.

Vinhas: A banda prensou um single em CD e eu recebi várias cópias “para dar para quem fosse ouvir”. Foi a primeira vez que a música da IMOF circulou nos demais países da América Latina, até onde sei, porque entreguei vários desses disquinhos para músicos e produtores que encontrei nos bastidores do festival El Mapa de Todos em 2013.

02 – Um Silêncio Novo na Casa (Ivan Santos/Adriane Perin)
Ivan: A ideia para essa canção nasceu de um texto que a Adriane Perin escreveu para o blog da De Inverno sobre nosso pastor alemão, o Dogui, que havia morrido. Quando vi o texto na hora, pensei que dava música. Fiz uma edição e a música também veio na hora. É uma canção sobre afeto e perda.

Vinhas: O vídeo dessa música foi feito com trechos de vídeos enviados pelos fãs, com imagens de seus diversos pets. Foi uma ótima ideia, ajudou a suavizar a dor da letra. Eu fui um dos que contribuiu, com um vídeo da minha falecida cadela Lilica.

Martinuci: Entrei na banda porque queria tocar guitarra, fazer um barulho e não ter que levar nada muito a sério… Acontece que encontrei um compositor talentoso pela frente, ótimo letrista e com uma boa intuição melódica. Isso mudou os meus planos e logo já estava trabalhando nos arranjos e dirigindo os ensaios. Essa canção não foi nessa primeira parceria, mas marca essa “transição” para mim.

03 – Imperfeição (Ivan Santos/Martinuci/Jansen Nunes)
Martinuci: Fernando [Lobo] e Junior em fina sintonia nessa faixa, e o Igor abrilhantou-a com seu saxofone. O que diferencia essa primeira versão da que fizemos posteriormente foi o piano em primeiro plano e a guitarra em segundo. Na segunda gravação, invertemos essa equação. Eu acabei colocando um pouco de Rolling Stones em ambas.

Ivan: Essa música partiu de um texto do baixista Jansen Nunes (Magog), que havia tocado comigo na Hotel Avenida. Compus a linha básica e o Martinuci desenvolveu o arranjo. Gosto muito da frase: “quando a boca seca/ é porque mentir/ deixou de ser fácil”.

Vinhas: Essa canção é de uma delicadeza ímpar, em letra e música. Pra mim, a melhor canção da parceria Martinuci e Ivan Santos.

04 – Histórias de um Tempo Fechado (Ivan Santos/Martinuci)
Ivan: Essa foi a primeira canção que eu compus e trabalhei com o Martinuci. Lembro que escrevi a letra no ônibus indo para a aula de piano na Casa do Estudante Universitário (CEU), onde ele morava. A letra fala do fim de relacionamentos. “Desligue o rádio porque essa canção já não faz mais sentido pra mim”.

Martinuci: O Ivan já tinha a canção, mas fui retrabalhando a harmonia e a melodia e virou nossa primeira parceria. Tem acorde com sétima maior e power chord juntos, o que de certa forma sintetiza a parceria com o Ivan. Sinto um pouco a influência do Clube de Esquina, sobretudo na parte final da canção, com o solo de piano.

05 – Do Lado de Cá da Cidade (Ivan Santos/Martinuci/Mario Bortolotto)
Ivan: Conheci o dramaturgo e escritor Mário Bortolotto pelo Rubens K, e me identifiquei de cara com o trabalho dele. Há muito tempo vinha tentando fazer uma música a partir de algum texto do Mário, mas a coisa só aconteceu com “Do Outro Lado da Cidade”, texto publicado originalmente no livro “Para os Inocentes que Ficaram em Casa”, de 1997. Virou uma balada bluesy derramada de cabaré. “Do lado de cá da cidade nunca faz sol / talvez por isso tantos blues, tantos blues / e a garrafa de café sempre vazia / e o copo de gim pela metade”.

Martinuci: Sei que o Ivan trabalhou muito tempo nessa canção, escrevendo a versão que chegou em minhas mãos. A partir dessa primeira concepção, eu retrabalhei a harmonia e alguns detalhes da melodia, tornando-a mais uma parceria. Eu escrevi pelos menos cinco versões diferentes, sempre lapidando até o momento final no estúdio. Decidimos que um baixo acústico enriqueceria timbricamente a canção, e foi muito interessante trabalhar com um músico convidado. Por sorte, alguém que não viu problema algum em ser dirigido e acho que conseguimos um ótimo resultado juntos. Obrigado, Rodrigo Marques.

06 – Eu vou dizer (Ivan Santos/Martinuci)
Ivan: Essa foi a primeira música que eu fiz no estúdio, quando estávamos gravando com o Rodrigo AB, então baixista da IMOF. A melodia surgiu quando estávamos esperando resolverem alguma questão técnica. O Martinuci me ajudou a desenvolver a música ali mesmo. “E quando o silêncio for a última palavra a dizer” é a frase central da letra.

Martinuci: Na época dessa gravação, eu estava escrevendo muita partitura para a produção do disco do Stilnovisti e resolvi trazer isso para essa segunda formação do IMOF. Escrevi as linhas de baixo e isso trouxe uma certa tensão, porque não é uma prática generalizada nos grupos de rock. Expliquei que já não estava apenas compondo acordes e melodias, mas sim pensando em condução de vozes.

Vinhas: Nessa época, eu morava em Curitiba e cheguei a ver alguns ensaios da banda. Lembro-me quando o Ivan mostrou essa música ainda crua, acho que nem estava mixada, e eu falei que era uma música excelente para uma trilha sonora de novela das seis. Há anos que não vejo uma novela e não faço ideia de como elas estão hoje, mas ainda tenho esperança de ouvir essa ou “Chuva” sonorizando as desventuras de algum personagem (risos).

07 – Vai se abrir (Sebastián Teysera – Versão: Ivan Santos/Lucas Paixão)
Vinhas: Aqui o “culpado” sou eu. Convidei a banda para participar de “Somos Todos Latinos“, o primeiro álbum que criei para o Selo Scream & Yell. O Ivan pediu que eu sugerisse canções, e lembro de que ele tinha uma predisposição por fazer algo do El Mató a Un Policia Motorizado, mas o Martinuci não curtiu, achava a banda adolescente. Aí mandei outras opções, que ao fim foram reduzidas a “Bette al Desierto”, do Pez, e “Va a Escampar”, do La Vela Puerca. Essa acabou virando a base para “Vai se Abrir”, que é uma canção bem direta e urgente na gravação original dos uruguaios – e um de seus maiores hits. Curiosamente, os vocalistas Sebastián “Cebolla” Cebrero e Sebastián “Enano” Teysera estão entre os que receberam cópias de “Chuva” em 2013.

Ivan: Essa foi toda construída em estúdio.

Martinuci: Sempre gostei de ostinatos (tema musical recorrente) para o baixo e usei novamente neste arranjo. Isso fez com que se distanciasse do arranjo original. Virou uma releitura mesmo, e não um cover. Foi também a primeira e única vez em que usei afinação aberta em E. O Ivan fez uma ótima versão e também se apoderou, no bom sentido, da canção, tornando-a sua. Prefiro releituras, você escuta “Johnny B. Goode” com o Peter Tosh quase sem se dar conta de que se trata do clássico de Chuck Berry.

08 – O começo outra vez (Ivan Santos/Martinuci)
Martinuci: O IMOF acabou e depois de algumas semanas liguei para o Ivan e disse que sentia que tínhamos que finalizar algumas canções para fechar um ciclo. Eu tinha uma ideia muito clara dos arranjos e do que fazer, não seria o caso de criar uma banda, mas gravar em algumas poucas sessões, e em seguida colocar a voz final. Os arranjos, a direção musical e artística ficou em minhas mãos, e a parte técnica ficou a cargo de dois antigos parceiros do Ivan: Igor Amatuzzi e Luigi Castel. Como ambos são músicos, acabaram contribuindo musicalmente também e assim nasceu o SMA&C. Não foi “o começo outra vez”, mas uma forma de levar a cabo algo inacabado.

Ivan: Essa é a segunda versão de uma música que havia sido criada ainda na época da IMOF, “Um Começo Outra Vez”. Gosto muito da frase: “Ele sonha com um motivo pra ficar acordado/ se cansou de esperar/ do futuro e viver do passado”.

09 – Imperfeição (Ivan Santos/Martinuci/Jansen Nunes)
Martinuci: As canções são seres vivos: nascem, crescem e se transformam. Acontece frequentemente de eu ouvir as canções de uma forma diferente de tempos em tempos. Quando estipulamos quatro canções para o novo projeto com Igor e Luigi, eu acabei conseguindo convencer o Ivan de que essa teria que ser uma delas. É um dos pianos que gravei que mais gosto, sinto nessa faixa influência de Rolling Stones, David Bowie e Radiohead.

Vinhas: A inclusão dessa segunda versão foi a a única controvérsia na curadoria dessa compilação. Como eu disse, acho a versão do primeiro EP da IMOF a melhor parceria da dupla. Essa releitura tem uma proposta muito boa, mas o resultado no estúdio ficou aquém, ao meu ver. Propus que incluíssemos a demo da nova versão, mas não tínhamos as pistas separadas para tentar uma remixagem. Porém, o Martinuci tem um orgulho especial por esse arranjo, então optamos por manter.

10 – Sem acreditar (Ivan Santos/Martinuci)
Ivan: Essa canção chegou a ser gravada em uma outra versão pela IMOF, mas a gravação nunca foi finalizada. A música parte de um riff hard rock. A letra é uma espécie de “anti-Credo”. Tem uma certa inspiração budista. A felicidade é a ausência de desejo.

Martinuci: Essa canção acompanhou todas as formações em que trabalhamos juntos, e passou por várias transformações, tendo crescido um pouco em cada uma delas.

Vinhas: Vi a IMOF apresentá-la ao vivo no Teatro Paiol numa grande performance, acompanhados pelo Fábio Elias, da Relespública. Era mais hard rock que essa versão de estúdio. Quando ouvi essa gravação com SMA&C, tive uma surpresa inicial pela diferença na cadência e no arranjo, mas logo me “acostumei”. É um excelente registro, e talvez a faixa mais impactante e ritmicamente forte da banda. Por isso foi escolhida para fechar.

Martinuci: Essa versão final de estúdio é a minha preferida. A bateria não é inspirada em “Bullet the Blue Sky” do U2, mas sim nas mesmas fontes deles: “Little Guitars”, do Van Halen e “When the Levee Breaks”, do Led Zeppelin. Os ruídos de guitarra nasceram de uma brincadeira, mas assim que ouvimos o resultado, achamos que a piada tinha se tornado parte fundamental do clima da canção. É uma interpretação visceral e definitiva do Ivan.


 

CATÁLOGO COMPLETO DO SELO SCREAM & YELL

SY00 – “Canção para OAEOZ“, OAEOZ (2007) com De Inverno Records
SY01 – “O Tempo Vai Me Perdoar”, Terminal Guadalupe (2009)
SY02 – “AoVivo@Asteroid”, Walverdes (2011)
SY03 – “Ao vivo”, André Takeda (2011)
SY04 – “Projeto Visto: Brasil + Portugal” (2013)
SY05 – “EP Record Store Day”, Giancarlo Rufatto (2013)
SY06 – “Ensaio Sobre a Lealdade”, Rosablanca (2013)
SY07 – “Ainda Somos os Mesmos”, um tributo à Belchior (2014)
SY08 – “De Lá Não Ando Só”, Transmissor (2014)
SY09 – “Espelho Retrovisor”, um tributo aos Engenheiros do Hawaii (2014)
SY10 – “Projeto Visto 2: Brasil + Portugal” (2014)
SY11 – “Somos Todos Latinos” (2015)
SY12 – “Mil Tom”, um tributo a Milton Nascimento (2015)
SY13 – “Caleidoscópio”, um tributo aos Paralamas do Sucesso (2015)
SY14 – “Temperança” (2016)
SY15 – “Ainda Há Coração”, um tributo à Alceu Valença
SY16 – “Brasil También Es Latino” (2016)
SY17 – “Faixa Seis” (2017)
SY18 – “Sem Palavras I” (2017)
SY19 – “Dois Lados”, um tributo ao Skank (2017)
SY20 – “As Lembranças São Escolhas”, canções de Dary Jr. (2017)
SY21 – “O Velho Arsenal dos Lacraus”, Os Lacraus (2018)
SY22 – “Um Grito que se Espalha”, um tributo à Walter Franco (2018)
SY23 – “A Comida”, Os Cleggs (2018)
SY24 – “Conexão Latina” (2018)
SY25 – “Omnia”, Borealis (2019)
SY26 – “Sem Palavras II” (2019)
SY27 – “¡Estamos! – Canções da Quarentena” (2020)
SY28 – “Emerge el Zombie – En Vivo”, El Zombie (2020)
SY29 – “Canções de Inverno – Um songbook de Ivan Santos & Martinuci” (2020)
SY30 – “SIEMENSDREAM”, Borealis (2020)
SY31 – “Autoramas & The Tormentos EP”, Autoramas & The Tormentos (2020)
SY32 – “O Ponto Firme”, M.Takara (2021)
SY33 – “Sob a Influencia”, tributo a Tom Bloch (2021)
SY34 – “Pra Toda Superquadra Ouvir”, Beto Só (2021)
SY35 – “Bajo Un Cielo Uruguayo” (2021) com  Little Butterfly Records
SY36 – “REWIND” (2021), Borealis
SY37 – “Pomar” (2021), Vivian Benford
SY38 – “Vizinhos” (2021), Catalina Ávila
SY39 – “Conexão Latina II” (2021), Vários artistas
SY40 – “Unan Todo” (2022), Vários artistas
SY41 – “Morphé” (2023), Rodrigo Stradiotto
SY42 – “Paranoar” (2023), YPU (com Monstro Discos)
SY43 – “NO GOD UP HERE” (2023), Borealis
SY44– “Extras de “Vou Tirar Você Desse Lugar”, Cidadão Instigado & Plástico Lunar (2024) – Com Allegro Discos

Discos liberados para download gratuito no Scream & Yell:
01 – “Natália Matos”, Natália Matos (2014)
02 –  “Gito”, Antônio Novaes (2015)
03 – “Curvas, Lados, Linhas Tortas, Sujas e Discretas”, de Leonardo Marques (2015)
04 – “Inverno”, de Marcelo Perdido (2015)
05 – “Primavera Punk”, de Gustavo Kaly e os Hóspedes do Chelsea feat. Frank Jorge (2016)
06 – “Consertos em Geral”, de Manoel Magalhães (2018)
07 – “Toda Forma de Adeus”, Jotadablio (2023)

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