Entrevista: Zélia Duncan na estrada

por Marcos Paulino

Sozinha no palco com o violão, quase na sua intimidade, Zélia Duncan apresenta algumas de suas composições, canções de seu repertório afetivo e de sua trajetória de sucesso. Assim é “O Lado Bom da Solidão”, show com o qual a cantora vem percorrendo todo o Brasil. “Este show é a possibilidade, sempre, de estar acompanhada de um público que goste de imaginar que estava presente quando as canções foram feitas; é um show que tem como conceito a proximidade entre artista e plateia”, define Zélia.

Mas “O Lado Bom da Solidão” é, na verdade, apenas um dos três espetáculos que vêm lotando a agenda da artista. Os outros dois são “Totatiando”, em que presta tributo a Luiz Tatit (show que rendeu um DVD lançado em 2013 e um EP disponibilizado em 2014 com cinco faixas no iTunes), e “Tudo Esclarecido”, no qual canta composições de Itamar Assumpção (do belo álbum lançado em 2013 com 13 releituras do repertório do “maldito” paulista).

Como se não bastasse, ela ainda vem trabalhando em um novo disco, e avisa: “Vou botar todo mundo pra sambar”. Zélia fala sobre tudo isso em entrevista concedida ao PLUG Music, parceiro do Scream & Yell.

Como surgiu a ideia de fazer um show no estilo voz e violão neste momento?
Por que não? É assim que as canções nascem e é uma forma de ir mais longe, pra encontrar as pessoas.

A solidão, pra você, tem realmente um lado bom? É bom estar sozinha no palco?
Certamente, absolutamente! Eu estou com a música e o público, nunca sozinha. Esse é o lado bom!

Estar no palco assim tão próxima do público te faz lembrar do início da sua carreira?
Me faz lembrar o início de cada canção.

Nesse show, você canta grandes sucessos. Acredita que eles ainda estão atuais?
Canto, inclusive, alguns sucessos mais marcantes. Acredito que eles ainda provocam emoções e lembranças boas.

Você já ultrapassou as três décadas de carreira. Sente que o seu público vem se renovando em todo esse tempo, que os jovens conhecem seu trabalho?
Sim, porque meu trabalho está vivo e o público se move com ele.

Há críticos que dizem que você está atravessando um dos melhores momentos de sua trajetória na música. Você concorda?
Não faço a menor ideia. Meu trabalho é tentar fazer, dizer, me renovar. Não cabe a mim analisar, sabe? Meu trabalho é outro!

Além de “O Lado Bom da Solidão”, você ainda apresenta shows do “Tudo Esclarecido”, em que presta tributo a Itamar Assumpção, e de “Totatiando”, com músicas de Luiz Tatit, sem contar participações em outros eventos. Como faz para conciliar tudo isso?
Uma ótima equipe e muita disposição!

Você está se preparando para lançar um novo disco, certo? O que os fãs podem esperar dele?
Certo. Tudo, vou botar o povo pra sambar!

Marcos Paulino é editor do caderno Plug (plugmusic.zip.net), da Gazeta de Limeira.

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