Discografia comentada: Foo Fighters

por Tomaz de Alvarenga

Era moleque, e a MTV tinha acabado de chegar em Belo Horizonte. Sempre assistia o saudoso “Gás Total” apresentado pelo VJ Gastão Moreira, e num dos programas ele apresentou “Big Me”, um videoclipe engraçado e bobinho em que o baterista do Nirvana cantava. A curiosidade bateu. Logo em seguida, pela própria MTV, dois petardos fizeram o sangue fervilhar: “I’ll Stick Around” e “This is a Call”.

Fui abduzido, conduzido por aquele som empolgante, que fazia ao mesmo tempo bater cabeça e ter vontade de mostrar pra suas colegas de sala (que só queriam saber de ouvir Madonna e Deborah Blando) e também para os amigos e suas camisetas pretas do Guns N’ Roses e Bon Jovi. Deram de ombros. Paciência. Hoje certamente eles gostam, ou ao menos conhecem. O Foo Fighters chegou lá.

É engraçado, ao pegar a discografia da banda, chegar nesta análise óbvia. Pô, ganharam 5 prêmios Grammy, que é (chega aí, clichê famigerado) “o Oscar da música” ou “o prêmio máximo da indústria”. Se e a indústria resolveu premiá-los pra fortalecer o rock e não deixá-lo definhar nas paradas, é outra história, mas a banda chegou ao nível de fazer álbuns que caíam no gosto da indústria e do público. Não é fácil.

Se nos dois álbuns iniciais, o Foo Fighters fazia aquilo tipo de som “para eles mesmos”, e nos dois seguintes tentaram agradar a indústria, nos dois posteriores se perderam e se preocuparam em não perder o público. Então chegamos, todos juntos, no mais recente álbum, onde público e crítica deram as mãos, levando a banda finalmente ao nº1 da Billboard e colocando a indústria fonográfica a seus pés. Com vocês, a discografia da banda de Dave Grohl.

“Foo Fighters”, 1995

Nos últimos anos de Nirvana, Dave Grohl já possuía bastante material próprio, que não era aproveitado por Kurt e Krist. “Pocketwatch” foi seu pontapé inicial, em 1992, ainda em fita cassete. Três anos depois (um ano após Kurt estourar seus miolos) é lançado um outro projeto dele, chamado “Foo Fighters”. Grohl tocou todos os instrumentos gravando em um estúdio que havia na rua em que morava. De sonoridade intensa, absolutamente urgente, o álbum de estreia do Foo Fighters (que começou a ser montado como “banda” após a gravação, para os shows) é um trabalho do próprio Grohl, já deixando claro que ele teria o domínio, as mãos e os ouvidos em tudo dali por diante. Ótimos resquícios de grunge estão presentes, como “This is a Call”, “I’ll Stick Around”, “Wattershed”, a meiga “Big Me” e a punk “Good Grief”. Não a toa, a propaganda da época vendia “Foo Fighters” como “o primeiro disco de uma banda que você sempre amou”. Mentira?

Nota: 7

“The Colour and The Shape”, 1997

Já com o Foo Fighters existindo como banda, veio o segundo álbum. Preferido pela maioria dos fãs, “The Colour and The Shape” é o disco mais ROCK (no sentido maiúsculo do termo) de toda a discografia da banda (rivalizando com “Wasting Light”). E é uma jóia lapidada. Toda a agressividade da banda foi canalizada e resumida em ótimas e barulhentas guitarras, que permeiam quase todas as faixas. Dave Grohl, além das guitarras, gravou quase todas as baterias, pois William Goldsmith não era “bom o bastante” (o que culminou na saída do baterista). O ex-Nirvana Pat Smear e Nate Mendel (ex-Sunny Day Real Estate) completavam o time, que jogava coeso, unido e atacava com um belíssimo arsenal. Grandes hits vieram dali, como “Everlong”, “My Hero” e “Monkey Wrench”. Além delas, registre-se a belíssima e calma “Walking After You” no término, a doce “Doll” na abertura e muita coisa boa dentre elas: “Hey, Johnny Park” (e seu refrão arrasador), a country “See You”, as grunges “Wind Up” e “Enough Space” e a surpreendente “February Stars”. O álbum foi relançado em 2007 com encarte caprichado e seis faixas bônus (entre elas, covers para canções de Killing Joke e Gary Numan).

Nota: 8,5

“There Is Nothing Left To Lose”, 1999

Primeiro álbum com o baterista Taylor Hawkins (escolhido a dedo por Grohl) já gravando e não largando mais o banquinho, “There Is Nothing Left To Lose” é também o único disco doo Foo Fighters gravado como um trio (Grohl, Mendel e Hawkins) – Pat Smear saiu após as gravações do álbum anterior. O álbum foi um grande avanço comercial. O Foo Fighters finalmente tinha várias músicas para tocar em rádios – além das rádios rock. Na revista Showbizz, Emerson Gasperin definia: “a última vez que ouviu um álbum com tantos hits, foi em “’Seu Espião’, na estreia do Kid Abelha”. A grande proeza aqui é fazer rock acessível sem deixar de soar pop ou dar motivo para que os roqueiros torcessem o nariz. É uma linha tênue e caminhar pelas duas trincheiras não é fácil, mas o Foo Fighters conseguiu atravessar ileso e com um baita álbum. “Generator”, “Breakout”, “Next Year” e “Learn to Fly” dispensam apresentações. “Gimme Stitches” ainda é uma das cinco melhores músicas que eles já fizeram. Outros grandes momentos variam da acidez de “Stacked Actors” até a doçura de “Ain’t the Life” e “Aurora”.

Nota: 9,5

“One By One”, 2002

“Nem sempre se pode ser Deus”, os Titãs já ensinavam. A fonte de Dave Grohl secou no primeiro álbum com o guitarrista Chris Shiflett. Faltaram ideias, sobrou produção e tensão (na época Grohl estava mais preocupado em dedicar-se aos shows como baterista do Queens of the Stone Age, com que ele havia gravado o excelente “Songs For The Deaf”). Só os singles se salvaram: “All My Life”, “Times Like These” e “Low”. “Have It All” também vale ser ouvida. “Overdrive” é um deja-vu deles próprios. “Come Back” até tem alguns bons momentos. De resto, quase nada se salva. Ainda assim bateu na terceira posição da Billboard e foi o primeiro número 1 da banda no Reino Unido. Um feito. “One By One”, também circulou em edição especial trazendo seis faixas bônus – entre elas covers para canções do Psychedelic Furs e do Ramones, e versões ao vivo de “For All the Cows” e “Monkey Wrench” – e uma edição dupla com um DVD extra.

Nota: 5

“In Your Honor”, 2005

Apesar do sucesso do disco anterior, a banda parecia perdida. Eles não sabiam bem o que fazer para acertar o alvo, e atiraram em infinitas direções. Acertaram, mas também cometeram erros em “In Your Honor”, um álbum duplo, enorme, com 20 músicas, 10 plugadas e 10 acústicas. Um pouco de crivo e confiança para enxugá-lo em 10 ou 12 canções e aqui estaria mais um clássico. Não foi o caso. As pérolas estão espalhadas pelo disco, mas valem muito a pena serem apreciadas. No primeiro álbum, além do blockbuster “Best of You”, não deixe de conferir a pérola pop chamada “Resolve”. Rock dos bons também presente em “No Way Back”, “D.O.A.” (e sua bateria irresistível), na belíssima “The Deepest Blues Are Back” e a contagiante “End Over End”. No segundo disco, “Another Round” e “What If I Do? são baladas memoráveis. Também são imperdíveis a country rock “Cold Day in the Sun” e a bossa nova “Virginia Moon”, com Norah Jones. Serviu para reativar Pat Smear à banda (que participou da perna acústica da turnê de divulgação do disco, que rendeu o ao vivo “Skin and Bones”).

Nota: 8

“Echoes, Silence, Patience and Grace”, 2007

Com a formação finalmente definida e estável, o grupo resolveu fazer um álbum tão variado quanto o anterior, porém mais enxuto. Quer dizer, usaram a fórmula otimizada do último disco. Funcionou? Sim! Pat Smear fez participação no álbum e logo em seguida, garantiria seu retorno definitivo. Além de “The Pretender” e “Long Road to Ruin” (uma baita música pop,), a banda passeia (e acerta) na brega “Statues”, na contemplativa “Home”, na “meia acústica e meia porrada” “Let It Die”. “But Honestly”, “Summer’s End”, “Erase Replace” e “Come Alive” também são faixas bem acima da média. Os fãs possuem certa desconfiança, que não se justifica. Eis um grande disco, que pavimentou bonitinho o que estava por vir (culminando no DVD em Wembley, registro desta turnê). Novamente número 1 no Reino Unido (e número 3 na Billboard).

Nota: 9

“Wasting Light”, 2011

A apoteose. Dave Grohl queria um disco rock. Conseguiu, com sobras. Queria um disco comercialmente viável. Chegou ao número 1 nos Estados Unidos e em vários países (Reino Unido incluso). Com produção de Butch Vig, “Wasting Light” consegue a proeza de soar barulhento como “The Colour and the Shape” e comercial como “There is Nothing Left to Lose”. “Bridges Burning” abre o disco remetendo a “This is a Call”, primeira faixa de “Foo Fighters”. O ápice do sentimento de urgência roqueira é alcançado na poderosa “White Limo”, que contou com nada menos do que Lemmy no clipe. Há também um cuidado especial nas letras. “Dear Rosemary”, “Arlandria”, “A Matter of Time”, “I Should Have Known”, além de canções sensacionais, são quatro bons exemplos disso em um disco que ainda deixa uma grande canção apenas como bônus da edição especial: “Better Off”. O Foo Fighters chegou lá. Bingo. E agora, o que será deles?

Nota: 9

COLETÂNEAS, LIVE e B-SIDES

Em 2009, saiu a óbvia “Greatest Hits”, com 14 músicas dos seis primeiros álbuns e duas músicas inéditas. É um bom apanhado, porém insuficiente (com, por exemplo, apenas uma faixa do “In Your Honor”). É um cartão de visitas razoável pra quem não conhece a banda. Ano passado foi lançado “Medium Rare”, coletânea de covers da banda. Pouca coisa se salva. Os destaques são as versões mais “pesadinhas” pra “Band on the Run” (McCartney) e “Have a Cigar” (Pink Floyd), com o arroz-de-festa Brian May. Recomendável apenas para grandes fãs, pela curiosidade e despojamento (leia-se “tosquice”) de algumas versões. No quesito b-sides, muita coisa legal ficou de fora dos álbuns, ou foi separada para trilhas de filmes e séries. Há um bom torrent reunindo 36 destas músicas, entre elas versões diferenciadas para “Walking After You” (da trilha sonora de “Arquivo X”), sobras de gravações e alguns números acústicos (“Butterflies”, “Next Year”, “Floaty”) e elétricos (“Wattershed”, “Breakout”, ” Never Talking To You Again”). Já que falamos em acústico, “Skin and Bones” é o registro da perna acústica da turnê do álbum “In Your Honor” (falamos dele abaixo).

DVD
O primeiro registro é o “Everywhere But Home”, de 2003, que é apenas razoável. A edição deixa bastante a desejar. E de “bônus” (?) um show inteiro, em outro local, apenas em áudio (!). Em 2006, após “In Your Honor”, lançaram o sonolento “Skin and Bones”. registro do melhor de três noites ao vivo no Pantages Theater, em Los Angeles (15 músicas no CD e 21 no DVD), com todas as músicas em versões acústicas. O grupo desconstrui vários hits matando de raiva vários fãs (inconcebível o que fizeram com “My Hero”). O alento é que pode ser um ótimo presente pra dar pra sua namorada, se ela não for fã de rock, ou pra seus amigos que acham Emmerson Nogueira o máximo.

“Live at Wembley Stadium” (2008), aí sim, um registro digno. De encher os olhos, de alegria, e/ou emoção. Ou de raiva, porque a versão acústica/equivocada pra “My Hero” está lá. Mesmo assim, é de longe, o melhor registro ao vivo da banda. Há uma versão definitiva de “All My Life”, com moshs pra alegrar todo roqueiro. E tem “Rock and Roll” e “Ramble On”, com Jimmy Page e John Paul Jones subindo ao palco e tocando com Dave Grohl e Taylor Hawkins. Então fica difícil segurar o sorriso. “Back & Forth” (2011) é o aclamadíssimo documentário sobre a história da banda. Altamente recomendável. Há ainda um “Live at Hyde Park”, com registro de um show de 2008, e “Foo Fighters in America”, edição lançada apenas no Brasil, via Coqueiro Verde, com nove músicas ao vivo em uma universidade da Pensilvânia em 2010.

BOOTLEGS
Existe um centena deles por ai (com qualidade e repertórios variados tanto em CD quanto em DVD), mas vale a pena conferir o show no Rock in Rio (2001). É engraçado ver a banda, ainda em crescimento, completamente aterrorizada em tocar para 190 mil malucos. Um Grohl nervoso, desafinando e fazendo a multidão pular com 13 músicas, dentre elas “My Hero”, “Learn to Fly” e “Everlong”. O início do show, com Dave Grohl emocionado cantando os versos de “Breakout” é inesquecível. Já o iTunes Festival (2011) traz a turnê atual da banda, em ótima forma. Fatalmente 90% do repertório deste show será apresentando no Lollapalooza Brasil.

– Tomaz de Alvarenga (@tomazalvarenga) é colaborador do jornal Estado de Minas e escreve para o blog Contratempo

Leia também:
– Foo Fighters: uma dedicada reciclagem de elementos estéticos, por Carlos Eduardo Lima (aqui)
– “Foo Fighters: Back and Forth”: diretor segue a risca a cartilha do documentarista feliz (aqui)
– “Wasting Light”, Foo Fighters: muito barulho por tudo, por Tomaz de Alvarenga (aqui)
– “In Your Honor” é um CD roqueiro, diferente, variado e divertido, por Renato Beolchi (aqui)
– “Live in Brighton?, Foo Fighters: Ao vivo eles ainda dão um caldo, por Marcelo Costa (aqui)
– “Songs For The Deaf”, Queens of The Stone Age, trilha do inferno, por Marcelo Costa (aqui)
– Foo Fighters no Rock in Rio 3: impossível ouvir as guitarras, por Marcelo Costa (aqui)
– Votação: 68 convidados escolhem os 20 melhores álbuns dos anos 00. Confira a lista (aqui)

Outras discografias comentadas:
– Morrissey, por Marcelo Costa (aqui)
– Bob Dylan, por Gabriel Innocentini (aqui)
– Paul McCartney, por Wilson Farina (aqui)
– Elvis Costello, por Marco Antonio Bart (aqui)
– Echo and The Bunnymen, por Marcelo Costa (aqui)
– The Cure, por Samuel Martins (aqui)
– Leonard Cohen, por Julio Costello (aqui)
– Midnight Oil, por Leonardo Vinhas (aqui)
– Nick Cave, por Leonardo Vinhas (aqui)
– The Clash, por Marcelo Costa (aqui)

20 thoughts on “Discografia comentada: Foo Fighters

  1. Gosto muito do Foo, acho uma grande banda. Daria nota 10 para os albuns Colour, There is Nothing, Echoes e também para Wasting Light. Daria 7 para o One by One. Mesmo com alguns criticando a relevancia da banda, acho importante eles reafirmarem o Rock nesses tempos de bunda molice generalizada, onde bandinhas emo e de pista de dança são a sensação. VIVA O FOO FIGHTERS!!!!

  2. Adorei!!!! Esperando ansiosamente para vê-los ao vivo. Só possuo uma queda maior pelos 3 primeiros discos, mas a discografia inteira é excelente. Vida longa a Dave Grohl e aos Foo Fighters!!!!!!!!

  3. Tudo muito bonito e tal, mas o mais legal desse texto é a frase que essas três músicas formam. Assim: ” But Honestly”, “Summer’s End”, “Erase Replace” e “Come Alive” ”
    “But, honestly? [It’s] Summer’s end! Erase, replace and come alive”.

    Talvez não signifique nada, mas até que faz sentido. Ou não?

  4. Gosto dos Foo Fighters. Dave Grohl é “o cara mais legal do rock” e tals…Mas eles nunca terão a relevância de um Nirvana ou Pixies…Resumindo: Nunca mudaram e nunca mudarão a vida de ninguém. Acho-os um genérico do bem…hehe

  5. Foo Fighters é legal demais e o Dave é muito carismatico, mas o Foo Fighters ainda ta devendo o seu Nevermind, se é que vcs me entendem.

    E vc nem falou da musica The One, uma das melhores coisas da banda, lançada em 2002 pra trilha de um filme e que é melhor que todo o One By One.

  6. Pessoal, agradeço todas as críticas!

    VictorB, de fato, essa música é bem legal, PORÉM, foi descoberto que é um plágio (descarado) de uma outra canção mais antiga, que agora não me recordo o nome. A melodia é IDÊNTICA. Mesmo assim, valia o registro e deixei passar, você tem razão.

    Também lembrei da ótima “A320”, trilha sonora do Godzilla. Grande canção!

    abs

  7. Foo fighters é uma boa banda de rock, mas só isso, não vejo motivos pra notas 9 e 10. Nenhum de seus discos são históricos, que daqui a 20, 30 anos, o cara escute o álbum e diga “caralho, que clássico. Isso é eterno”. Quem nasceu pra ser do nível do the killers, franz ferdinand, e tantas outras, nunca será nirvana, beatles, etc.

  8. F.F. é um hardcore de boa qualidade e só.

    Seus dois primeiros discos são muito bons. E só.

    Nada do que eles lançaram pode ser considerado “obra-prima”.
    Nenhum disco, nenhuma música.

    Talvez um ou dois vídeos deles estejam entre os mais legais já produzidos.

    E só.

  9. Ainda não entendi como e quando Foo Fighters se tornaram nisso tudo. O que eu perdi? Sempre foram uma banda do médio escalão, mas nos últimos tempos tem se visto um endeusamento da banda tanto por parte da crítica quanto do público, sem terem feito nada de relevante para isso. Apenas continuaram na ativa lançando os seus discos, com algumas boas músicas. Acho que estão colocando Foo Fighters no posto de expoente do rock por falta de candidatos.

  10. Nossa, lendo os comentários alguns é estranho.Eu acho que o Dave Grohl nunca teve a pretensão de ser o nirvana e muito menos lançar um nevermind, outra coisa quem endeusa eles, são a crítica e os fãs a palavra já diz fanático não eles mesmo.Eu acho o F.F é uma banda honesta sem pretensão de nada, gosta de tocar e tá curtindo.Tem pessoas que gostam tem pessoas que não gostam é normal agora comparar nada vê.

  11. Fiquei surpreso do There Is Nothing Left To Lose ter tido a melhor nota. Sou de completo acordo, adoro esse album. Mas em geral acredito que a maioria dos fãs não concordem que seja o melhor album da banda.
    Acho FF uma banda muito boa, mas seleciono apenas alguns álbuns que acho que valem realmente a pena. Essa irregularidade é tolerável, é algo que acontece com diversas bandas, incluindo algumas com muito mais expressão que o foo fighters.
    Se foo fighters é uma banda de referencia ou se será lembrada no futuro, não me importa muito. O mais popular nem sempre é o melhor. E sinceramente, nem sei quais sao as bandas de expressão nos dias de hoje.

  12. Acho que o “endeusamento” ao Foo Fighters que a galera diz acontecer é pelo simples fato deles não terem nada de excepcional. Ou melhor os caras nunca buscaram ter nada de excepcional, fizeram um rock honesto, sincero e simplificado, porém não menos criativo. FF tem o que falta em muitas outras bandas por aí.

    Eu trocaria algumas notas 9,5 pro “The Colour and The Shape”, 9 pro “There is Nothing Left to Lose”;6,5 “One by One” – esqueceu de citar “Walking a Line”, faixa lado B do disco que não entendo até hoje como não entrou. Um dos melhores riffs da banda… e 7,5 pro “Echoes…”

  13. Dave Grohl é bastante carismático, compõe boas canções, a banda é competente em emular clichês tipicamente rock n’ roll, mas não me enche os olhos. Sendo o Nirvana, a Legião Urbana, o Foo Fighters é o ‘Capital Inicial’ do mundo.

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