Lollapalooza Brasil 2012

Texto por Marcelo Costa
Fotos por Liliane Callegari

DIA 01

Vinte e um anos após surgir nos Estados Unidos, o Festival Lollapalooza chegou ao Brasil (após uma série de entrevistas desastrosas de Perry Farrel) em um sábado de sol escaldante juntando bons shows com uma produção deficiente no primeiro dia, mas que se ajeitou (com um público menor) no segundo dia. A grande estrela do primeiro dia do Lollapalooza Brasil no Jóquei Clube de São Paulo era o Foo Fighters, principal responsável pelos 70 mil ingressos esgotados, mas quem realmente fez bonito foram Joan Jett and The Blackhearts e Band of Horses.

Com os portões abertos desde ás 10h, e um show acústico surpresa de 20 minutos do Band of Horses, o Lollapalooza abriu os trabalhos ao meio-dia com uma seleção de bandas pouco atraentes – e um sol tão intenso quanto o do deserto de Califórnia, onde acontece o Festival Coachella. Ainda assim, um bom público já batia ponto no local desbravando a estrutura do evento enquanto buscava sombra e consumia necessários copos de água (vendidos por R$ 4) e de chopp Heineken (ao preço de R$ 8).

A entrada do festival foi sossegada até o começo da tarde, quando filas enormes se formaram demorando até uma hora. Erro da produção que parece não ter previsto que a maior parte do público evitaria os primeiros shows (e o sol) e chegaria em alvoroço no meio da tarde, o que também causou – por duas horas – filas enormes nos caixas do evento (havia pouca sinalização indicando os caixas mais afastados), que não vendiam fichas para os dois dias do festival – se vender, a chance do ticket aparece falsificado no dia seguinte é de uns 90% (brasileiro faz, brasileiro paga).

Acompanhado por Jimi Joe e Arthur de Faria (mais sua banda tradicional), Wander Wildner enfileirou hits punk bregas em versões turbinadas para cerca de 800 pessoas, que, mesmo debaixo de um sol intimidador, cantaram e bateram palmas em hinos como “Bebendo Vinho”, “Amigo Punk”, “Um Lugar do Caralho” e “Eu Não Consigo Ser Alegre o Tempo Inteiro”. A rara “Jesus Cristo Voltará”, do álbum “Buenos Dias” (de 1999), fechou um grande show de forma hilária em um sábado de aleluia.

No outro palco, do outro lado do Jóquei Clube (numa caminhada de nove minutos entre um e outro), Marcelo Nova dizia mostrar para um público já um pouco maior (cerca de 2 mil pessoas) um tipo de música “em extinção”: o bom e velho rock and roll, babe. Valorizando a presença do filho, Drake Nova, na guitarra, Marcelo matou todas as nuances de suas grandes canções em um repertório de rock tiozinho, com longos solos e (boas) letras (de clássicos) que não se encaixavam no arranjo datado. Uma pena.

Primeira banda internacional a dar às caras no festival, o Cage The Elephant sofreu com o som baixo do Palco Butantã. Neto bastardo de Pavement e Pixies (que deviam cobrar direitos autorais em algumas canções), o grupo começou o show de forma vigorosa com o vocalista Matt Schultz se jogando na galera já na segunda música, num stage diving frustrado, resumo perfeito de um show em que o melhor momento foi a possibilidade de Dave Grohl (no backstage) subir para tocar. Nem isso.

Então veio O Rappa, fez um show absurdo de ruim, e foi embora. O contraste não poderia ser maior com o Band of Horses, quinteto de Seattle que mostrou classe e elegância em um show impecável, indie folk com sangue nas veias. “For Annabelle” abriu o fim de tarde (com o sol já comportado) e “The First Song” (que abre o primeiro disco da banda, de 2006), com Ben Bridwell na guitarra steel, foi um daqueles momentos que valem um festival. E era só a segunda de um set list de doze músicas…

O TV on The Radio centrou a primeira parte do show em seus dois últimos álbuns (os climáticos “Dear Science”, de 2008 e “Nine Types of Light”, de 2011), com oito das dez primeiras músicas retiradas deles – honrosa exceção para a intensa “Staring at The Sun” – o que de dispersou o público, e não os resgatou mesmo com a boa performance da banda, Dave Navarro subindo ao palco para tocar “Repetition”, cover do Fugazi e a grande “Wolf Like Me” encerrando. Fica para a próxima (mais uma vez).

Do alto de seus 53 anos (imperceptíveis), Joan Jett fez aquilo que Marcelo Nova ficou devendo: rock and roll sujo e direto, sem firulas. Abriu a noite com “Bad Reputation” e “Cherry Bomb”, disposta a não desperdiçar hits e conquistar suas dezenas de clones na plateia. Tocou duas músicas novas (“Estou lendo as letras porque ainda não decorei”, admitiu) que, claro, se parecem com as velhas, e fez todos dançarem com “I Love Rock ‘n’ Roll”, “Crimson and Clover” e “I Hate Myself for Loving You”. Bonito (e bonita).

Então veio o momento mais esperado por 90% do público da primeira edição do Lollapalooza Brasil: frente a 70 mil pessoas, pontualmente (como todos os shows, importante frisar) ás 21h, Dave Grohl subiu ao palco para 2h35 de show do Foo Fighters, sendo que ao menos 40 minutos da apresentação foi gasta com piadinhas dispensáveis entre as músicas, pausas para solos (de bateria, baixo, guitarra) e exercícios de clichê rock and roll, coisas que Dave tanto ama e faz questão de perpetuar.

Tirando as fanfarrices do vocalista, o Foo Fighters abriu o show colocando hit sobre hit: “All My Life”, “Times Like These”, “Rope”, “The Pretender”, “My Hero”, “Learn to Fly”, “White Limo”, “Arlandria” e “Breakout” foram as nove primeiras músicas, e poderiam ter levado o público a nocaute não fosse tanto blá blá blá entre as canções. Parece, no entanto, que o negócio de Dave Grohl não é conquistar pela força, mas sim pela simpatia. Mas até simpatia em excesso enche o saco.

Porém, Dave Grohl tem a manha de compor grandes canções (“Esse cara escreve músicas incríveis”, mandou o baterista Taylor Hawkins em certo momento, concluindo: “Dave, sou rico por sua causa”). E várias delas (“Stacked Actors”, “Big Me”, “Monkey Wrench”, “Hey, Johnny Park”, “This is a Call”, “Best of You”, “For All the Cows” e, claro, a canção que conquistou Bob Dylan, “Everlong”) bateram ponto em um show vigoroso, mas com um q de teatro rock and roll, em que o público já entra sabendo o roteiro e todos (público e banda) aguardam o decantado final feliz. É um show bom, mas tremendamente óbvio.

Para quem deixou o primeiro dia do Lollapalooza Brasil antes de Dave Grohl prometer que não irá demorar tanto tempo para voltar, a saída foi calma e sossegada. Já a grande massa que saiu junta após o último apito de microfonia do Foo Fighters, o cenário caótico de grandes eventos em São Paulo voltou a se formar, com o número de taxis e ônibus não dando conta do número de pessoas que deixava o Jóquei Clube em São Paulo, e com a polícia em certo momento fechando o metrô devido à enorme lotação.

Muita coisa precisa melhorar, mas ainda assim o saldo final do primeiro dia de Lollapalooza Brasil foi positivo (bem longe do desastre do primeiro dia do primeiro SWU Festival e do trauma do Tim Festival em que faltou água e o Killers entrou para tocar às 5 da manhã) Os portões já estão abertos para o segundo dia do festival que, neste domingo, tem como atrações Plebe Rude, Gogol Bordello, Frindly Fires, MGMT, Foster The People, Jane’s Addiction e Arctic Monkeys (entre outros). E o sol parece não dar trégua.

DIA 02

Enquanto a Plebe Rude fazia um medley de “Proteção”, “Pátria Amada” e “Geração Coca-Cola” abrindo o segundo dia do Lollapalooza, uma chuva leve de verão caia sobre a Avenida Paulista tão rapidamente que alguns nem chegaram a vê-la. No Jóquei Clube de São Paulo, palco do festival, no entanto, o sol forte voltava a beijar a pele dos transeuntes que se arriscaram a ir ao evento logo cedo evitando as possíveis filas e buscando sombra e água (e cerveja).

Com o portão aberto desde as 10h, e com o festival já tendo recebido quatro shows (além de Plebe Rude, subiram aos palcos Cascadura ao meio-dia, e Blubell e Daniel Brandão a meio-dia e meia), um público muito maior para o mesmo horário do que no dia anterior se fez presente. Se no sábado, o Lollapalooza Brasil era o show do Foo Fighters com várias outras bandas de abertura, no domingo a programação mais homogênea e 10 mil pessoas a menos (60 mil no computo final) tornou a experiência do festival mais interessante (e o caos de filas foi menor).

Grande parte do público que chegou mais cedo no evento, o fez para presenciar mais uma apresentação caótica e ensandecida do Gogol Bordello, combo de punk cigano conduzido de forma magnética pelo vocalista ucraniano Eugene Hütz e pelos russos Sergey Ryabtsev (violino) e Yuri Lemeshev (acordeom), que dão o tom festeiro da apresentação. O peso punk (com um q de Pogues), no entanto, vem do trio instrumental formado por um israelense na guitarra, um etíope no baixo e um trinidadense na bateria. Uma torre de babel musical que faz dançar.

Com sol a pino, cerveja gelada (no caso de Eugene, vinho) e o Gogol Bordello acelerando o ritmo de suas singelas valsas ciganas – como “Sally”, “Immigrant Punk”, “My Companjera”, “Break The Spell” e “Start Wearing Purple” – o público dançou sem parar, viu rodas de pogo se abrirem na frente do palco e a poeira levantar no Jóquei Clube em uma hora empolgante de um show que teve até citação de “Ai, Seu Eu Te Pego” (Eugene vive há dois anos no Rio de Janeiro, e é mais fã da cultura brasileira do que muito brasileiro).

Após tanta empolgação com o Gogol Bordello, o show do Thievery Corporation soou deslocado (ou, o mais provável, a banda não seja lá essas coisas). Na tenda eletrônica, Killer On The Dancefloor agitava mais. Após uma hora de descanso, o público se dividiu com uma parte indo conferir o Black Drawing Chalks, e outra, maior, batendo ponto no show do Friendly Fires, com o vocalista Ed Macfarlane dançando desavergonhadamente e o guitarrista Jack Savidge caprichando nas caras e bocas num show energético e animado. Grande banda.

O Manchester Orchestra, que pouca gente conhecia, fez um bom show – dizem. Tinie Tempah também empolgou e o MGMT, mais comportado do que no Tim Festival 2008, fez um show ok, com “Time To Pretend” sendo cantada em coro. Outra divisão de público: de um lado, o hipster Skrillex animou a tenda eletrônica; do outro, os playboyzinhos do Foster The People colocaram todo mundo para dançar com as versões remixadas de seus maiores sucessos. “Pumped Up Kicks” foi um dos grandes momentos da noite.

Precedido por um esquenta de canções do Police, Radiohead, Beatles e Pink Floyd, o Jane’s Addiction entrou no palco gastando munição: abriram com “Underground”, do disco “The Great Escape Artist” (2011) e enfileiraram “Mountain Song”, “Just Because”, “Been Caught Stealing” e “Ain’t No Right”. Perry Farrel, mais preocupado em rebolar e posar para os fotógrafos, não cometeu nenhuma gafe, e Dave Navarro segurou as pontas. Mas a longa e épica “Three Days”, bela faixa do álbum “Ritual de lo Habitual” (1990), afastou o público, que preferiu esperar o Arctic Monkeys do outro lado, e perdeu uma boa versão de “Stop”.

Na tenda ao lado, muita gente se escondia da ameaça de chuva (que veio fraca) enquanto esperava não muito pacientemente o Racionais MC’s. O horário do show que, segundo alguns leitores, em totens apontava 21h30, mas em milhares de flyers, no APP do festival, e corroborado pelo próprio Twitter do Lollapalooza Brasil, estava marcado para às 20h45, só começou 50 minutos depois (por decisão da produção do evento, que percebeu tardiamente que o som do palco Butantã afetava a Tenda Perry – e vice-versa – e esqueceu de avisar o público) com vaias que deixaram em segundo plano um repertório de hinos do calibre de “Vida Loka”, “Negro Drama”, “Homem na Estrada” e “1 Por Amor, 2 Por Dinheiro”.

Com a responsabilidade de fechar a primeira edição do Lolla Brasil, o Arctic Monkeys não decepcionou, e mostrou que a evolução em disco também se refletiu no palco. Se faltou carisma no show do Tim Festival 2007, desta vez o guitarrista e vocalista Alex Turner (e só ele) até conversou/brincou com a plateia, enquanto privilegiava canções do último álbum da banda, “Suck It and See” (três das cinco primeiras músicas saíram do álbum do ano passado), e o ótimo baterista Matthew Helders espancava seu kit com gosto.

O público só caiu nas graças da banda no miolo do show, quando eles encavalaram de uma só vez os hits (velhos e novos) “Brianstorm”, “The View From the Afternoon”, “I Bet You Look Good on the Dancefloor” e “Brick by Brick”. Daí em diante, alguns floreios sixties misturados a passagens mod mostraram que o Arctic Monkeys está sendo afetado pelo tempo, e crescendo musicalmente (no palco e fora dele). Apesar de terem pouca presença em rádios brasileiras, saíram do Lollapalooza Brasil com status de banda grande. Merecido.

Com 15 mil pessoas a menos do que no dia anterior, o domingo do Lollapalooza em São Paulo foi muito mais sossegado e menos caótico, com menos filas para comprar fichas, pegar bebida/comida e utilizar os banheiros – e olha que ainda teve chuva (e um show de trovões). Na saída, novamente problemas com o Metrô, e isso não é falha da organização, que seguiu a risca os horários dos shows (com exceção do Racionais), mas sim da Prefeitura de São Paulo, que não prepara seus meios de transporte para os cidadãos que pagam IPTU.

O saldo final foi positivo, e já faz imaginar uma segunda edição, afinal, 135 mil pessoas num fim de semana é algo que pode ser descrito como sucesso. A ótima localização e o fácil acesso são pontos que merecem destaque. Como era esperado, a escalação nacional ficou devendo, e a divisão de palcos e horários foi descuidada (Gogol e Friendly Fires deveriam tocar depois de Thievery e Manchester). Apesar de bons shows, nenhuma apresentação (nem mesmo a do Foo Fighters) arranhou o status de histórico, mas o Lollapalooza Brasil cumpriu sua função de entretenimento e talvez tenha sido o festival que, até hoje, mais se aproximou da experiência de um festival internacional. Agora é esperar 2013.

***

– Marcelo Costa (siga @screamyell) é editor do Scream & Yell e assina o blog Calmantes com Champagne. Todas as fotos por Liliane Callegari (veja mais aqui) com exceção das fotos do Foo Fighters (e das duas posteriores de público) por Marcos Hermes; das fotos do Arctic Monkeys e da última foto acima, por Edu Lopes, Fotosite.

Leia mais
– Planeta Terra 2007: CSS, Devo e Rapture fazem bons shows em São Paulo (aqui)
– Planeta Terra 2008: Indie bate o Mainstream no segundo festival (aqui)
– Planeta Terra 2010: uma noite púrpura hip-hip-hipster, por Marcelo Costa e Vlad Cunha (aqui)
– Planeta Terra 2011, por Marcelo Costa, Murilo Basso, Bruno Capelas e Rodrigo Levino (aqui)
– Três dias de show e confusão no Festival SWU no interior de São Paulo (aqui)
– Festivais 2011: Coachella (aqui), Primavera Sound (aqui) e Benicàssim (aqui), por Mac
– Tim Festival 2008: Gogol Bordello, National e MGMT, por Marcelo Costa (aqui)
– Björk brilha no fraco Tim Festival 2007 em São Paulo, por Marcelo Costa (aqui)

43 thoughts on “Lollapalooza Brasil 2012

  1. Quando uma banda não interage com o público a criticam-na negativamente. Quando o faz, também a criticam. Concordo que o Dave Grohl exagerou um pouco ali, mas totalmente compreensível.

  2. O Dave falou tanto fucking no meio das frases que me veio à cabeça a infeliz comparação com o jeito jovem de ser do Dinho Ouro Preto. Uma pena…

  3. fotos feitas do ponto de vista do palco e platéia, assistir a todos os shows seguidos… é movimentação o dia inteiro hein…

    ponto alto do dia: “the funeral” tocando enquanto o sol se põe no céu poluído de sp. foi bonito.

  4. vi o no multishow o TV on The Radio: do que adianta ser banda queridinha do pitchfork e ter uma presença de palco ruim daquela: nem 8 nem 80.

  5. Pena que vocês não viram o Manchester Orchestra. Foi o show mais lindo, mais foda, mais transcendente da coisa toda, pra mim.

    E isso vindo de alguém que, pior do que não conhecer a banda, conhecia e não achava grande coisa.

  6. “Após tanta empolgação com o Gogol Bordello, o show do Thievery Corporation soou deslocado (ou, o mais provável, a banda não seja lá essas coisas).” De fato, entre o punk e o lounge existe um abismo enorme, mas dizer que Thievery não seja lá essas coisas só mostra que seu conhecimento musical é limitado.

  7. O show do FF foi maravilhoso,e vendo Dave Grohl ser REALMENTE sincero foi de fuder,adoro esse cara.Como podem ser tão fuderosos assim,e isso que eu vi da tv de casa.Eu também gostei do Jane’s Addiction e do Arctic Monkeys,mesmo com alguns hipters viados querendo dar o rabo pro Skrillex
    (nome de bala)e pro Foster the People,que só ouvem porque tá na baladenha indie.Mas o festival foi muito bom sim,menção honrosa pro Black Drawing Chalks,que tocam pra caralho e não estão nem ai pro hype,pro Pavilhão 9 que encheu o palco alternativo e pro Rappa,que só de ruim teve o horário pra tocar,viu seu Costa?De resto eu vou no ano que vem,se Deus quiser

    Até

  8. acho meio difícil: pra mim o foster the people é o arctic monkes dessa década: jovens e promissores, quem sabe daqui a 10 anos eles sejam headliners do festival

  9. Não vi os shows do sábado, somente do domingo. Assistir de casa é sempre complicado para emitir opiniões, já que a visão é muito mais calma e sem o envolvimento da plateia ao lado, mas não concordo com o Friendly Fires ser uma grande banda. Achei muito fraco, desconexo e até constrangedor em alguns momentos. Já o Arctic Monkeys fez um belo show. Os pirralhos cresceram e estão mandando muito bem. Tomara que a escalação de 2013 seja melhor.

  10. MAC em todos os lugares que li criticas do Lolla a escalaçãode artistas nacional foi criticada. o S&Y sempre dá espaço para os novos artistas apesar de considerar muitos de qualidade mais do que duvidosa. Eu me pergunto independente de eu gostar ou não essa nova safra de bandas nacionais, quem colocar num festival como esse que tenha relevância para o publico e não só em sites e redações?

  11. O Thievery Corporation fez um show que faz jus à sua fama de referência da lounge music.
    Não gostar do som e achar deslocado para o festival, tudo bem. Mas dizer que a banda “não é lá essas coisas” é meio demais.
    Showzaço! Linguagem foda de dub, jazz, rap, reggae, eletrônico e tudo mais.
    Fiquei feliz por ter sido no horário que foi, pois pude ver bem de perto.
    E os shows de domingo foram, no geral, bem melhores que os de sábado.

  12. Não consigo deixar de achar o Foo Fighters uma banda irritantemente FAKE e o Dave Grohl um mala sem alça…odeio músicos metidos a engraçadinhos. Ressucita, Kurt!

    Band Of Horses & Manchester Orchestra humilharam o restante do festival. Sem mais.

  13. sobre o Friendly Fires eu achei que o som (no multishow) não estava lá essas coisas não, em estúdio parece melhor

  14. O som do Friendly Fires tava terrível mesmo, absurdamente baixo, não que o show tenha sido ruim, muito pelo contrário. Quem surpreendeu foram as altíssimas e elegantérrimas guitarras do Manchester Orchestra. Agora, na boa mesmo, quem desoossou foi o Skrillex.

  15. Também acho o foo fighters irritante, e até hoje não entendo a fama toda q eles tem, quer dizer, sei, SORTE.

  16. Band of Horses foi chatíssimo, nao sei da onde vcs tiraram que foi um dos melhores shows do evento, esse negócio de ver show pela tv é furada… FF é uma banda de palco mesmo, só estando lá curtindo o show para entender… apostam no entretenimento, nao vão mudar o mundo, mas inegavelmente sao umas das bandas mais influentes do rock atual.

  17. Julio, eu tirei da minha opinião pessoal, por isso o texto é assinado. Pra mim foi um dos melhores shows do festival ao lado do Gogol Bordello. Foo Fighters influencia alguém? Quem?

  18. kkk novamente, esse negocio de ver show pela tv…. lembro uma vez que fui num estadio e fiquei escutando o jogo pelo radio tb. Num lance de falta que nao deu em nada, o radialista disse que o “tempo havia fechado, que o jogo nao podia acabar bem devido a violencia dos jogadores…” e nada de mais estava acontecendo no campo. Com a critica musical brasileira acontece algo parecido, inventam que shows fracos foram legais sabe-se lá porque o motivo… No geral, o que leio a respeito de festivais no Brasil é muito genérico… ctrl c + ctrl v mesmo. E Mac seu texto nao fugiu disso, me desculpe, e não venha com essa que é “minha opinião pessoal”, vc pode escrever algo melhor que isso… Qto ao Foo Fighters uma banda que leva 70 mil pessoas para um evento deve ter alguma importancia né… oO… Pode ainda nao ter descendentes diretos expoentes, mas dizer que eles sao irrelevantes a musica contemporanea…

  19. Julio, quem disse que o Foo Fighters é irrelevante? Não sei qual texto você leu porque você está fazendo um emaranhado de confusões que diz mais sobre você não ter entendido o que leu do que sobre o texto. Estive os dois dias no Lollapalooza de 12h às 23h. O que tem a ver TV com isso, catzo? Segundo: eu não tenho que inventar shows. Os shows acontecem e cada um tem a sua opinião. Você pode achar uma merda, eu posso gostar. Acima tem um texto que argumenta porque, na minha opinião, um foi uma merda e outro foi bom. E levar 70 mil pessoas para um evento diz mais sobre o público e o evento do que sobre a banda. Seguindo seu pensamento distorcido, Michel Teló deve ter alguma importância também.

  20. 15 mil héteros a menos – HAHAHAHA – no segundo dia fez uma enooorme diferença mesmo… Tanto que o o CEO da GEO disse que vai limitar a 60 mil pessoas por dia no próximo ano, com um dia a mais de festival.

    TV on the Radio e Friendly Fires foram os melhores em cada dia… Sem mais.

    Enfim, espero que eles coloquem todas essas bandas com fãs pau-no-cu, como o Foo Fighters – nada contra Dave & cia. – num único dia, pois ninguém merece gente acampando em frente de palco em shows de outras bandas.

  21. Daqui a pouco Mac vc vai estar dizendo que “cu cada um tem o seu” para evitar o debate. Com sua resposta fiquei pensando… “mas oras não foram vocês que elegeram Michel Teló como dono da 7° melhor música nacional de 2011?”. O texto que li que o FF era irrelevante foi o seu mesmo. Até o próximo festival, dessa vez compre o ingresso e assista in loco de verdade!

    * Esse negócio de fã acampar em festival e atrapalhar é foda mesmo, empurro, desço a porrada mesmo nas pats histericas e playboys que não deixam os outros verem os shows que desejam, deviamos fazer um movimento contra isso…

  22. Julio, não estou evitando o debate, tanto que estou aqui debatendo. Só tenho preguiça de pensamentos manipuladores, irresponsáveis e babacas. Você inventou um monte de coisas que eu não escrevi.

    Uma coisa é você chegar e dizer: “Mac, discordo de você: achei Band of Horses uma merda e Foo Fighters sensacional”. Ótimo. Cada um pode achar o que quiser.

    Outra é você desrespeitar a minha opinião querendo diminui-la com inverdades. Você não viu o show comigo. Não estava comigo quando escrevi. Como pode alegar isso ou aquilo? Cade o link do texto em que eu disse que o Foo Fighters é irrelevante? E por que o Foo Fighters levar 70 mil pessoas prum festival e o Michel Teló ser um sucesso de vendas em vários lugares do mundo é diferente? Por que dois pesos e duas medidas? Está puxando saco para o que você gosta?

    Desculpa, meu velho. Não tenho paciência para pessoas de má-fé.

  23. “Enfim, espero que eles coloquem todas essas bandas com fãs pau-no-cu, como o Foo Fighters – nada contra Dave & cia. – num único dia, pois ninguém merece gente acampando em frente de palco em shows de outras bandas.” – Diego Barbosa

    Boa Diego Barbosa, é exatamente essa a sensação que ficou em mim depois desse dia de festival – como fui somente no dia do tv on the radio a escolho como a melhor da noite junto com band of horses, valeu!!

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