Cinema: Tron, o Legado

por Adriano Mello Costa

Eis que resolveram ressuscitar “Tron” do mundo dos mortos e fazer uma franquia em cima do filme de 1982, que apesar de trazer algumas inovações tecnológicas na época do lançamento, foi pouco visto e pouco comentado. O que no começo dos anos 80 era um absurdo total (e convenhamos o que não era absurdo total em 82?) hoje é mais do que cotidiano. Com a direção do novato Joseph Kosinski, “Tron – O Legado” chega aos cinemas com a bandeira previamente imposta do “visualmente fantástico” em punho e tenta ressurgir para uma nova geração.

A história em si não é das mais originais. Foca em Sam Flynn (Garret Hedlund), que entra no mundo paralelo criado pelo seu pai (Jeff Bridges) para “resgatá-lo” de lá, além de aproveitar para salvar o mundo e dar uns cacetes no meio do caminho. Ninguém em sã consciência esperaria que a obra fosse um primor de drama e conteúdo e se esperava isso é bom procurar alguma ajuda médica. O bacana em “Tron – O Legado” são as imagens e elas valem o filme, no entanto, há outros motivos para assistir:

1 – Jeff Bridges presente no filme original está de volta para dar maior credibilidade.

2 – Steven Lisberger que dirigiu o longa oitentista está de volta na produção.

3 – O filme é em 3-D (mesmo com algumas passagens normais de 2-D).

4 – Quem gosta de videogames tem um prato cheio nas mãos na hora dos jogos e competições, além de curtir um pouco de saudosismo em passagens como o fliperama antigo dos anos 80.

5 – A trilha sonora é comandada pelo Daft Punk.

6 – A cena onde o Daft Punk discoteca em uma boate e Michael Sheen dá um pequeno show como o dono do ambiente é muito bacanuda. O melhor momento do filme.

7 – Tanto a ajudante dos Flynn’s interpretada por Olívia Wilde (Quorra) quanto as assistentes de branco são colírios para os marmanjos.

8 – James Frain como Jarvis, o segundo em comando de CLU, faz muito bem a parte divertida do filme.

9 – A reação das pessoas ao lado quando as imagens em 3-D vão se posicionando e arremessando partes já vale o ingresso. O que tem de gente (principalmente crianças) se assustando é brincadeira.

10 – Mesmo compreendendo que a parte visual poderia ser melhor ainda em momentos díspares, “Tron – O Legado” ganha com sobras a alcunha de visualmente fantástico.

Então, sendo assim, e apesar de levar em consideração o roteiro com falhas e sem tanta intensidade, “Tron – O Legado” é um ótimo filme para entrar no cinema munido de uma pipoca na mão e óculos 3-D na cara para relaxar em pouco mais de duas horas de diversão sem compromisso. É para deixar a rabugice de lado e aproveitar.

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Adriano Mello Costa (@blogcoisapop) assina o blog Coisa Pop

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