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Search Results for "Tim Festival"

Top 10: Abril 2019 no Scream & Yell

TOP 10 TEXTOS MAIS LIDOS – ABRIL DE 2019
01) Lollapalooza Brasil 2019, por Renan Guerra (aqui)
02) Entrevista: Letrux, por Pedro João (aqui)
03) Três discos: Francisco El Hombre, André Prando e Baleia, por Leo Vinhas (aqui)
04) Entrevista: Rumbora, por Bruno Lisboa (aqui)
05) Fafá de Belém ao vivo, por Renan Guerra (aqui)
06) Rodrigo Amarante ao vivo, por Bruno Dias (aqui)
07) “The Dirt”,a história do Mötley Crüe, por Paulo Pontes (aqui)
08) Lupe de Lupe e Cloud Nothings, por Bruno Capelas (aqui)
09) Entrevista: Jain, por Pedro João (aqui)
10) Entrevista: Autoramas, por Janaína Azevedo (aqui)

DOWNLOAD
01) Selo Scream & Yell: “Dois Lados”, tributo ao Skank -> 17º link (aqui)
02) Selo Scream & Yell: Tributo a Belchior -> 33º link (aqui)
03) Selo Scream & Yell: Tributo a Milton Nascimento -> 50º link (aqui)

VIA GOOGLE
01) Entrevista: Duda Beat, por Renan Guerra (aqui)
02) Liam Gallagher x Noel Gallagher, por Herbert Moura (aqui)
03) Discografia comentada: Paul McCartney, por Wilsera (aqui)

O EDITOR RECOMENDA
01) Entrevista: Vitor Pirralho, por Ananda Zambi (aqui)
02) Entrevista: Birds are Indie, por Pedro Salgado (aqui)
03) Balanço: Festival Garotas à Frente 2019, por Carime Elmor (aqui)

TOP 10 2019 – (Primeiro Trimestre)
01) Melhores de 2018: Top 7 Scream & Yell  (aqui)
02) Entrevista: Duda Beat, por Renan Guerra (aqui)
03) Como foi o Psicodália 2019, por Rafael Donadio (aqui)
04) Lollapalooza Brasil 2019, por Renan Guerra (aqui)
05) A ironia preguiçosa do Weezer, por Leo Vinhas (aqui)
06) Entrevista: Bernardo Vilhena, por Bruno Capelas (aqui)
07) Selo Scream & Yell: “Dois Lados”, tributo ao Skank (aqui)
08) O cinquentenário de Flávio Basso, por Leo Vinhas (aqui)
09) Discografia comentada: Paul McCartney, por Wilsera (aqui)
10) 11 points de cerveja artesanal em Buenos Aires, por Mac (aqui)

Confira os textos mais lidos no Scream & Yell nos meses anteriores

maio 2, 2019   No Comments

Curso: Como divulgar sua música

A imprensa cultural tradicional mal dá conta de cobrir lançamentos, relançamento e notícias, de fato, relevantes da música. Uma das saídas é o investimento em marketing digital. Um músico com uma boa rede, bem gerenciada, que conte suas novidades e apresente seu trabalho de forma direta, se torna o seu principal veículo. Neste curso, organizado pelo jornalista Marcos Lauro, que atua na área de comunicação desde 2001, e que conta com a participação de Titita Dornelas, responsável pela News Assessoria & Comunicação, que tem no seu portfólio clientes como Chico César, Bixiga 70, The Baggios, Festival Sons da Rua, Sampa Jazz Fest, Nômade Festival, Arena carnaval SP, Xuxa Levy e Lucas Santtana, e Marcelo Costa, curador, jornalista e editor do Scream & Yell, serão discutidos problemas e algumas soluções na hora de divulgar sua música tanto na mídia tradicional quanto no online. Inscrições aqui.

Aula 1 – Mídia tradicional/offline; como lidar? (09/05)

Vamos conversar com Patricia Dornelas, profissional de assessoria de imprensa com vasta experiência na mídia tradicional, para entender como está o momento atual. Os avanços, gargalos, problemas e soluções, qual a melhor forma para apresentar o seu trabalho para profissionais que ainda trabalham em redações etc

Aula 2 – As possibilidades (quase infinitas) da mídia online (16/05)

Vamos conversar com Marcelo Costa, profissional que mantém o site Scream & Yell desde 2000 e tem vasta experiência na mídia digital/online, para entender como está o momento atual. Quais são as possibilidades, como driblar algoritmos e alcançar o seu público, o trabalho com públicos de nicho, se páginas e influencers podem cobrar para divulgar o seu trabalho etc.

Aula 3 – Estudos de cases de marketing digital na divulgação musical (23/05)

Vamos focar nas possibilidades que o ambiente digital oferece com o próprio artista sendo um personagem e um contador da sua própria história. Para isso, vamos estudar cases da Orfeu Digital, agência de conteúdo do responsável por esse curso, Marcos Lauro, e ver as possibilidades e a liberdade que as redes sociais oferecem para divulgar o seu trabalho, seja de forma orgânica ou impulsionada.

Aula 4 – Mão na massa! Vamos pensar juntos em soluções na hora de fazer sua divulgação (30/05)

Para encerrar, vamos à prática. Artistas, jornalistas e interessados que fizeram o curso vão botar a mão na massa e, em exercícios na sala, vão bolar estratégias de comunicação para o seu negócio (seja sua música, sua página no Facebook, seu perfil no Instagram etc). Vamos propor exercícios que facilmente poderão ser feitos na “vida real”, ou seja, o aluno vai sair do curso com ideias e material para publicação.

.:: Sobre os docentes:
Marcos Lauro
Jornalista, atua na área de comunicação desde 2001. Já passou por redações como Viagem & Turismo, VIP e Rádio Eldorado. Atuou como editor da Billboard Brasil, colaborador da revista Rolling Stone Brasil e fundador/estrategista da Orfeu Digital, agência de marketing digital com foco em música.

Convidados:

_ Primeira noite
Patrícia Dornelas
Titita, nasceu em 1º de dezembro de 1970, em Recife, PE. Graduada em Engenharia pela UNICAP (Universidade Católica de Pernambuco), pós graduada em Ciências da Engenharia Ambiental (USP). Abandonou a engenharia para fazer Relações Públicas. Formada pela Universidade Cásper Libero (SP), sua carreira como assessora de imprensa começou em julho de 2007. Responsável pela News Assessoria & Comunicação, que tem no seu portfólio clientes como Chico César, Bixiga 70, The Baggios, Festival Sons da Rua, Sampa Jazz Fest, Nômade Festival, Arena carnaval SP, Xuxa Levy e Lucas Santtana. Com foco na comunicação de atividades nas áreas de cultura e entretenimento, Patrícia assume de modo integrado toda a gestão de comunicação, englobando as diversas etapas desse processo: plano estratégico, coordenação de atividades, construção de conteúdos e assessoria de imprensa.

_ Segunda noite
Marcelo Costa
Editor do site de cultura pop Scream & Yell, um dos principais veículos independentes de cultura pop do país, no ar desde 2000. Já passou pelas redações do jornal Noticias Populares, e dos portais Zip.Net, UOL, Terra e iG, além de já ter colaborado com as revistas Billboard Brasil, Rolling Stone e GQ Brasil, e com a MTv Brasil, da qual foi colunista. Foi curador do projeto Prata da Casa, do Sesc Pompeia, do projeto Natura Musical, do Oi Pocket Show Rock in Rio, do The Art of Heineken e integra a APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) na categoria Música Popular desde 2012.

.:: Data: 09 a 30/05 – quintas-feiras, das 19h às 22h

.:: Investimento
Curso Completo:
R$ 300 _ até 20/04
R$ 340 _ após 20/04

Aula Avulsa:
R$ 90

.:: Inscrições: https://bit.ly/2WGsErI
.:: Faça sua inscrição pessoalmente sem taxas de conveniência: Rua Treze de Maio, 733 – Bela Vista – São Paulo – SP, das 14h às 22h >> aceitamos apenas débito e crédito à vista

> Pela Eventbrite é possível parcelar em até 24x (parcelas mínimas de R$5,00)


Lab Mundo Pensante
Rua Treze de Maio, 733 – Bela Vista – São Paulo – SP
Tel:. 5082-2657

abril 15, 2019   No Comments

Os 51 posts mais lidos no Scream & Yell em 2018

Em 12 meses, o total de visualizações do site foi de 1.350.632! As 51 páginas mais acessadas foram:

01) Melhores de 2017: Votação Scream & Yell (aqui)
02) Pastor Adélio: “Nick Cave é servo de Satanás” (aqui)
03) Radiohead ao vivo em SP, por Mac (aqui)
04) O rock nacional no mercado de raridades, por Mac (aqui)
05) Download: “Dois Lados”, tributo ao Skank  (aqui)
06) Balanço: Festival Psicodália 2018, por Rafael Donadio (aqui)
07) Os 50 discos nacionais de 2018 para a APCA (aqui)
08) 11 points de cerveja artesanal em Buenos Aires, por Mac (aqui)
09) Top 5: Discos produzidos por Carlos Eduardo Miranda (aqui)
10) Roger Waters no Brasil, por Daniel Tavares (aqui)

11) Original vs Versão: “The Passenger”, por Mac (aqui)
12) Entrevista: Duda Beat, por Renan Guerra (aqui)
13) Três filmes: “Extraordinário”, “Assassinato no Expresso do Oriente” e “Os Meyerowitz”, por Mac (aqui)
14) “Bolsonaro é um retrocesso”, diz Setor Coletivo (aqui)
15)  Download: Tributo a Walter Franco (aqui)
16) Melhores Músicas do Radiohead, por Bruno Capelas (aqui)
17) Balanção Lollapalooza 2018, por Mac (aqui)
18)  Três discos: Lobão, Humberto Gessinger, Titãs, por Mac (aqui)
19) Discografia comentada: Bob Dylan (aqui)
20) Três docs: “Not Alone”, “Residente” e “One of Us”, por Renan (aqui)

21) Vote certo nas próximas eleições, por CEL (aqui)
22) Discografia comentada: Paralamas, por Leo Vinhas (aqui)
23) Discografia comentada: Ramones, por Leo Vinhas (aqui)
24) Download: Tributo a Belchior (aqui)
25) Ouça RAINDOWN, tributo ao Radiohead (aqui)
26) Entrevista: Paulo Sergio Vale, por Bruno Capelas (aqui)
27) Discografia comentada: Cássia Eller, por Bruno Capelas (aqui)
28) Discografia comentada: Paul McCartney, por Wilson Farina (aqui)
29) A gênese do Die Antwoord, por Eduardo H. Lopes (aqui)
30) Alemanha: Três cervejas da Kaiserdom, por Mac (aqui)

31) Entrevista: Kiko Zambianchi, por Marcos Paulino (aqui)
32) Seis cervejas Therezópolis, por Marcelo Costa (aqui)
33) A temporada 4 de Black Mirror, por Mac (aqui)
34) Download: tributo a Milton Nascimento (aqui)
35) Boteco: 11 IPAs nacionais, por Marcelo Costa (aqui)
36) Como o Arctic Monkeys salvou o rock, por Palandi (aqui)
37) Assista: Fellini ao vivo em Brasília, 1998 (aqui)
38) Entrevista: Humberto Gessinger, por Fernando Cesarotti (aqui)
39) Cinco monólogos clássicos do cinema, por Mac (aqui)
40) Entrevista: Nando Reis, por Marcos Paulino (aqui)

41) Filmes: A Jovem Rainha, A Criada, Elle, por Mac (aqui)
42)  Download: Ouça e baixe o disco de Manoel Magalhães (aqui)
43)  Três filmes: “A Grande Aposta”, “Roman J. Israel, Esq.” e “Trama Fantasma” (aqui)
44) Entrevista: AmyJo Doh & The Spangles, por Mac (aqui)
45) Três documentários: “Sepultura”, “Time Will Burn” e “Dorsal Atlântica”, por Mac (aqui)
46) O rock nacional anos 80 e a Censura Federal (aqui)
47) “In Raibows”, do Radiohead, por Alexandre Matias (aqui)
48) Três filmes: “Destino de Uma Nação”, “The Post”, “A Forma da Água” (aqui)
49) 1968/2018: 50 discos que completam 50 anos!, por Mac (aqui)
50) Discografia comentada: The Cure (aqui)
51)  Entrevista: Sara Driver fala sobre Basquiat, por Renan Simão (aqui)


Confira os textos mais lidos no Scream & Yell nos meses anteriores

janeiro 14, 2019   No Comments

Ouvindo: “The Platinum Collection”, Blondie

Entrando no modo #EsquentaPopload, já tive a oportunidade de estar frente a frente com o Blondie duas vezes. A primeira foi em 2004, no Personal Fest, na Argentina, e foi um showzão. Na época, escrevi (no Scream & Yell): “Sra Debbie Harry mostrou carisma, um repertório de hits, excelente voz e belas pernas em uma apresentação cujo único defeito talvez tenha sido a ausência do hit ‘Heart of Glass’, provavelmente guardado para o bis, que não aconteceu (nenhuma das bandas de “abertura” teve direito ao bis). Mesmo assim, canções como ‘Dreaming’, ‘Rapture’, ‘Hanging On The Telephone’ e ‘Maria’ conquistaram o público argentino”. A segunda vez foi no Isle of Wight Festival, na Inglaterra, em 2010: “A musa Debbie Harry está bem diferente do show do Personal Fest, em 2004. A voz faltou em ‘Call Me’, mas as versões de ‘One Way Or Another’ e ‘Heart of Glass’ (que eles não tocaram em Buenos Aires) honraram o mito. E ela deixou o palco recomendando: ‘Não façam nada que eu não faria’. Sei…”. Foram dois ótimos shows, e só de colocar esse disquinho pra ouvir já dá gás para ver mais um. Lançado em 1994, “The Platinum Collection – Blondie” reúne 47 músicas em dois CDs com um caminhão de hits. É um bom aquecimento para o Popload Festival, 15 de novembro, no Memorial da América Latina.

Debbie Harry no Personal Fest 2004, Buenos Aires

novembro 1, 2018   1 Comment

Ouvindo: “Sam’s Town”, The Killers

Matando saudade de uns discos que eu não tenho a mínima saudade. Até achei que tivesse escrito sobre “Sam’s Town” no site na época, mas nem isso deu vontade. Achei um trechinho dum comentário na resenha que fiz sobre “Day & Age”: “Brandon Flowers é o fanfarrão da década. Surgiu clonando o rock britânico (mesmo sendo de Las Vegas) na estréia e depois deu discos de Bon Jovi e Springsteen para os amigos ouvirem. O resultado, “Sam’s Town”, lembrava Queen e U2″. Mas, ok, os shows são bons (e o do Lolla neste ano um dos melhores que eles fizeram por aqui – quem mais tava naquele Tim que acabou as 6 da manhã da segunda-feira?) e “When You Were Young” é um puta single (essa versão deluxe traz duas faixas bônus no CD e um DVD com clipe e making of de “When You Were Young”). Saldo final: deu vontade de ouvir “Hot Fuss”.

outubro 23, 2018   No Comments

Dylan com café, dia 85: Copyright Collection

Os últimos quatro cafés lidavam com material raro de Bob do inicio dos anos 60, grande parte dele ou pirateada na cara de pau por um mercado paralelo que existe desde o final dos anos 60 buscando saciar fãs insaciáveis ou ainda recentemente lançados de maneira oficial (pero no mucho) numa brecha da lei de direitos autorais da Inglaterra. As Bootleg Series surgiram para dar vazão a esse material raro disputado por fãs no mercado paralelo, mas muita coisa ainda estava engavetada, e para tentar driblar a Lei de Direitos Autorais europeia, a Columbia Records decidiu oficializar o material de 1962 que estava prestes a completar 50 anos em 2012 (e entrar em domínio público) lançando-o numa tiragem limitadíssima de 100 cópias (um conjunto de quatro CDRs) apenas para registro de lançamento e de computo de direitos autorais, repetindo a artimanha em 2013 (com o material de 1963), 2014 (1964), 2015 (1965) e 2016, único ano que teve amplo lançamento com todos os shows de Dylan no período reunidos em um box com 36 CDs (tema de um café futuro).

A “The 50th Anniversary Collection: The Copyright Extension Collection, Volume 1”, que mapeia as raridades de 1962, mergulha nas sessões de “The Freewheelin’ Bob Dylan” com mais de 50 gravações inéditas e ainda oficializa as Mackensie Home Tapes, o set na Gerde’s Folk City e o famoso show no Finjan Club, em Montreal (um dos bootlegs mais famosos do período). Há ainda seis faixas no Gaslight Café que ficaram de fora do álbum lançado em parceria com a Starbucks. Imperdível. No “Volume 2”, que mapeia o material raro de 1963 de posse da gravadora, Dylan já caminhou quilômetros e está com um domínio incomparável de sua arte (basta colocar lado a lado a sessão de 1962 no Gerde’s Folk City com a de 1963 para perceber a evolução). Muito do material que abastece diversos bootlegs (o “Many Faces of Bob Dylan” incluso) batem ponto aqui como a sessão imperdível no Studs Terkel Wax Museum, em Chicago, e o registro potente no Town Hall, que nunca foi registrado oficialmente porque, aparentemente, o microfone do violão está muito próximo e Bob o toca diversas vezes, prejudicando o registro. O terceiro volume da coleção (lançado em nove vinis em 2014 mapeando o ano de 1964) reúne material de um show na TV em Toronto, a fita Eric Von Schmidt’s House (outro bootleg famoso finalmente oficializado) e shows em Londres, Filadélfia, São José e São Francisco (alguns de baixa qualidade) além de registros das sessões do álbum “Another Side Of Bob Dylan”.

O quarto volume lançado da série (2015) lança luz sobre material de 1965, e mapeia a turnê acústica em material geralmente de qualidade bem baixa, mas vale atenção ao concerto (em excelente qualidade) no Free Trade Hall, em Manchester (um ano antes da revolução sônica que rendeu o grito de Judas em 1966), e também ao show da BBC. Após 149 músicas ouvindo Bob ao violão acompanhado de sua gaita, o registro ensandecido de “It Takes A Lot To Laugh, It Takes A Train To Cry” com banda (e Michael Bloomfield solando loucamente) no Newport Festival 65 talvez dê uma pequena ideia da loucura que foi essa reviravolta no mesmo evento que o levou às massas nos anos anteriores. E essa é a canção que divide as fases neste volume das “The Copyright Extension Collection”: a partir daqui, registros no Hollywood Bowl, em Forest Hills e em Berkeley trazem os shows metade acústico, metade elétrico, para desespero dos puristas. Lançados de maneira limitada, os quatro boxes estão obviamente esgotados e os poucos disponíveis em sites de revenda custam pequenas fortunas que podem ir de R$ 1500 até R$ 10 mil. Itens raros, mas que valem muito a audição. Porém, para quem não conseguiu pegar os boxes ou acha um exagero todo esse material, a Columbia lançou em larga escala em 2018 o CD duplo “Live 1962 – 1966: Rare Performances from The Copyright Collections”, um best of com 26 canções retiradas da coleção. É uma boa introdução a esse material imperdível.

Especial Bob Dylan com Café

setembro 19, 2018   No Comments

Dylan com café, dia 84: Many Faces

Com mais de 40 títulos lançados (entre eles, várias coletâneas), a série de CDs triplos “Many Faces of” (clique o nome na busca do site da Music Brokers) é um deleite para fãs e um pesadelo para neófitos, pois trabalha muitas vezes com material b (alguns C) de artistas variados que fogem do hit fácil que conquistou o público comum. Desta forma, quem pegar o disco dedicado ao Pink Floyd verá dois discos de covers (com músicos do Yes, King Crimson, Deep Purple e Toto, entre outros, relendo material da banda) e um de “influências”, mas nada de Pink Floyd original. Já o disco triplo dedicado ao Smiths traz um CD com diversas participações de Johnny Marr e Andy Rourke em músicas dos outros, um (bom CD) de covers (que saiu originalmente pela American Laundromat Records) e um ao vivo, pirata (não informado), de 1983. E o do Joy Division, um dos mais bacanas da série (que ainda tem Police, Cure, Oasis, Ramones, Sex Pistols, Guns n’ Roses, AC/DC, Doors e muitos outros), mantém esse padrão: o álbum “Martin Hannett Sessions” no CD 1, o bom disco “Peter Hook & The Light playing ‘Unknown Pleasures’ in Australia” no CD 2 e um terceiro CD que compila artistas da cena de Manchester.

No caso de Dylan, dois dos três CDs funcionam quase que como uma coletânea do material pirata de Bob entre 61 e 65 enquanto um terceiro reúne influências e artistas do Greenwich Village (Pete Seeger, Hank Williams, Dave Van Rock, Joan Baez). Ainda que o CD 1 seja recheado de clássicos (“Blowin’ In The Wind”, “A Hard Rain’s A-Gonna Fall”, “It’s All Over Now Baby Blue”), todas as versões são ao vivo e, por isso, com ligeiras diferenças das versões de estúdio, o que pode / deve confundir o neófito. Para o fã, o desespero é a completa falta de informação de onde saiu cada versão. Em uma pesquisa de alguns dias, identifiquei a fonte da maioria das canções (confira no blog), retiradas majoritariamente de três bootlegs famosos: o sensacional programa de rádio “Folk Singers Choice 1962” (um dos destaques do box “Bob Dylan & Friends”), mas incompleto e sem o imperdível bate papo com Cynthia Gooding, alguns flagrantes das Minnesota Tapes (principalmente as gravadas na casa de Bonnie Beecher) e uma terceira sessão em Chicago, 1963 (a única que a Columbia Records detém direitos).

Há algumas faixas avulsas de programas de rádio, mas a maior parte do material deriva dessas três fontes, muitas delas ripadas diretamente de velhos vinis. É um material delicioso, mas que peca pela completa falta de informação (o que prejudica o entendimento de contexto) e também pelo desleixo de não se buscar a melhor versão de determinado show (alguns cortes bruscos incomodam, principalmente se você conhece a versão do bootleg original, como no caso das canções retiradas do programa de Cynthia Gooding), algo que a série “Copyright Extension”, da Columbia Records (o tema do próximo café), oferece em melhor qualidade (ainda que extremamente limitada e voltada cuidadosamente ao comércio, afinal, a gravadora tem em mãos, por exemplo, três fitas das sessões no Gaslight Café, e lançou apenas uma). No frigir dos ovos, “The Many Faces of Bob Dylan” é uma coletânea muito legal para fãs de raridades e bootlegs, mas, com cuidado, poderia ser ainda melhor. Confira de onde (eu acho que) saiu cada canção:

CD 1
01. Blowin´ In The Wind
(Studs Terkel Wax Museum, 26 April 1963)
Bob Dylan Radio Session Chicago 1963

02. A Hard Rain´s A-gonna Fall
(Studs Terkel Wax Museum, 26 April 1963)
Bob Dylan Radio Session Chicago 1963

03. It´s All Over Now, Baby Blue
February 17, 1965
(Les Crane Show, WABC-TV Studios, New York City, New York)

04. It´s Alright, Ma (i´m Only Bleeding)
February 17, 1965
(Les Crane Show, WABC-TV Studios, New York City, New York)

05. Boots Of Spanish Leather
(Studs Terkel Wax Museum, 26 April 1963)
Bob Dylan Radio Session Chicago 1963

06. Fixin´to Die
March 11th 1962
Folksingers Choice – Radio Show with Cynthia Gooding

07. Man Of Constant Sorrow
The Home Of Bonnie Beecher, Minneapolis, MN
(22nd December 1961) [Minnesota Hotel Tape]

08. See That My Grave Is Kept Clean
The Home Of Bonnie Beecher, Minneapolis, MN
(22nd December 1961) [Minnesota Hotel Tape]

09. Gospel Plow
The Home Of Bonnie Beecher, Minneapolis, MN (
22nd December 1961) [Minnesota Hotel Tape]

10. Po Lazarus
Riverside Church – New York City, New York
29 July 1961 – Saturday Of Folk Music

11. Sally Gal
Oscar Brand – Folk Song Festival, 29th October, 1961

12. Girl From The North Country
Oscar Brand Show – WNYC New York – March 1963

13. The Lonesome Death Of Hattie Carroll
February 25, 1964
NBC Studios “Steve Allen Show” Los Angeles, California

14. Baby, Let Me Follow You Down
The Home Of Bonnie Beecher, Minneapolis, MN
(22nd December 1961) [Minnesota Hotel Tape]

CD 2
01. Handsome Molly
Riverside Church – New York City, New York
29 July 1961 – Saturday Of Folk Music

02. Farewell (fare Thee Well)
(Studs Terkel Wax Museum, 26 April 1963)
Bob Dylan Radio Session Chicago 1963

03. (I Hear That) Lonesome Whistle
March 11th 1962
Folksingers Choice – Radio Show with Cynthia Gooding

04. Baby, Please Don’t Go
March 11th 1962
Folksingers Choice – Radio Show with Cynthia Gooding

05. Who Killed Davey Moore
(Studs Terkel Wax Museum, 26 April 1963)
Bob Dylan Radio Session Chicago 1963

06. The Girl I Left Behind
WNYC Radio Studio, NYC, 29th Oct, 1961

07. Hard Travelling
March 11th 1962
Folksingers Choice – Radio Show with Cynthia Gooding

08. Bob Dylan’s Dream (de Freehwelin)
(Studs Terkel Wax Museum, 26 April 1963)
Bob Dylan Radio Session Chicago 1963

09. Makes A Long Time Man Feel Bad
March 11th 1962
Folksingers Choice – Radio Show with Cynthia Gooding

10. Tell Me, Baby
March 11th 1962
Folksingers Choice – Radio Show with Cynthia Gooding

11. The Death Of Emmett Till
March 11th 1962
Folksingers Choice – Radio Show with Cynthia Gooding

12. Stealin’ Stealin’
March 11th 1962
Folksingers Choice – Radio Show with Cynthia Gooding

13. In The Pines
New York City, NY, Carnegie Chapter Hall (4th November 1961)

14. Backwater Blues
New York City, NY, Carnegie Chapter Hall (4th November 1961)

Especial Bob Dylan com Café

setembro 12, 2018   No Comments

Textos mais lidos: Julho de 2018

                       Patti Smith lançou o álbum “Easter” em 1978

TOP 10 MAIO 2018
01) 40 discos que completam 40 anos em 2018, por Mac (aqui)
02) Essas São As Américas: Childish Gambino, Beyoncé, Jay-Z e Elza, de Felipe Ferreira (aqui)
03) Carne Doce ao vivo no CCSP, por Renan Guerra (aqui)
04) Três filmes: “Som, Sol & Surf – Saquarema”, “Onde Está Você, João Gilberto?” e “Eu Sou o Rio”, por Mac (aqui)
05) “Ofertório”, de Caetano, Moreno, Zeca e Tom Veloso, por Renan (aqui)
06) Letrux ao vivo em São Paulo, por Renan Guerra (aqui)
07) Tributo a Walter Franco: Seleção dos Convidados (aqui)
08) Balanço: Paraiso do Rock Festival, por Leo Vinhas (aqui)
09) Gomo, um cometa na música indie portuguesa, por Hebert  (aqui)
10) Três discos: Lobão, Humberto Gessinger, Titãs, por Mac (aqui)

DOWNLOAD
01) Download: “Dois Lados”, tributo ao Skank -> 11º link (aqui)
02) Download: Tributo a Belchior -> 35º link (aqui)
03) Download: Milton Nascimento -> 58º link (aqui)

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VIA GOOGLE
01) Discografia comentada: Ramones, por Leonardo Vinhas (aqui)
02) Original vs Versão: “The Passenger”, por Mac (aqui)
03) Três documentários: “Sepultura”, “Time Will Burn” e “Dorsal Atlântica”, por Mac (aqui)

TOP 10 2018 – PARCIAL (SETE MESES)
01) Melhores de 2017: Votação Scream & Yell (aqui)
02) Radiohead ao vivo em SP, por Mac (aqui)
03) Balanço: Festival Psicodália 2018, por Rafael Donadio (aqui)
04) Top 5: Discos produzidos por Carlos Eduardo Miranda (aqui)
05) Download: “Dois Lados”, tributo ao Skank  (aqui)
06) Melhores Músicas do Radiohead, por Bruno Capelas (aqui)
07) Balanção Lollapalooza 2018, por Mac (aqui)
08) Download: “Um Grito Que Se Espalha”, Tributo a Walter Franco (aqui)
09) 11 points de cerveja artesanal em Buenos Aires, por Mac (aqui)
10) Três discos: Lobão, Humberto Gessinger, Titãs, por Mac (aqui)

O EDITOR RECOMENDA
01) Cinema: Jonas Mekas: O poeta das imagens, por Caio Bosco (aqui)
02) Entrevista: Moons, por Thiago Sobrinho (aqui)
03) Entrevista: Thrice, por Bruno Lisboa (aqui)

           Elvis Costello lançou o álbum “This Years Model” em 1978

Confira os textos mais lidos no Scream & Yell nos meses anteriores

agosto 1, 2018   No Comments

Dylan com café, 72: Scrapbook 56/66

Bob Dylan com café, dia 72: Na esteira do lançamento do essencial documentário “No Direction Home” (2005), de Martin Scorsese, e de sua trilha sonora caprichada (“The Bootleg Series 7”), surgiu como complemento oficial este livro, “The Bob Dylan Scrapbook: 1956-1966” (2005), escrito por Robert Santelli, então diretor da Experience Music Project de Seattle (hoje Museum of Pop Culture) e curador da exposição Bob Dylan’s American Journey. Como observa a crítica do jornal londrino Independent na época do lançamento do livro, “o texto do especialista em Dylan não oferece nenhuma nova percepção surpreendente, mas isso não importa porque o ponto aqui é mostrar como o talento e a carreira de Dylan se desenvolveram”.

Para acompanhar esse desenvolvimento, o leitor tem a mão dezenas de xerox de documentos, letras escritas a mão pelo homem e reproduções de itens interessantes do período além de um CD com 45 minutos de áudio divididos em 14 faixas, 10 delas de falas extraídas do filme de Scorsese e outras quatro entrevistas de Dylan colhidas de rádios entre 1961 e 1966. Um texto do New York Times rememora: “Em 4 de novembro de 1961, após trabalhar em clubes do Greenwich Village, Bob Dylan fez sua estreia em Nova York no Carnegie Chapter Hall. Dos 225 lugares, 55 estavam ocupados. Menos de dois anos depois, ele era a estrela reinante do movimento das canções de protesto. Mais dois anos, e uma geração discutia se era certo que ele fosse elétrico – não que ele prestasse atenção”.

Este “The Bob Dylan Scrapbook: 1956-1966” traz a reprodução do folheto que apresentava este primeiro show de Dylan, além de cópias das letras manuscritas de “Talkin’ New York”, “Blowin’ In The Wind”, “Gates of Eden”, “It Ain’t me Babe” (escrita num papel do May Fair Hotel, em Londres) e “Chimes of Freedom” (escrita num papel do The Waldorf Astoria, em Toronto), entre outras, e reproduções dos cartazes (Folk City, “Don’t Look Back”, Newport Folk Festival), do convite de Dylan para a Marcha de Washington (quando Martin Luther King fez o discurso “I have a dream”), de releases (“Rebel with a cause”, dizia um texto da Columbia Records) e diversas outras curiosidades imperdíveis para fãs do homem.


Especial Bob Dylan com Café

julho 24, 2018   No Comments

Dylan com café, dia 67: Woodstock 94

Bob Dylan com café, dia 67: Não é segredo que os produtores do primeiro Woodstock, em 1969, desejavam ardentemente a participação de Bob Dylan no festival. Porém, Dylan vivia uma fase tranquila e familiar na época (representada pelo álbum “New Morning”) e, desde o acidente de moto de 1966 (e o final antecipado e turbulento daquela turnê), evitava grandes audiências. Já em 1994, o cenário era outro. Visando festejar 25 anos do primeiro Woodstock, os organizadores foram atrás de Bob, que havia recuperado o olhar carinhoso da crítica com o excelente “Oh Mercy” (1989), mas sentia suas novas canções próprias tão frágeis que decidiu embarcar em uma série de discos de covers de countrys rurais (“Good as I Been to You”, de 1992, e “World Gone Wrong”, de 1993), ainda que o establisment pop começasse uma série de homenagens (as “The Bootleg Series” se iniciam em 1991 e o grande show “The 30th Anniversary Concert Celebration” é de 1993). Porém, feliz surpresa, Bob aceitou o convite da produção do Woodstock 1994, deu uma pausa na Never Ending Tour e preparou um show especial, que, das 12 canções, traz apenas duas músicas “recentes”: a abertura com “Jokerman” (do álbum “Infidels”, de 1983) e “God Knows” (de “Under the Red Sky”, de 1990).

Entre as outras 10 faixas, apenas clássicos sessentistas do quilate de “Just Like a Woman”, “Masters of War”, (uma versão lenta de) “It’s All Over Now (Baby Blue)”, “Rainy Day Women” e “Don’t Think Twice”, entre outras. A execução é boa, ainda que Bob, como de praxe, não exiba tanta paixão na execução. Aliás, nas três primeiras faixas, ele canta apressado, como se tivesse prestes a perder o último trem para o paraíso, mas depois e o show flui bem e agradavelmente. Registrada em diversos álbuns ao vivo de Dylan (de “Before The Flood” a “Live at Budokan”, de “Real Live” a “MTV Unplugged”), “All Along the Watchtower” surge novamente hendrixiana (Bob sempre disse que a versão de Jimi Hendrix, lançada seis meses após sua gravação original, era sua predileta e desde então toca a música no arranjo do guitarrista) num bom DVD que faz uma ponte interessante entre os demais registros ao vivo de Dylan, e que, devido ao sucesso da apresentação, abriu as portas para o “Unplugged MTV” em 1995. O homem (que nunca foi embora) estava de volta.

Especial Bob Dylan com Café

junho 27, 2018   No Comments