Mojo Book 038: “Ocean Rain”, do Echo and The Bunnymen, por Tatiana Pereira

15 anos atrás, Danilo Corci e Ricardo Giassetti decidiram fazer uma pergunta: e se um disco virasse literatura? Nascia a Mojo Books, primeira editora 100% digital do Brasil, que de dezembro de 2006 até dezembro de 2012 explorou de maneira diversificada essa possibilidade, lançando mais de 130 volumes de livros inspirados em discos.

O Scream & Yell tem a honra de republicar os livros da Mojo buscando manter o acervo da editora online (enquanto também estivermos online). Toda segunda, um livro da Mojo novo sobre um disco! O 38° volume da série (os anteriores  estão aqui) tem como inspiração o quarto disco dos ingleses do Echo and The Bunnymen, “Ocean Rain”, lançado em 1984, e um dos melhores álbuns já feitos em todos os tempos.

“Ocean Rain” é “uma obra-prima”, define o vocalista, letrista e guitarra base da banda, Ian McCulloch sem nenhuma modéstia. Ele vai além: “É o nosso Davi de Michelangelo. É o álbum que me fez perceber que havia muito mais mulheres em nossos shows. Não estávamos mais tocando para a turma do futebol”, resume. Aqui ele ressurge recontado pela queridíssima Tatiana Pereira. Baixe este Mojobook em PDF ou leia online.

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PARTE I
[A VERSÃO DELA]

Chego em casa todos os dias no mesmo horário. E isso me incomoda. Me deixa nervosa. Não queria ser tão óbvia. Não queria acordar todos os dias do mesmo jeito e fazer todos aqueles ritual rituais numa seqüência ensaiada. A minha versão de mim mesma soa como uns acordes de refrões repetidos. E definitivamente não gosto disso. Nunca gostei de bandas que fossem conhecidas por refrões perdidos. Mas sempre repeti os versos por conta própria (…)

PARTE II
[A VERSÃO DELE]

Adoro vê-la entrar pelo hall do prédio com aquela afobação de quem está sempre atrasada. Adoro mesmo. A primeira vez que percebi aqueles passos quase perdidos e com pressa foi há quase dois meses e desde então me programo sempre na mesma hora para degustá-los em pequenos goles. Ela troca de bolsa com certa freqüência e acho graça quando ela resmunga sozinha, procurando a chave do apartamento antes de entrar no elevador. Nessa hora queria ser o sonoplasta do prédio, tirar aquela música ambiente idiota e sacar as guitarras do Mr. Sergeant para dar mais graça à cena. E, na mesma hora, achei que seria interessante participar da próxima reunião com a síndica. E fFoi quando percebi que nem música ambiente temos em nosso elevador…

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