Entrevista: Deolinda (2013)

por Bruno Capelas

Há duas maneiras de se entender quem é o Deolinda, uma das maiores sensações musicais de Portugal nos últimos cinco anos. A primeira é através da união da bela voz de Ana Bacalhau, que integra o distinto grupo de vocalistas que encantam, às canções, ora doces, ora políticas, do violonista Pedro da Silva Martins, escudada pelas cordas de José Pedro Leitão (contrabaixo acústico) e Luís da Silva Martins (violão, viola braguesa e vocais).

A segunda é através da própria Deolinda, uma personagem criada pelo grupo para dar vida às suas músicas, criadas com o desafio de saber até onde pode ir a música popular portuguesa hoje. “Ela é uma mulher de Lisboa que conta, nas suas canções, histórias que vê através da sua janela. Fernando Pessoa tinha vários heterônimos, não? No nosso caso, somos quatro pessoas que partilham um heterônimo comum, que é a Deolinda”, explica Pedro da Silva Martins, em entrevista ao Scream & Yell via discagem direta internacional, unindo os dois lados lusófonos do Atlântico.

Gravado com o produtor Jerry Boys (Buena Vista Social Club, R.E.M., Billy Bragg), “Mundo Pequenino” (2013), o novo disco, traz novidades no som com o acréscimo de percussões ao já consagrado formato de quarteto. “A verdade é que está tudo muito pesado aqui em Portugal, e sentimos a necessidade de dar alguma leveza e ritmo às coisas, para contrariar um pouco essa sensação”, explica Pedro.

Outro ponto alto do disco é o tratamento de temas universais e contemporâneos, como a individualidade (“Concordância”), a luta entre o conformismo e a vontade (“Seja Agora”, “Há de Passar”) e o culto ao corpo (“Doidos”), expandindo a janela da Deolinda para além da terra de Camões. “Sempre almejamos que as nossas canções não falassem apenas de coisas portuguesas, e parece que conseguimos isso agora”, avalia o compositor.

Longe de sua terra, o Deolinda costuma ser apresentado como dono de uma mistura fina entre fado e pop, ou rotulado como world music. Pedro da Silva Martins rejeita ambas as definições. “Não se trata de um trabalho de alquimia a misturar uma dose de fado com um bocado de pop, e a música portuguesa não se limita ao fado. Bem como a world music, são classificações que colocam tudo dentro do mesmo saco. Desse jeito, as coisas não se valorizam pelo conteúdo, mas sim pelo saco”, diz.

Na entrevista a seguir, Pedro da Silva Martins conta mais sobre o caminho da banda até este “Mundo Pequenino”, dá detalhes sobre a produção e algumas canções do álbum e comenta sobre a situação geral em Portugal nos dias que correm. “Hoje há um momento de crise social, mas de maneira alguma passamos por uma crise artística”, declara. Agora sim, vamos a isto!

Antes de tudo, para começar, vamos lá: quem é o Deolinda?
O Deolinda é uma banda de Lisboa, formada em 2006 com a ideia de tentar responder à questão do que é a música popular portuguesa hoje. Essa foi a nossa primeira tarefa, com o desafio de fazer algo moderno, com os olhos postos no mundo que nos rodeia. Daí, tivemos a necessidade de criar essa personagem, a Deolinda. Ela é uma mulher de Lisboa que conta, nas suas canções, as histórias que vê através da sua janela. É tanto literal como poético: as nossas músicas refletem o cotidiano e o Portugal que ela vê, embora esse horizonte tenha se alargado com o tempo. Com nossas viagens, o mundo também começou a fazer parte dessa vista. Fernando Pessoa tinha vários heterônimos, não? Nós, por outro lado, somos quatro pessoas que dividem um heterônimo comum, que é esta mulher. Entretanto, deixo claro que Deolinda não é só imagem poética, não é só um tratamento lírico, mas é todo um universo refletido em música.

Comumente, a banda é apresentada como dona de uma mistura entre fado e pop. É isso mesmo – e apenas isso?
Não (risos). Nós mesmos temos alguma dificuldade de explicar isto. Não é uma fórmula, não fazemos um trabalho de alquimia buscando misturar uma dose de fado com um bocadinho de pop. É tudo natural. As nossas referências musicais explicam melhor esta questão. Nascemos ouvindo fado, fomos embalados desde pequeninos com o fado, porque somos lisboetas, e isso faz parte da nossa genética musical. Naturalmente, é um gênero que tem uma presença muito forte, assim como o pop, o jazz e a música clássica contemporânea. Além disso, há ainda os nossos escritores de canções, homens como Zeca Afonso, José Mário Branco, Sérgio Godinho, referências fortes na música portuguesa. Querendo ou não, isso tudo entra na música final do Deolinda.

Como funciona a banda –isto é: quem faz as canções e os arranjos?
Sou eu quem compõe e escreve as letras. Todas as músicas são de minha autoria, e depois as levo para a banda e, em conjunto, tentamos encontrar um caminho para o arranjo que melhor sirva à canção. É um processo lento, no qual ficam muitas coisas de fora, porque, apesar de serem boas, eventualmente elas não são Deolinda. É muito difícil de explicar o que é e o que não é Deolinda. Vá lá: eu diria que é uma sensação, e entre nós quatro isso é claro.

Pensando sobre a trajetória da banda, tenho a impressão de que “Canção ao Lado” (2008) é um disco bastante direto, cheio de canções, enquanto o “Dois Selos e um Carimbo” (2010) me parece mais tradicional, etéreo e lírico. É por aí?
O primeiro disco expõe de uma forma muito clara o que queríamos musicalmente. É um disco que também marca um pouco o momento da música portuguesa. Até “Canção ao Lado”, a música que passava nas rádios (portuguesas) era, em ampla maioria, anglo-saxônica. De 2008 pra cá, houve uma reviravolta, e o que é feito em Portugal começou a receber outra atenção, porque apareceram imensos músicos com um trabalho muito interessante. Mais tarde, com “Dois Selos e um Carimbo”, sentimos a necessidade de afirmar outros pormenores da nossa música. Experimentamos outros caminhos, que o transformaram talvez num disco que não seja tão evidente, mas que tem muitos detalhes. É um trabalho que cresce a cada audição. Eu mesmo vivo descobrindo coisas novas nelas, e é um disco cheio de espaço para interpretações.

E “Mundo Pequenino”, o que é?
É outra experiência, por assim dizer. Quisemos aprofundar nossa qualidade sonora, e trabalhamos com um produtor inglês, Jerry Boys. Ele gravou com Buena Vista Social Club, Billy Bragg e uma série de projetos de folk e world music. É um velho veterano nessas andanças. Achamos que ele era o homem certo para trabalhar conosco porque tinha a sensibilidade do nosso tipo de música.

Como foi trabalhar com ele? Apesar de não falar português, ele conseguia compreender a mensagem que vocês queriam passar?
Tentamos, de início, focar na estrutura das canções. Não colocamos as palavras de imediato porque queríamos que ele ouvisse as músicas com ouvidos de uma pessoa estrangeira. A música deveria valer por ela própria. Foi sem dúvida uma troca de ideias fantástica. [Jerry tem] aquela sutileza do humor inglês, que nós apreciamos muito, e houve uma grande empatia ali no estúdio, apesar da barreira da língua.

O novo trabalho parece ter uma vocação mais universal, musical e liricamente falando. Os arranjos saem do formato usual de quarteto, e as letras incorporam assuntos que, apesar de se encaixarem bem na realidade portuguesa dos dias de hoje, podem ser bem compreendidos em qualquer parte do globo. Foi proposital?
Não. Acho que a única necessidade que sentimos na preparação desse disco foi uma necessidade minha como escritor. Está tudo muito pesado por aqui [em Portugal], e nós sentimos a necessidade de dar ritmo e leveza às coisas, para contrariar um pouco essa sensação de peso. Para isso, alargamos a banda, com a chegada do percussionista Sérgio Nascimento. Claro, essa universalidade de que você fala é uma coisa que nós sempre almejamos – isto é, que as canções não ficassem sempre falando só de coisas portuguesas, e quem não sabe nada sobre Portugal também pudesse se identificar com as letras.

Gostaria agora de falar sobre algumas músicas do disco novo em específico. A primeira delas é “Musiquinha”, que tem um refrão bem forte [“Põe a musiquinha e abana essa anca”]. Como ela surgiu?
“Musiquinha” tem muito a ver com a necessidade de ritmo de que falei antes. Já que “isto já não anda”, como diz a música, ao menos que se dance. Ninguém tem tomado muita iniciativa em Portugal, e essa canção é uma crítica a essa postura de esperar as coisas passarem. É preciso que as pessoas se movimentem, e melhor começar por dançar do que ficar de braços cruzados, vendo as lojas fechando e os empregos desaparecendo. É um convite à atitude.

Isso também acontece em “Seja Agora”, o primeiro single do disco. “Se é pra acontecer, que seja agora” é uma palavra de ordem, mas também um dos melhores refrãos de amor que vocês já fizeram.
Concordo contigo. “Seja Agora” é uma canção de amor, mas é uma canção dúbia. Gosto muito de fazer canções que dão espaços para as pessoas usarem-na como função, como ferramenta, sem impor uma leitura obrigatória. “Seja Agora” é sobre a urgência de amar, de estarmos com alguém, de não adiarmos aquilo que desejamos por questões alheias. Quando escrevo que “vai ser bonito descobrir que o que manda é a vontade”, realmente quero dizer isso, porque muitas vezes, a vontade não manda em nós, mas sim o conformismo. Muitas vezes não damos passos à frente por medo, e essa música convida as pessoas a darem esses passos. É para pedir alguém em namoro ou em casamento, para avançar na profissão, para pedir um aumento de salário… O “Seja Agora” serve para tudo isso, e fico muito feliz que ela esteja na boca das pessoas.

Já que você falou sobre a força do medo, a próxima pergunta é sobre “Medo de Mim”. Como ela nasceu?
Trata-se de uma história real, que aconteceu conosco em Johanesburgo, na África do Sul. Fomos proibidos de sair do hotel pela equipe, porque é um lugar muito perigoso, e não nos deixavam passear pelas ruas. Entretanto, fizemos questão de ir ao centro da cidade. Acabamos indo num carro blindado, seguranças armados, todo um aparato que para nós era exagerado. Estávamos em uma loja de tecidos, e, ao sair do lugar, alguém vem atrás de nós e começa a nos chamar, muito agitado. Os seguranças se colocaram em alerta, e fez-se um clima de grande tensão. Quando a pessoa se aproxima de nós, com uma nota na mão, nos diz: “deixaram cair isto”. Foi quando percebi que o medo podia ter, naquele momento, causado uma grande injustiça. Muitas vezes, o medo é quem mais ordena na nossa sociedade, é ele que faz com que as pessoas se recolham em condomínios fechados e tenham uma atitude de desconsciência para com o outro. Quando digo que alargamos a janela da Deolinda, me refiro também a esta canção.

A última canção que eu gostaria de lhe perguntar a inspiração é “Concordância”, que tem um trabalho com as palavras deveras interessante.
Hoje em dia, vivemos numa sociedade em que tudo é categorizado, tudo tem um rótulo, as pessoas pertencem a um grupo qualquer. A individualidade é uma coisa muito rara, porque somos classificados como números ou meras palavras. Hoje, o mundo é controlado por tabelas de Excel, não é? E nós, onde é que estamos nesse mundo? “Concordância” é sobre isso, de uma maneira bem-humorada.

Já que você falou em rótulos, gostaria de saber como se sente toda vez que o Deolinda, quando fora de Portugal, é denominado como “world music”.
Acredito que seja um rótulo injusto. Cada vez mais, chego à conclusão que “world music” denomina tudo aquilo que não é cantado em inglês. Ora, o que não é cantado em inglês pode ser qualquer coisa, pode ser tudo! Não sou adepto dessa definição, bem como acho que dizer que fazemos fado limita o universo da música portuguesa. O fado é uma canção urbana de Lisboa, e é uma entre várias. Acho que esse tipo de classificações costuma não ajudar a clarificar as coisas, colocando tudo dentro do mesmo saco. Desse jeito, as coisas não se valorizam pelo conteúdo, mas sim pelo saco.

O Deolinda já fez turnês pela África, nos Estados Unidos e em toda a Europa. Por que só agora vieram ao Brasil?
Já chegamos a ter datas praticamente confirmadas por aí, mas na última hora, por uma questão de vistos e hospedagem, acabamos por ter de cancelar. Felizmente, agora conseguimos. Já estava difícil para nós explicar às pessoas porque não tínhamos ido ainda. Temos muita expectativa para os três concertos, porque sentimos cá que existe muita gente atenta ao nosso trabalho aí. Entretanto, vamos ao Brasil apenas com o quarteto, levando as canções na forma de sua gênese, porque seria inviável levar os músicos de apoio conosco.

Um tema que não deve faltar nos shows por aqui é a “Garçonete da Casa de Fado”, uma brincadeira entre a música brasileira e a música portuguesa. Como é a relação de vocês com a música brasileira?
Nós ouvimos muita música brasileira, porque é de grande qualidade, e trata muito bem a língua portuguesa. Para nós é muito bom conviver com isso, e as vossas canções trouxeram outras cores à nossa identidade musical. A “Garçonete” é uma brincadeira, mas ela mostra que o fado mudou com a música brasileira, é um fado diferente. Há artistas como o António Zambujo, a Ana Moura ou a Mariza, que trazem muito do Brasil quando cantam fados. [A música brasileira] é algo que não se pode ignorar.

O que acho peculiar é que essa é uma estrada de uma mão só – isto é, nós aqui sabemos muito pouco da música portuguesa.
Isso tem a ver com a vossa produção cultural. Aqui em Portugal assistimos a muitas novelas brasileiras, e elas são uma forma excelente de fazer a música chegar às pessoas. Nós não temos essa força. Por exemplo, duvido muito que uma novela feita aqui seria vista no Brasil. Com a música é o mesmo processo, mas sinto que há muita gente atenta com o que acontece por aqui. Tenho falado com muitos músicos brasileiros recentemente, com o Marcelo Camelo, e eles percebem bem o que estamos fazendo. Há também os artigos do Caetano Veloso no O Globo elogiando António Zambujo e Carminho… Não sei, mas sinto que há um namoro constante entre as duas culturas. Nós, o Deolinda, estamos trabalhando nisso também, e espero que com o tempo, mais e mais portugueses sejam conhecidos no Brasil.

Recentemente, o grupo brasileiro Do Amor fez uma versão para “Movimento Perpétuo Associativo”, disponibilizada pelo Scream & Yell. Você chegou a ouvi-la?
Achei muita gira [muito legal]! É uma leitura pop-rock do tema, e fiquei impressionado quando soube quem eram os músicos que tinham feito a gravação. Adoro quando brasileiros fazem versões da nossa música – outro dia vi a Fafá de Belém cantando “Passou Por Mim e Sorriu”, e fiquei entusiasmadíssimo. É algo que me enche de satisfação e alegria. Já escrevi para António Zambujo, para Ana Moura e para Cristina Moura, e gostaria de escrever especialmente para alguns brasileiros. Há muita gente por aí que admiro: Caetano Veloso, por exemplo, é um monstro sagrado para mim, bem como Chico Buarque. Marcelo Camelo, por sua vez, é um dos mais talentosos escritores de canções da atualidade. Vocês têm sorte de ter um grupo de músicos, uma história musical fantástica e única no mundo.

Apesar de ter nascido em 2006, o primeiro registro do Deolinda é de 2008, ano em que se inicia a crise econômica que abate Portugal. Como é que a situação do país influência vocês? O Deolinda seria uma banda diferente se Portugal estivesse em uma condição melhor?
Sem dúvida. Em 2011, por exemplo, fizemos “Parva Que Sou”, que é uma canção que reflete um problema da sociedade portuguesa. Os jovens têm, quase todos, formação universitária, mas ninguém consegue trabalhar. Há uma massa de mestrados e doutorados trabalhando em caixas de supermercados, armazéns. É claro que são trabalhos dignos, mas trata-se de um desperdício social. É uma questão grave, que continua desde então e tem até piorado. Muitos amigos meus emigraram ou pensam em sair do país, e há muita gente sem trabalho, para não falar das más condições em Portugal. Perderam-se uma série de direitos, como a saúde e a educação. Somos atentos e conscientes, e não podemos ignorar isso. A Deolinda acaba por refletir essas inquietações, desde o nosso primeiro disco.

Há algum tempo, “Movimento Perpétuo Associativo” foi motivo de um movimento, ainda que pequeno, quase uma brincadeira, de uma petição online que queria transformá-la no hino nacional português. “Parva Que Sou”, por sua vez, virou “hino de uma geração” quando foi lançada. Como você se sente com essas citações?
Não são os músicos quem fazem os hinos. É o povo. Quando as pessoas tomam uma canção como um movimento, às vezes nós, músicos, somos apanhados um pouco de surpresa. Com o “Movimento Perpétuo Associativo”, claramente era uma brincadeira, mas que foi motivo de discussões nas rádios e nos jornais.

Era tanto uma brincadeira que seria impossível imaginar um hino nacional que fale do Benfica…
Exatamente, pronto, lá está! (risos). E o “agora não, que joga o Benfica” é talvez o grito mais fraco de revolta que pode haver por parte de um povo. Isso nunca poderia ser um hino, é um anti-hino.
“Parva Que Sou” já foi diferente, porque ela chamou as pessoas para um problema real, levantando discussões em jornais, na TV, e não apenas em Portugal. Há traduções para ela em todas as línguas na Internet, e grupos espanhóis e franceses já fizeram versões para ela. Fico feliz que isso tenha acontecido: um artista cumpre seu papel também quando traz um problema para cima da mesa e gera uma conversa, que pode resolver esse problema.

Depois dos hinos, das canções de amor e do “Mundo Pequenino”, para onde vai o Deolinda nos próximos momentos?
Nesse momento, a música popular portuguesa está em um nível muito alto, com muita gente a fazer ótimas coisas. Há entre nós um momento de crise social, mas não de crise artística. Nosso maior desejo era que a situação em Portugal ficasse melhor, que nossos amigos e familiares estivessem bem. Artisticamente, gostaríamos de continuar a desenvolver essa busca pela música popular portuguesa, procurando saber o que ela ainda pode ser. Escrevo canções todos os dias, e tento sempre responder a essa questão. Vamos ver aonde isso vai dar.

– Bruno Capelas (@noacapelas) é jornalista, escreve para o Scream & Yell desde 2010 e assina o blog Pergunte ao Pop. Leia mais sobre bandas portuguesas no Scream & Yell aqui.

 

Leia também:
– É difícil botar algum reparo no repertório atual do Deolinda, por Bruno Capelas (aqui)
– Deolinda ao vivo em 2011: o triunfo do fado pop, por Pedro Salgado (aqui)
– Download: Do Amor regrava música do Deolinda. Baixe o EP “Projeto Visto” (aqui)

8 thoughts on “Entrevista: Deolinda (2013)

  1. Taí, nunca fui de ouvir fado, mas conheci o Deolinda quando baixei o Mundo Pequenino via newalbumreleases.net e gostei de cara. Pesquisando, vi que o SY já estava falando nele tb. Estive em Portugal mês passado e fiz questão de comprar o CD Mundo Pequenino (12 Euros no Corte Inglés de Lisboa). Me arrependi de não ter comprado os outros. O curioso é que, em uma semana entre Lisboa e Porto, cansei de ver cartazes nas ruas e anúncios na TV e jornal anunciando shows de artistas brasileiros: Djavan, Sorriso Maroto, Gal Costa, Maria Rita o escambau. Mas nada de artistas portugueses por aqui. Passou da hora do público brasileiro conhecer a moderna música pop portuguesa. Essa galera tem muito a nos oferecer. Salvo engano, mais do que temos a oferecer a eles neste momento pouco inspirado da música pop brasileira, aqui entre nós….

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