Entrevista: Marky Wildstone

entrevista por Leonardo Vinhas

Mauricio Dotto Martucci abandonou seu nome de batismo e decidiu assumir para si a alcunha que vinha usando desde 2002, quando fundou a banda The Dead Rocks. Nem capricho nem delírio rocker: rebatizar-se como Marky Wildstone foi para marcar a transição (“sem volta”, conforme afirma nessa entrevista) para uma vida inteiramente dedicada à música e às artes. Nesse mesmo período, acumularam-se o abandono de um emprego estável, o fim de um casamento, a perda do carro e a morte do animal de estimação. Apesar do baque, Marky Wildstone manteve a decisão de se dedicar à gestão da empresa misto de selo e produtora que leva seu sobrenome, da mesma forma que passou a dedicar mais tempo aos Dead Rocks e a outros projetos musicais, como a efêmera banda indie The Song and Dance Men.

Pela Wildstone, Marky lançou discos dos brasileiros Phantom Powers, Pantano Bay e The Black Needles, entre outros, além dos portugueses The Dirty Coal Train. A produtora também realizou turnês pelo Brasil com nomes como Daddy-O Grande (EUA), King Automatic (França), Melina Sarmiento (Argentina), Los Tones (Austrália), e outros, além de uma turnê com o lendário citarista Alberto Marsicano, na qual Marky tocou bateria. Os Dead Rocks também seguem firmes, com um currículo que soma quatro álbuns e um EP de estúdio, além de um disco ao vivo: “Tiki Twist EP” (2006), “International Brazilian Surfs” (2006), “One Million Dollar Surf Band” (2008), “Il Grilletto D’Oro” (2010), “Surf Explosão” (2014) e “Live Crash Wild Punk!” (2016). Acrescente a esses vários singles, e você tem uma discografia de respeito, que, juntamente com suas apresentações ao vivo, contribuem para dar à banda a fama de uma das melhores bandas de surf music da América Latina.

Tanto essa fama procede que os 15 anos do trio – completado pelo guitarrista Johnny Crash e pelo baixista Paul Punk – mereceram um tributo. “Beach, Butts, Burgers and Beers – A Tribute to The Dead Rocks” saiu em dezembro de 2017 compilando 28 nomes nacionais e internacionais fazendo versões das pérolas instrumentais da banda. Participam Beach Combers, The Raulis, Os Gatunos, Bang Bang Babies, Arno De Cea & The Clockwork Wizards (França), Los Surfer Compadres (México), Los Stomias (Peru), Melina Sarmiento (Argentina), e outros tantos. Recém-chegado de um show em Balneário Camboriú (SC), Wildstone conversou via Skype para falar sobre o tributo, a viabilidade de se manter uma carreira na música sem uma “rede de segurança” (leia-se patrimônio familiar ou emprego regular) e a carreira construída por sua banda em um cenário segmentado e usualmente ignorado até nos meios independentes.

Vocês devem ser uma das bandas de surf music brasileiras que há mais tempo estão em atividade no Brasil…
Quando a gente começou, tinha outra leva de bandas, da qual nós éramos as mais novas. Era a época do Ambervisions, do Go!, do pessoal de BH que tocava nas primeiras edições do Primeiro Campeonato Mineiro de Surf (festival tradicional da capital mineira). A gente era a mais novinha na época, e agora, fora os Jordans, provavelmente somos os mais velhos entre os que seguem tocando com frequência. Mas é legal dar um parênteses nisso. Eu mesmo gostaria de reprensar discos brasileiros de surf dos anos 60 e 70, mas a maioria era de versões. Mesmo as bandas sendo muito boas, elas não eram de compor. Faziam The Shadows, The Pops… eram no máximo três autorais por álbum. Eu sou fã dessa geração, especialmente dos Jordans, mas o esquema deles era outro.

Faz mais de 15 anos que você está envolvido com música. Tocou na banda punk Bifidus Ativus entre 1992 e 2003, e tinha com seu irmão a S2 Discos, que era loja de discos e selo. Sempre esteve claro para você que iria trabalhar com música? Vender música, vender show?
Acho que desde antes disso tudo o objetivo era vender show, vender música… Fui estudar Imagem & Som na faculdade para ter essa base, para aprender a fazer vídeo clipe e tal. Era meu objetivo desde moleque (risos). Que objetivo né, meu? (risos)

O que rolou para você deixar para trás aquele universo mais indie da S2 Discos e entrar nesse universo surf, garage, esse meio no qual você está hoje?
Foi menos minha opção e mais as circunstâncias que foram acontecendo naturalmente. As pessoas a quem eu me associava para tocar ou lançar projetos eram desse lado. Pessoalmente, nunca deixei de acompanhar a cena indie, de produzir uns shows, curtir os sons. Nas minhas opções estéticas, não fico restrito só ao que está no meu trabalho. Gosto de progressivo, psicodélico, coisas com as quais nunca trabalhei. Meu objetivo era trabalhar música, sem esse recorte de estilo. Mas teve um marco pra migrar pra esse universo em que estou hoje: foi o show da Bifidus em que abrimos pro Man Or Astro-Man? em 2001. Ficamos naquela: “olha só, os caras tocam surf music, tem toda uma cena rolando…” A gente viu que não era só o filme do Tarantino (“Pulp Fiction”) com a trilha (cheia de pérolas da surf music).

Legal você mencionar o Bifidus. Foi uma banda que fez parte daquele universo underground interiorano da virada do século.
Faz uns seis meses que eu coloquei os sons deles no Spotify. Era uma banda bem do underground da região, totalmente de brother mesmo. Tocamos mais na cidade, viajamos pouco, nem mesmo para São Paulo fomos muito. Mas foram três fitas e dois CDs, tocamos com muitas bandas legais. E nunca teve um fim oficial, pra falar a verdade. Nós nos reunimos às vezes, fizemos até festa de 20 anos da banda.

Três fitas e dois CDs! Totalmente diferente do que temos hoje.
Era outra era!

Falando nisso: os discos da Wildstone estão todos editados em formato físico. Tem a ver com sua relação com esse período formativo, um apreço pelo disco mesmo? Que eu tenha visto, não rolou nenhum lançamento exclusivamente digital, nem os singles…
Acho que o lançamento digital é legal também. Fizemos um single do Phantom Powers (“Through The Evil Ways”) e um do Marco Butcher (“The Needle”), que saíram assim. Logicamente, minha ideia é ter um selo, no qual possa lançar artistas novos e também relançar coisas boas antigas. Mas como trabalho sozinho, minha receita é muito pequena para eu lançar algo que dê errado. Por isso, salvo os dois “Weirdo Fervo”, que foram coletâneas colaborativas (um de 2015 e outro de 2016, contendo canções de bandas surf, garage e rockabilly), todos os discos que saem pela Wildstone são atrelados a alguma turnê. É um produto para se vender em shows: não é algo que as pessoas compram porque gostam ou porque estão a fim de conhecer uma banda nova – isso é praticamente zero de vendas. Agora, o cara vai no show, curte, e aí compra o disco na hora, sacou? Por isso, o selo ainda não é um business separado de tudo, é algo totalmente atrelado aos shows que faço. A gente lançou o compacto dos Phantom Powers (“Knock Knock”) para eles irem a Europa e vender nos 27 shows que eles iam fazer! Tem artista que me escreve ou me liga falando que quer lançar um disco pela Wildstone. Respondo: “Beleza, vamos sim, mas quantos shows você tem marcados?”. Porque se não for cair na estrada, você nunca vai vender 500 discos, 1000, discos… Nunca! A lógica na Europa é essa: a turnê é marcada antes do cara lançar o disco. Aqui parece que o pensamento é inverso. Mas lá [na Europa] ou nos EUA, você tem que estar com o disco na mão para vender assim que a turnê começar. Então, o digital não sai com tanta frequência por causa disso: por eu ter pouco tempo e pouca grana, acabo trabalhando só com as bandas que vão para a estrada.

Mesmo assim, dá para vender bem nesse circuito de shows, não?
Dá sim. Principalmente na gringa. Vi uma entrevista do Dick Dale, acho que de 2008 ou 2010, falando que em muitos shows ele nem cobrava cachê. Ele fazia uma banca de merchandising e só com as vendas ele já pagava o que precisava pagar e ainda fazia o lucro dele. Essa é a diferença dos mercados americano e europeu em relação ao nosso: lá fora, o que a gente ganha por show já cobre os custos, e o que entra de merchandising vem como lucro. Aqui não: a gente tem que cobrar dos produtores mais do que poderia, senão não vai ganhar nada. Nego não compra merchandising aqui.

Já ouvi muita banda internacional, e mesmo nacional, se queixar disso: que o público aqui pode gastar até R$ 150 em consumo, mas se recusa a pagar R$ 20 em um disco ou R$ 35 em uma camiseta.
Sim. Tem bandas amigas nossas que tocaram em alguns festivais nos EUA, e falaram que, se iam 200 pessoas, 150 compravam disco, camiseta. Se o show é bom, o cara compra, quase como se fosse a gorjeta pra garçonete.

Diante desse “mau comportamento” do público, dos problemas com equipamento, de alguns produtores que se recusam a pagar o combinado e outras mazelas, o que te motiva a ainda sair com sua banda para tocar, ou a viajar com as bandas cujos shows você produz?
No meu caso, é a paixão que tenho pela música mesmo. Aliás, pelas artes em geral. E até pela coisa “no way back”: já faço isso há 25 anos e não me vejo fazendo outra coisa. É um mergulho no abismo: você já pulou e agora só resta ver o que tem lá embaixo. Pode ser que você se espatife ou pode ser um abismo no qual você vai morrer antes de chegar ao fundo (risos). Eu diversifico as atividades para compor um orçamento e poder viver disso. Ainda está longe do que eu gostaria: tem mês que passo necessidade, mas por isso que produzo shows, crio capas de discos, faço consultorias para artistas que estão começando, toco com minha banda, toco bateria com outros artistas.

Você tinha o emprego de instrutor de internet do SESC São Carlos. Podia não ser o emprego dos sonhos da classe média familiar, mas decididamente era um emprego estável. Você optou por largar esse trabalho e deixar de ser o “Marky Wildstone dos Dead Rocks” para ser Marky Wildstone em tempo integral. Qual foi o gatilho para peitar isso?
Antes de eu trabalhar no SESC de São Carlos, trabalhei quatro anos na rádio UFSCar. O emprego era “estável”, como você diz, mas tinha ligação com a cena. Quando saí, cheguei a ficar um ano pensando em ficar só no Dead Rocks. Daí apareceu essa oportunidade do SESC e eu peguei. Até que, depois de uns quatro ou cinco anos, vi que a coisa engessou: eu não conseguia fazer turnê na Europa porque só tinha um mês de férias. Não conseguia sair pra tocar no fim de semana porque trabalhava um fim de semana sim e outro não. A coisa foi gerando uma espécie de depressão, sentia que estava jogando fora tudo que tinha feito em nome de uma estabilidade de quatro paus por mês, tendo meu carrinho com gasolina e comprando uns disquinhos, mas não estava fazendo o que curtia. Fiquei nesse martírio durante um ano, um ano e meio, pensando que tinha que sair fora de algum jeito. Como eu tinha essa estabilidade, peguei uma sala comercial e comecei a montar a Wildstone um ano antes de largar meu emprego. O primeiro ano foi o mais difícil da minha vida. Ainda estou na batalha, mas muito satisfeito de ter tomado essa atitude. E perdi mais ou menos tudo que tinha de estabilidade – em um período de três ou quatro meses, acabou meu casamento, o motor do meu carro fundiu, meu gato morreu… Tem dias que bate o arrependimento, fico pensando: “o que você está fazendo? Não tem mais casamento, não tem mais emprego, não tem mais carro, não tem mais porra nenhuma…” Mas isso me forçou a abrir portas para outras coisas. Fazia 12 anos que eu tocava só com Dead Rocks, mas aí fui gravar um disco de indie com o Song and Dance Men – uma banda boa que morreu na praia, mas ok, fui lá e fiz. Fiz uma turnê muito bacana com o citarista Alberto Marsicano (1952 – 2013), numa praia mais psicodélica. Comecei a me abrir para outras coisas. Se vou viver disso, então vamos abrir esse leque estético que gosto! Na hora em que a Wildstone virou 100% um trabalho, tive que me abrir para outras coisas. Já tinha trampado com publicidade, então fui fazer capas. Faço um monte de capas de discos de blues no Brasil, acabei de fazer a do próximo Blues Etílicos. Abri meu leque artístico tanto por liberdade como por necessidade financeira. Por isso voltei a escrever, lancei o livro (“O Diabo em Livros”, de 2017) que queria fazia uns dez anos.

Falando sobre “O Diabo em Livros”, então: mercado literário é ainda mais restrito que o musical no Brasil. Pode até ter turnê de lançamento, mas não é a mesma coisa que o circuito musical, tem o fato de que somos um país de 200 milhões de habitantes, porém uma vendagem de 15 mil cópias já é mais que suficiente para configurar um sucesso editorial. Então, como viabilizar esse outro lado da sua carreira?
O Diabo em Livros” tem coisas antigas e coisas novas, agrupadas em uma forma estética que funcionasse, e ele foi financiado colaborativamente. Fiz um Kickante, tive apoio de 160 pessoas. Então vendi 160 livros antes de ter lançado, entendeu? É um projeto que eu tinha lançado para me posicionar como escritor – escrevo release, resenha, poesia, conto, fiz crônicas semanais. Era, então, um “preciso me posicionar como escritor” também. E estou muito feliz com o resultado.

Esse período em que você embarcou na vida 100% ligada às artes é justamente o período no qual saiu os dois álbuns que considero os melhores do Dead Rocks. Parece que a banda encontrou uma identidade particular: deixou de ser uma mistura da surf clássica com o surf geração 90 e virou o som do Dead Rocks. Ter essa dedicação integral ajudou a burilar as composições? OK, não é só você quem escreve as composições na banda, mas…
Talvez um pouco, mas mais que isso, acho que é o nosso conhecimento da surf (music) que está sendo feita no mundo. Tem muita banda fazendo tudo a mesma coisa, por isso decidimos explorar aquilo que só a gente gosta, saca? Aquilo que só a gente sabe tocar, que só a gente sabe como mostrar para as pessoas. A gente não queria ficar 15, 20 anos fazendo a mesma coisa. Não temos mais saco, a gente não aguentava ouvir as mesmas bandas, os mesmos clichês. O “Surf Explosão” (2014) é o que mais gosto. Apesar de só ter cinco ou seis músicas nossas, e o resto ser clássicos da surf music retrabalhados, ele joga muito com as coisas de psicodelia, rockabilly, música latina e tal, tem até uma versão do Sixto Rodriguez (“Surf Man”) com quase 10 minutos.

E vocês acham que o público gringo vê essa diferença no som de vocês? A assinatura de vocês é perceptível para o público estrangeiro?
Aparece bem. Ficamos bem impressionados na última turnê europeia. No Brasil o pessoal vê a gente como surf clássico, por causa das roupinhas, da postura no palco… Na Europa é o contrário: eles veem mais facilmente os elementos, a energia, a coisa latina, a velocidade. Mas tem uma coisa que nós [do The Dead Rocks] vemos é que, nesses 15 anos, rolou uma espécie de formação. Hoje, o Dead Rocks vai tocar nos lugares mais distantes do Brasil e lá a gente encontra uma banda de surf music, formada por gente que há 10 anos comprou nosso primeiro disco e montou uma banda de surf. É gente que tem uma banda de surf porque nós passamos pela vitrola do cara, entendeu? A gente fica até assustado. Fomos tocar com os Apicultores Clandestinos (de Rio do Sul, SC), e eles nos disseram isso. Os Pulltones, (de Leme, SP) também falaram isso, o próprio Footstep, de Campinas: “Vimos vocês no Jô Soares e montamos a banda”. Tem um monte de banda que começou nos vendo tocar, do mesmo jeito que começamos vendo o Man or Astro-Man?! Agora, nesse aspecto, também tem bandas que vemos tocando as mesmas versões que a gente toca. Fica a releitura da releitura! Por isso a gente pensa que tem que ir além, não pode continuar fazendo sempre a mesma coisa. Não que isso nos incomode, mas artisticamente, sempre queremos ir pra frente.

E eis que agora sai um tributo ao Dead Rocks – organizado por vocês mesmos. Vocês não são o único artista a organizar uma homenagem a si próprios (risos), mas mesmo assim, não é meio cabotino?
Eu estava naquela onda de fazer o “Weirdo Fervo”. Fiz os volumes 1 e 2, nesse ano faria o 3, mas aí vi que, com 15 anos de banda e um monte de amigos feitos na estrada, que curte a gente de verdade… Po, pelo menos 30% do nosso público são outras bandas! Se a gente vai fazer uma comemoração de 15 anos, por que não por essa galera pra tocar, e ver como essa galera tocaria nossos sons? Até para aprendermos com isso. Tudo bem, é um tributo a nós, mas estamos encarando mais como uma festa de aniversário onde você chama a galera para fazer uma jam. Só que, como cada um mora numa parte do mundo e não rola juntar todos numa festa, fazemos um disco! O nome é até uma brincadeira com isso: o “Beach, Butts, Burgers and Beer” é porque é uma “festa de cerveja artesanal com hambúrguer”, que todo mundo faz hoje em dia, entendeu? (risos). Não é um lance egocêntrico. A seleção foi feita a partir da nossa amizade: são pessoas que nos recebem para dormir quando viajamos, que organizam nossos shows, compram nossos discos. Ao mesmo tempo, não queremos que essas pessoas sejam nossos fãs, porque são nossos brothers de verdade. Além de construir uma carreira e fazer uma grana nesses 15 anos, fizemos esses amigos que gostam de nós como pessoas, não só como músicos.

A banda é tão prioridade pros outros dois como é para você?
Não. Os outros dois estão trabalhando: o Johnny trabalha com programação e sistemas de computadores e o Paul tem uma chácara que ele aluga para eventos, é responsável por toda a manutenção da chácara, além de ser um artista que cria esculturas, quadros, tem um ateliê de arte.

Você disse que o emprego te prendia, e saiu dele para ficar mais dedicado à banda e aos outros projetos. Os outros dois estarem ainda atrelados a empregos, não prende também?
Não, porque a gente já investiu muito nesse projeto, e queremos certo retorno e reconhecimento pelo que já fizemos. Estamos filtrando bem o que fazemos e pegando só o que a gente acha que vale a pena. Isso já diminuiu o número de shows. Fazemos só o que achamos bacana, não só pela grana, mas pela proposta. Fomos tocar no CRACCA Festival em Santa Cantarina: recebemos bem, mas além da grana, sabemos que são uns moleques que estão fazendo um puta trampo massa e queremos estar ali para construir junto com eles. Ficamos mais seletivos, o que nos ajuda com essa possível falta de tempo para fazer turnês.

Quais os lançamentos da Wildstone pelos quais você tem maior carinho?
Pra mim é o compacto com o Dirty Coal Train (“Spaceship to Cucajães”) e o compacto do Phantom Powers (o já citado “Knock Knock”) – pra mim, a melhor banda de garage do Brasil, disparado. O Ray Zimmer é uma lenda: tocou com o Júpiter Maçã, os Ostras, Detetives, é um guitarrista fabuloso. E mesmo o Tio Vico, que compôs músicas que o Wander Wildner gravou (“A Última Canção”¸ do álbum “Paraquedas do Coração”), tocou com uma porrada de banda. Acho que é a coisa mais legal que já lancei.

– Leonardo Vinhas (fb/leovinhas) assina a seção Conexão Latina (aqui) no Scream & Yell. A foto que abre o texto é de Alexandre Barros / Divulgação.

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