Entrevista: Richard Hell em paz com “Destiny Street”, seu segundo disco

entrevista por Guilherme Lage

O rosto que atende minha chamada parece bem mais jovem do que os anos que carrega. A interação durante a conversa não nega a personalidade que lhe tornou uma figura notória. Simpático, sempre sorridente, uma inteligência ímpar, disposto aos assuntos mais variados. Mas a desconfiança, pronta para ser sacada das mangas a qualquer pergunta interpretada como “capciosa”, também se faz presente. Afinal, o que mais esperar de uma lenda?

Richard Lester Meyers tinha apenas 17 anos quando atracou sua itinerante imaginação adolescente nas ruas cruéis da Nova York sessentista. Acompanhado pelo fiel escudeiro Tom Verlaine (Television), vindos de uma incursão que passara por Kentucky, Delaware e Alabama. Na Cidade que Nunca Dorme, o ainda púbere aspirante a poeta mudou o sobrenome para se adequar mais à realidade que encarava: Hell!

Após um modestíssimo retorno como um escritor independente, junto de Verlaine começou seus primeiros experimentos na música. Em 1972, o mundo testemunhava os primeiros suspiros dos Neon Boys, uma gênese do que um ano mais tarde se tornaria o Television, uma das bandas mais importantes do protopunk.

O reconhecimento na música, no entanto, viria meia década depois, no ano que traz o número cabalístico do punk rock: 77! Acompanhado pelos acordes erráticos, porém competentes dos Voidoids, um enfurecido Richard Hell debutava um dos maiores clássicos do estilo e, sem dúvida, um dos mais icônicos do rock n’ roll: “Blank Generation”.

Um disco repleto de sarcasmo, pessimismo e que quebrava para sempre as lentes rosadas pelas quais os jovens enxergavam o mundo durante o levante do “flower power”. O segundo álbum, “Destiny Street”, lançado em 1982, sob um estupor de cocaína e álcool, tornou-se o canto do cisne do Richard Hell músico, que pendurou o baixo na parede e se afastou definitivamente dos palcos e holofotes, dedicando-se inteiramente à literatura.

Apesar da recepção calorosa por parte de fãs e crítica, o próprio autor era o maior algoz de sua obra. A insatisfação foi tal, que 39 anos após o álbum original, a edição “Destiny Street Complete” foi lançada para aparar as arestas tão desgostosas para o compositor (o lançamento duplo traz três versões do álbum: a original de 1982, a “reparied” – corrigida – de 2009 e a remixada de 2021, além das demos e versões lançadas em single). Foi sobre este disco (e todo o resto) que conversamos.

Você já deve estar bem cansado de responder isso, mas nós precisamos falar um pouco sobre “Destiny Street Complete”.
Claro, essa é minha principal motivação para dar entrevistas, trazer isso para a atenção das pessoas.

Qual era o verdadeiro problema do disco pra você? Por que não gostava dele a princípio?
Bem, já faz muito tempo, 40 anos e eu tive que pensar muito a respeito, porque era uma certa irritação que eu tinha, porque eu estava tão desapontado com a forma que aquele disco saiu que fiquei fixado nele. As pessoas me dizem que eu estava exagerando as deficiências das gravações originais, porque eu era tão veemente e extremo na minha rejeição daquele disco (risos). Alguém me disse que talvez tivesse mais a ver com o fato de que eu não gostava da minha própria vida naquele período e talvez isso tenha interferido na minha opinião sobre o álbum. E deve mesmo haver algum pequeno elemento disso, mas sou bem seguro da minha impressão de aquele disco foi mal gravado e mal mixado. O problema é que eu estava tão debilitado pelas drogas naquele tempo que não prestei muita atenção às gravações e ninguém da banda interferiu nisso por mim. Eu estava completamente maluco, insistia em tomar todas as decisões, mas não estava realmente presente. Na verdade, eu não aparecia no estúdio para as gravações, porque eu estava tão destruído pelas drogas em casa, que não tinha sequer vontade de sair de casa. Eu ligava para o estúdio e dizia “Ok, coloque outro solo de guitarra nessa parte.” Mas sem estar lá, como sempre estive, para o primeiro disco, supervisionando e me assegurando do que o que estava sendo feito era consistente com as minhas visões, fui colocando mais e mais guitarras. E também não prestei atenção à mixagem. Não prestei atenção ao que os guitarristas estavam fazendo e os sons, o que eles estavam fazendo, nada. E eu não estava lá mentalmente para nada. Basicamente, tudo que foi gravado era só um monte de coisas jogadas umas em cima das outras para criar aquele álbum. Não tinha finesse alguma ou claridade alguma. Vários efeitos foram adicionados às guitarras enquanto eram gravadas, coisas que não poderiam ser removidas, porque estão nas gravações originais. Então o produto final acabou sendo um “barulho bagunçado”. As pessoas me dizem que estou exagerando, que tem coisas ali que elas gostam. Um reflexo da condição de todo mundo naquela época, principalmente na indústria. Entendo a gratidão das pessoas por isso, mas também, se as pessoas ouvirem o mesmo material várias vezes e é tudo que eles conhecem daquelas músicas, elas começam a pensar que aquilo é o normal para aquelas músicas e começam a resistir a qualquer tipo de mudança e isso também é compreensível. Todo mundo que se sente assim sobre o lançamento de “Destiny Street Complete”, acho que vão gostar da linda remasterização das músicas originais. Se quiserem ouvir o original, eles poderão comparar com as duas outras versões (“Destiny Street- Demos” e “Destiny Street Complete”). A que mais importa para mim é este remix do disco. Tudo vem das mixtapes originais, nada mudou, exceto a mixagem. Algumas guitarras são apresentadas de forma mais clara do que eram no original, o som da bateria melhorou absurdamente na nova mixagem e consegui, finalmente e satisfatoriamente, diminuir o volume do meu baixo horrível (risos). Todo mundo pode ter as próprias opiniões, mas me sinto finalmente redimido e satisfeito com o disco. E claro, no disco duplo, temos todas as demos que quase formam um outro álbum próprio. Tem 12 ou 13 ou músicas, que eu acredito que eventualmente foram regravadas em 1982 e metade não foi usada. Todas as músicas que escrevi entre “Blank Generation” e “Destiny Street”.

Você comentou que por causa dos problemas com drogas, não conseguia sair de casa. Sua composição foi afetada por isso também?
Acho que eu teria sido muito mais prolífico se não estivesse tão ferrado com as minhas atitudes e o meu vício. Acho que provavelmente teria feito mais músicas, mas acho que as músicas são melhores do que as em “Blank Generation”. As músicas em “Destiny Street” são mais próximas das minhas intenções e valores como músico e compositor. Mas existem coisas ali em que eu fui preguiçoso. Só ensaiamos por três semanas para gravar e para ensinar as músicas para todo mundo. As músicas não têm nenhuma ponte (bridge), que é um ingrediente muito comum para composição. Quase todas as músicas pop têm, Beatles e Bob Dylan faziam isso. E eu sabia que era uma coisa inteligente para se fazer, mas não fiz (risos). Fui preguiçoso, acho que esse foi o maior problema. Mas eu realmente prefiro estas músicas, são uma evolução do “Blank Generation”. No “Blank Generation” acho que só umas três músicas eu acho satisfatórias e uma delas é um cover. Em “Destiny Street” sou completamente satisfeito com todas.

Uma coisa que sempre quis te perguntar: como você desenvolveu seu jeito de cantar? É muito peculiar.
Desespero? (risos) Eu não sei. Você já ouviu minha primeira banda chamada Neon Boys com o Tom?

Claro!
Aquilo era por volta de 1973 e foi a primeira vez que eu cantei e acho que o jeito de cantar ali é totalmente consistente com tudo que fiz mais tarde. Acho que vem das bandas que me interessavam. Não sou tecnicamente um bom cantor, não consigo chegar nem perto do que o tom certo deveria ser, então tento compensar com versos e sentimento. Mas não penso conscientemente nessas coisas, sou só eu tentando fazer o melhor com o que tenho. Para mim, era meio que um escape, deixar essas coisas saírem, é muito emocional!

Acho isso interessante, porque em “Blank Generation” você já soava como um escritor. É possível notar uma certa influência literária. Especialmente porque era 1977 e bandas como os Ramones e os Sex Pistols já despontavam e vocês tinham formas de compor muito diferentes entre si. E o disco é de certa forma “niilista”, isso foi consciente ou mais um produto das dores da juventude?
Essa é uma boa pergunta! Engraçado que você deduziu ao conhecer meu trabalho que a pessoa que escreveu essas letras tinha alguma influência literária, nunca pensei nisso. E concordo, escrevi essas músicas bem antes dos Sex Pistols existirem, e os Ramones e eu tínhamos uma diferença bem grande na forma de compor, mas amo as músicas deles. Naquela época, quando estava começando uma banda com o Tom, isso continuou até a gravação do disco quatro anos depois. Eu tinha essa visão do mundo, que foi em parte o que me motivou a ter uma banda, porque eu queria descrever como o mundo parecia para mim. Não só descrever em músicas, mas algo que eu amava sobre bandas é que elas se comunicavam de diversas formas, pois são performers além de escritores. Começando por como você se veste, como se comporta no palco, todas essas maneiras que as bandas se apresentam ao mundo pode ter significado. Para mim, essa era uma das coisas mais divertidas de estar numa banda, poder fazer tudo isso de forma consistente e expressar minha visão das coisas. E a minha visão era bem obscura, as coisas eram terríveis. Isso era o início dos anos 70 e, quando era adolescente, eu vi toda a coisa hippie “flower power” se transformar em caos e violência. Fosse Charles Manson ou Altamont, a guerra do Vietnã estava a todo vapor, o que era muito, muito desalentador. Richard Nixon era o presidente, estavam expondo como os políticos eram corruptos. Tudo era extremamente ruim e, desde então, nada melhorou, ficou pior! Naquela época mal sabíamos qualquer coisa sobre mudanças climáticas. Eu me sentia alienado, enojado e sem esperança e achava que aquela era a resposta mais realista para tudo que acontecia no mundo. E aquele não era um tempo para músicas reconfortantes, para músicas de amor sentimentais, era um tempo de falar sobre como tudo estava se autodestruindo.

As capas do álbum “Blank Generation” (1977) – a segunda também foi usada na reedição dupla de 40 anos (2017)

Quando li “Please Kill Me” (Mate-Me Por Favor – Uma História Sem Censura do Punk), eu tinha 16 anos. Aquele livro é muito especial pra um garoto, porque você imagina as ruas cruéis de Nova York e todas aquelas bandas incríveis. Quando você estava lá, você notou que algo realmente especial estava acontecendo ou era só mais um dia?
Acho que a maioria de nós achava o que estava acontecendo no CBGB’s como a coisa mais interessante no rock n’ roll no mundo, mas era tudo muito obscuro. Diferente da Inglaterra, onde o rock n’ roll é provavelmente a maior expressão cultural. O que mais a Inglaterra tem além do rock n’ roll? (risos) É o que você identifica com a Inglaterra. Eles tinham sei lá, quatro publicações semanais sobre música no país. NME, Sounds, Melody Maker… Nos Estados Unidos era muito reduzido, claro. O que acontecia num pequeno clube, nos porões, não é notícia! Não penetrava na mídia. A (revista) Rolling Stone era tudo que existia e era muito conservadora, eles eram o retrato dos anos 60, eles tinham horror do CBGB’s, então era muito obscuro. Mas ao mesmo tempo, de repente o clube estava lotado. Mas não era algo que qualquer pessoa no Kansas saberia a respeito. Na Inglaterra, alguma coisa que acontece em Londres, todos aqueles jornais cobririam e todos no país conheciam. Em Nova York não tínhamos muita cobertura nacional, apenas local. Muito respeito na mídia local. Não tínhamos certeza de que aquilo ia estourar, mas sabíamos que era interesse.

Abandonar a música foi difícil pra você? Porque viver de música é um sonho para muita gente e simplesmente abandonar essa carreira parece algo até um pouco desconcertante.
Não, porque meu tempo na música estava meio que em declínio. Minha saúde, mental e física e também eu não gostava da indústria da música. Como você disse, muita gente sonha em poder viver de uma banda de rock n’ roll. Claro, eu tive isso. Mas ao mesmo tempo, é um trabalho muito duro! Não é divertido entrar numa van e balançar pra cá e pra lá pela estrada por cinco horas até chegar ao próximo show, se hospedar num hotel barato, comer um hambúrguer gorduroso no meio da passagem de som. O clube cheira mal, o dono te despreza, você é só um problema pra ele. Eu não gostava daquela vida. E a parte de negócios era ainda pior! As bandas são tão exploradas, não vou entrar em detalhes, mas eu fui completamente roubado pela minha gravadora. Mas isso é natural, a indústria de discos é uma das mais corruptas do mundo. Toda aquela vida me deixava um pouco enojado. E eu realmente sinto que eu não seria capaz de continuar a ter a vida que tinha como um músico de rock n’ roll sem usar drogas. E as drogas estavam me destruindo, então quando finalmente escolhi me livrar das drogas, coloquei isso acima de tudo, foi uma escolha fácil. Pensei: ok, se estou falando sério sobre isso, tenho que largar a indústria da música. Me deixava louco e eu usava as drogas para me medicar um pouco (risos). Não foi muito difícil! Sou feliz que tinha outras opções. Havia outras coisas que eu poderia fazer que seriam mais saudáveis e gratificantes. Muitas pessoas no rock n’ roll não têm outra opção, de certa forma é disso que o rock n’ roll é feito, moleques na rua que não têm um futuro. Mas se derem sorte, podem conseguir algo com a música, mas infelizmente, na maioria das vezes vão trabalhar no Mc Donald’s a vida toda.

Falando um pouquinho sobre literatura agora, eu li que durante o lockdown você começou a escrever poemas de novo. Uma coisa que não fazia desde que era adolescente. Você acha que boa poesia vem de um senso de alienação, isolamento? Porque você começou adolescente, que é uma fase meio difícil de se conectar com as pessoas e o mundo e voltou durante o lockdown em que estava literalmente isolado. Acha que tem alguma relação? Um uivo do coração por assim dizer.
Uau, essa é uma ideia interessante! Eu não tinha pensado nisso. Mas acho que você tem razão! Existe um elemento de tudo isso, porque eu me lembro quando era adolescente, os primeiros anos em Nova York. Eu fui para Nova York quando mal tinha completado 17 anos. Eu estava totalmente sozinho, sem dinheiro algum. Trabalhei em empregos horríveis por seis ou sete anos, mal conhecia ninguém. Claro, eu conhecia gente, Tom veio um ano depois, passamos tempo juntos depois, mas levou uns quatro anos para conhecer outras pessoas. Eu estava muito solitário, eu estava isolado. De uma forma que não é tão diferente do lockdown (risos). Eu não tinha muitas responsabilidades ou obrigações, não conhecia muita gente. Então sim, talvez estes dois períodos tenham essa similaridade. Porque eu não estava esperando que fosse começar a escrever poemas um ano e meio atrás, só aconteceu! Quando eu não tinha outras distrações ou obrigações. Não foi uma decisão, só aconteceu. Então sim, acho que você tem razão.

Você já sofreu de bloqueio de escritor (writer’s block)? Porque você parece muito prolífico no que faz.
Bom (pausa)… desculpe, o motivo que estou hesitando para responder é porque eu acho que escrever é um trabalho duro, realmente demanda muita concentração. É meio doloroso, porque sempre que você começa a escrever, odeia tudo e pensa: ah, sou um escritor terrível! Mas isso é normal. É muito difícil, mas não é bloqueio. Sempre me sinto inclinado a escrever algo. Não me considero tão prolífico, porque só fiz uns seis ou sete livros, a maioria das pessoas faz uns 20 (risos). Mas para mim, tudo é interessante de certa forma, eu não posso ter um bloqueio, porque se tiver, vou escrever sobre ter um bloqueio (risos).

Eu sou um aspirante a escritor e sempre que converso com autores gosto de pegar dicas, não poderia perder essa oportunidade de te perguntar algumas.
Claro! Mas o que você escreve? Ficção, não-ficção, poemas?

Ultimamente, poemas
Não brinca! E do que você gosta? Quais poetas te inspiram mais?

Muitos autores brasileiros, mas também Poe, Rimbaud e pessoas do tipo.
É, não dá para errar com isso! Bom, acho que em questão de conselhos eu só posso dizer que, para mim, como regra, o que separa os grandes poetas dos que não chegam tão longe é que eles leem poesia o tempo todo, porque eles amam. Algo que é sempre interessante de se fazer como exercício é tentar traduzir poemas, mesmo que você não fale outras línguas, eu mesmo não falo nenhuma outra língua. Mas traduzi muitas coisas usando o dicionário, e você tem todas as outras versões existentes de tradução, porque te obriga a olhar a todas as possibilidades e escolhas que existem para escrever um verso. Acho que o mais importante é que você precisa amar o método! Não pode ser só você pensando “eu quero ser isso” ou “eu quero ser aquilo”. Você ama o método e tem uma certa esperança de fazer tudo isso bem! Não é simplesmente pensar “eu gosto de ver um poema debaixo do meu nome”. Você aprende muitas habilidades apenas traduzindo outros bons poetas, você só precisa escrever, escrever e escrever. Realmente vem da prática. E este é um perigo de admirar Rimbaud. Porque as pessoas têm a fantasia de que vão simplesmente sentar e escrever o primeiro poema e será genial, isso não vai acontecer. Isso vem depois de muito esforço! Rimbaud era um tipo de exceção milagrosa, mas ele era o produto de uma educação muito restrita e sofisticada. Ele podia escrever poemas em latim aos 15 anos, ele realmente estudava! Todos achavam que ele estava apenas sendo um rebelde. Não! Todos os poemas dele rimam, têm a estrutura perfeita e formas tradicionais. Ele tomou liberdades, mas não com formas. Ele realmente sabia por estudar o que os aspectos formais de escrever poesia eram e ele usou isso no próprio trabalho. Você precisa conhecer as regras para quebrá-las. Ele evoluiu de tal forma que ninguém havia escrito daquela forma antes, em toda a história ocidental. Ele dominava a imagem e a linguagem de formas inéditas. Tive que aprender tudo isso do jeito difícil. Quando eu tinha 17 anos, eu pensava: vou escrever um poema imortal amanhã. Mas não, não escrevi nenhum poema imortal quando tinha 17 anos. Foram uns quatro ou cinco anos depois que escrevi algo que me senti confortável como um trabalho (risos). Você precisa escrever porque ama.

Você participou de alguns filmes como ator, pretende fazer isso de novo?
Não, não é natural para mim, não me sinto confortável. Tive algumas propostas nos últimos anos, mas eu sempre digo não. Foi em uma época difícil para mim, eu sempre precisava de dinheiro e claro, você quer experimentar e ver como é estar num filme, mas não é mesmo o meu forte.

Na sua autobiografia (“I Dreamed I Was a Very Clean Tramp”) você disse que sonhava em ter uma vida de aventura e você sem dúvida teve, certo?
Com certeza! Algumas pessoas tiveram aventuras bem mais extremas do que as minhas, mas não posso reclamar. Só é bom lembrar que alguns sonhos são pesadelos (risos).

– Guilherme Lage (fb.com/lage.guilherme66) é jornalista e mora em Vila Velha, ES.

7 thoughts on “Entrevista: Richard Hell em paz com “Destiny Street”, seu segundo disco

  1. Ótima entrevista! Até mesmo eu, que não conheço nada da obra do cara, achei as respostas dele interessantíssimas

  2. Parabéns pela entrevista! Também fico aqui na torcida para que alguma editora publique os livros dele, tenho muito interesse em ler. Cada vez mais admiro esse homem!

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