Aliança FARO: Panorama URUGUAI (Destaques de AGOSTO de 2022)

AGOSTO 2022

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URUGUAI
por Kristel Latecki do site PiiiLA

Para o Uruguai, agosto é um mês especial, graças à Noite da Nostalgia. Na véspera do nosso Dia da Independência, o país sai em festa, originalmente para dançar oldies (os sucessos das décadas passadas), mas com a incorporação de novas gerações, as propostas foram ampliadas para incluir o Top 50 do Spotify. Assim, passados dois anos de pandemia, a Noite da Nostalgit voltou recarregada, e começou uma agenda noturna que vai se enchendo de propostas para a primavera.

Entre outras novidades musicais, os Premios Graffiti anunciaram os indicados para sua 20ª edição. Com sete indicações, No Te Va Gustar se posicionou como o candidato do ano. Seguem-se Niña Lobo e Kuropa com seis, e Peyote Asesino e Gastón “Dino” Ciarlo – com seu álbum póstumo – com cinco indicações. A cerimônia de premiação será dividida em duas cerimônias, no dia 16 de setembro em Durazno e no dia 11 de outubro em Montevidéu. Sem mais delongas, esses foram os cinco lançamentos deste mês.

DESTAQUE PRINCIPAL
GONZALO DENIZ – “MIENTRAS TANTO, EN MONTEVIDEO”: Recomeçar do zero depois de ter uma carreira e um nome estabelecido não é tarefa fácil. Mas Gonzalo Deniz decidiu encarar da mesma forma. Depois de 15 anos, seis álbuns, duas trilhas sonoras e colaborações com artistas de várias partes da Ibero-América, em novembro do ano passado Deniz subiu ao palco pela última vez como Franny Glass, e desde então saiu carregando seu próprio nome. Mas ele também recuperou algumas daquelas músicas.

Mientras tanto, en Montevideo” é um álbum que ele gravou para sair e tocar. São 12 versões de músicas de diferentes momentos de sua carreira – incluindo composições para a banda Mersey e uma colaboração que fez com Luciano Supervielle em 2011 –, vistas de uma nova perspectiva e com uma nova sonoridade, mais acústica, direta e visceral. Mais fiel a como ele soa ao vivo. Porém, novas músicas também nasceram no processo, seis ao todo. São faixas que mostram o compositor explorando, buscando e encontrando novas formas de contar suas histórias. Surpreendendo até ele mesmo. Antes da sua apresentação no mítico Teatro Solís, falámos com ele sobre este disco. Você pode ler a entrevista aqui.


OUTROS DESTAQUES
PAUL HIGGS – “TRIDIMENSIONAL”: Em seu último trabalho, Paul Higgs partiu para capturar sua essência. Afinal, desde 2014 ele vem distribuindo um número incomensurável de álbuns, EPs e singles, sob seu nome e o de sua banda Algodon. Mas para seu segundo trabalho com a gravadora argentina Queruza, e o primeiro para a local Little Butterfly Records, concentrou seus interesses, suas excentricidades e as diferentes facetas de seu som em oito músicas, produzidas em conjunto com Martín Buscaglia. Essa dupla nascida no paraíso atingiu seu objetivo e no processo lançou vários hits: “Ni Ahi”, um funk contagiante e irreverente; “Música del Azar”, um momento de vozes épicas forjadas por Charlie e Leandro Aquistapacie (vulgo Hidroala); e “Siento”, um hino de autoconsciência. Conversamos com ele sobre tudo isso, antes de sua apresentação no La Trastienda, em Montevidéu, e no Niceto, em Buenos Aires.


MOCCHI – “1990”: 30 anos se passaram de uma década devastadora para o Uruguai. Mocchi tinha isso em mente quando nomeou seu álbum de “1990”; não só pelo ano em que nasceu, mas também porque a história se repete, e isso não precisa ser esquecido. Este trabalho reúne músicas que ele tocou ao vivo inúmeras vezes, nas muitas turnês que fez por várias partes da América Latina, indo aonde quer que suas músicas fossem solicitadas. E essas músicas, que também contam com a participação de artistas como Susy Shock, El Plan de la Mariposa, Julieta Laso e Christian Cary, são poderosas e profundas, reflexivas e até rebeldes. E é a elas que deve e lhes dedica tudo desde os primeiros versos que canta em “Intro”: “Agradeço às canções que me dão o privilégio”.


SYLVIA MEYER – “¿QUIÉN?”: Sylvia Meyer é uma das compositoras de Montevidéu que deixaram uma marca indelével na música uruguaia. Seja através de suas canções ou em composições para teatro, cinema e videoarte, sua música emociona e cativa. Há anos radicada em Nova York, ela retornará a Montevidéu para celebrar seu trabalho no Teatro Solís. Mas primeiro ele nos dará um novo álbum, 40 anos depois de sua estreia. “¿Quién?” será o nome e é o primeiro avanço, que com o piano como base consegue parar o tempo.


ROSSANA TADDEI – “REPARACIÓN”: Em março deste ano, Rossana Taddei ofereceu um show que foi uma festa e uma despedida. A artista completou 53 anos, sendo 37 no palco e 15 com seu projeto em dupla MINIMALmambo; e então ela voltaria para sua segunda (ou melhor, primeira) casa na Suíça. Lá ela estreou “Reparación”, uma música inédita que agora é seu primeiro single deste ano. A gravação é justamente desse show, e de acordo com a música tem uma qualidade quase medicinal. “Eu a compus de uma só vez uma manhã e cantei muitas vezes, sentindo que nela eu estava me reparando, reconstruindo, reinventando, curando de alguma forma”.

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