Dancer Equired! e a morte do lo-fi

por André Medeiros

O som da gravadora Flying Nun — pós-punk insular, nascido no marasmo da Nova Zelândia dos anos 80 — era considerado, para os padrões mercadológicos internacionais da época, simplesmente tosco. Estava em seu cerne, porém, a busca por extrair o máximo dos parcos recursos disponíveis; o já então distante pop dos anos 60 servia como inspiração. Em seus melhores momentos, aquelas bandas deram ao mundo parte do que de mais bom gosto e de maior qualidade já foi feito na categoria “lo-fi”.

Duas décadas mais tarde, na respeitável Columbus, capital do estado norte-americano de Ohio, surge um grupo batizado como Psychedelic Horseshit. A começar pelo nome, é difícil identificar na banda algo que possa ser apontado como “bom gosto”. Onde neozelandeses como The Clean e Tall Dwarfs lançavam mão de grelhas bem reguladas, ou banhos-maria, ou ainda de fornos a lenha (escolha sua metáfora culinária preferida), o Horseshit embebia sua matéria-prima na mais imunda, velha e asquerosa gordura quente imaginável. Há, sim, muito de familiar na iguaria — os “merda de cavalo” são fãs assumidos da Flying Nun, e alguns cacoetes surgidos lá atrás nas ilhas são identificáveis em seu trabalho. Mas, neste caso, em vez de “mais com menos”, do uso criativo do que se tem à mão, de “transformar merda em ouro”, a ordem é “merda no ventilador” — afrontar, ensurdecer, atacar.

Você já viu isso antes, é claro. Sem precisar voltar no tempo para os Stooges e o punk original, temos os nova-iorquinos do Pussy Galore — contemporâneos do pós-punk da Nova Zelândia —, de postura escrota e produção ridiculamente barulhenta; um ataque à autocensura, como definiu Greil Marcus ainda em 1987. Deixando de lado a história do lo-fi em Ohio, que por si só já rende muitas e muitas linhas, é inegável a confluência (não necessariamente perfeita ou sequer evolutiva), no Psychedelic Horseshit, de um conjunto de correntes — entre elas o pop kiwi e a abrasividade consciente da no wave.

Formado pelos graduandos em Artes Jared Phillips (guitarra), Beth Murphy (teclado e voz) e Adam Elliott (bateria e voz), o Times New Viking foi a primeira banda a se associar aos seus conterrâneos do Horseshit. Para que um rótulo tenha qualquer validade, é preciso que um grupo mínimo de artistas o adote, ou seja adotado por ele. Parodiando o shoegaze capitaneado pelo My Bloody Valentine no final da década de 80, “shitgaze” foi o título escolhido — sem qualquer pretensão, senão a de criar uma piada incômoda e pouco engraçada — por Matt Whitehurst, líder do Psychedelic Horseshit, para definir seu som. Era, sim, um passo a mais na tradição que já teve o Jesus & Mary Chain e o Pussy Galore como bolas da vez: ninguém antes, ou de lá para cá, atingiu tal nível de estupidez sonora. Não há dinâmica, não há variedade relevante de timbres; identificar qualquer traço de groove ou musicalidade é um desafio para ouvidos treinados. Há distorção sobre distorção, levando a sério a máxima defendida pelo Dinosaur Jr de que, se a guitarra sempre soa melhor quando distorcida, um disco inteiro também deveria soar.

A Siltbreeze surgiu na Philadelphia no início dos anos 90, e desde sua criação identificou-se com o lo-fi. Na última década, a pequena gravadora passou por uma ressurreição, ao lançar trabalhos não só do Psychedelic Horseshit como também de alguns dos melhores e mais entusiásticos seguidores do shitgaze — entre eles Sic Alps, Eat Skull e Pink Reason —, tornando-se a casa ‘bona fide’ do sub-subgênero. Lançando pelo selo seus dois primeiros álbuns, foi o Times New Viking a banda que deu início ao ressurgimento da Siltbreeze. “Dig Yourself”, de 2005, e “Present The Paisley Reich”, de 2007, atraíram certa atenção no meio indie internacional, com seu núcleo bubblegum espartano sob a quase insuportável crosta de barulho da produção analógica caseira de VUs empurrados ao limite.

Mais importante: atraíram a atenção da Matador, gigante do mercado fonográfico independente norte-americano e uma das principais ditadoras de tendências desse mercado. A gravadora de Nova York lançou em 2008 o terceiro trabalho do Times New Viking. “Rip It Off” marca o salto do trio de Ohio de um gueto underground para o selo que tornou grandes nomes hoje lendários como Pavement, Guided by Voices, Superchunk e muitos outros. O álbum traz a melhor coleção de canções da banda até então, e a produção é ainda mais nociva do que antes, com volume espantosamente alto. O público cresceu exponencialmente, como se esperava, e o quarto disco do Times New Viking, “Born Again Revisited” (que traz a canção acima, “No Time, No Hope”), foi recebido com sonoros aplausos em 2009.

Anunciando que a master do sucessor de “Rip It Off”, que também sairia pela Matador, não era uma fita cassete como nos outros, mas uma VHS — o que aumentaria em 25%, afirmavam, a qualidade do som (e é mesmo essa a impressão que se tem) —, o Times New Viking dava o primeiro sinal de que não permaneceria na mesma abordagem para sempre. Nesse momento a proposta do Psychedelic Horseshit já se alastrara, e bandas como as californianas Wavves e No Age, paralela ou derivativamente (há controvérsia a este respeito), já eram nomes consagrados. Enquanto as Vivian Girls — trio punk lo-fi feminino do Brooklyn com influência assumida do som de Columbus — lançavam seu segundo bem-sucedido álbum e colecionavam seguidoras e imitadoras, o Horseshit, no seu ritmo, lançava também seu segundo álbum, consolidando-se frente à crítica mais bem-informada.

O Times New Viking passou a maior parte de 2010 em turnê. Viajaram em suporte aos veteranos do Yo La Tengo e às duas bandas que um dia haviam descrito como sua versão pessoal da dupla Beatles/Rolling Stones — as redivivas pioneiras do lo-fi americano Pavement e Guided by Voices. A benção simbólica os expôs a um público muito maior que o que estavam acostumados a enfrentar. O Wavves, que foi tema de camisetas dos membros do Horseshit em 2008 (“Wavves Suxx”, dizia a inscrição, e Matt Whitehurst não perde uma oportunidade de reiterar a afirmação), lançou seu terceiro trabalho — o ensolarado “King Of The Beach” —, abandonando oportunamente o som lo-fi em troca de uma produção pop punk mais palatável e conquistando sucesso estrondoso (para os padrões indies) de crítica e público, até mesmo entre os hipsters do terceiro mundo. Começou a surgir o boato de que o Times New Viking seria o próximo a fazer a transição.

Entre o final de 2010 e o início de 2011, vieram dados explícitos. Vendido exclusivamente em shows como uma prévia do trabalho seguinte, o single de “No Room to Live” trazia produção limpa, clima suave e até mesmo violões. O clipe da faixa chamou atenção na internet — uma colagem de quase 3000 desenhos produzidos por diversos artistas sobre os frames originais do vídeo; nada parecido com qualquer coisa feita anteriormente pela banda. Junto com o clipe, em janeiro, vieram os anúncios de que o álbum, batizado “Dancer Equired!”, sairia no final de abril pela Merge — não mais pela Matador — e de que o trio trabalhava, pela primeira vez, em um estúdio de verdade. Para completar, a revista Vice publicou em fevereiro um texto de Jared Phillips intitulado “How to survive the death o Lo-Fi”, em que o guitarrista discorria (ironicamente, à moda da publicação) sobre a morte inevitável do gênero e dava dicas para quem desejasse sobreviver. A última frase: “Watch the Grammys and learn, dumbass.”

A mudança de selo pode ser interpretada de formas diferentes. Por um lado, a nova casa é aparentemente uma empresa mais “familiar” do que a antiga — a Merge foi fundada no início dos anos 90 na pequena Chapel Hill, na Carolina do Norte, pelo então casal Mac McCaughan e Laura Ballance, do Superchunk, que ainda hoje a administram. Todavia, a última década viu a gravadora crescer, não obstante o esforço para se afirmar humanizada e simpática, e se transformar em uma inegável potência. O Grammy conquistado pelo terceiro álbum do Arcade Fire é um marco simbólico (mais de poder de mercado do que de valor artístico, todos sabem) que a própria Matador ainda não tem na estante. O fator preponderante na transição, porém, é mais simples: a Merge não impediu que o Times New Viking fechasse acordos isolados para o lançamento do disco por diferentes gravadoras na Europa (Wichita), Austrália (Pop Frenzy) e Japão (Big Nothing), um negócio obviamente proveitoso para um grupo no contexto independente.

No início de março, “Dancer Equired!” vazou em mp3, rapidamente se espalhando pela internet. Como se esperava, o som estava realmente mais limpo. Não tão limpo como “No Room to Live” sugeria, contudo. O single é a faixa mais polida do álbum — que, afinal, não foi gravado com luxo em Los Angeles ou Nova York, mas no modesto Columbus Discount Recordings, na terra natal do Times New Viking. Habituado a jingles e locuções comerciais, o estúdio fica a poucos minutos das casas dos integrantes, e conta com uma coleção subaproveitada de microfones e equipamentos antigos. O disco foi registrado analogicamente, respeitando uma das regras auto-impostas pelo trio; eles ainda são, sob qualquer parâmetro, uma banda lo-fi. No fim das contas, estão ainda tão distantes dos padrões do grande mercado quanto, em seus dias, as bandas clássicas da Flying Nun.

“Dancer Equired!” abre sem rodeios. Os vocais de Beth Murphy e Adam Elliott proclamam, logo no início: “We made it through the winter without noticing” (“Nós passamos pelo inverno sem perceber”). O inverno passou, é o que parece. “Have no doubt, we will surely relate to what we are becoming” (“Não tenha dúvida, nós certamente nos relacionaremos com o que estamos nos tornando”), eles acrescentam à frente. “It’s a Culture” versa sobre a passagem do tempo e as mudanças que surgem pelo caminho; a banda não finge que as coisas estão como sempre foram. “Have no doubt, we will surely find something worth exploring” (“Não tenha dúvida, nós certamente encontraremos algo que valha a pena explorar”). Eles asseguram o ouvinte de que a mudança não desarma seu espírito exploratório, ou seu senso de (palavra fora de moda nos dias atuais) rebeldia. “Have no doubt, we will surely find something worth ignoring” (“Não tenha dúvida, nós certamente encontraremos algo que valha a pena ignorar”).

Percebe-se logo que, eliminando a pururuca shitgaze, vêm à tona referências pouco óbvias anteriormente nas gravações. Quem não os viu sobre o palco dificilmente teria notado o quão frágil o grupo na realidade é. A ausência do baixo pela primeira vez chama atenção, e, dosando bem a distorção nas guitarras, “It’s a Culture” traz à mente precursores do formato indie rock minimalista como Beat Happening, Pastels e Vaselines. Ao longo do álbum, lembramos também de nomes mais obscuros — como o Butterglory, grupo lo-fi que nos anos 90 lançou seus três álbuns pela Merge. E ainda veteranos de Ohio como Mike Rep, Don Howland, Ron House, Moviola e, claro, Guided By Voices.

“Limpar” o som, abandonando o truque que em primeira instância gerou todo o interesse pela banda, serve tanto para ressaltar conexões antes pouco perceptíveis e atrair novos fãs quanto para (diferentemente do que a maioria imaginou antes de ouvir o disco) expor as deficiências do grupo. A bateria é simples ao extremo, muitas vezes desajeitada — bem como o teclado, que varia entre o irretocável e o supérfluo. Nem a tecladista nem (principalmente) o baterista são exímios cantores. Aqui, eles experimentam mais do que no passado com suas vozes; “Ever Falling in Love” traz os dois simultaneamente em linhas e letras diferentes. É quando eles cantam em uníssono, porém, que a mágica acontece. A propulsiva “Try Harder” traz essa terceira persona, delineando a melodia com determinação: um ser hermafrodita, maior do que as partes que o compõem, maior do que Beth ou Adam quando dobram seus próprios vocais (truque usado algumas vezes ao longo do disco). É o Times New Viking em sua plenitude.

E temos a guitarra. O canhoto Jared Phillips se abstém de cantar, para preencher os espaços certos com suas frases tão simples, tortas e idiotas quanto bem tocadas e inventivas; mal se nota que raramente há mais do que três acordes. A maioria das músicas conta com overdubs de guitarra — recurso que já existia nos outros discos, mas aqui fica mais claro e funciona para criar os melhores arranjos da discografia da banda. Arranjos não são uma grande preocupação quando se está mergulhado em barulho, enfim. Agora que as prioridades mudaram, há erros e acertos no caminho. O trio trabalha justamente nesse limiar, entre correção e falha; é aí que eles subitamente crescem para além da fragilidade aparente da formação, da inaptidão, de toda a tosqueira que os circunda. Assim como no Pavement, mas aqui de uma forma bastante pessoal, há sempre uma instigante interrogação por perto; a música do Times New Viking nunca é completa, perfeita, totalmente fechada, ainda que se aproxime cada vez mais disso. Analisando a trajetória do grupo de Stephen Malkmus, temos uma pista do que essa aproximação pode significar.

“Dancer Equired!” é breve. Sua meia hora é suficiente para 14 faixas, seguindo a média dos quatro discos anteriores. Se sobrevivesse, em sete anos uma banda comum teria lançado dois, três trabalhos; o Times New Viking tem cinco álbuns e, de brinde, uma coleção de EPs, singles, participações em coletâneas etc. Mais de 80 faixas, numa conta rápida. Pensando na enorme quantidade de grupos que começaram junto com eles, no meio da década passada — seja no furor dançante pós-Strokes ou mesmo nadando contra a corrente —, e se dissolveram com o tempo, a letra de “No Room to Live” se distancia da crônica de relacionamento e adquire um sentido quase direto. “I’m awake and you are tired / they were smoke and we were fire” (“Eu estou desperto e você está cansado / eles eram fumaça e nós éramos fogo”). A canção gira em torno de uma inquietação, uma insatisfação com o local onde se vive. Por um lado, o trio reside ainda hoje em Columbus e não tem planos de se mudar (a pré-venda do álbum oferecia uma tatuagem temporária com o contorno do estado de Ohio preenchido pela sigla TNV). Por outro, eles estão chegando à terceira gravadora em menos de dez anos, e pela primeira vez arriscando uma reforma substancial em sua sonoridade.

Há, ainda, mais uma conseqüência importante da purificação do som do Times New Viking: as letras se fazem presentes. Beth, Jared e Adam parecem particularmente aliviados e entusiasmados com a possibilidade de ser compreendidos sem auxílio do encarte — eles devem ter consciência de que boa parte de sua audiência não possui cópias físicas dos álbuns. “Want To Exist” é uma declaração bastante direta sobre a vontade de existir, ser reconhecido, ainda que fora dos padrões, seguindo regras próprias. De “It’s a Culture” a “Try Harder”, de “No Room to Live” à rude “Fuck Her Tears” (em que Beth encarna uma front-girl com segurança impressionante), abundam gritos de guerra. O grupo tece frases simples, bem construídas, fáceis de transpor para diversas situações. Da mesma forma que o Quasi moldou a partir de aforismos suas melhores canções, o Times New Viking é uma banda de slogans.

Do Guided by Voices, eles herdam o gosto por desconstruções, jogos de palavras, nonsense (o próprio nome da banda é um trocadilho infeliz, caso você não tenha notado). Por mais que os grupos sejam ambos extremamente prolíficos, o TNV — diferente do GBV — não perde tempo com elaborações excessivas; há um imediatismo quase atropelado em seu encadeamento de idéias. Eles não escrevem e-mails, muito menos cartas. Ao contrário do que sugere o visual de suas capas e sua defesa veemente dos formatos analógicos, o trio está muito mais ligado à linguagem do SMS e da Web 2.0 do que à dos fanzines. Eliminam o contrabaixo e as peças menos essenciais da bateria como quem ignora as letras maiúsculas — e talvez uma ou outra regra de pontuação — ao escrever na internet. Para quê complicar, rebuscar, fazer mais do que o necessário, quando seus interlocutores-amigos entenderão de qualquer forma? A maior parte do conteúdo está nas conexões que se apontam, nas palavras-chave, na síntese de conhecimentos prévios. O Times New Viking não fala para um público indeterminado; dispensam-se notas de rodapé.

Parece evidente que, desse jeito, eles jamais terão o alcance que têm (cada qual com seu próprio conjunto de referências) o Wavves ou as Vivian Girls. É contra os princípios e os interesses da banda explicar a piada, e isso os torna, naturalmente, incompreendidos por muitos. Mas, com todas as novas tecnologias, são tempos de piadas internas ganhando asas — memes, virais e suas surpreendentes mutações genéticas. A penúltima música de Dancer Equired!, “Somebody’s Slave”, lembra: “Every now and then something important gets done” (“Volta e meia, algo importante é realizado”).

No dia 10 de maio, o novo disco do Psychedelic Horseshit saiu pela gravadora inglesa FatCat, casa de algumas das bandas pop experimentais mais respeitadas do mundo — como Sigur Rós, Animal Collective, Panda Bear e Múm. Transpirando paranóia, Laced é uma colagem de sons eletrônicos registrados em garagens, porões, banheiros e outros lugares impróprios em Columbus ao longo de 2010. Dificilmente pode ser considerado mais acessível do que os trabalhos prévios do grupo (uma dupla, em sua formação atual). Beth Murphy canta em “Dead On Arrival”, contrapondo-se docemente à voz anasalada e agressiva de Matt Whitehurst, que domina as demais faixas. Quando, para atrair atenção, uma banda deveria obrigatoriamente ter elementos eletrônicos ou ser ao menos dançante, o Horseshit lançou algumas das gravações mais ostensivamente orgânicas e desconjuntadas já feitas. Agora, no início de uma década em que as guitarras aos poucos voltam a ficar sujas, o PH lança um álbum estranhamente dançante e eletrônico. Os planos atuais de Whitehurst são aproveitar as possibilidades da nova casa e viajar o mundo tocando. A primavera é ainda mais doce para quem nem mesmo sabia estar no inverno.

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– André Medeiros (@andre_medeiros) assina o blog Last Splash, é guitarrista e vocalista da banda Top Surprise e um dos capos do selo independente mineiro Pug Records (@pugrecords)

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