Blog do Editor: Bill Graham e Jim Morrison

por Mac

Estou fudidamente gripado. Não sei se foi a cerveja do fim de semana (e nem foram tantas), o futebol de salão de segunda à noite (marquei quatro gols, pisei na bola em certo momento, cai e ralei o joelho além de ter sido “calçado” pela linha lateral) ou uma virose que já pegou alguns amigos. Fato é que eu deveria escrever as 500 Toques desta semana, olhar alguns blogs de amigos e leitores e responder e-mails de gente que quer escrever para o Scream & Yell (além de ouvir alguns My Space), mas isso tudo vai ficar para depois, me desculpe.

Vou assistir “I’m Not There”, que já saiu em DVD em versão dupla com vários extras, tomar chá e sopa e torcer para melhorar para ver, amanhã, Bonnie ‘Prince’ Billy. Enquanto isso deixo mais um pequeno trecho de “Bill Graham Apresenta: Minha Vida Dentro e Fora do Rock and Roll”, lançamento imperdível da Editora Barrucada. Depois daquele trecho com o Otis Redding já me diverti com passagens fodas de Chuck Berry, Janis Joplin, Cream, The Who e outros. Estou no capítulo “Verão do Amor”, e os Doors vão tocar no Fillmore…

“O Doors tinha três shows para fazer no primeiro Fillmore. Na noite anterior eles tocaram em Sacramento. Na época, estavam começando a fazer sucesso, e os ingressos esgotaram. Todo mundo da banda apareceu na hora certa, mas nada do Jim Morrison. Ele não apareceu e ninguém sabia onde ele estava. Tivemos que pedir a todo mundo para ficar com os ingressos. Reembolsamos alguns e pedimos às outras pessoas que ficassem com o ingresso para a próxima noite.

Na tarde do dia seguinte, Jim entrou no meu escritório no Fillmore pedindo desculpas. Ele me disse que quando saiu de Sacramento para ir até São Francisco, de carro, passou por um cinema. E ‘Casablanca’ estava em cartaz. E ele não podia perder. Então foi ver ‘Casablanca’ ao invés de ir para o show. E eu dizia:

– Eu sou um grande fã de Humphrey Bogart. Conheço bem ‘Casablanca’. Mas ‘Casablanca’ em Sacramento não era bem o que eu tinha em mente ontem à noite. Você devia ter ligado.

E ele:

– É, eu podia ter ligado.

E completou:

– Eu vi o filme três vezes.

Isso mostra o quanto ele gostou do filme.”

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