Faixa a faixa: Após 13 anos de hiato, Junio Barreto está de volta com “O Sol e o Sal do Suor”

introdução por Marcelo Costa
faixa a faixa por Junio Barreto

13 anos após um elogiado segundo disco repleto de participações especiais (Céu, Luisa Maita, Seu Jorge, Vítor Araújo, Gustavo Ruiz, Apollo 9, Mombojó, Fábio Trummer e Marina de La Riva), o delicioso “Setembro” (2011), e exatamente 20 anos de seu celebrado disco de estreia, “Junio Barreto” (2004), que foi reeditado em vinil em 2019, o cantor e compositor caruaruense está de volta com um álbum de inéditas produzido ao lado de Rovilson Pascoal e Marcus Preto.

Buscando celebrar a vida ao lado de velhos parceiros, “O Sol e o Sal do Suor” surge como uma ode à alegria, à dança e à esperança. Não à toa, no faixa a faixa que você irá ler abaixo, você irá se deparar com as palavras “prazer, coração, contemplação, exaltação, beleza, felicidade, solar e, entre tantas, amor”, está última seja no “gostoso perigo de viver um grande amor” (“Concórdia do Amor”), seja na “permissão do corpo ao prazer durante o amor” (“Ata-me”).

Abaixo, Junio Barreto conta sobre as 10 canções do disco! Ouça na sua plataforma favorita.

01) “Vida, Vida, Vida, Vida”: Foi a primeira canção feita para o disco e foi a primeira que gravamos também. O nome foi batizado por Lavínia Alves, cantora e atriz baiana, pela alusão e contemplação à vida. É um baião com elementos eletrônicos. A canção fala de um recorte de um dia bonito, de quando se encontra o que é precioso e marca o momento e o coração com uma tinta indelével. Nas percussões Mestre Nico dita o tempo da canção; Thomás Harres com seus brinquedos eletrônicos fez as batidas e programações; Fábio Sá, assume baixo e sintetizador, enquanto Chicão faz contrapontos melódicos, no piano de parede, com as guitarras de Rovilson Pascoal.

02) “Nordeste Oriental”: É uma subdivisão geográfica do Nordeste brasileiro, engloba os estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará; na canção, contemplo esse lugar de amor, e canto, exalto para um amor na Sudamerica. Conta com Matheus (Entropia) na programação, percussões, violão, sintetizador e Rovilson Pascoal guitarra.

03) “Ata-me”: É uma canção que fala da permissão do corpo ao prazer, da explosão química, das reações e das sensações desse corpo durante o amor. É um baião pra dançar. Tem a bateria de Pupillo; percussões e bombardino de Mestre Nico; trompete de Gui Calzavara; teclado de Chicão e guitarra e glockenspiel de Rovilson Pascoal.

04) “Mamãe Quer Meu Amor”: É uma canção que fiz para minha mãe e que se estende a todas as mães. Fala do amor incondicional, do alcance das conquistas, belezas e felicidade que cada uma deseja para suas crias. Nas percussões do Mestre Nico tem um Maracá que felicita e abençoa esse amor, dita o ritmo de toda a canção. Juntam-se a essa maravilha a frenética bateria de Thomas Harres; as guitarras dedilhadas, riffs e solos de Rovilson Pascoal; o baixo de Fábio Sá e os sintetizadores de Chicão.

05) “Coração Preto”: Música de Beto Viana e Nana Carneiro da Cunha. Me apaixonei pela canção desde o primeiro momento que escutei, no disco fiz uma versão mais nordestina, tem uma batida do brega pernambucano com elementos da pisadinha e para construir esse batuque todo chamamos a baiana Michelle Abu, que faz a bateria e percussões. Além temos Gui Calzavara no trompete e Rovilson Pascoal na guitarra base, solo, baixo e sintetizador.

06) “Estrela do Norte”: Quando essa canção surgiu, a ideia sempre foi de uma música dançante, solar. Quando eu estava compondo, primeiro veio a melodia com os arranjos de sopros, só depois veio a letra, que fala da celebração do amor, do encontro com quem nos faz melhor, e dos momentos em que seguimos vivos a cada revolução do sol. Duas memórias estelares se juntam para batizar essa música: a primeira foi uma reportagem em uma revista antiga sobre uma chuva de asteroides que cairia para os lados do Norte. E a segunda, a do momento, ainda na infância, em que soube que o asterisco era o sinal gráfico em forma de estrela. Daí veio a visão lúdica da chuva de asteriscos (estrelas) para os lados do Norte: Estrela do Norte. É uma dessas músicas que eu sempre quis fazer e me senti muito feliz com a sonoridade e resultado. É o single do álbum – e a banda segue em ação por quase dois minutos após o final da letra, em grandes performances instrumentais de Rovilson Pascoal (guitarra e synths); Entropia – Entalpia (programação, synths e percussão); Pupillo (bateria); Pedro Dantas (baixo) e Junio Barreto (percussão). Os metais ficaram a cargo de Marcelo Monteiro (sax barítono, sax tenor e flauta) e Amílcar Rodrigues (trompete e euphonium).

07) “Só no Amor Existimos”: É uma canção de contemplação do amor, onde falo que só através desse amor é que existimos. Dançante e solar a música tem na bateria e programações Thomas Harres. Programação, sintetizador e efeitos de Matheus (Entropia); teclados Chicão; baixo de Fábio Sá; guitarra de Rovilson Pascoal e percussões de Mestre Nico.

08) “Tú Deixa de Ser Isso Não”: É uma canção dançante que fala do amor de um coração em calmaria. Traz Matheus (Entropia) na programação, percussões, violão, sintetizador e Rovilson Pascoal nas guitarras.

09) “Feixes”: É uma canção dançante que fala de um amor fluido, do encontro abrasador, da paixão e de como na liquidez perene de um rio esse amor escapole na maré, formando o mar. Na Bateria, programação e efeitos temos Samuel Fraga; baixos, sintetizador de Marcelo Cabral e guitarra de Rovilson Pascoal.

10) “Concórdia do Coração”: Uma canção lenta, feita a pedido do produtor musical Marcus Preto, fala da maravilha e do gostoso perigo de viver um grande amor. Essa tem violão, violão 12, mellotron e guitarra Rovilson de Pascoal.

– Marcelo Costa (@screamyell) é editor do Scream & Yell e assina a Calmantes com Champagne.

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