por Leonardo Vinhas
Quando a coluna Conexão Latina nasceu “oficialmente”, há 10 anos, o mundo era muito diferente. Plataformas de streaming eram embrionárias, e os reprodutores de MP3 já haviam superado o formato físico na preferência do público, mas ainda não o haviam empurrado para um nicho de pouca expressão e alto custo. As redes sociais já seduziam, mas ainda não ocupavam todos os aspectos de nossa vida; smartphones eram rudimentares e exclusivos de poucas pessoas, “inteligência artificial” parecia papo de ficção científica, e “algoritmo” era uma palavra que só saía da boca de desenvolvedores de software.
O cenário hoje é obviamente diferente, e nem vem ao caso listarmos as monstruosidades que andamos enfrentando. Basta falar que nosso isolamento em bolhas, a divisão simplista do mundo em dois “lados” e a degradação da qualidade de vida, tanto em termos sociais como econômicos, impactou todos os aspectos da nossa vida, e a música não seria exceção.
A música, e em especial a música pop e qualquer uma de suas vertentes, sempre é fortemente impactada pelo seu tempo. Antes que a canção popular defina sua época, ela é sensivelmente moldada por ela. Assim sendo a pergunta que se faz é: qual é o propósito de mais um volume do álbum “Conexão Latina” em meio a esse cenário?
A resposta está no nome do próprio disco: conexão. A Covid-19, o projeto de destruição das políticas culturais (inclusive as de integração latino-americanas) e a crise econômica trouxeram uma interrupção de eventos e programas que permitiam construções mais sólidas de nossa aproximação com os outros países da região. Em 2011, festivais unindo artistas brasileiros com companheiros dos demais países sul-americanos estavam a pleno vapor, e continuariam assim por muito tempo. Hoje? O distanciamento é grande, e não é o coronavírus o único responsável por ele.
Mas alguns laços são fortes demais para serem dissolvidos, mesmo com tantas forças nocivas operando. E algumas teimosias tampouco se dissolvem facilmente. O rock vira-lata desse continente se encaixa nessas duas categorias. Antes que as fronteiras se fechassem, muitas bandas circularam por aqui, e sua música deixou sementes. Além disso, é possível que o rock já tenha esgotado suas possibilidades de relevância social em grande escala, como sinalizou recentemente o grande músico argentino Daniel Melero. Mas isso não quer dizer que ele tenha morrido (aquele papo de velho saudosista e moleque radical, sabe?). Muito menos que tenha perdido sua capacidade de emocionar quem estiver disposto a escutar.
Em 2018, comemorando sete anos da coluna, saiu o primeiro volume (onde, inclusive, contamos que nossa relação com a música dos países latino-americanos vem desde muito antes de 2011). O foco, ali, também eram as vertentes mais associadas às estéticas de rock e pop, bem como havia a combinação entre artistas estabelecidos e iniciantes. Neste volume, há gente que está na ativa há mais de 20 anos, como o argentino Edu Schmidt, e gente que está literalmente estreando, como os uruguaios do Balneario, que aportam nesta coletânea seu primeiro registro em estúdio. Alguns são conhecidos em quase todos os países da região, como o porto-riquenho AJ Dávila, e outros, desconhecidos fora de seu território natal.
Mas esses dados todos são anedóticos. O que importa é o que cada canção traz em si, sua entrega, os sentimentos e as sensações que vêm a reboque. Que, quando apresentados e ouvidos em conjunto, como um álbum, se amplificam. E lembram que podem vir doenças, presidentes demenciais, distopias fascistas, crises econômicas e o caralho a quatro, que mesmo assim uma canção certeira, latina e vira-lata, te ajuda a levantar e te coloca de volta na briga.
Também são um jeito de apresentar ao ouvinte de rock, um bicho cada vez mais acomodado, que existe muita música nova e rica ao alcance de seus ouvidos. Pode também ser encarado como um exercício de jornalismo musical, em um formato mais adequado a um mundo onde ninguém mais tem paciência, ou mesmo vontade, de ler. Também é um jeito de comemorar 10 anos dessa coluna, claro. E é, ainda, um trabalho que ajudou um produtor igualmente latino e vira-lata a não se desmantelar por completo em meio ao período mais sombrio da história recente.
Também pode ser mais um monte de coisas. Cabe a você dar o play e ver o que vai ser.
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CONEXÃO LATINA II
Produção executiva e curadoria: Leonardo Vinhas
Masterização: Gustavo Halfeld, no estúdio casacájá (Brasília – DF)
Capa: Pedro Bopp
Distribuição digital: Tratore
Lançamento: selo Scream&Yell
Agradecimentos: Gustavo Halfeld, Pedro Bopp, Pablo Hierro, Nicolás Molina, Cecy Díaz, Kristel Latecki, Renzo Lobato, Mauro Correa, Andrés Correa, Hernán Halak, e todos os músicos envolvidos nesse disco. Não foi fácil, e sem vocês teria sido impossível.
“Conexão Latina – Volume II”
Faixa a faixa, por Leonardo Vinhas
01) “Desayuno” – Acorazado Potemkin (Argentina)
“Desayuno” é uma canção de “Mugre” (2011), o disco de estreia do trio argentino. Essa versão, porém, nunca havia sido lançada. A história é peculiar: Eduardo Bergallo é um renomado engenheiro de som argentino que, além de ter masterizado todos os álbuns do Acorazado e do Valle de Muñecas (da qual o baterista Luciano Esain também faz parte), trabalhou com gente do calibre de Soda Stereo e Gustavo Cerati. Ele era professor de produção musical na UNTREF (Universidad Nacional de 3 de Febrero) e deveria fazer uma prática de gravação com seus alunos em Del Cielito, mítico estúdio onde foram feitos alguns discos notáveis de Luis Alberto Spinetta, Los Redondos e Bersuit Vergarabat, entre outros. Bergallo propôs que o Potemkin fosse a banda dessa aula prática. “Ainda não tínhamos gravado nosso primeiro disco, e alguns temas estavam em processo de composição, entre eles ‘Desayuno’”, conta Esain. ”Gravamos duas canções nesse dia: ‘Desert’, que já estava em nossa primeira demo de 2009, e ‘Desayuno’, que era nova de tudo. A máquina de fita se descompôs enquanto gravávamos a primeira, então a única faixa que pôde ser resgatada foi ‘Desayuno’. Eduardo mixou e nos mandou, mas ficou nisso. Nunca a editáramos, nem alguém a havia escutado… até agora”, finaliza o baterista.
02) “El Fin del Mundo (Otra Vez)” – Bestia Bebé (Argentina)
Em outubro de 2020, o quarteto Bestia Bebé entrou no estúdio Resto del Mundo, em Buenos Aires, e tocou seu disco mais recente, “Gracías por Nada”, do começo ao fim, acompanhados de dois músicos convidados. Além de ter sido a primeira apresentação do disco, em meio a um momento especialmente delicado da pandemia, tinha o adicional de ter sido gravado no bairro bonaerense de Boedo, lar da banda e personagem de suas primeiras canções. O frontman Tom Quintans deu liberdade para escolher qualquer canção da apresentação, “mas gostaria que fosse ‘El Descontrol’ ou ‘El Fín del Mundo (Otra Vez)’”, disse. Escolha difícil, mas sem arrependimentos.
03) “Mirando por la Ventana mientras Caen los Copos, Pienso” – normA (Argentina)
“El Eternauta” é uma HQ de ficção científica que se tornou lendária na Argentina, por muitas razões: pela arte de Francisco Solano López, pelas metáforas sobre opressão política e luta de classes, e pela história pessoal de seu roteirista, Héctor German Oesterheld, que foi sequestrado e assassinado pela ditadura argentina no final dos anos 1970. Em 2011, o selo Concepto Zero organizou um obscuro tributo musical a essa obra com várias bandas do underground argentino. Dentre elas, o normA, que atingiu maior repercussão nos anos seguintes. A faixa foi resgatada e remasterizada para essa compilação.
04) “Todo Va a Estar Bien” – Cavito Mendoza (Colômbia)
Cavito Mendoza é uma cantora que começou a burilar sua carreira solo recentemente, buscando unir a canção colombiana com o pop contemporâneo. Está preparando seu primeiro disco, com produção do veterano Andrés Correa, e “Todo Va a Estar Bien” é o primeiro single dessa empreitada
05) “Costa Occidental” – Balneario (Uruguai)
Balneario é um projeto de Ripi Arruti, baixista que costuma acompanhar Nicolás Molina em seus projetos. No Balneario, conta com a participação de outros dois ex-integrantes de Molina y Los Cósmicos: o guitarrista Martín Mendez e a cantora Emma Ralph. Porém, mais que uma banda, Balenario é um projeto fluido, à moda do Calexico, que pode receber mais ou menos músicos conforme o momento e a necessidade das canções. “Costa Occidental” é a estreia oficial do projeto e foi gravada especialmente para essa compilação, com a participação de Paul Higgs. A ideia de um pop levemente psicodélico, com acenos ao country e ao folk, norteia as criações da banda, e deve se mostrar mais ampla em um EP a ser gravado possivelmente em 2022.
06) “Un Canto para Mamá” – Santiago Moraes (Argentina)
Solo ou acompanhado da banda Transeúntes, Santiago Moraes faz uma das mais interessantes pontes entre blues e folk no mundo. Além disso, deixou canções memoráveis na obra de Los Espiritus, banda que fundou e da qual saiu após as acusações de assédio sexual envolvendo o outro compositor da banda, Maxi Prietto. Durante a pandemia, fez várias gravações caseiras, e uma delas foi essa releitura sincopada para o clássico do uruguaio Eduardo Mateo. Santi tocou todos os instrumentos e mixou a canção, que foi masterizada para sua inclusão no disco.
07) “Montserrat” – Los Nin (Equador)
Ainda que contem apenas com um álbum (“Wambra Katary”, de 2017), Los Nin são uma das bandas mais criativas e surpreendentes na cena equatoriana, misturando a sonoridade regional e instrumentos tradicionais (como kena, sampoña e charango) ao hip hop e ao funk. Naturais da província de Imbabura, cantam em espanhol e em kichwa, destacando sua origem andina e periférica. Durante meses, conversei com eles em busca de outtakes, mas as tentativas de resgatar algumas canções que foram gravadas para sessões online se mostraram infrutíferas. Diante disso, a escolha foi pegar uma das principais faixas de “Wambra Katary” e remasterizá-la para o disco.
08) “Soy el Pájaro Sin Alas” – Edu Schmidt (Argentina)
Quando saiu do Árbol, em 2005, Edu Schmidt se deu um tempo para colocar a cabeça no lugar e trabalhar em suas canções. Alguns anos depois, preparou sua primeira demo, com oito canções, que ele próprio “vazou” para a internet como um presente para os fãs. Essas canções se somaram a outras e, retrabalhadas, viraram o álbum “El Silencio Es Salud” (2009). Perguntado sobre a inclusão de alguma dessas faixas da demo no compilado, Schmidt respondeu: “escolhe qual você quiser”. A eleita foi essa canção sobre solidão urbana e isolamento em meio à modernidade, males amenizados – segundo a letra – pela música e pela atitude de assumir integralmente as experiências de vida, inclusive as ruins. Pesou na escolha o fato de eu ter, imprudente e divertidamente, dividido o palco com Edu no festival Conexão Latina (2018) cantando justamente essa canção. No álbum “El Silencio Es Salud”, o título dessa é “Canción del Pájaro sin Alas” e há uma sensível diferença no tratamento das guitarras, além da ausência de teclados. Aqui optou-se por manter o título que constava originalmente na demo.
09) “Alegría” – Peliculas Geniales feat. AJ Dávila (México / Porto Rico)
O México é pródigo em excentricidades, e visualmente, o Peliculas Geniales é uma delas: seu frotnman é um cidadão com máscara e luvas caninas que atende por “Rufis”. O som, por sua vez, resgata o melhor do indie pop das duas (quiçá três) últimas décadas e entrega tudo condensado em canções de apelo radiofônico. “Alegría” traz outro “loquito divino”, o porto-riquenho baseado na capital mexicana AJ Davila, talvez o nome mais conhecido do rock de seu país natal. A faixa seria lançada simultaneamente com a coletânea, mas com os atrasos na produção do disco, esse timing se perdeu. A alegria, porém, se mantém, graças ao clima desencanadamente romântico e festivo da canção.
10) “Pecho (Remix)” – Lucía Severino (Uruguai)
A aproximação do rap com o rock não serve só para fazer som pesado com vocais sem melodias. Lucía Severino explora essa união de muitas maneiras diferentes, buscando outros referentes tanto no lado guitarreiro (que podem ir do britpop ao rock mainstream da Argentina e do Uruguai) quanto no universo das rimas, caprichando na harmonia das canções e no uso de teclados e piano elétrico. “Pecho” é uma faixa de seu primeiro disco, “Los Días” (2014), que foi remixada pela própria Lucía para esse álbum.
11) “Femme Fatale” – The Amixers (Peru)
Não é de hoje que há guitarras barulhentas soando em meio aos Andes. The Amixers são uma banda de garagem peruana, e não custa lembrar que o país é a terra natal dos Los Saicos, os primeiros protopunks da história. Durante a produção desse disco, o jornalista peruano Renzo Lobato me apresentou a banda, que estava preparando seu primeiro EP. “Femme Fatale” é desse debute, e mostra a pegada acelerada e retrô da banda.
12) “Baltasar” – Iván & Los Terribles feat. Tussi Dematteis (Uruguai)
Iván Krisman é um baixista veterano do rock uruguaio. Além de integrar as bandas La Hermana Menor e Eté & Los Problems, comanda há quase uma década Ivaán & Los Terribles, uma banda cuja sonoridade combina punk, pós-punk, post rock, rock inglês, no wave e hard rock de forma bem peculiar. Para essa compilação, cederam uma preciosa versão alternativa de “Baltasar”, faixa de seu segundo álbum, “El Maestro Interior” (2016). A mix presente nessa compilação valoriza o baixo e a voz do convidado Tussi Dematteis (vocalista do La Hermana Menor), e deixa de lado os detalhes trazidos pelos sintetizadores. Em breve devem soltar seu terceiro disco.
13) “Mateo 4:20” – Los Nuevos Creyentes (Uruguai)
Los Nuevos Creyentes estão entre as mais notáveis da nova safra de bandas uruguaias – um país que não se cansa de produzir artistas notáveis. Quem conta a história dessa composição é o guitarrista Zelmar Borrás. “Ela nasceu de uma jam. Já fazia uns meses que estávamos ensaiando em um estúdio, cujo dono se chama Mateo. Estávamos improvisando, e o Mateo veio e nos perguntou se queríamos gravar o que estávamos tocando. Saiu algo bem fresco, com mais de 10 minutos de duração. Editamos os melhores momentos, encurtando para 4 minutos, somamos um baixo e uma flauta, e mixamos em duas sessões. Sempre gravamos nós cinco ao vivo, com as canções já ensaiadas. Então foi algo novo, esse processo de trabalhar em uma sessão improvisada e depois editar e agregar camadas de instrumentos”.
14) “Razones para Cantar”– La Pequeña Revancha (Venezuela)
“Razones para Cantar” é uma das canções mais conhecidas de La Misma Gente, uma das bandas essenciais do rock venezuelano. Pedro Vicente “PTT” Lizardo, frontman da banda, é pai de Claudia Lizardo, uma das duas metades que formam La Pequeña Revancha. A outra metade, Juan Olmedillo, já declarou que inspirou seu trabalho solo na obra de PPT. Esse cover, gravado em um ensaio e nunca lançado até então, tira a urgência da versão original e acentua a melodia e o sentimento da letra, numa belíssima homenagem.
CATÁLOGO COMPLETO DO SELO SCREAM & YELL
SY00 – “Canção para OAEOZ“, OAEOZ (2007) com De Inverno Records
SY01 – “O Tempo Vai Me Perdoar”, Terminal Guadalupe (2009)
SY02 – “AoVivo@Asteroid”, Walverdes (2011)
SY03 – “Ao vivo”, André Takeda (2011)
SY04 – “Projeto Visto: Brasil + Portugal” (2013)
SY05 – “EP Record Store Day”, Giancarlo Rufatto (2013)
SY06 – “Ensaio Sobre a Lealdade”, Rosablanca (2013)
SY07 – “Ainda Somos os Mesmos”, um tributo à Belchior (2014)
SY08 – “De Lá Não Ando Só”, Transmissor (2014)
SY09 – “Espelho Retrovisor”, um tributo aos Engenheiros do Hawaii (2014)
SY10 – “Projeto Visto 2: Brasil + Portugal” (2014)
SY11 – “Somos Todos Latinos” (2015)
SY12 – “Mil Tom”, um tributo a Milton Nascimento (2015)
SY13 – “Caleidoscópio”, um tributo aos Paralamas do Sucesso (2015)
SY14 – “Temperança” (2016)
SY15 – “Ainda Há Coração”, um tributo à Alceu Valença
SY16 – “Brasil También Es Latino” (2016)
SY17 – “Faixa Seis” (2017)
SY18 – “Sem Palavras I” (2017)
SY19 – “Dois Lados”, um tributo ao Skank (2017)
SY20 – “As Lembranças São Escolhas”, canções de Dary Jr. (2017)
SY21 – “O Velho Arsenal dos Lacraus”, Os Lacraus (2018)
SY22 – “Um Grito que se Espalha”, um tributo à Walter Franco (2018)
SY23 – “A Comida”, Os Cleggs (2018)
SY24 – “Conexão Latina” (2018)
SY25 – “Omnia”, Borealis (2019)
SY26 – “Sem Palavras II” (2019)
SY27 – “¡Estamos! – Canções da Quarentena” (2020)
SY28 – “Emerge el Zombie – En Vivo”, El Zombie (2020)
SY29 – “Canções de Inverno – Um songbook de Ivan Santos & Martinuci” (2020)
SY30 – “SIEMENSDREAM”, Borealis (2020)
SY31 – “Autoramas & The Tormentos EP”, Autoramas & The Tormentos (2020)
SY32 – “O Ponto Firme”, M.Takara (2021)
SY33 – “Sob a Influencia”, tributo a Tom Bloch (2021)
SY34 – “Pra Toda Superquadra Ouvir”, Beto Só (2021)
SY35 – “Bajo Un Cielo Uruguayo” (2021) com Little Butterfly Records
SY36 – “REWIND” (2021), Borealis
SY37 – “Pomar” (2021), Vivian Benford
SY38 – “Vizinhos” (2021), Catalina Ávila
SY39 – “Conexão Latina II” (2021), Vários artistas
SY40 – “Unan Todo” (2022), Vários artistas
SY41 – “Morphé” (2023), Rodrigo Stradiotto
SY42 – “Paranoar” (2023), YPU (com Monstro Discos)
SY43 – “NO GOD UP HERE” (2023), Borealis
SY44 – “Extras de “Vou Tirar Você Desse Lugar”, Cidadão Instigado & Plástico Lunar (2024) – Com Allegro Discos
SY45 – “Smoko” (2024), Smoko
SY46 – “Trilhas Sonoras para Corações Solitários” (2024), Hotel Avenida
Discos liberados para download gratuito no Scream & Yell:
01 – “Natália Matos”, Natália Matos (2014)
02 – “Gito”, Antônio Novaes (2015)
03 – “Curvas, Lados, Linhas Tortas, Sujas e Discretas”, de Leonardo Marques (2015)
04 – “Inverno”, de Marcelo Perdido (2015)
05 – “Primavera Punk”, de Gustavo Kaly e os Hóspedes do Chelsea feat. Frank Jorge (2016)
06 – “Consertos em Geral”, de Manoel Magalhães (2018)
07 – “Toda Forma de Adeus”, Jotadablio (2023)