por Marcelo Costa
Adoro listas. Adoro. Mas montar um especial com 100 convidados escolhendo isso ou aquilo é tão sensacional quanto insano (ainda mais quando há um bebê em casa sorrindo e querendo a sua atenção). Por isso, para sacudir a poeira da memória e voltar a rememorar coisas especiais que, provavelmente, vivemos juntos (com toda certeza você deve ter estado em algum destes shows conosco), convidei quatro amigos que colaboram com o Scream & Yell há muito, muito tempo, para fazerem uma listinha de shows favoritos da década que acabou.
Quando o Scream & Yell entrou no ar, em novembro de 2000, ele já entrou no ar com um texto de Marco Antônio Barbosa (Telhado de Vidro). Rodrigo James (Esquema Novo) também está com a gente desde os primórdios – ele entrevistou e cobriu o show da Diesel, em BH, em 2001! Leonardo Vinhas (Conexão Latina) também chegou em 2001 com Carl Barks, Pelezinho e depois entrevistando Laerte e Lambchop, entre outros, em 2002. O guri da turma, Bruno Capelas (O Estado de São Paulo), chegou em 2010 falando de Fresno e Scott Pilgrim.
O que pedi a estes quatro amigos foi uma lista com seus 10 shows favoritos da década. E que justificassem com um textinho tipo um tweet, coisa rápida, mais para provocar em você, caro leitor, a vontade de também listar seus 10 shows favoritos (fique à vontade na área de comentários) e passarmos mais alguns dias falando de música e cultura e emoção e memória. Junto à lista deles, coloco a minha. São 42 shows citados de 40 artistas diferentes. Confira a seleção e… conta ae, quais foram os seus 10 shows inesquecíveis dos anos 10?
BRUNO CAPELAS
01. BRUCE SPRINGSTEEN AND E STREET BAND (Espaço das Américas, São Paulo, 2013) (TEXTO)
Viva, sociedade alternativa: o menor show de Bruce em 30 anos, num palco improvável de São Paulo. E um caminhão de hits e de entrega em três horas de suor e delírio.
02. KENDRICK LAMAR (Madison Square Garden, Nova York, 2018) (TEXTO)
Depois de ganhar tudo, inclusive um Pulitzer, a celebração: o primeiro show de um dos artistas da década no palco máximo de Nova York. Be humble, don’t kill the vibe.
03. DEOLINDA (Coliseu dos Recreios, Lisboa, 2013) (TEXTO)
No show de lançamento do gigante “Mundo Pequenino”, três bis e uma performance histórica de Ana Bacalhau. Se é pra acontecer, que seja agora.
04. JAIR NAVES (Estúdio Aurora, São Paulo, 2018)
Bem a tempo de ver o Brasil desabar (de novo), às vésperas do primeiro turno das eleições, Jair Naves mostrou como amor e raiva andam lado a lado. Eram 50 pessoas, mas quem viu, não esquece.
05. BIDÊ OU BALDE (Jukebox Festival, São Paulo, 2011)
Toda a porralouquice de Carlinhos Carneiro em grande estilo, com direito a cover de Violent Femmes (“Blister in the Sun”, claro) e petardo atrás de petardo em uma noite suada de julho em Pinheiros.
06. THE DECEMBERISTS (The Mann Center, Filadélfia, 2018)
Uma baleia inflável. Uma banda afiada. Grandes riffs e canções de amor. E um vocalista que sabe emocionar e rir com sua plateia: Colin Meloy.
07. ELVIS COSTELLO (Royal Albert Hall, Londres, 2013) (TEXTO)
Um dos maiores compositores pop de todos os tempos a serviço de seus grandes hits, ao prazer da sorte. Não tem como dar errado – e olha que ele nem tocou “Alison”.
08. CROSBY, STILL AND NASH (Via Funchal, São Paulo, 2012)
A poeira de Woodstock ainda se espalha pelo mundo. Vocais impecáveis, pérolas pop e um bis inesquecível com “Suite Judy Blue Eyes”.
09. SIGUR RÓS (Campo Pequeno, Lisboa, 2013)
O show que eu mais chorei na década. Mais não precisa ser dito.
10. TEENAGE FANCLUB (The Week, São Paulo, 2011)
O show com a maior concentração de amigos por metro quadrado, o power pop em alto estilo e o final, com todo mundo pulando junto no “mosh fofo” de “Discolite”. Ah, Tineijão <3
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LEONARDO VINHAS
01. BRUCE SPRINGSTEEN AND E STREET BAND (Espaço das Américas, São Paulo, 2013) (TEXTO)
Foi daqueles que divide a vida em um “antes” e um “depois”. Apesar de ter fãs que vão em todos os shows que podem, o Boss tem claro que cada apresentação pode ser a única vez que um de seus admiradores vai ter de vê-lo no palco, e ele e a E Street Band agem de acordo: entregando um set que faz você sair de lá desejando ser uma pessoa melhor.
02. ALVA NOVO AND RYUICHI SAKAMOTO (Anhembi, Sónar São Paulo, 2012) (TEXTO)
Existe beleza na matemática que encontra a melodia entre o ruído eletrônico, o silêncio e as teclas de um piano. Alemanha (Noto) e Japão (Sakamoto) unidos em um eixo que faz sentido e leva às lágrimas pelo motivo certo.
03. JACK WHITE (Pepsi Stage, Porto Alegre, 2015)
Visivelmente cheio de vontade e acompanhado de uma banda cheia de músicos que fazem muito com pouco, o elfo gordinho do rock provou com evidências de sobra (no caso, músicas de todos os seus projetos) porque é um dos maiores compositores do rock contemporâneo (“Boarding House Breach” há de ser esquecido, até por ele).
04. TAGORE (Praça das Flores, Festival Brasileiro de Música de Rua, Nova Petrópolis, RS, 2015) (TEXTO)
Em formato trio e semiacústico, tocando em um local turístico de uma cidade conservadora e orgulhosa de suas “raízes europeias”, Tagore conseguiu hipnotizar “alemães”, turistas e iniciados com chapaceira nordestina roqueira.
05. ZZ TOP (Via Funchal, São Paulo, 2010)
De AC/DC a U2, não faltam dinossauros que nos entregam espetáculos tão divertidos quanto previsíveis. Os velhinhos do Texas não são diferentes, mas talvez pela escassez da presença aqui, talvez pela simplicidade do seu show, ou só pelo eficiência de Billy Gibbons e Dusty Hill (quem lembra do Frank Beard?), a passagem deles por terras brasileiras foi daquelas que te acompanham a vida toda.
06. WALTER FRANCO (SESC Campinas, Campinas, 2017)
Quase 15 minutos de “conversa” com o público antes de tocar a primeira faixa, longas falas entre uma canção e outra (para desespero do seu filho Diogo, guitarrista e citarista). Mas quando entrava qualquer canção, a garganta e a arte de Walter Franco se mostravam mais poderosas que nunca. Ainda não sei se estava lesado ou se era parte da personalidade dele, mas foi uma apresentação emocionante, que me convenceu a levar adiante o projeto do tributo “Um Grito que se Espalha”.
07. BUENOS MUCHACHOS (Paraíso do Rock Festival, Paraíso do Norte, PR, 2019) (TEXTO)
Como escreveu o colega Jotabê Medeiros, “vai se tornar um daqueles shows lendários nos quais ninguém nunca esteve, mas todos se lembrarão eternamente, como algum concerto do Velvet Underground na Factory de Andy Warhol”. Os uruguais viajaram 26 horas de van para chegar, tocaram 60 minutos e tomaram a estrada de volta. Mas o que fizeram não pode ser medido em números.
08. PULP, (Via Funchal, São Paulo, 2012)
Possivelmente, o único show de “volta” que assisti na vida que não teve sabor de quitute requentado como caça-níqueis. Em um Via Funchal que não devia ter mais que 60% de sua lotação, Jarvis Cocker e sua turma enfileiraram hits com tesão de estreantes e a experiência de ser uma das maiores bandas britânicas da sua era.
09. THE BLANK TAPES (Picnik Festival, Brasília, 2017)
Quatro horas da tarde em um domingão de sol: cenário mais que apropriado para Matt Adams trazer seu pop lisérgico e ensolarado e fazer dançar, chapar e devanear sem se preocupar com mais nada.
10. ALBERY PROJECT (Mercado de Carnes Ver-o-Peso, Festival Sonido, Belém, PA, 2017) (TEXTO)
Você está lá, em plena Amazônia (ou pelo menos em uma das capitais mais famosas dela), e de repente aparece uma banda doida que compõe música a partir do “padrão” das aves. E não, não é uma macumba new age pra turista, e sim uma virada no avesso de qualquer referência que você tenha, fazendo uma cruza entre o popular, o erudito e o novo que nem Frank Zappa imaginaria.
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MARCELO COSTA
01. BRUCE SPRINGSTEEN AND E STREET BAND (Espaço das Américas, São Paulo, 2013) (TEXTO)
Ingresso para show internacional no Brasil, com raríssimas exceções (alô, SESC, eu te amo), é uma pequena fortuna. E esse cara entra no palco disposto a suar cada centavo que você suou para pagar o ingresso. É um dos maiores e melhores shows do planeta. Em São Paulo não foi diferente: grandes canções, grande banda, pedido de casamento, Raul Seixas! Inesquecível.
02) WILCO (Auditório Ibirapuera, São Paulo, 2016) (TEXTO)
Assistir a uma banda maravilhosa em um espaço quase intimo é tirar a sorte grande na música. E essa sorte bateu na porta de 800 fãs paulistanos por apenas R$ 20 (obrigado, Popload, eu te amo também). A emoção de ouvir “Reservations” foi tanta que caiu uma lágrima agora, quatro anos depois. E ver Jeff Tweedy, tímido e inseguro com o público aos seus pés, se entregando em “Hummingbird”, me faz sorrir de novo.
03) PORTISHEAD (Best Kept Secret, Holanda, 2013) (TEXTO)
Uma vez me disseram que algumas marcas não se animavam com um show do Portishead no Brasil “porque é muito downtempo”. Isso porque nenhuma dessas pessoas viu esse show num pequeno festival num safári holandês. Foi num volume altíssimo em uma tenda para 2 mil pessoas, e as alfinetadas de eletrônica mixadas aos scratches estavam fatiando o ar em partes e deixando o gargarejo vazio para sortudos (surdos) como eu. Dava para ver as rugas do olho da Beth sofrendo nos refrões.
04) BAIANASYSTEM (SESC Pompeia, São Paulo, 2016) (TEXTO)
Eu já os conhecia de disco, mas um grande amigo, o luthier Renato Moikano, tinha me atiçado a curiosidade de vê-los ao vivo após narrar uma aventura num carnaval baiano. Com o repertório de um dos discos da década tocando direto em casa, fui com o Moika e vários amigos vê-los num dos lugares mais bacanas da cidade. Provável que fui um dos shows em que mais poguei feliz na década (e olha que vi RDP, Exploited e Napalm Death). Intenso e dançante.
05) JEFF MANGUM (Auditori Forum CCIB, Primavera Sound, Barcelona, 2012) (TEXTO)
Ele chegou sozinho com seu violão, sentou num banquinho num imenso auditório diante de 3 mil pessoas, tocou algumas músicas e falou: “Vocês podem vir um pouco mais para frente se quiserem”. Se a primeira fila já estava inesquecível, o que é ouvir algumas de suas canções favoritas de um dos seus discos favoritos sentado aos pés do autor com vários amigos sentados ao lado como se ele estivesse tocando em um lual? Só faltou ele emprestar um lenço para que eu enxugasse as lágrimas…
06) PJ HARVEY (Paradiso, Amsterdam, 2011) (TEXTO)
O show de PJ Harvey no Popload 2017 foi absolutamente maravilhoso, mas esse daqui salta à frente, pois é encorado em um dos grandes discos da década e porque o Paradiso é um dos melhores locais de shows do mundo (aliás, vi o Neutral Mil Hotel aqui também). Dai a gente junta um grande disco e uma grande venue com uma artista as foda e pede pro organizador do show subir depois do bis e pedir para o público pedir mais que ganhamos o show (mais foda) com mais músicas de toda a turnê. Nunca te agradeci pelo esporro que tu levou do John Parish, cara: obrigado.
07) ARCADE FIRE (Coachella, EUA, 2011) (TEXTO)
Esse é um caso raro de show que a versão festival, diante de milhares e milhares de pessoas, suplantou a versão ginásio: os vi logo na semana seguinte em Chicago e não chegou na metade da emoção do Coachella. Geralmente é na intimidade que os caras convencem você que tudo aquilo é muito mais que showbusiness, mas com o Arcade Fire de posse de “Suburbs” e com milhares de mãos estendidas em “Wake Up”, não se pode brincar (e ainda teve as bolas coloridas!)
08) ELVIS COSTELLO (Royal Albert Hall, Londres, 2012/2013) (TEXTO)
Certa vez me disseram: “Você adora essa camiseta, hein. Você a usa sempre!”. Na verdade, expliquei, são duas camisetas, pois tive a imensa sorte de conseguir ingressos para a “turnê da roleta” dois anos seguidos no Royal Albert Hall, em Londres (naquele tempo em que a gente podia viajar mais para fora do país, lembra), e apesar do mesmo layout, mudam as datas na parte das costas. Os dois shows foram absolutamente incríveis sendo que o de 2012 teve “Alison” e o 2013 teve “I Want You”. E os dois tiveram “(What’s So Funny ‘Bout) Peace, Love, and Understanding”.
09) PATTI SMITH (Auditório Simon Bolivar, São Paulo, 2019) (TEXTO)
Mais um show especial da marca Popload, o terceiro encontro do Brasil com Patti Smith foi, disparado, o mais apaixonante, talvez porque vivamos um momento em que nossas vidas, como escreveu Salman Rushdie certa vez, “não são o que merecemos. De muitas dolorosas maneiras elas são, temos de admitir, deficientes”. Ele continua: “A música as transforma em outra coisa. A música nos mostra um mundo que merece os nossos anseios, ela nos mostra como deveriam ser os nossos eus, se fôssemos dignos do mundo”. Obrigado, Patti, por me lembrar disso. E por nos lembrar que precisamos lutar, mas também devemos nos divertir.
10) GRANT HART & BOB MOULD (SESC Pompeia e Auditorio da Galeria Olido, São Paulo, 2013) (TEXTO e TEXTO)
Não, eles não tocaram juntos. Separados por 20 dias, os dois caras que fizeram canções e histórias com o Husker Dü baixaram em São Paulo para shows diferentes que honraram o passado. Grant, voz e guitarra em punho, destroçou corações punks com “Don’t Want To Know If You Are Lonely”, “She Floated Away” e “Diane” enquanto Bob fez tiozinhos pogarem em câmera lenta com sorriso estampado no rosto cantando “Makes No Sense At All”, “Hardly Getting Over It” e “Celebrated Summer”.
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MARCO ANTÔNIO BARBOSA
RAGE AGAINST THE MACHINE (SWU, Itu, 2010) (TEXTO)
Quando os caras entraram no palco tocando “Testify”, tive a clara impressão de que eu iria ter um ataque do coração. (Claro que a porradaria que estourou na plateia logo em seguida pode ter tido alguma influência na minha avaliação).
PRIMAL SCREAM (Circo Voador, Rio de Janeiro, 2011)
Um dos meus maiores sonhos de ex-indie terceiromundista adolescente foi realizado com apenas 20 anos de atraso: assistir ao Primal Scream tocando a íntegra do “Screamadelica”. No Circo Voador. Praticamente na fila do gargarejo.
PULP (Via Funchal, São Paulo, 2012)
Jarvis Cocker contou a(s) história(s) das nossas vidas mais de uma vez em suas letras. E ele relembrou quase todas essas histórias naquela noite incrível em São Paulo. Fiquei cantarolando “Razzmattazz” por uma semana depois do show.
ELVIS COSTELLO (Royal Albert Hall, Londres, 2013)
Um lugar mágico e histórico, uma turnê mágica e histórica (Sensational Spinning Songbook), problemas técnicos, versões diferentes para clássicos antigos, um set country lá pelo meio, piadas… teve de tudo no show do homem em Londres.
DE LA SOUL (Circo Voador, Rio de Janeiro, 2014)
O segundo (de quatro) show(s) do De La Soul a que assisti foi o melhor. Momento mágico: o cover de “Feel Good Inc.”, dos Gorillaz (meio cover, né, já que o trio participou da gravação original).
CAETANO & GIL (Circo Voador, Rio de Janeiro, 2015)
Privilégio imenso poder ver de perto os dois titãs da MPB, em excelente forma, cantando e conversando: sem banda, sem adornos, sem experimentações. Só a força das canções, a beleza das vozes, a precisão dos violões.
LUPE DE LUPE (Escritório, Rio de Janeiro, 2015)
A banda que me fez recuperar a fé no rock brasileiro, e o show que confirmou todas as minhas expectativas sobre os caras. Não faltaram todos os pontos altos de “Quarup”, o melhor disco de rock nacional da década, tocados com fúria incomum.
WILCO (Popload Festival, São Paulo, 2016) (TEXTO)
Uma das bandas mais queridas da comunidade indie, o Wilco demorou a voltar ao Brasil. Mas não negou fogo no retorno. Show foi especial também por conta da companhia: uma reunião de fãs do Brasil todo, em clima de comunhão.
DAVID BYRNE (KM de Vantagens Hall, Belo Horizonte, 2018) (TEXTO)
O show do ex-Talking Heads teve mais música, teatro, dança e ideias que a maioria dos concertos, peças de teatro, balés e TED Talks lançados no decorrer da última década.
NICK CAVE & THE BAD SEEDS (Espaço das Américas, São Paulo, 2018) (TEXTO)
Outro sonho antigo de garoto alternativo, afinal realizado. Se em disco o cantor tem apresentado resultados irregulares nos últimos anos, ao vivo não há espaço para erros: são sucessos antigos e músicas recentes despachadas com emoção em alta voltagem.
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RODRIGO JAMES
01. BRUCE SPRINGSTEEN AND E STREET BAND (Espaço das Américas, São Paulo, 2013) (TEXTO)
Já havia assistido a dois shows dele, mas como perder a oportunidade de ver um dos maiores espetáculos que um artista pode proporcionar em cima de um palco, para pouco mais de 5 mil pessoas? Bruce se entregou como nunca a esse show e foi um dos momentos de maior comunhão publico-artista que eu já tive o prazer de presenciar.
02. WILCO (Auditório Ibirapuera, São Paulo, 2016) (TEXTO)
Dos três shows no Brasil, este foi o mais especial. Um repertório que fugiu à obviedade em um lugar magico. Como esquecer da experiência de assistir a uma de suas bandas prediletas, encostado no palco?
03. ALLMAN BROTHERS BAND (Beacon Theater, Nova York, 2014)
A última temporada da ABB no Beacon Theater. O penúltimo show. Um repertório cheio de pérolas escolhidas a dedo pela banda. E um solo de guitarra de Derek Trucks que não me sai da memória.
04. PORTISHEAD (Poble Espanhol, Barcelona, 2012)
Um sonho realizado em mais um local mágico. O Poble Espanhol fica em Montjuic e é uma espécie de pequena vila espanhola. A banda tocou em um lugar como se fosse a praça central da vida para um publico que não passava de 4 mil pessoas. A força de canções como “Wandering Stars” e “Sour Times” hipnotizou a todos.
05. NICK CAVE & THE BAD SEEDS (Espaço das Américas, São Paulo, 2018) (TEXTO)
O poder de um show de Nick Cave emana não só da sua presença, magnética, mas da competência musical de sua banda (em especial, Warren Ellis) que cria o clima quase claustrofóbico para seu sermão. Um dos shows mais impressionantes que tive o prazer de presenciar.
06. PAUL MCCARTNEY (Estádio do Morumbi, São Paulo, 2010)
De todas as visitas recentes de Macca ao Brasil, essa foi a mais especial porque foi a volta depois de anos sem se apresentar por aqui. Gerações se encontraram no Morumbi. Ver pais e filhos vendo este show juntos não tem preço.
07. TOM PETTY & THE HEARTBREAKERS (Atlanta, 2010)
Outro sonho antigo realizado. Com direito a abertura e coro “de luxo” feito por Crosby Stills & Nash. Ouvir “American Girl” e ver a multidão cantando a plenos pulmões é entender um pouco do que é ser americano.
08. NEIL YOUNG & CRAZY HORSE (Global Festival, Nova York, 2012)
Imagine um show de pouco mais de duas horas com 6 musicas. Foi o que estes velhinhos proporcionaram neste festival. Turnê do “Psychdelic Pill”, longas jams, e uma sensação de viagem lisérgica constante.
09. RAGE AGAINST THE MACHINE (SWU, Itu, 2010)
Durante alguns minutos, pensei que fosse morrer quando a grade atrás de mim ameaçou cair, tamanha era a fúria do público, incentivados pela banda. Passado o susto, apenas um dos grandes shows de rock da década em solo brasileiro.
10. THE ROLLING STONES (Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro, 2016)
Sou do tipo “se não posso ver o show de perto, nem vou”. Então fui logo pra pista premium e cheguei cedo pra ficar na frente. Ver esses setentões ainda em forma, ali na sua frente, a poucos metros, é estar diante de um pouco da história do rock. A poucos metros.
Cara, é bom demais ver essas listas, é bom demais ser parte delas e do S&Y!
Mas só corrigindo: os primeiros textos que fiz foram esse do link abaixo, além de um faixa-a-faixa do Grandaddy e um geralzão sobre o Buffalo Tom – mas acho que são todos de 2001 mesmo.
http://www.screamyell.com.br/mais/alternativoaque.html
Nick Cave (Espaço das Américas, São Paulo, 2018)
The Cure (Estadio River Plate, Buenos Aires 2013)
The Rolling Stones (Beira-Rio, Porto Alegre, 2016)
The Jesus and Mary Chain (Tropical Butantã, São Paulo, 2019)
Primal Scream (Bar Opinião, Porto Alegre, 2011)
Jack White (Pepsi on Stage, Porto Alegre, 2015)
Céu (Praia de Atlântida, Xangri-lá, 2017)
Arnaldo Baptista (Reitoria da UFRGS, Porto Alegre, 2012)
Barata Oriental (Morrostock (bar do Morro), Sapiranga, 2013)
Vitor Ramil (Teatro São Pedro, Porto Alegre, 2013)
Dos shows citados na matéria fui em 4 que considero Top 10 da vida:
– Bruce Springsteen
– Paul McCartney
– Rage Against The Machine
– Walter Franco
Dos shows da década não citados acrescentaria:
– Pixies no SWU
– Lô Borges tocando o disco do Tênis no Sesc Pompéia
sei lá, mas ainda aguardo o melhores do ano passado… sempre acho alguma banda que deixei passar
Semana que vem, sem falta!