Entrevista: Guilherme Arantes

entrevista por Daniel Tavares

Guilherme Arantes está de volta. Quatro anos após o elogiado “Condição Humana” (2013), o músico retorna com “Flores e Cores”, um disco “pra cima” que reflete o bom momento pessoal de Guilherme, vivendo na Bahia, com uma voz renovada e, aos 64 anos, tão apaixonado pela esposa como se tivesse 16. O próprio músico define “Flores e Cores” como “um disco luminoso”. “As pessoas estão gostando porque não é uma coisa forçada, não é um romantismo comercial. É uma coisa vivida, que tem uma leveza. É o que você vai encontrar, por exemplo, no Vinícius do ‘Tarde em Itapuã’, porque ele estava vivendo um momento assim”, define Guilherme Arantes.

Seu 27º álbum da carreira, 21º disco de inéditas, “Flores e Cores” não apenas se junta à extensa discografia do compositor, mas se apresenta como uma obra rica, uma polaroide do momento que não se esquiva de reverenciar o passado, os locais onde o artista morou, o pop dançante dos anos 80. Lançado pelo selo do próprio músico, o Coaxo de Sapo (selo pelo qual saíram seus três bons álbuns anteriores: “Lótus”, de 2007; “Piano Solos”, de 2011; e “Condição Humana”, de 2013), “Flores e Cores” mantém o grupo coeso que gravou o disco anterior: Gabriel Martini (bateria), Willy Verdaguer (baixo) e Alexandre Blanc (guitarra) com Luiz Carlini solando em 5 das 12 faixas.

No convidativo papo abaixo, Guilherme fala da vida na Bahia (“Acabou fazendo muito bem para minha voz”), recomeços (“Criei meus filhos e todos se foram. De certa forma, a minha vida sofreu um recomeço”), o álbum “Flores e Cores” (“É um disco que traz o romantismo de um amor verdadeiro”) e grandes amigos (“Eu ia pra casa do Belchior pra tomar vinho e fumar charuto”), critica o excesso de interatividade dos dias atuais (“A pessoa não larga aquele aparelho”) e espeta a relação “doentia” de alguns artistas de sua geração com a Internet: “Ele precisa do clipe. Mas o clipe não basta. Ele precisa de teasers. Mas os teasers não bastam. Ele precisa emitir pensamentos, ele precisa postar fotos, tem o Instagram, isso não é natural”. Confira o bate papo.

“Flores e Cores” acabou de sair. Como está sendo a recepção?
Está muito boa, positiva, porque ele é um disco que traz uma luz, é um disco luminoso. Pelo menos tentei trazer isso. E a resposta das pessoas tem sido essa. É um disco que traz o romantismo de um amor verdadeiro. Não é uma coisa forçada. É uma coisa saída de dentro mesmo, o que estou vivendo. É um jeito também de fazer reflexões coerentes sobre o amor, algumas conclusões de quem já tem um pouco mais de vivência, porque já estou com 64 anos. E estou vivendo um momento muito amoroso, muito afetivo. E pra mim ficou fácil compor, porque eu estava inspirado mesmo numa sensação quase que adolescente. É interessante que esse ano fui em busca de coisas que trouxessem uma inspiração para alegria, para certas palavras que permeiam esse disco, como pureza simplicidade, cumplicidade, a inocência… São coisas que acho que estão presentes no meu dia a dia hoje. Criei meus filhos – eu tenho cinco – e todos se foram, a mais nova está fazendo faculdade, a mais velha está com 37. Então, de certa forma, a minha vida sofreu um recomeço. Ano passado me casei. A gente está junto há quinze 15 anos e resolveu viver o nosso amor, o nosso relacionamento. E ao fazer as músicas, comecei a ver que eu estava bem afiado para escrever sobre esse assunto. Tentei fazer um disco com alguns achados poéticos, alguns delírios assim lúdicos, porque o poeta tem que estar com esse lado lúdico, brincalhão com a língua – porque a língua é muito rica, em você achar sinapses, ligações entre as palavras… certos achados poéticos que esse ano ficaram fáceis. Ficou um disco fluido, não sei por que. Então, a resposta (do público) está sendo muito boa. As pessoas estão gostando porque não é uma coisa forçada, não é um romantismo comercial. É uma coisa vivida, que tem uma leveza. É o que você vai encontrar, por exemplo, no Vinícius do “Tarde em Itapuã”, porque ele estava vivendo um momento assim. E isso acaba permeando os poemas, as letras e as músicas. Esse foi um ano em que eu fui me reconciliar com o pop dos anos 80, um pouco com a sonoridade tradicional do meu pop, que é uma mistura de bossa, com jovem-guarda e com pop rock bem peculiar, bem Guilherme Arantes. Consegui formatar um disco como se eu estivesse em 1982. Fiz um disco na época (com as canções “Lance Legal” e “O Melhor Vai Começar”) que era como esse, um disco inspirado, alegre, leve e brincalhão com as palavras. Acho que há uma ligação entre “Flores e Cores” e esse disco de 1982. E acho disco novo ainda melhor. Ele traz a maturidade de algumas coisas, baladas antigas que são um resgate da utopia mais ancestral, lá dos anos 70. É um disco bem com a minha cara de hoje, um disco atual.

Qual sua canção preferida entre as 12 do álbum, a que mais tem a ver com o que você está sentindo nesse momento?
Acho que é “Semente da Maré”, uma música forte porque ela marca poeticamente um estranhamento com as questões desse mundo moderno, do indivíduo. Como é que o indivíduo se sente perante um mundo convulsionado de costumes… o que chamo de refugiado, mas não é bem o refugiado da coisa coletiva, da diáspora, que seria um processo coletivo. Esse termo está recorrente nessa safra atual de lançamentos. Essa palavra apareceu no disco do Chico (Buarque), no disco dos Tribalistas… É um tema, uma palavra recorrente em todo o jornalismo, em toda a informação sobre o mundo, está no centro dessa convulsão que o mundo apresenta hoje. E eu digo assim: esse indivíduo que está ali estranhando o mundo sou eu. Sou eu, né? Basicamente sou eu olhando as minhas viagens, olhando virtualmente, visitando os lugares onde passei ao longo desses 40 anos de carreira. Tem um pedaço da minha vida que ficou em Londres, tem um pedaço da minha vida que ficou no Rio, tem um pedaço da minha vida que ficou em vários lugares. Tem pedaço da minha vida no Recife. É engraçado. Quando a gente olha a vida retrospectivamente, eu tive várias encarnações. Eu tive uma encarnação no bairro de Pinheiros, em São Paulo, eu tive uma encarnação no bairro da Vila Mariana, depois no Alto da Lapa, depois me mudei pra Copacabana. Daí é uma encarnação em Copacabana. Depois me mudei pra Barra da Tijuca. É outra encarnação. Tem um pedaço da minha vida que está em Los Angeles, que ficou lá, porque eu fiquei nove meses em Woodland Hills… Então isso tudo, virtualmente, faz você viajar pela tela do computador e voltar lá no lugar. Você vê o lugar. E você começa a olhar a sua vida no mundo. É uma vida que não pertence a uma tabazinha, uma aldeiazinha. Não é estacionária. A vida de todos nós está muito dinâmica. É nesse sentido que falo desse olhar. Essa música “Semente da Maré” me identifica até pela canção, que é mais progressiva, com influências do Vangelis, do Jon Anderson (Yes), e traz uma beleza estranha de uma era do rock progressivo, que é uma das minhas maiores influências.

Você está inclusive morando na Bahia, já faz um tempo, né? O que te fez sair do eixo Rio-São Paulo e vir pra cá, morar no Nordeste?
Vim para a Bahia por uma escolha, por causa do céu, do ar oceânico, que acabou fazendo muito bem para minha voz. Acabou fazendo muito bem pro meu aquietamento, para respirar fundo, para ter uma coisa assim mais pausada, porque já tenho uma vida longa, entendeu? Olho para trás e minha vida foi muito movimentada. E estou aqui na Bahia também muito em função de estar com a minha mulher, num relacionamento já bastante duradouro e que não tem trinca, não tem rachadura. Ele está num estado original de novo. E isso é uma coisa preciosa! Já tenho uma boa experiência para saber que isso é um dom: “Inocência é um dom maior de um sentimento a se guardar”. Assim começa o disco. E esse disco fala de muitas coisas que, de uma forma leve, de uma forma pop, assim divertida, são coisas importantes como a liberdade individual. Não só o direito da liberdade, da pessoa ser como quer ser, mas o dever dela lutar pelo direito das pessoas, porque nós estamos numa época que é uma época em que há um risco de supressão de direitos, supressão de conquistas da sociedade e retrocesso a um estado de exceção, um estado de vigilância sobre o indivíduo. Tudo isso acaba refletindo nas músicas. Agora a Bahia me fez bem especialmente pra voz, pra minha voz, porque, como é um ar oceânico, é um ar muito úmido, acaba tépido e favorece as cordas vocais. Então voltei a cantar nos tons originais das músicas. Estou com um alcance vocal legal, uma emissão timbrada, cortante. É importante isso. Há 30 anos que eu era totalmente rouco. E descobri que morar no Nordeste acaba fazendo muito bem pra voz. Isso é uma aquisição interessante.

Você também mencionou suas influências do rock progressivo. O que você tem ouvido de rock progressivo atual?
Ah, não tenho ouvido rock progressivo de hoje. Nisso sou ultrapassado e nostálgico. E também não ouço tanta música como eu ouvia quando era mais novo. Ouvir música não é uma coisa que eu esteja fazendo o tempo todo. Gosto de muitas coisas atuais, do pop mundial, por exemplo da Sia, gosto de pessoas criativas. Mas ouço mais música do Brasil. Gosto muito do Vanguart, uma banda legal que tem um delírio interessante. E gosto muito dessa nova corrente da música folk, AnaVitória, esses meninos novos, Tiago Iorc, Ana Vilela, é um meio folk, meio existencial. E existe uma corrente das bandas psicodélicas, o rock lisérgico está na moda, mas eu mais ouço falar do que paro pra ouvir. Ainda mais nesse período de um ano pra cá que tive que me fechar, porque não adianta eu ficar ouvindo: eu mesmo tenho que emitir! Sair fazendo as minhas músicas, do meu jeito. Então, esse momento agora é o momento em que não estou ouvindo nada. Estou em off.

Você tem consciência de que a sua música foi e é importante na vida das pessoas. “Êxtase”, por exemplo, é uma canção que muita gente namorou ouvindo… eu já vi um vídeo em que você brincou que pessoas, inclusive, foram concebidas com ela. Você deve ter razão e é até um pouco pai dessas pessoas. Como é que você lida com isso? Como é estar dentro das casas, da vida das pessoas?
É um mistério, mas ao mesmo tempo é muito gostoso você saber que marca ou marcou vidas. Brinco mesmo que isso é uma coincidência geracional. Acho que é porque, como as músicas são muito existenciais, falam da existência, acho que acaba sendo um caminho natural de significado. Não é uma brincadeira, uma coisa de paquera. É uma música falando do mundo interior. Isso é uma conquista pra mim, um privilégio muito grande fazer parte da vida das pessoas.

Hoje as redes sociais são uma ferramenta importante de interação entre artistas e fãs, muito mais do que, por exemplo, nos anos 80, quando vocês, artistas, não estavam tão próximos de nós, meros mortais. Como é que você vê essa interação maior entre os fãs e os artistas e como é que você interage com seus fãs, que comentam no seu Facebook, etc.?
Eu vejo que a cada dia que passa isso vai se tornando mais e mais importante, né? Mas sou um pouco antiquado, um pouco arcaico pra esse mundo, porque não tenho tanta paciência de ficar postando, lendo e postando, postando e lendo… Eu, realmente, olho as pessoas hoje em dia e acho que há um excesso de interação. Pra minha geração isso não faz muito sentido, sabe, você ficar lendo e respondendo, lendo e respondendo… (Essa conexão) Talvez seja a função mais importante da atualidade na ligação com o público, mas ainda sou de uma era em que não havia tanta troca assim. Eu interajo com prazer, mas é limitado. A minha geração não tem tanto saco de ficar trocando figurinha. Fomos criados de outro jeito. Você tinha os seus pensamentos, você publicava os seus pensamentos e depois o mundo respondia lendo, escrevendo um pouco pra você, ou através dos shows, mas não existia essa linha direta. E confesso que é um pouco forçado pra minha geração acompanhar todo esse pingue-pongue da rede. É algo extremamente penoso. A gente prefere ler um livro, fazer outra coisa. Não tenho esse interesse específico tão grande, uma ênfase tão grande no pingue-pongue com o público. Porém, vejo meus colegas, artistas e tal, eles fazem o trabalho deles, mas aquilo não basta. E acho que isso já está beirando, em minha opinião, uma coisa doentia. Ele precisa do clipe. Mas o clipe não basta. Ele precisa de teasers. Mas os teasers não bastam. Ele precisa emitir pensamentos, ele precisa postar fotos, tem o Instagram, tem não sei o quê, tem milhões de formas de você ficar realimentando uma rede que pra minha geração não é natural. Talvez seja natural pra geração mais nova. Mas a gente tenta acompanhar… com dificuldade. Não é fácil. Primeiro porque a minha geração é prolixa, nós não somos monossilábicos. A gente não consegue colocar drops de pensamentos. E precisaria ser assim. Precisaria você não fazer grandes tratados. Como estou aqui fazendo com você nessa entrevista. Você está vendo que sou prolixo. A cabeça dá uma volta… e isso na Internet não funciona porque a Internet é movida a drops de pensamentos, pílulas de emissões. Então, essa cultura fragmentada é altamente suspeita pra minha geração. A minha geração é a geração do livro, do álbum, publica um negócio, a gente não tinha essa interatividade. Não sei… acho que é uma coisa geracional. E eu não me adapto muito bem não. Me sinto cansado. Não consigo ficar postando coisas. E teria que postar muito mais. Eu sou muito cobrado, né? A gente é muito cobrado. “Não, você teria que fazer ao menos uns 20 posts por dia pra você manter a alimentação da sua rede”. Isso é um absurdo. Você não pode esperar que José Saramago vá agir dessa forma, que o João Ubaldo Ribeiro vá agir dessa forma, ou que o João Cabral [de Melo Neto], ou o [Ariano] Suassuna vá ficar postando pensamentos na rede. Acho que pertenço a uma escola antiga, entendeu. E junto comigo tem muita gente que não se adapta muito. Não sei se isso é uma doença, talvez, coletiva atual. Porque a pessoa não larga aquele aparelho, fica o dia inteiro lendo e postando, lendo e postando. Acho inacreditável. Para o meu jeito de viver, não consigo não.

Vou confessar uma coisa. Até eu, quando acaba o crédito do celular, ou quando acaba a bateria, eu acho bom também.
É incrível.

Tem uma pergunta que sempre faço para todo mundo que entrevisto. É sobre os músicos do lugar. Você está morando na Bahia, mas eu queria saber que músicos você gosta, que participaram da sua vida como você participou da vida de outras pessoas, que tenham vindo do Ceará.
Poxa vida, o principal é o Belchior, um grande mestre, um grande amigo, colega lá do começo da carreira. Posso contar muita coisa sobre nossa convivência, sobre o início das nossas carreiras, que foi junto, simultâneo – ele começava a dele, eu começava a minha – e a luta da gente no Rio de Janeiro, nas gravadoras. Depois a gente foi pra Warner, que era a mesma gravadora, do André Midani… as nossas andanças pelo Rio, os papos… Eu ia pra casa dele pra tomar vinho e fumar charuto. Muitos papos sobre poesia, literatura… O Belchior era muito versátil, versado, uma figura muito querida, né? Esse talvez seja o mais presente na minha vida porque a gente andou muito junto nos primeiros anos. Depois eu fui morar no Rio de Janeiro, e a gente se desligou. Não tivemos mais contato… Mas até 1979, 1980, eu ainda estava bem presente na vida dele e vice-versa. Belchior é uma pessoa a quem guardo um carinho especial. Agora, a minha família é do Ceará. Isso eu preciso contar! Tem uma parte da minha família, que são os Lima Verde, do Crato (nota: Crato é um município brasileiro do interior do estado do Ceará que situa-se no Cariri cearense, conhecido por muitos como o “Oásis do Sertão”). E no Crato tem o conservatório, que era do meu bisavô, o Telêmaco Lima Verde. Essa família Lima Verde (ou Limaverde, como é grafado algumas vezes) é muito importante na música brasileira. Foi daí que veio o meu cromossomo musical, do Ceará. Recentemente estive no Crato, fiz uma apresentação e até uma homenagem à família. Acho que Ednardo também, não sei se a esposa que é Lima Verde ou se ele que é Lima Verde, também é ligado à família (nota: Joana Limaverde, filha de Ednardo com a psicóloga Rosane Limaverde, é tataraneta de uma irmã do citado Telêmaco Lima Verde, bisavô de Guilherme. Os dois cantores são, portanto, primos distantes). E nós temos um primo, o Solano Ribeiro, jornalista e produtor musical, que foi o maior produtor de festivais da música brasileira, desde o festival do “Arrastão”, lá com a Elis Regina [I Festival de Música Popular Brasileira, 1965], depois quando teve “A Banda”, “Disparada”, com o Chico Buarque, o Geraldo Vandré, e depois no ano seguinte com “Roda Viva”, “Ponteio”, “Alegria, Alegria”, “Domingo no Parque”. Eu estava no auditório por conta desse primo da minha família, que é dos Lima Verde, o Solano Ribeiro. É um primo em segundo grau. Solano foi diretor também do Festival Internacional da Canção, os FICS, no Maracananzinho, onde se revelaram Milton Nascimento com “Travessia”, o Walter Franco, com “Cabeça”, ou mesmo Tony Tornado com “BR-3”. Teve “Sabiá”, o Geraldo Vandré cantando “Pra Não Dizer Que Não Falei de Flores”, o Taiguara também, o Ivan Lins, que surgiram nessa mesma época dos FICS, os Festivais Internacionais da Canção. Esse clima é muito importante. Falar da música, os parceiros, o pessoal da música popular do Ceará que tangenciou a minha vida é falar do Solano Ribeiro. Ele foi muito importante pra mim. Através dele foi que conheci um monte de gente da música, como o Rogério Duprat, Jorge Mautner, Walter Franco… Essa gente eu conheci através do Solano. Belchior e Solano são duas pessoas (importantes). Outro amigo antigo é o Raimundo Fagner. A gente já fez shows juntos, já gravamos juntos e tenho uma amizade com ele, quero muito bem, é uma pessoa que me ajudou também num momento em que eu precisava de uma ajuda para me estabelecer no Rio de Janeiro. Foi ele quem me ajudou numa hora em que eu estava indo para a CBS, a antiga CBS, que hoje é a Sony Music. O Fagner é sempre um amigo que a gente reencontra e eu o quero muito bem, admiro demais. Agora, quem mais? Tem tanta gente. Jorge Mello… Jorge Mello é cearense não é?

Vou ter que descobrir (nota: o compositor, músico e repentista Jorge Mello é do Piauí).
Acho que é. Dessa turma também. Esses são os mais presentes.

– Daniel Tavares (Facebook) é jornalista e mora em Fortaleza. A foto é de Vania Toledo / Divulgação.

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3 thoughts on “Entrevista: Guilherme Arantes

  1. Que lindo depoimento tão lúcido e leve, tão autentico! Grata querido Guilherme Arantes. Acho que você é meu primo pelo teu lado Lima Verde . Sou parceira musical da Tetê Espíndola e sempre admirei sua música tão direta, cheia de viço, de beleza, de sentimentos verdadeiros!

  2. Guilherme é um tesouro de nossa música que por um tempo andou esquecido. Por volta de 2000-2003 eu trabalhava em uma livraria/loja de CDs em Salvador e ele era um frequentador assíduo. No início eu tinha medo de me aproximar e ser invasivo, já que ele ficava bem introspectivo. Depois de um tempo tomei coragem e me aproximei. Quando ele ia na loja, eu mostrava coisas recentes e ele me mostrava muitos tesouros antigos. Depois a livraria ficou frequentada demais e esses artistas deixaram de ir. Bons tempos.

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