Texto de Leonardo Vinhas
Fotos de Rei Santos e Victor Pedrassoni
No movimentado calendário de festivais do segundo semestre, o Demosul, em Londrina, se destaca por duas características em especial: a sua longa duração e a sua curadoria que dispensa nomes óbvios ou figurinhas fáceis sem que isso signifique alienar seu público. Sua 16ª edição começou no dia 4 de novembro e seguiu até o dia 12. Foram 30 shows em nove dias, em paralelo com simpósios, rodadas de negócios, palestras e oficinas. As apresentações ao vivo aconteceram em seis locais diferentes, sendo que um deles – o bar Valentino – dispunha de dois palcos. O Scream &Yell chegou para acompanhar os shows a partir do dia 10. Então, para facilitar a compreensão do leitor e o trabalho do repórter, o relato fica subdividido pelos palcos do festival, mais uma rápida contextualização do “antes”.
Concha Acústica, Iate Clube e Barbearia – 4, 5 e 5 de novembro
Na abertura, na Concha Acústica (bem na zona central), a De Um Filho, De Um Cego, de Jacarezinho (PR), deixou uma impressão forte com seu pop de guitarras, segundo relatos de alguns jornalistas e espectadores presentes no dia. O destaque maior, porém, ficou para a Patife Band, numa apresentação considerada “histórica” pela imprensa local, graças à execução impecável de grande parte do seu repertório. Entre os dois, o londrinense Luke De Held & The Lucky Band e a curitibana Central Sistema de Som. No dia seguinte, o Iate Clube recebeu o groove de Di Melo, que tocou acompanhado da banda local Sarará Criolo, precedidos de A República Imperial, Motorocker, Phantom Powers e Loladéli. O dia 6 foi dedicado ao heavy metal, com Imagery, Hellpath e Poltergat tocando na Barbearia. A organização do festival estima que mais de 2 mil pessoas assistiram a essas apresentações.
Bar Valentino – 10 de novembro
O bar Valentino carrega mais de 30 anos de história da produção cultural londrinense. O local tem dois ambientes: a “casinha”, quase toda de madeira e com ambiente mais “clássico” de bar, e uma pista. A primeira era suficientemente arejada para fazer qualquer um se esquecer do clima abafado. Essa tarefa era auxiliada pela presença da cerveja Demosul, uma IPA de 5% de teor alcoólico e 42 IBUs produzida pela Cervejaria Amadeus exclusivamente para o festival – a mesma cervejaria ofereceria ainda uma lager de respeito, batizada com seu próprio nome – há relatos de uma Pale Ale, mas se ela existia de fato, os consumidores do bar foram mais velozes que o repórter.
A “noite instrumental”, como era informalmente referida pela organização, começou com a gaúcha Andrea Perrone (foto). De cara, a moça abriu com uma livre improvisação e em seguida desfilou suas peças, sempre precedidas por uma breve história das circunstâncias da composição. As influências cruzadas de flamenco, blues, folk rock, música erudita e outros estilos conferia vigor mesmo às músicas menos aceleradas, e foi incrível notar a atenção que a plateia e até os garçons lhe dedicaram, parando para ver sua tímida e carismática figura enfileirar uma boa faixa atrás da outra. Em 2017 ela lançará seu primeiro LP, “Tinhosidade”. Fique de olho – e enquanto isso, ouça os dois EPs já lançados, disponíveis em seu Soundcloud. Um excelente começo de noite.
The Greengrass Brothers, quarteto representante da forte cena folk e country local, veio em seguida com banjo, baixo acústico, violão e violino para entregar um repertório coeso e reverente de bluegrass. É tudo divertido e bem executado, mas ainda sem uma personalidade distinguível. De qualquer modo, teve grande adesão do público, que, mais numeroso, já se espremia entre as mesas da “casinha”.
Os shows se transferem para a pista, e a partir daí, o festival vive seu momento mais forte, com três shows desprovidos de senões ou pontos baixos, hipnóticos até a última ressoada de microfonia. O Octopus Trio, de Londrina, foi uma baita surpresa: sem sequer ter disco lançado, fizeram um showzaço, trazendo um som imprevisível, com peso e groove que remetem tanto à psicodelia como aos power trios maluquetes dos anos 90, como Prong ou Primus (várias músicas têm quebras rítmicas e finais falsos). É verdade que Londrina têm tradição de abrigar ótimos instrumentistas, mas a dinâmica do Octopus Trio está muito acima da “mera” eficiência. Música para a cabeça e, se você for um pouquinho receptivo, para o corpo também.
O Muntchako!, do Distrito Federal, quase perdeu esse embalo, brigando com problemas técnicos de seus equipamentos no começo de seu show. Mas já na terceira música haviam recuperado a mão firme que guia sua combinação de afrobeat, funk, dubstep e até batidão, e aí foi só festa. Tocaram todos os seus singles (“Cardume de Volume” é um “clássico vulgar”, se tal coisa é possível) e faixas inéditas. Quem não se entregou ao bailão do grupo pelo menos não tirou os olhos do palco, porque a música desses brasilienses realmente impede a indiferença. Seu primeiro LP, produzido por Curumim e ainda sem título definido, é outro lançamento previsto para 2017 que merece sua atenção.
“10 minutos de Macaco Bong eu acho genial. 15 eu acho um porre”. A frase, dita por um amigo curitibano há oito anos, nunca me saiu da cabeça. Porque fazia sentido: por muito tempo, o trio mato-grossense era uma tremenda barulheira com mais boa vontade que bons resultados. Porém, tudo nesse mundo é passível de mudança, e a que eles atravessaram – que envolveu várias troca de integrantes, uma traumática saída do coletivo Fora do Eixo e problemas sérios de saúde do líder Bruno Kayapy – parece ter sido mais que benéfica para a música da banda. Permeando o setlist com boa parte das faixas que compõem seu álbum homônimo lançado em 2016 pelo selo Sinewave (baixe aqui), o trio mostrou que dominou as alternâncias de climas que outrora não se encaixavam a contento. Flertando com o hipnótico e o introspectivo, em alguns momentos eles soavam como um Explosions In the Sky que abdicou dos sonhos e tomou um choque de realidade. Não dá para saber ainda se esse é o melhor momento da banda ou o ponto de partida para algo ainda mais marcante, mas o fato é que, hoje, o Macaco Bong faz um show imperdível, que foi um apropriado encerramento para aquela que seria a melhor noite do festival. Mas ainda havia boas surpresas (e algumas decepções) por vir.
Auditório do SESI – 11 de novembro
Sexta-feira é dia de pocket shows (de 20 minutos cada) entre simpósios sobre produção musical e congêneres. A atividade nos palcos começa às 18h30 com a londrinense Montauk, uma banda de folk pop de tons MPBistas. Não dá para negar que se esforçaram: habitualmente um quinteto, encorparam a formação com teclados e metais para essa apresentação, e as duas primeiras faixas funcionam bem. As três últimas, porém, descambam para um som ingênuo demais, com melodias simples e letras tão “boazinhas” que uma delas chega a soar como balada gospel. Nada contra bons sentimentos, pelo contrário – esse ódio gratuito dos dias atuais faz mal para todo mundo. Mas desenhar um mundo que parece uma versão neohippie dos Ursinhos Carinhosos é um pouco demais. Pena. O começo tinha sido bem bom.
The Weird Family, por sua vez, mantém a constância do começo ao fim. Era a primeira apresentação do quarteto folk em um palco – a banda toca apenas nas ruas. As três moças e o rapaz que integram o grupo não se intimidaram, e deixaram que a segurança adquirida nas ruas ditasse o rumo de suas canções, que trazem influências de trilhas de spaghetti western (com direito a trechos de letras em italiano) na mistura de country e bluegrass. São todos bons instrumentistas, de estilos complementares: o senso pop e o toque intuitivo da compositora Taci Bernardi funciona bem com a técnica da baixista Mariana Franco, que, a modo do bandolinista Nahem Facioli, sabe que notas tocar e, principalmente, quais não tocar. Uma economia que funciona a favor da festa, completada pelo carisma da vocalista e violonista Suy Bernardi, que começou o show com uma classuda e insuspeita peruca e, uns dez minutos depois, a tirou para mostrar a cabeça raspada. Os vinte minutos eram regulamentares, mas a banda merecia bem mais.
Já o Abacate Contemporâneo… Bom, o nome da banda faz pensar em uma “releitura de guacamole” feita por restaurante “gourmet” (aspas pela ironia, caso não tenha ficado evidente). Faz pensar também em som cabeçudo com influência dos anos 80, e é quase isso: a Vanguarda Paulista é referência óbvia já nos primeiros acordes, e a competência dos músicos, principalmente da cozinha, é notável. Mas tudo que o instrumental constrói de bom é jogado fora com a teatralidade excessiva da vocalista Raquel Palma. A moça subiu ao palco parecendo uma cosplay de pavão sadomasô e cantou. Cantou, cantou e cantou, com seus trejeitos de Tetê Espíndola grave. Cantou tanto, com tanta interpretação, com tantos exageros vocais e trejeitos de corpo, que ficou difícil lembrar que ali tinha uma banda – não só porque ela ofuscava os (repito, ótimos) músicos, mas porque era tanto teatro que a música era quase auxiliar. Aparentemente, a proposta do quinteto é essa mesma, e encontra fãs hardcore na cidade – que quase lotaram o auditório. Se é assim, bom para eles – banda e fãs. Eu, porém, não conseguia afastar da minha cabeça horríveis associações com a “cena” autocelebratória e mitomaníaca da Praça Roosevelt, em São Paulo e daqueles ambientes cheio de gente que saiu das faculdades de artes para viver um pastiche de “vida loka”.
Cemitério de Automóveis – 11 de novembro
Troca de ambientes: sai o pequeno auditório do SESC, entra a “vila cultural” Cemitério de Automóveis, uma espécie de bar e espaço para mostras e eventos parcialmente financiado pela Prefeitura de Londrina. Ainda que simples em decoração e estrutura, o espaço tem uma distribuição bastante inteligente de ambientes, e só peca no serviço pela pouca opção de comida (nada que uma enorme pastelaria na calçada em frente não resolva). Embora habitualmente dedicado a eventos literários, o local funcionou bem para a “perna” mais underground do festival.
A melhor banda ali foi logo a primeira. O Etnyah é um sexteto londrinense que está na ativa desde o fim da década de 90 e, adequadamente, traz influências daquela época em seu som – na verdade, mais daquela turma da “corrente da mistureba” da metade da década: o manguebit, O Rappa, Planet Hemp… E não, não é pastiche nem datado: soam mais como uma banda que seguiu firme em sua proposta inicial do que alguém que parou no tempo. Depois do show, fiquei sabendo que tocaram desfalcados de seu tecladista. Espero vê-los ao vivo de novo para ver a banda com a formação completa, mas honestamente não deu para sentir falta, não. A combinação de guitarras pesadamente funky e uma trama extremamente criativa de percussão e bateria era especialmente eficaz nas faixas de seu último disco, “O Homem do Outro Lado do Espelho”.
Também de Londrina, Mocambo de Bantu é outro que remete aos anos 90, só que com as muitas vertentes da música afro-brasileira como ingrediente principal. A voz poderosa de Ana Paula da Costa e as percussões chamam a atenção de cara, porém a banda saiu prejudicada pelo som alto demais, que acabou deixando os graves dominarem o ambiente e apagarem as nuances dos teclados e guitarra. Falta, também, um pouco de “edição” às composições, que começam hipnóticas, mas se alongam tanto que acabam dispersando o ouvinte. Ainda assim, com um som melhor equalizado, teria sido mais interessante. Potencial para isso eles têm, sem dúvida.
Aí veio a Bandinha Di Da Dó, do Rio Grande do Sul. Sabe “banda-piada”? Então. Existe bastante gente que gosta – e a pista lotada do Cemitério de Automóveis, com muita gente dançando, comprova isso. O quarteto tem estrada e vem conquistando público a cada nova turnê, mas a sonoridade diluída de um Gogol Bordello (eles mesmos uma banda bem insípida) cruzada com uma versão chula do Tangos & Tragédias dói no ouvido de quem não está calibrado por litros de álcool e outros aditivos. “Parece banda de casamento”, confidencia um produtor musical ao lado. Solicitado a se explicar, diz: “aquele tipo de som que toca quando os pais e tios da noiva já estão bem bêbados e sai todo mundo pulando pelo salão, sabe?”. Sei. Por isso eu, ele e mais alguns achamos que a noite já tinha dado o que tinha que dar. Na metade do show, deixamos um monte de gente imitando aquele “mascote” da Net, o Skarvuska, e cada um tomou seu rumo.
Iate Clube – Dia 12
O sábado começou frio e com tempo para fuçar nos ótimos sebos de Londrina. Antes dos shows, houve uma rodada de negócios envolvendo os 15 produtores de festivais presentes e bandas da região – uma iniciativa que contribui muito para a circulação de artistas e fortalecimento do circuito alternativo de shows.
Os shows aconteceram mais uma vez salão do Iate Clube Londrina. O espaço, amplo e azulejado, acaba virando uma “sala de reverberação”, o que espalha os agudos e embola os graves, dificultando a vida principalmente de quem toca alto. Frio, chuva e o fato de ser feriado prolongado (emendando com 15 de novembro) roubaram parte considerável do possível público, e a primeira atração, o Red Mess (Londrina – PR) tocou para menos de 30 pessoas. O público só aumentaria com a terceira banda, a também londrinense Convulsão, com os paulistanos da Mocho Diablo entre os dois.
O som pesado com reminiscências noventistas deu o tom dessas três primeiras bandas. Às duas primeiras, falta mais experiência que talento. A Red Mess, um power trio de aspirações stoner, tem um som facilmente distinguível, com um conceito claro e riffs viciantes até para quem não é muito chegado nesse tipo de som – o único senão ficou por conta de alguns poucos desencontros instrumentais, principalmente do baterista, que perdeu alguns tempos e atravessou mudanças de andamento. O Mocho Diablo, por sua vez, é bem mais acelerado e tem inspiração garagista, e, mesmo com o bom inglês do vocalista Guilherme Klaussner, anharia muito se cantasse em português. A apresentação zelou pelo bom nome do som de garagem, mas teria sido mais adequado vê-los num palco menor.
A Convulsão, banda de Marcelo Domingues, um dos organizadores do festival, têm volume para segurar um espaço maior. Foi o retorno do quarteto aos palcos depois de quase 20 anos sem tocar. Helmet, Biohazard, e bandalheiras a fim estão na raiz do som da banda, e a receita funciona bem na primeira metade do som, principalmente nas faixas com mais groove. Porém, o trecho final fica “cabeçudo” e denso demais, dispersando o público.
Isso, porém, não foi problema para a Rosario Smowing. Bastou apenas uma canção para que a big band (oito músicos e uma dançarina em pernas-de-pau) argentina conseguisse chamar todo o Iate Clube, já bem mais cheio, para a frente do palco. Na segunda canção, já tinha gente dançando, e no final do show – o único a ter pedidos de bis, atendido pela banda – virou um festão. Ao som de baile inspirado por swing, jazz e dixieland, a banda acrescenta doses (maiores ou menores) de ska, be bop e rockabilly, mantendo o ritmo e o astral alto em todos os momentos. Cada músico é, visualmente, um espetáculo à parte, dançando sem que os movimentos atrapalhem sua execução impecável. Ainda assim, é injusto não destacar o vocalista e trumpetista Diego Casanova, um cruzamento visual de John Travolta com Robert DeNiro que toca seu instrumento de sopro com uma mão enquanto usa a segunda para segurar o copo de cerveja, dança como poucos e exibe as tatuagens e as pelancas como se fosse uma versão “baile da saudade radical” de um galã latino. Disparado, o melhor show do festival (e um dos shows do ano).
Felizmente para todos, quem vinha na sequência não era nenhum novato. Siba tem domínio de palco desde os tempos do Mestre Ambrósio, e sua releitura moderna dos ritmos pernambucanos costuma render shows impecáveis. No Demosul não foi diferente: começou com algumas das canções mais cadenciadas e cheias de nuances de seu último álbum, “De Baile Solto”, e foi progressivamente acelerando os temas e as execuções, até chegar aos improvisos de uma espécie de “electro-frevo-repente” do final. A reação do público, ainda suado e animado pela entrega da Rosario Smowing, comprovava: Siba era, sem dúvida, o headliner da noite, e o artista e sua ótima banda corresponderam às expectativas. Terminado o show, o pernambucano ainda desceu para atender aos fãs um por um na sua barraquinha de merchandising. Independência é isso aí – e não precisa vir acompanhada de empáfia.
Porém, ainda tinha uma das bandas mais superestimadas pela crítica brasileira na sequência, O salão do Iate Clube já havia perdido boa parte do seu público quando subiu ao palco o Defalla. Ou alguma coisa parecida com o Defalla: reduzido a um trio (Edu K, Castor Daudt e o baterista Vandinho Carvalho – Biba Meira e Carlo Pianta estão fora de novo), os gaúchos fizeram um show constrangedor, abundado de covers, com Edu e Vandinho adotando um visual de “malaco street” tão caricato que parecia uma piada planejada antecipadamente. Mas não era: transformando um monte de canções alheias, e bem poucas das suas próprias, em um rap torto e repetitivo, eles conseguiram a infeliz proeza de deixar o fumódromo mais cheio do que o salão. Ao fim do show, 18 pessoas resistiam em frente ao palco. Uma delas insistia que “daqui a 50 anos vão entender a genialidade desse show”. Se eu ainda estiver vivo (o que eu duvido) e tal fato se confirmar, por favor me procure para contar. Para a enorme maioria ali presente, foi um interminável momento de vergonha alheia, piorado pela insistência de Edu K em se comportar como um mega star mundial do nível de um Drake. Estava mais para “o doidinho da vila”, aquele cujas excentricidades já não causam mais impacto e leva os conterrâneos a ignorá-lo. Voltaram para um bis não solicitado, com todas as luzes da casa já aceso. OK, concedo: um show histórico pela sua atipicidade. Daí a ser bom…
Encerrado o festival, fica a oportunidade de um balanço bastante interessante. É ótimo ver que uma cidade fora do circuito de shows como Londrina tenha um festival tão variado e com uma proposta tão particular. Melhor ainda é ver que, mesmo com tal “isolamento”, a cidade continua produzindo bandas. Por outro lado, o amadorismo de muitas delas é latente, como se viu nas rodadas de negócios – mais da metade dos grupos e solistas chegavam para falar com produtores e empresários sem ter sequer uma única canção gravada. Ainda é muito difícil viver de música, mas nomes mais veteranos ali presentes, como Siba, Rosario Smowing, Macaco Bong e a própria Bandinha Di Da Dó provam que isso é possível, desde que os artistas tomem as rédeas das suas carreiras de maneira profissional
Ficou patente também que, mesmo não tendo batido nenhum recorde de público da sua própria história, o Demosul ainda é capaz de movimentar a cidade e atrair bastante atenção, tanto local como de fora. Demanda por música nova e vibrante, e fora dos vícios de grandes centros urbanos, continua existindo. O que é necessário é gente capaz de canalizar a boa produção e levá-la até onde essa demanda está. Tarefa dificílima, mas estão aí Demosul, Se Rasgum, Satélite061 e outros bons festivais para provar que isso é possível.
– Leonardo Vinhas (@leovinhas) assina a seção Conexão Latina (aqui) no Scream & Yell. Fotos
Parabéns ao Leonardo pela cobertura sincera. O que queremos é isso, elogios quando o show é bom e críticas quando o show é ruim. A maioria dos blogs musicais que cobrem festivais parecem assessoria de imprensa e os textos parecem release. Fiquei interessado na Rosario Smowing, vou dar uma procurada no trabalho deles. E Siba é sempre um showzão.
Obrigado, Cap Troz! Não acredito que imparcialidade absoluta seja possível, mas sempre acho que dá para ponderar e tentar trazer objetividade, Fico feliz que tenha visto isso no texto.
Logo após esse texto, vi na fan page do Defalla no face o anúncio do fim da banda. Pelo visto era o caminho natural mesmo. https://www.facebook.com/DeFalla/photos/a.10151170542399164.461623.191928584163/10154255633419164/?type=3&permPage=1
Obrigado pelo toque, Virgilio!
Parece que, no fim, o cara que dizia que o show seria “histórico” estava certo, mas pelas razões erradas. Realmente, o clima era de fim de baile. Triste fim de baile.
Uma pena que não consegui ir em tudo. Foi uma ótima programação!
o que eu li:
bla bla bla não gosto entao nao é bom, tentei ser BBBosta e não deu, me frustrei e escrevo materias bosta pra tentar transar mas ta foda.
fi bandinha di da do é banda de quem transa e faz orgia, vc nunca vai gosta msmo
Só para você saber, a tal “dançarina argentina de pernas-de-pau” sou eu. Paulistano vivendo em londrina há 12 anos sem vínculo nenhum com a banda, que estava no festival a serviço da divulgação da cerveja Amadeus.
Vitor, agradeço. Tive a informação, dada por dois dos produtores convidados (e não produtores do evento, vale ressaltar), e considerei que seria factível, já que todos, produtores e imprensa estavam circulando pelo mesmo hotel e pelos mesmos ambientes de trabalho. Falha minha não ter checado, e registro aqui minhas desculpas pelo erro.