por Tiago Agostini
A carreira do compositor Pedro Bonifrate se divide entre seu trabalho ao lado da banda Supercordas e uma elogiada carreira solo, que já conta com três discos: “Os Anões da Villa do Magma” (2005), “Um Futuro Inteiro” (2011) e o recém-lançado “Museu de Arte Moderna” (2013), liberado gratuitamente no site da Vice em outubro e gravado na própria casa de Bonifrate (ou Estúdio Móbile do Refresco Elétrico), em Paraty e no Rio de Janeiro
“‘Museu de Arte Moderna’ funciona mais como uma coleção de canções”, diz Bonifrate comparando o novo álbum com o elogiado “Um Futuro Inteiro”. Você pode ouvir as 14 canções de “Museu de Arte Moderna” no player abaixo. Bonifrate faz show acústico em São Paulo nesta terça-feira, 12/11, no Puxadinho da Praça (Rua Belmiro Braga, 216, Vila Madalena), ao lado de Filipe Giraknob e Diogo Valentino. O show está marcado para às 21h.
Você teve apoio da Vice nesse disco. Como funciona essa parceria e como facilita o processo de gravação?
A Vice hospeda o mp3 no site e consequentemente rola um apoio na divulgação. Mas não teve nada a ver com o processo de gravação. O disco, como de costume, foi todo gravado por mim na minha casa.
O disco anterior era bem introspectivo, muito folk e tinha como grande tema desilusões amorosas. Este vem mais produzido, mais variado. O que mudou no momento de compor e gravar ele? O “Museu de Arte Moderna” tem um fio condutor?
Acredito que o “Museu de Arte Moderna” funciona mais como uma coleção de canções. As ligações entre elas existem, e algumas sequências até contam histórias, mas não tão concisas como as de “Um Futuro Inteiro”. Conjunturas diferentes geram canções diferentes, mas o procedimento de gravação foi parecido.
Depois de tantos anos de carreira, a divisão do que é musica para o Supercordas e o que é musica solo é mais clara?
É mais confusa. Também se tornou uma questão conjuntural. Algumas das músicas do “Museu de Arte Moderna” poderiam ter ido pros Supercordas, mas não tínhamos planos concretos de gravar coisas novas com a banda quando comecei. Agora estamos pra começar a gravar de novo, então novas canções estão sendo pensadas para os Supercordas. O destino de cada canção pode ser um pouco arbitrário, mas uma vez feita essa escolha, os processos finais de composição acabam sendo muito distintos.
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