por Marco Tomazzoni
No início do século, o Radiohead era aquele grupo que tinha esculpido um lugar na santíssima trindade do rock contemporâneo com o irrefutável “Ok Computer”. A soberania não fez com que o grupo pisasse no freio e, na virada da década, o mítico ano 2000, apareceu “Kid A”, um disco que abria mão das guitarras para investir em inquietude, experimento e dor, muita dor. A surpresa foi, apenas oito meses depois, “Amnesiac” ter sido lançado, irmão em primeiro grau do álbum anterior.
Ambos foram gravados nas mesmas sessões e separados ao nascimento. Não são poucas as coletâneas encontradas na web em que fãs tentam achar qual seria a ordem correta das faixas se as gravações tivessem dado origem a um disco duplo. Apesar do parentesco inconteste, cada um tem sua personalidade. “Amnesiac” não se trata, como alguns simplistas possam pensar, de uma coleção posterior de lados B, pelo contrário: os álbuns refletem prismas diferentes. Como disse Thom Yorke, “Kid A” vê fogo na floresta; em “Amnesiac”, se está na floresta.
A filiação, no entanto, deixa evidente a tentativa de abandonar o rock tradicional, entre aspas, e abraçar a vanguarda, onde não se tem fronteiras. Versos quebrados, filosofia e eletrônica entram em cena para atirar ao alto a vontade de agradar as massas e agradar, sim, as massas cinzentas. O guitarrista Ed O’Brien já afirmou que o objetivo do quinteto era trabalhar como um coletivo, subverter o conceito de banda para investir em “sons”, por mais abstrato que isso possa parecer. O fato é que eles chegaram a algo parecido, uma maturidade interna iniciada no experimentalismo de “Kid A”, em que melodias deram espaço a texturas perturbadas, herméticas, complexas como harmonias de jazz e circulares como krautrock.
“Amnesiac” abre com “Packt Like Sardines in a Crushd Tin Box”, que repercute na percussão metálica a lata do título. A melancolia, desespero e desilusão característicos da pena de Yorke temperam a letra. “Após anos de espera, nada aconteceu”, ele canta, numa linha eletrônica típica do Aphex Twin, entremeada por distorções e ruídos climáticos, originários de um território desconhecido.
Na época, Thom Yorke declarou à imprensa britânica que o álbum transmite a sensação de se “encontrar um velho baú no sótão recheado com notas, mapas e descrições de um lugar de que você não consegue se lembrar”. Na contracapa, uma advertência na mesma linha: “Guarde longe da luz direta, preferencialmente numa gaveta escura com seus segredos”.
Ecos disso deságuam na primeira faixa de “Amnesiac” e escorrem por todas as outras. “Pyramid Song”, a canção seguinte, trata pura e simplesmente de suicídio. O piano dita notas melancólicas e carregadas de agonia, apenas três, para uma bateria no fundo, firme, acentuar o drama. “Não havia nada para temer e nada para duvidar.” Com ajuda das orquestrações de Jonny Greenwood, tenta nos convencer do alívio da morte. Música nada usual para ser escolhida como primeiro single, prova de que, apesar de ligado à EMI, o Radiohead não tinha nada de submisso e segurava com garbo as rédeas da carreira.
Yorke chegou a falar que “Pyramid Song” era a melhor coisa que o Radiohead já tinha gravado. Hoje nem ele deve mais acreditar nisso: disse no calor da hora, talvez numa tentativa de autoafirmação ou validação da experiência do grupo. Até porque o mesmo ar experimental e de efeitos distorcidos passeia por “Pull/Pulk Revolving Doors”, liderada por uma batida eletrônica envolvente como as portas da letra, armadilhas que se fecham para não abrir mais.
A primeira grande gema reluz em “You and Whose Army?”. Um coro cantarolando no início dá a entender que vem beleza, e só surge dor. Acompanhado por uma guitarra chorosa, Yorke debocha com voz cambaleante, de alguém que já apanhou, a boca cheia de sangue, moral na sarjeta, mas seguro de que estar na pior não quer dizer porcaria nenhuma. “Pode vir se você acha que consegue encarar todos nós”, desafia, em um recado direto, dizem, ao então primeiro-ministro britânico, Tony Blair, e a seus companheiros do partido trabalhista.
As guitarras, cuja ausência serve de munição para a grande maioria dos detratores de “Kid A” e “Amnesiac”, dão seu recado em “I Might Be Wrong”, também título do álbum ao vivo lançado pouco depois. Levemente dançante, a música dá destaque para o baixo de Colin Greenwood e muda de clima rumo ao final, abrindo alas, veja só, para um pequeno solo de O’Brien.
Na sequência, vem a assombrante “Knives Out”. Sem experimentações, segue uma linha de guitarra que se esgueira do início ao fim. A simplicidade, reza a lenda, fez com que ela levasse mais de um ano para ser concluída, já que o grupo nunca parecia estar satisfeito com o resultado. A letra, um primor, é aberta o suficiente para ser interpretada como canibalismo, como Yorke já comentou, ou como a perda de um ente querido. É mais divertido, claro, imaginar que se trata de uma aventura canibal encerrada com o verso “coloque ele na panela”.
Incluída em “Kid A”, “The Morning Bell” ganhou uma regravação diferente, e melhor. Saiu a bateria marcada de Phil Selway para entrar um xilofone, lindo, evocando um desespero angelical, seja lá o que isso for. A instrumental “Hunting Bears” também supera “Treefingers”, do disco anterior. Sozinha, acompanhada apenas pelo vento (!) e por um sintetizador discreto, a guitarra de Jonny evoca um clima árido típico das trilhas sonoras de Ry Cooder.
Se “Amnesiac” tem seus pontos altos, peca por não ter uma sequência deliberada – o conjunto de faixas é menos coeso do que “Kid A” e é agrupado de modo arbitrário, dizem até que de forma proposital, para provocar uma estranheza clara entre os dois discos. Especulações à parte, é notório que “Dollars & Cents”, uma crítica genérica de Yorke ao sistema financeiro, e “Spinning Plates”, quase ininteligível ao brincar com sons ao contrário, seguem o mesmo espírito do álbum, mas têm menor quilate no conjunto.
O mesmo não se pode dizer de “Life in a Glass House”. Gravada no final de 2000, em uma sessão de estúdio exclusiva, a música dá um passo à frente ao flerte com o jazz esboçado em “The National Anthem” e, grosso modo, é justamente isso: o Radiohead tocando jazz. Na verdade, o crédito é mais de Humphrey Lyttelton e sua banda – o saudoso trompetista, na época com 80 anos, é apontado por Greenwood como o principal responsável pela faixa. Ao lado do clarinete, o trompete brilha no refrão, em um dos principais destaques do álbum. Não é a despedida sacra e redentora de “Motion Picture Soundtrack”, mas fornece a salvação do mesmo modo.
Importa saber para onde pende a balança, se para “Kid A” ou “Amnesiac”? Nem um pouco. A competição entre irmãos é real (quem tem sabe como funciona) e, por mais que os pais digam o contrário, sempre há um preferido. Há quem aposte no primogênito, outros vão acabar ficando com o irmão menor, tem gosto para tudo. Importa, sim, é que juntos os dois álbuns demarcam um dos alicerces do que é o Radiohead hoje, pós “Hail to the Thief” e o cheque-mate midiático de “In Rainbows”: a banda mais influente do rock mundial, uma mistura de guitarras, melodia e vanguarda. Parece definitivo, presunçoso demais, como as verdades sempre parecem.
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Marco Tomazzoni é jornalista do iG Música e do US Cultura.
O Scream & Yell faz um retrospectiva da carreira da banda de Thom Yorke detalhando disco a disco a trajetoria de um dos poucos grupos que realmente importam no rock mundial. Semana que vem, “Hail To Thief”.
Leia também:
– “Pablo Honey”, por Eduardo Palandi (aqui)
– “The Bends”, por Renata Honorato (aqui)
– “Ok Computer”, por Tiago Agostini (aqui)
– “Kid A”, por Luís Henrique Pellanda (aqui)
– “Amnesiac”, por Marco Tomazzoni (aqui)
– “Hail To The Thief”, por Marcelo Costa (aqui)
– “In Rainbows”, por Alexandre Matias (aqui)
“a banda mais influente do rock mundial, uma mistura de guitarras, melodia e vanguarda. Parece definitivo, presunçoso demais, como as verdades sempre parecem.”
ahh um final redentor.
Depois de uma longa espera para ler algo do “meu” álbum mais ouvido dos Radiohead desde 2001. ótimo texto, mantendo o bom nível dos outros.
Só para dá uma de xiita, considero Dollars And Cents uma das melhores músicas do Radiohead.
e Kid A/Amnesiac são atestados de genialidades.
“Kid A/Amnesiac são atestados de genialidades.”
concordo plenamente <õ/
até gosto mais do Kid A, mas Amnesiac é ótimo também. Tem uma coisa interessante: nunca consegui escolher uma musica favorita em Amnesiac ._. Tem umas q acho melhores, mas tipo, a melhor do album naum consigo tirar…
Falando em melhores, eu prefiro Like Spinning Plates ao vivo, do CD I Might Be Wrong Live Recordings. Mas a versão do disco tbm é boa.
Gostei da análise incluir as menções de Thom Yorke. Elas são essenciais para entender o álbum. Uma vez ele disse q “em Kid A, algo traumático acontece, e em Amnesiac, vc está olhando para trás e lembrando.” ^^’
Muito boa a análise, parabéns \o/
Ótimo texto. “Kid A/Amnesiac são atestados de genialidades”. Concordo e vou além….trata-se do que de melhor aconteceu musicalmente nesse século.
E também acho Dollars and Cents uma das melhores músicas do Radiohead.
Muito bom o texto, permite ouvir o cd analisando-o de uma nova maneira. Só acho a versão de Morning Bell do “Kid A” melhor. Também considero Dollars and Cents excelente, uma das melhores do “Amnesiac”. E, de fato, Radiohead é genial, está no hall das grandes bandas da história.
a melhor das resenhas até agora escritas.
mas não deu ênfase suficiente a dollars and cents e like spinning plates, obras-primas do tipo que só fãs do radiohead sabem reconhecer.
fora que pyramid song foi analisada de forma rasa, comparado à complexidade da canção.
mas bom resultado, em geral.
Estranho…somos todos fãs de Radiohead e mesmo assim é difícil concordarmos em tudo…isso prova o quanto além eles estão, acho…(e não estou falando especificamente desta resenha e sim do conjunto de todas). Meus preferidos disparados são The Bends e OK Computer, mas claro, admiro todos. Cada um a sua maneira.
Sou músico, toco muitas coisas deles. As estruturas de Kid A viraram completamente minha cabeça, até hoje. St. Peppers é considerado a Obra Prima dos Beatles. Aceito, mas meus preferidos são o Branco, Rubber Soul e Revolver.
Não precisamos ficar aqui tentando provar que é mais fã que quem. Quem entendeu o disco melhor ou não. Ridículo! O próprio Thom Yorke dizia que ele usa as palavras mais pelas sonoridades delas do que seus significados propriamente. Vocês se levam muito a sério…
E Jonny Greenwood é tão talentoso quanto Thom. É o Jonny Marr do Radiohead. Simon Gallup do Radiohead…
Nos vemos todos no mesmo show. (que cada um irá transformar em seus shows particulares).
Assistirei no RJ e SP. Quero me certificar do que vi/ouvi no dia anterior…rsrsrs
Abraços!
Esse junto com o Pablo Honey são os piores do Radiohead, incrivel é que adoro o Kid A, mas odeio esse, pareçe muito forçado enquanto Kid A soa natural, e tem algumas musicas muito chatinhas como as faixas 1 e 3.
Mas o incrivel é que minha musica preferida do Radiohead é justamente Knives Out, e acho Morning Bell muito melhor nesse album.
Mas no geral decepcionante.
Queria q todo o disco fosse decepcionante como Amnesiac. Meu deus a música pop se salvaria da mediocridade em q se encontra.
Leno, você pode até usar outro argumento pois esse não convence: Amnesiac pode ser tudo, menos pop. Ele é deliberadamente antipop, vanguarda como o título do texto diz.
Eu Chamei o Amnesiac de POP? so me responda por favor. Depois continuo.
Se leres “bem” veras q estou além de ironizar o Sr. Victo B tb ironizo a música Pop. Por não ter (na minha visão) um disco a altura da vanguarda de Amnesiac. Para mim o disco definitivo dos Radiohead. Sou Fã.
Ok? querido Mac?
Excelente artigo. Ainda não li sobre os álbuns anteriores, comecei do último. O comentário é só pra dizer que eu “aposto no primogênito”. Kid A pra mim é insuperável.
Tudo bem, deixa pra lá. Quem sou eu pra pedir racionalidade pra fã, né mesmo. : )~~
Gente, me desculpa, mas não gosto desse disco de jeito nenhum.
Mac
Março 5th, 2009 at 8:55 pm
Tudo bem, deixa pra lá. Quem sou eu pra pedir racionalidade pra fã, né mesmo.:)~~
Disse tudo Marcelo, as vezes os fanboys são muito cegos ou enxergam apenas uma coisa, ainda mais quando é sobre sua bandinha preferida, pensam que é a melhor maravilha do mundo sem nem ao menos olhar para o lado.
Sou fã de Radiohead mas esse album fede.
Mas, o insano aqui é vc. Onde vc leu que eu chamei o Amnesiac de POP, onde meu filho?
Nossa, Vitor B onde vc concebeu essa “Tese” ?
E se alguém te fala “conheço grandes discos da história da musica/rock e mesmo assim considero Amnesiac uma obra prima” oq vc diria:? pode responder?
Pois é. Questão de gosto, não? não uma questão de Fã. SAIBA difenciar a não generalizar sua opnião meu filho.
Esse Leno so me persegue aqui, deixa eu postar em paz cabra da peste.
Se vc esta pedindo para respeitar sua opnião então respeite a minha.
Simples assim.
Poxa, não estou te perseguindo, hahaha, so estou fazendo uma pergunta.
o Mac, disse qe eu chamei Amnesiac de Pop e eu respondi. Não é sair falando, há uma outra pessoa do outro lado que tb pensa. Ironizar é simplorio. Enfim, so perguntei algo Victo, Deixa pra lá.
Ok então.
Kid A e Amnesiac são atestados de pura…chatice.. e pretensão
Vai ouvir Calypso Meu filho. é animado e despretencioso.
VictorB, usar termos como fanboys parece-me escapatória para o fato de você não conseguir gostar de um cd que é quase unanimidade dentre aqueles que realmente tem o radihead por ‘banda da vida’. é um cd difícil, meu caro, não se culpe por não entendê-lo, mas também não agrida aqueles que o fazem.
O melhor texto da série até aqui . Tá engraçado esse tiroteio nos comentários. 🙂
daniel eu queria te dar um boa resposta, mas vc ja respondeu ela.
“termos como fanboys parece-me escapatória para o fato de você não conseguir gostar de um cd que é quase unanimidade dentre aqueles que realmente tem o radihead por ‘banda da vida’”
Radiohead não é a banda da minha vida, sentiu a diferença agora??
Eu gosto do Radiohead, mas eles não são perfeitos, lançaram albums bons e ruins, ninguem é obrigado a gostar de nada, ainda mais de musica que é mais de gosto pessoal.
Sr Victo B. Vc NÃO está percebendo que é essa a SUA principal contradição.
Vc quer “sintetizar” uma opnião sobre algo que vc nem mesmo sabe doq ta falando.´
Fã meu amigo, pode ser xitita como eu (confesso) mas procuro conhecer a banda pra isso.
tudo bem, dê sua opnião, diga que é uma merda tal cd, mas NÃO venha com esse ar pretencioso como se eles fossem a “banda da tua vida” e vc tivesse falando uma “verdade de fã”
ok? respeite quem realmente tem essa banda como banda de culto e procure conhecer pra podermos PELO MENOS respeitar tua opnião como um opnião contrária, porém digna, e não como um “empolgado do contra incompreendido pelas massas” .
Essa é minha Opnião.
Caro Leno, não tenho culpa se sou uma pessoa séria, sincera, coerente e imparcial, estou aqui para mostrar minha opnião, concorde com ela quem quiser ja que ninguem aqui é obrigado a concordar, não estou aqui pra puxar saco de ninguem, muito menos de fanboy.
Acontece que vc é um fã xiita(como vc mesmo confessou), isso mostra o porque de vc ficar chateado e de não querer ninguem falando da sua banda preferida, como eu ja tinha falado, ninguem é obrigado a gostar de nada, cada um aqui quer mostrar sua opnião, o que vc tem que fazer é respeitar para assim ser tbm respeitado.
Sim sou fã de Radiohead, vejo suas qualidades, mas não é por isso que não veja seus defeitos tbm, não gosto desse album e expressei minha opnião sobre, se eu falasse bem vc não estaria chiando, seja uma pessoa mais coerente com as opniões dos outros e deixe seu fanatismo de lado.
Opa!
Mais um fã de “Life in a Glass House”, uma das mais belas e injustiçadas canções da banda! Trilha sonora ideal pra ir desta pra melhor =]
Ótimo texto.
Meu filho, coloca uma coisa na sua cabeça, não quero concordar com discordar de vc (tanta faz) agora temos (ou tenho) todo o direito de expressar minha opnião sobre tua opnião e não chamar ninguem de ” fanboys” e sim de discutir mesmo a questão. Cd chato, cd que fede, cara tanto fez esses termos pobres, agora, emota sua opnião e não torne ela a MÁXIMA q realmente ela não é, nem a minha nem de ninguém.
uau, q discução o.o
nem sei mais do que estão falando XD
vou dicar de fora… o/
Keivan disse algo interessante: “Kid A e Amnesiac são atestados de pura…chatice.. e pretensão”. é verdade. é tão óbvio isso. qualquer disco de rock progressivo tem mais do que isso. mas alguém, num português tacanho (despretencioso…putz..) já o mandou ouvir calypso. como se necessariamente fosse apenas essa a alternativa. eita geraçãozinha tola.
Tem outra. Não ouve.
Podem falar bem, mas esse disco é muito ruim. Marcos, seu texto está ótimo e se encaixa naqueles casos de ser melhor que o álbum, mas Amnesiac não dá. Até aceito que ele possa ser bom em teoria, mas na prática não funciona. Só mesmo fã para gostar e ser deselegante ao ponto de ainda xingar aqueles que não gostam.
Abraços a todos
Zé Roberto
Esse é um dos X da Questão. Quem xinga geralmente é oq nçao gosta do disco e assume uma postura agressiva contra quem gosta, como se gostar do Amnesiac fosse gostar absurdamente de alguem que é incontestavelmente ruim e desculpe, nem todos pensam que o disco é ruim não e pior nem todos precisam ser fã da banda pra gostar. Conhece gente que nem dá muito valor ao Ok Computer e adora o Amnesiac, conheço gente que curte OKC e The Bends, não gosta do Kid A e ama o Amnesiac, conheço gente, Dj, músicos etc que consideram o Amnesiac um rtabalho de vanguarda e sabe?? eles nem tem a banda como banda de culto. Entao, vc gosta vc não gosta, cada um tem a sua verdade.
Felizmente Thom Yorke deixou as piores musicas de fora do Kid A, infelizmente depois ele fez um album com elas.
Com certeza o Leno não tem mais do que uns 21/22 anos. Radiohead é a primeira coisa que ouviu na vida, achava que só ele curtia e depois descobriu outros nerds como ele. A banda deve rir desses fã-boys…
Nesse último coment ele deixou claro sua xiiiitagem…citou que conhece muita gente e que todos, apesar de não curtirem os outros albuns, adoram Amnesiac…
Amnesiac tem seus valores e tals, mas parece mais uma coletânea de lados B do que um disco de trabalho. Fica meio que claro que são sobras de Kid A. Esse sim, um trabalho coerente e revolucionário. Trabalhado, impecavelmente produzido, inspirado…Amnesiac parece rascunho de algo.
Ah…gosto muito do Radiohead sim. quer disputar????? rsrsrsrs
só para por mais lenha aqui…hehehe
Kid A é mesmo “coerente e revolucionário”, além de extremamente belo. Disco agradável de se ouvir trancado no quarto. Amnesiac é bom, mas não chega à grandiosidade de seu antecessor. Respeito quem não gosta dos dois (cada um tem seu gosto, ora), mas acho demasiado simplista taxá-los de “chatos” e “pretensiosos”.
E eu que achei que os comentários sobre o Kid A seriam os mais polêmicos…
Refiz a minha “defesa” kkkk pra vc não se desviarem do assunto.
Relaxem pessoal, não é uma disputa de egos ou quem conhece mais radiohead que o outro.
Desculpem, mas vc estão viajando na maionese. A questão é de respeitar a opnião e além disso, saber discuti-las. É simples, não é preciso criar polemica pra nada ( não a toa tem tanto conflito no mundo). Eu quis dizer DUAS coisas quando citei pessoas que gostam de Amnesiac:.
1) O mundo da música e do universo do Radiohead não são feitos so de gente que odeia o disco.
2) Há pessoas que não são fãs da banda e MESMO ASSIM gostam do trabalho.
Não tem mistério, parem de criar esse mito de só fã curte Amnesiac meu, relaxem, não gostaram? e daí? so não gozem nas calças de tanta efetaçao por isso. kkk
E não Samuel, vc esta errado, tenho muito mais q 21/22 anos…
Confesso to me divertindo.
eu acho q qualquer um pode chegar e dizer “eu naum gosto de amnesiac” e pode ateh chamar de “chato e pretencioso”, mas esse negócio de gosto eh complicado neh.. ^^’
Concordo q chamar o disco de “chato e pretencioso” eh um comentario bastante vago, mas se o cara acha isso, fzr o q neh… acho q toda essa discução leva a um ponto importante:
– Discordar é normal, mas qualquer um gosta de respeito na hora de manifestar a opinião.
Portanto, “chato e pretencioso” eh um pouco desrespeituoso sim, vendo que muita gente (eu incluído) admiram o álbum e sua profundidade (coisa que só qm gosta pra entender).
mas realmente, essa discução não vai levar a lugar nenhum ^^’
So queria entendem profundamente em q Amnesiac é ruim. tipo, se juntar tudo dele, letra, conceito, melodia, o vocal, a eletronica, o jazz, oq torna esse disco absurdamente ruim para essas pessoas? isso quando não é gosto pessoal e sim conceito sobre o album. Oq o torna ruim?
Realmente, Calypso é melhor que ese álbum
É sério !
Discussões a parte, esse é um dos meus preferidos. Devo ter escutado mais ele do que o Kid A, hehe.
E prefiro Morning Bell na versão do Kid A.
E Like Spinning Plates é foda, adoro tanto a versão de estúdio quanto a ao vivo.
E não sou fã alienado eim.
DH, não caia nessa mentira pregada pelos quatro cantos que só fã da banda gosta desse disco.
e ainda estou esperando…
Esse álbum é superestimado. Na verdade, ele é muito chato.
E?
E essa é minha opinião. Ah, já sei, é diferente da sua né? Desculpe.
Claro q não. So acho que o termo chato é uma opnião, tipo limitada. Mas é a sua. Ok
Sabe o que é mais chato que o disco? O Leno.
Entendeu agora?
Amigão, vc queria o que? Que eu explicasse o termo chato !!!
Até explicaria, mas o samuel fez esse favor pra mim.
Valeu Samuel.
Amigão, não precisa já saquei a tua. meu deus!!!! salve-me!!!!
Peguei o Kid A e o Amnesiac esses dias, conhecia algumas faixas mas nunca ouvi inteiros. Entendo e respeito que os ache pretensiosos ou chatos, mas fiquei muito impressionado. OK Computer é um clássico, mas depois do Kid A eles ultrapassam a barreira do rock encontrando o espaço para produzir sua música mais livremente. Kid A e Amnesiac ( sem juízo de valor quanto a ser os melhores trabalhos) são pilares de sua música, um catálogo do que fizeram e podem fazer.
discaço, subestimado por bobeira e implicância de diplomados.
sabem nada.
Finalmente uma opnião Lúcida, de alguém que está de “fora” das apimentadas discussões sobre o GENIAL Amnesiac.
Eu o acho muito bom.
Pyramid Song é uma das músicas mais bonitas deles.
You and Whose Army, I Might Be Wrong e Life in a Glass House são excelentes também.
Melhor ou pior do que Kid A? Tanto faz, na verdade os dois formam um mesmo trabalho e poderiam estar num mesmo disco.
Acho ambos não tão bons como o The Bends e OK Computer, mas o legal é que o Radiohead podia seguir uma linha que deu certo e os alavancou para o sucesso, mas preferiu investir em um outro conceito.
Talvez seja essa a diferença do Radiohead para as outras bandas.
Poucas mudaram tão radicalmente durante a carreira, os Beatles fizeram isso, o Pink Floyd também, mas vejam o U2 ou até os Roling Stones, a linha das músicas mudou pouco durante toda a sua extensa carreira.
Gosto muito de ler sobre Amnesiac e Kid A. Aquele é para mim, ainda, o pior disco do Radiohead, o que não significa tanto assim. You And Whose Army e Packt… são lindíssimas, Like Spinning Plates é como uma lâmina dilacerando o cérebro.
Acho não menos digno todo o encarte e o trabalho gráfico (store it in a dark place with your secrets). Lendo textos assim me fazem voltar ao disco, tentar ouvir coisas que eu não tinha ouvido antes. Enquanto lia, peguei meu CD e ouvi algumas músicas das quais não gostei depois de umas tantas ouvidas. Não é um disco tão fácil, mas já estou gostando bem mais do que outrora.