500 Toques por Marcelo Costa
“Sacos de Plástico”, Titãs (Universal)
Nem o fã mais ardoroso estará pronto para a decepção que será ouvir o 16º disco do Titãs, não só o pior álbum da banda, mas o pior do rock nacional (quiça mundial) nos últimos dez anos. A produção (direção artística, de repertório, mixagem, programação, baixo, guitarra, teclados e percussão) de Rick Bonadio (seu nome aparece mais no encarte que o da banda) deixa o grupo em segundo plano com programações eletrônicas de quinta categoria. As músicas de rima e temática chinfrins não ajudam. Uma vergonha.
Nota: 0
SIte Oficial: http://www.titas.net/ (Ouça “Sacos Plásticos”)
Leia também
– “MTv Ao Vivo”, Titãs, por André Azenha (aqui)
– Os Dez Piores Discos do Rock Nacional (aqui)
“Jardim de Cactus”, Dado Villa-Lobos (Black Records)
Gravado entre 2000 e 2004, a estréia solo do ex-guitarrista da Legião Urbana já havia surgido ao vivo via MTV em 2005, mas só agora o registro em estúdio chega ao mercado oficialmente. Parcerias com Paula Toller (a boa faixa título e “Dias”), China (“Nos Lençóis”), Toni Platão (“Como Te Gusta?”, com riff que lembra “Jumping Jack Flash”), Humberto Effe (“Quase Nada”) e Fausto Fawcett (a ótima “Faveloura & Lov”) recheiam um disco em que o vocal de Dado (e as canções) não compromete(m), mas também não seduz(em).
Nota: 6
My Space: http://www.myspace.com/dadovillalobos (Ouça “Faveloura & Lov”)
“Dres”, Nando Reis e Os Infernais (Universal)
Em seu sexto disco solo de inéditas, o ex-titã abraça o rock setentista privilegiando as guitarras numa sonoridade que já havia marcado algumas canções de seu álbum anterior, “Sim e Não” (2006), enquanto aproveita para homenagear a filha na suave “Só Para So”, relembrar a mãe na confessional e bonita “Conta” além da ex-namorada Adriana Lotaif, musa direta de ao menos três canções do álbum. Ana Cañas divide vocais em “Pra Você Guardar o Amor”, bela balada acústica inspirada em Crosby, Stills and Nash.
Nota: 7
Site: http://nandoreis.terra.com.br/discos-e-letras/?album=673 (Ouça “Conta”)
Leia também
– “MTV ao Vivo”, Nando Reis e os Infernais, por Leonardo Vinhas (aqui)
– Nando Reis ao vivo no Centro Cultural Fiesp, por Marcelo Costa (aqui)
Pô Mac, eu gostei desse cd dos Titãs, achei melhor que o “Como estão vocês?” e o “A melhor banda…”. achei sacanagem tu dar uma nota zero cravada assim, hehehe…
Putz, não teve como. Há uma memória afetiva que tenta me impedir de achar que aquela banda que eu admirava se tornou isso: refém de um produtor cujos méritos não são lá elogiáveis. Eu curti algumas coisas do “A Melhor Banda” (até toquei a faixa título pro Ian McCulloch numa cabra-cega, e adoro Epitáfio), mas o “Como Estão Vocês?” passou completamente batido por aqui. Olho ele ali na estante, lembro que ouvi, mas não consigo lembrar de nada ali que tenha me animado. Acho que o último disco deles que me balançou mesmo foi o “Domingo”. E o primeiro acústico tem coisas muito fodas, mas esse… me desculpa mesmo. 🙂
Mac, vc foi muito injusto com os Titãs, a nota não pode ser zero e sim -10, o cd é muito ruim, mas muito ruim mesmo, a faixa título eu fiquei com vergonha de escutar sozinho no meu quarto, é uma coisa pavorosa, uma letra que um macaco faria melhor, meu Deus, o Titã devia ter acabado a muito tempo mas algumas fatores ($) fazem eles mancharem sua historia…
Olha,Mac,eu achei que fosse vir uma bomba em forma de disco,hehehe.Não é bem assim.Algumas músicas achei legais como A Estrada,Antes de Você,Deixa eu Sangrar(as melhores do disco).Mais essas mesmo.Eu também não gostei dessas programações.Só mesmo em Quanto Tempo,que é um dancehall que os eletrodos se encaixaram bem ao corpo(hã,hã).Outra boa do disco.Bom,quanto ao Rick…….ele se acha,disso nós sabemos bem.Não é a toa que o nome dele aparece em todo o disco,hehehehe.Mas poderia ser bem melhor,isso sim.Espero mais deles agora.Mas acho que é um problema deles resolver a banda mesmo.Não de produtores quererem resolver.
A letra de Sacos Plásticos é horrenda mesmo.
Rick Bonadio tem o toque de midas invertido, tudo que ele toca vira merda! O maior vilão do rock nacional!
Imagino o Nando Reis agradecendo por ter escapado dessa.
Vcs falam do cara (com justiça) mas o Titãs já é uma banda bem grandinha pra se aventuar assim com produtores controversos. Não espero nada desse grupo, uma espécie de Rolling Stones de quinta.
Perto desse “Sacos Plásticos”, o “Titanomaquia” parece até um bom álbum.
E o novo do Nando realmente é bem bom. 🙂
Concordo com o Leno. O Bonadio esta ai e todo mundo sabe o que dah se envolver com ele. Se a banda topou jah sai perdendo ponto. E fiquei curioso pelo disco do Dado.
“o 16º disco do Titãs, não só o pior álbum da banda, mas o pior do rock nacional (quiça mundial) nos últimos dez anos.”
“Você Não Precisa Entender é o pior disco do grupo, quiça, um dos piores do rock brasileiro”.
Sempre a procura da banda perfeita, hein? hahahaha
Bom, eu já não ia ouvir mesmo o novo do Titãs, como não ouvi o “Como Estão Vocês” até hoje. E não foi o Bonadio que produziu o “Ínvisível DJ”, último disco do Ira!? Esse eu gostei muito, o melhor disco do IRA desde os anos 80, na minha humilde opinião, o que vc. acha MAC, será que o Titãs entregou na mão do produtor e deixou pra lá e o Ira! não? Os resultados foram bem distintos, o que vc. acha? Um abraço, e continue com suas excelentes resenhas!
Tem gente que ainda trabalha “Eletrônica” aqui no Brasil com o pensamento “pré-Kraftwerk” ou desprezendo referencias modernas em prol de “batidões” e aglomerados de ‘beats” datados. Cara vão ouvir Kid A, Krautrock, Downbets e propostas de vanguarda, os caras (como esse grupo Titãs) tem na mão oportunidade pra trabalhar em algo sério, e mesmo assim so fazem merda.
Fala Mac! Sou seu leitor há alguns anos e só agora interajo de alguma maneira. Mas enfim, sempre há uma primeira vez. Como o tom dos comentários até agora estão direcionados para o disco do Titãs (Fiquei estarrecido e depremido depois da audição), vou dar uma balanceada e comentar sobre o CD do Dado.
Acho que pesa contra o Dado, o fato de ele ser o êx-guitarrista (e coadjuvante) da Legião Urbana, ter feito parte de uma Banda que tinha um dos maiores vocalistas e ícones de uma geração. Por exemplo: A voz do Romulo Fróes também não seduz tanto assim, embora seu trabalho seja magnífico. É claro que tudo é uma questão de gosto, mas achei esse “Jardim de Cactus”, muito bom, com uma sonoridade bastante interessante, e que, aliás, passa um pouco longe do universo da Legião. Achei seu comentário até razoavelmente positivo, mas este jardim do Dado tem tudo para ser espinhoso, como sugere o título do Disco, por ser ele, quem ele é.
Valeu! Abraço.
Os Titãs estão em queda livre há uns 12 anos. Difícil acreditar que um álbum pode ser pior que “As Dez Mais”, mas vou conferir.
Mac, não podia deixar barato, meu velho!
Viu como o cd nem é tão ruim assim? Com 16 álbuns nas costas e 27 anos de carreira – fora coisas como o Volume 2, o Como Estão Vocês e o As Dez Mais – ainda acho uma sacanagem tu dizeres que este é o pior ábum do Titãs.
O Rick Bonadio fez um ótimo disco com o Ira! e ouvindo mais um pouco (sim, eu tentei e consegui!) acho que ele fez o mesmo com os Titãs: jogou no liquidificador e fez a banda voltar a mostrar algumas de suas características básicas como a composição em grupo, a experimentação com a eletrônica, a variade de temas & ritmos e tals.
Lógico que tem coisas ali que soam meio ridículas depois de uma certa idade (afinal, ninguém aqui tem mais 15 anos, né?), mas até aí dá pra falar isso dos Stones, do Bob Dylan, do Morrissey, do Echo e vários outros que eu também gosto (e compro até hoje, veja só!).
Mas Eduardo, até os Stones e o Dylan tem discos horríveis, justamente aqueles em que eles tentam abraçar uma sonoridade que não estão acostumados. “Undercover” é constantemente apontado com o pior dos Stones (apesar de She Was Hot), e o que eles fizeram na sequencia: back to basics. E só melhoraram a ponto de eu achar o A Bigger Bang um dos melhores discos deles em muitos e muitos anos. Lógico que não dá para comparar Stones e Titãs, mas os Titãs já vem tropeçando desde o “As Dez Mais”. Pra mim, eles finalmente cairam de cara no chão.
E muito da culpa disso é do Bonadio. Não que se fosse produzido pelo Liminha, “Sacos Plásticos” fosse ser bom. No máximo seria um disco ruim, pois os versos ainda não encaixariam nas melodias, as letras continuariam terríveis (o que no caso do Titãs é foda, já que eles sempre tiveram grandes letristas), mas talvez os arranjos – e a execução – melhorassem. No caso do Ira!, a influência do Bonadio não foi tão maléfica pois o Edgard já vinha experimentando com a eletrônica e mesmo o “Entre Seus Rins” já trazia “O Bome Velho Rock and Roll”, uma música com uma forte batida eletrônica. Não era algo estranho á banda.
Soar ridiculo até faz parte do rockstar quando ele envelhece, já que esse é o um dos poucos estilos em que um velho de 70 anos pode rebolar no palco, e as pessoas acham o máximo. Só que isso náo justifica um material de qualidade sofrivel, que é o caso desse “Sacos Plásticos”, que só tem exposição e é lançado por uma grande gravadora pq tem grife. Uma banda nova nunca seria levada a sério com um repertório destes. Pq temos que levar o Titâs a sério? Pela história da banda? Não dá. Se um grande time, que alcançou títulos e títulos, começa a jogar mal, ele tende a cair pelas tabelas e ser rebaixado. A história vai ficar lá, registrada, mas não vai impedir dele disputar a segunda, terceira, quarta divisão…
Cara,esse disco novo dos titãs é deixar uma criança corada de vergonha, de deixar “funkeiro carioca” constrangido. Eu nunca pensei que eles pudessem chegar tão baixo. O “como estão vocês” ainda tinha uma ou outra (rara) música, que como “eu não sou um bom lugar”, eram boazinhas e divertidas, mas nesse cd a diversão é rir da mediocridade deles e do rick “nxzeroaesquerda” bonadio. Honestamente, eu não consegui entender o que eles quiseram, pq se eles fizessem algo parecido com NXZEROAESQUERDA (Esse sacos plasticos “de lixo” é um disco pior do que o desses moleques,e isso não é fácil de se fazer), daria pra entender o que ele$$$$ queriam $$$$$. Mac ,vc acha que isso é culpa do “dogão é mau au au au” Bonadio? Eu honestamente acho que a banda acabou, ou pelo menos devia,pra preservar os seus fãs de micos como esse. Fez o acústico volume 2 e as dez mais (pra quem?) parecerem obras de arte!!!!
Enquanto isso o Nando Reis vai fazendo falta a banda, e uma carreira solo com dignidade. Esse Dres é legal… Abraço Mac.
Desculpem eu me alongar mais um pouco Mac, mas esse disco me assustou muito (é sério)… Por me permitir ver a covardia, a pilantragem e a vagabundagem em que se atolou o mainstream da música nacional! Um disco cheio de baladas doces pra matar diabéticos e experimentações eletronicas(??????) idiotas e ruins, que fazem o expoente máximo do rock (??????) imbecil e vagabundo nacional, o charlie brow jr, parecer a salvação do rock por nossas terra (blaaaaarrgghhh, me acordem desse pesadelooooooo!!!)
Onde isso vai parar??? Onde bandas com trabalhos excelentes como o já finado Violins, ou o Terminal Guadalupe, vão ter algum espaço e reconhecimento. Será que isso ainda pode acontecer???? Eu fiquei decepcionado com o fim dessas bandas pq eu voltei a escutar música cantada em português por causa deles, e acabei depois descobrindo outras coisas legais como o Superguidis, o Polexia,e até o 2° disco do Ludov que é bem bacana.
Será que essa doença tem cura????????????????? Abraçossss
Não tão desesperador assim se vc olhar para bandas que não estão na mídia mas que estão fazendo muito bons. Um dia desses meses ouvir um discos dos paulistanos do Invernees. Muito bom, muito bom mesmo. Banda como Titãs e Engenheiros são caes que não querem largar o osso. Os caras não pesquisam, não buscam novas propostas, provavelmente desprezem bandas de vanguarda e ainda ouçam os mesmo discos desde de sempre. Lamento por eles.
Oloko Mac. Assustei com o review dos Titãs. De certa forma, me impulsionou a ouvi-lo.
E o pior é que eles estavam super empolgados com a gravação deste disco. Cheguei a ver entrevistas que o Branco Mello disse que era a “volta aos bons e velhos tempos”.
Por isso me surpreendi com a resenha.
titãs… who?!?!
Terminal Guadalupe voltou. Violins, também. Poléxia, infelizmente, acabou. Titãs, bem… Fica a memória afetiva do superestimado “Cabeça Dinossauro”, que deve a alma ao Inocentes; do ótimo “Õ Blésq Blom”, em que programações eletrônicas não provocavam vergonha; e do bom “Jesus não tem dentes no país dos banguelas”, da letra plagiada do “Gang of Four” em “Corações e Mentes”. Titãs sempre foi uma banda derivativa e atrasada, mas de grandes shows e álbuns audíveis – havia sempre alguma inquietação ali. Eu lamento o rumo que a trajetória deles tomou.
Quando eu fico sozinho em casa costumo ouvir o meu vinil do “Tudo ao Mesmo Tempo Agora” dos Titãs. Tenho vergonha de gostar desse disco e ouço escondido. Não vou ouvir o disco novo deles porque sei que é uma droga.
(Ou será que tenho medo de gostar?)
E aí?
Isso mesmo. Vc precisa ouvir primeiro o disco. Da a sua avaliação (que é a avaliação mais importante). Não há nenhum disco que me envergonho de ouvir. Há discos que considero super estimados mas há discos que são considerados ruins e considero espataculares.
Concordo com o Leno. Tem que ouvir! O Eduardo, por exemplo, gostou.
Titãs
1982-1991
R.I.P
Ouvi este disco dos Titãs. Por respeito. Três vezes. E sóbrio, como costumo fazer com bandas que admiro ou admirei.
Não dá. Sem condições. Impossível gostar de quaquer coisa ali estando sóbrio. James Hetfield concordaria: Sad But True.
Dói dizer, mas os Titãs, hoje em dia, são espantalhos musicais.
Esse disco é de doer o coração, é de dar um nó na garganta… Isso para usar clichês ridículos que, em breve, se bobear, eles usarão em suas músicas.
Não cabe agora defender a banda e suas 3 obras-primas (“Cabeça”, “Jesus”, “Õ Blésq Blom”), nem elogiar seus dois ótimos epitáfios (“TAMTA” e “Titanomaquia”). Sim, tudo o que veio depois disso é péssimo. “Domingo” é horrível e os outros são medonhamente pavorosos. Só o acústico se salva mesmo.
Agora… li algo aqui que não gostei e vou, amistosamente, discordar.
Tudo bem gostar gostar de Inocentes e Gang of Four. Respeito e admiro ambas as bandas. Só que os Inocentes, assim como os Ratos, não vingaram porque eram incapazes e obtusos, tecnicamente e liricamente. Só faziam sentido no gueto. Assim como a Gang of Four ou o MC5, com as proporções devidamente guardadas.
“Punkmente” falando, Titãs e Plebe Rude brilharam no Brasil. Fizeram cabeças. Clash e Ramones brilharam lá fora. Se o Stiff Little Fingers não brilhou tanto, é por que não souberam fazer direito.
Pluralidade. Universalidade. Isso é o que difrencia os pequenos dos grandes.
Talento, então, nem se fala.
Essa discussão tá rendendo,hein?heheheheeh.Aliás,bons motivos não faltam!E,aliás,tava lendo o site da banda e tinha um parenteses sobre o disco novo.Fui ver que a Folha tava comparando as baladas do disco ao Bruno & Marrone,olha só!hahahahaha
Ainda bem que não sou jornalista, então não preciso perder tempo com essa banda que eu nem sabia que tava na ativa. Humberto Effe sobra no disco do Dado. Lindo disco. Nando Reis é sempre o mais do mesmo. No meio de tanto tiro no disco, ele acerta o alvo com alguma música.
Sobra somente o Dado. O resto bota no saco plástico e joga no lixo.
ainda não ouvi esse titãs ‘zero, nota ZERO’! hahaha mas vou dar um confere, nem q seja pra rir um pouco; parece q “emo” é o melhor dos elogios e q essa obra recebeu.. a última banda pop punk q eu acompanhei na minha aborrecência [e até um pouco da pós] foi o millencolin, sem vergonha nenhuma admito; pelo menos cantavam coisas como “I like beatles, punk, funk and I love superchunk’, pena q não tocavam o q gostavam. hehe
nesse caso dos titãs, tenho a impressão de q eles só querem mesmo é surfar numa onda que, espero, já tenha deixado de ser tsunami e se torne uma marolinha [não a do lula]… quem sabe no próximo eles não estejam mais “procurando nEMO” e ‘go back’ [hehe] às raízes… antes q não dê mais tempo de desviar do iceberg e.. glub glub glub. ~ ~ ~ hahahaha
entonces…
fabrizzio, concordo com 78,4% do q você disse [realmente, o titanomaquia foi o epitáfio], menos do “punkmente’ falando”… hehe
cara, se o stiff little fingers não “deu certo”, disconcordo q este “não soube fazer direito”; uma galera q chegou depois, por exemplo, se influenciou diretamente deles também [o rancid que o diga]; assim como o clash, pistols e ramones, os fingers marcaram território, lançaram grandes discos, alguns com bastante pluralidade e universalidade, ao meu ver. =)
também não sei se o próprio ramones deram tão certo assim, pois só faziam ‘show de arena’ aqui na américa do sul [eu vi todos aqui, desde os meus 13, no “gas in Rio” =)], porq no resto do mundo eram tratados como bandinha-cult-bizarra-1234, tocavam pra 500 pessoas – inclusive ‘en su casa, nueva york’; tipo, inventaram uma parada [o punk] q foi “dar certo” mesmo pelas mãos de midas do malcom mclaren [o bonadio da época?.. hahahaha não, sacanagem] e nas roupas punk de boutique da viviane westwood,
o clash já são outros quinhentos, eram mais talentosos e visionários, claaaro.. mas será que foi exatamente por isso q eles vingaram?
o mítico velvet underground também “não deu certo” na sua época, mas a partir dos anos 80 começou a ser endeusado pelas bandas da moda como “minha banda favorita q eu nunca ouvi”, porq era moda, hype, in, cool dizer q conhecia, ainda q poucos como o jesus and marychain provaram conhecer do riscado.. hehe,
além do cramps, inventor do psychobilly, uma das grandes bandas de todos os tempos.. também não “deram certo”, certo?
e o Devo, “deu certo”?..
entonces,
ainda assim, todos esses aí q eu citei “fizeram direito”? na minha “umírdi” opinião, sim, MUITO!, ‘perooo’…
onde eu quero chegar [finalmente! hehe]: acho q essa questão de “dar certo” tem muito mais a ver com uma parada meio “sobrenatural de almeida” do nelson rodrigues do q qualquer outra coisa; penso q “dar certo” [se é q eu entendi bem o sentido q você pôs na expressão, fabrizzio, senão, perdón] não tem nada a ver com qualidade, nunca teve.. tem a ver é com estar na hora e lugares certos, blablabla; isto serve até pros beatles.
abraaaaço!
ps: Mac, já ouviu o novo do wilco?
O que se esparar de uma banda onde seus melhores integrantes sairam??
O primeiro disco que eu COMPREI na minha vida foi o CABEÇA DINOSSAURO. Os Titãs é minha banda preferida no Rock Nacional, ainda é. Desde o famigerado ACÚSTICO, os Titãs entraram em declínio. É injusto comparar SACOS PLÁSTICOS com TITANOMAQUIA. TITANOMAQUIA é os TITÃS (influenciado pela época, mas é o os TITÃS), SACOS PLÁSTICOS não. O pior disco dos Titãs, por mais descompromissado que seja é o AS DEZ MAIS. SACOS PLÁSTICOS infelizmente vem em seguida. Não há nada que se aproveite ali.
“Sacos Plasticos” é triste. O retrato da decadencia de uma das bandas que mais escutei na vida. 🙁
Nando Reis mostra quem era o cara dos Titas, depois dele a banda virou o que virou uma “Banda de Plastico”
Realmente o album é uma merda.
Fala aí, Marcus…
O texto que segue é (como o seu) meio grande. Talvez grande demais para aquele pessoalzinho que tem preguiça de ler. Como imagino que não seja seu caso (nem o meu), bóra. É sempre divertido e proveitoso falar de música com quem gosta e entende da coisa.
Entonces…
Compreendo sua dúvida: nada mais relativo que “fazer direito” ou “dar certo”. Tem muita bandinha nova ou namoradinho/namoradinha que acha que “faz direito”. Ou que “dá certo”. Têm até bandinhas que dão certo e não dão certo, se é que você me entende. Mas vamos lá.
O que eu quis dizer com essa coisa de “dar certo”, “fazer direito” é nada mais que uma junção entre qualidade musical e alcance público. Ou respaldo crítico e sucesso de vendas, se preferir. As bandas que unem esses dois fatores são as grandes, as eternas. E é isso, imagino, o quê toda banda deseje.
Os Titãs conseguiram isso aqui no Brasil. Por isso, segundo esse critério, foram grandes. Para o Brasil, até enormes. A Plebe Rude, que também citei, não chega, claro, aos pés dos Titãs. Mas fez músicas (umas três, na verdade) que a tornou eterna. Músicas que entraram no imaginário popular, no inconsciente coletivo.
Ratos e Inocentes são importantes e influentes? Pra caralho. São grandes? Bem, talvez seus 500 fãs achem isso.
E falando em 500 fãs, você tem toda a razão. Os Ramones tocavam pra uma galera reduzida lá fora. Só que faziam show toda semana, quase a semana toda. E me fale um disco dos Stiff que chegue aos pés de Rocket To Rússia. Ou do primeirão homônimo. Ou, até, vá lá, do Mondo Bizarro. “Inflammable Material” é um grande disco punk. Um dos discos que fãs de Rancid, Green Day e Offspring deveriam conhecer. Mas só isso.
Curto(i) muito os Stiff. Eles são ótimos. Só que os Dead Kennedys, com um único disco, conseguiram o que o SLF não conseguiu com sua discografia toda: serem indispensáveis. (A propósito, guardo com muito carinho meu vinil branco do Fresh Fruits).
Agora, respondendo às suas perguntas:
Devo?
Excelente banda, com um grande disco e umas quatro ou cinco músicas realmente maravilhosas, que tocam boas rádios até hoje. Deram certo e fizeram direito. Merecem, segundo penso, a alcunha de eternos. Sem vendas astronômicas, mas com bom alcance público. Mérito total da banda.
Cramps?
Eu gosto muito. Sou fã de filmes de terror b e porcarias e atrocidades do gênero. Curto o som, letras e visual da banda. É uma banda que foi bem divertida e bem influente. GWAR que o diga. Hoje em dia não vejo mais tanta influência. Pena. Aliás, triste também a morte do Lux.
Agora, dizer que eles foram um dos grandes de todos os tempos… Bem, talvez você seja um dos 500 fãs dos Cramps. De qualquer forma, parabéns pelo bom gosto. Quanto a mim, vejo dois discos ótimos (“Songs The Lord Taught Us” e “A Date With Elvis”) e um grande clássico do rock (“Can Your Pussy Do The Dog?”)
Velvet?
Bem… Quanto ao “mítico” VU, vejamos…
Vamos, primeiro, ao significado de “mítico”, segundo o Aurélio: “pessoa, fato ou coisa real valorizados pela imaginação popular, tradição etc”. Diferente, aposto, do significado que você quis dar ao termo. Me desculpe, mas, nesse caso, fico com o Aurélio.
O Velvet é bem isso, uma banda mais valorizada pela imaginação ou tradição do que por suas grandes qualidades. Tudo bem, o disco da banana é realmente ótimo sob todos os aspectos, um clássico do rock e coisa e tal, mas vamos devagar. Quantas vezes você ou quem leu até aqui ouviu esse disco? Eu tenho esse cd há mais de 15 anos e ouvi umas duas ou três vezes inteiro. “Heroin”, “Waiting For My Man”, “Venus in Furs” e “Sunday Morning”, confesso, algumas vezez mais. “Femme Fatale” e “There She Goes Again”, ouvi muito mais as versões do REM. Apenas “Sweet Jane” entra no rol das grandes composições do bom, velho e saudoso rock and roll.
Chega de papo, né? Então, fechando:
É por tudo isso que, vejo eu, existem muitas bandas ótimas, excelentes. Grandes, só umas 20, 30. E nem Stiff, nem Devo, nem Cramps entram na minha listinha pessoal. Sinceramente? Nem o Velvet. Aliás, Lou Reed foi muito maior e melhor que sua ex-banda.
Abr.
O disco em questão é o melhor desde Volume 2. Não que seja uma maravilha, mas dá um novo frescor e vitalidade a banda, que há tempos soava como se viesse gravando o mesmo disco. É certo que os tempos áureos já se foram, bem como são nítidos os preconceitos com a “grife” Titãs e com o produtor Rick Bonadio.
Obs.: Aquele papo de Titãs X Gang of Four já deu hein, tá na hora de dar uma renovada no discurso…
Fala, fabrizzio, tranqs?
Pô, cara, eu batuco umas tímidas linhas sobre o velvet no meio de um contexto muito maior e tu já me manda quase uma tese de doutorado sobre a banda, e se apegando ao sentido de ‘mítico’ q dei à banda…? hahahaha
maneiro, bora.
y bueno, concordo contigo sobre o lou reed; ouço o transformer ‘diretão’.
Sobre eu estar entre os 500 fãs do cramps, gosto deles como gosto do atari teenage riot, do run dmc, de los babasonicos ou do replacements, ou seja, porq os considero música boa, muito boa, e ponto.
mas sem essa de ‘Fã’… assim como o danny glover da máquina mortífera, “já tô velho demais pra isso”, cara. hehe
E sobre o suposto uso incorreto do ‘meu’ simpático “mítico”… vamo lá..
cara, o sentido q eu quis dar a palavra foi – noves fora – o mesmo desse teu amigo aurélio aí; vai lá dar um chequirauti de novo no paragrafo do meu comentário anterior onde citei o velvet e ‘prestenção’.
ok, não precisa, tá aqui [hehe]:
“o mítico velvet underground também “não deu certo” na sua época, mas a partir dos anos 80 começou a ser endeusado pelas bandas da moda como “minha banda favorita q eu nunca ouvi”, porq era moda, hype, in, cool dizer q conhecia, ainda q poucos como o jesus and marychain provaram conhecer do riscado.. hehe”
aí tu mandou que:
“O Velvet é bem isso, uma banda mais valorizada pela imaginação ou tradição do que por suas grandes qualidades.”
Seriozão, naquela parte em q menciono o revival do velvet nos 80-90 como “minha banda favorita que eu nunca ouvi”, o “meu” sentido de ‘mítico’ não se encaixa?.. na minha opinião, sim. só está mais chulo; questão de criação. hehe
deturpando a ‘expresssão do galo’, pra mim era fato que: nego ouviu o lou reed cantar mas não sabia onde… hehe ou seeeeeeja, ele era “valorizado pela imaginação popular ou tradição” tão-somente, e não por sua obra musical em si. =) foi isso q eu quis dizer; e ainda não acredito q estou ATÉ AGORA dizendo. hehe
eu mermo, cara, ainda guri, antes de ouvir a obra completa do velvet, sabia mais das lendas do q da sua música; ouvi aquela de q o primeiro baterista vazou após saber q ele receberia por um show, por exemplo [não adianta buscar no wikipedia, tirei essa do q sobrou da minha memória confusa – que pode inclusive estar me traindo neste momento]; e sei lá se foi isso mermo q aconteceu, mas fica como aquelas paradas q acabam por povoar o imaginário coletivo depois e tals.
a merma coisa ocorreu na minha relação [pera lá!] com o icônico [se tu for catar ‘icônico’ no aurélio pra me contradizer eu te mato! hahahahah] guitarrista sumidão, richey edwards, do manic street preachers e o polêmico e famoso episódio do ‘FOR REAL’ rabiscado no próprio braço.
mal conhecia a banda, mas a história eu adorava reproduzir por aí pra impressionar as gatheinhas [mas ein???!!!] hehe e só depois disso fui atrás do som a sério.
é isso.
bacana o papo, cara, mas…
fabrizzio, na boa, nem vou citar o inflammable material, mas o go for it é um discaço; inclusive melhor q o mondo bizarro! =P
mi opinión. hehe
agora, compará-los com o dead kennedys é sacanagem; nem precisa do fresh fruits inteiro, só holiday in cambodia já destrói toda a discografia do stiff.
abraço!
Odeio bandas que “dão certo” e “fazem direito”. Se forem “eternas”, então, nem digo nada.
não gosto de titãs, mas esse riff eletrônico de sacos plásticos já escutei em algum lugar hein, mas até que é legalzim, será que eles sabem mexer na parafernália eletrônica ao vivo, ou é playback no show.? ah o disco tirou 0 se o disco fosse do radiohead a nota era 10 né hehehehehheheheheheheheheheheh
disco meio comercial cheio de baladas de rádio mesmo, isso é o titãs de hoje, feito pra vender. mas eu sou novo não acompanhei a época cabeça-dinossauro, ou seja, para mim o rock nacional nunca existiu. não vejo o rock de mainstream nacional bom atualmente, muito menos o americano , tá tudo um lixo. salvem o rock!!
o négócio é internet, myspace e curtir as bandas que saem de festivais e circuitos independentes mesmo.
quem fala mal dos titãs é músico frustrado ou ignorante por não conhecer a obra deles; o rock e a música brasileira terá sempre espaço pra eles. 27 anos ai não é pra qualquer um .
Sugiro vcs voltarem a ouvir o disco agora em 2019, sem preconceito, até por que eles já lançaram Nhengatu e a opera rock.
O disco não é ruim, a faixa título não é ruim, tem bons rocks, boas baladas, um reggae roots massa…e as faixas eletronicas vieram na intenção de reviver os 80 mesmo.
Tanta merda no rock nacional pra ficarem dando esse tipo de nota.
Profissionalismo e ética.
25 de maio de 2022.
O disco continua uma bela merda. O pior trabalho da banda e um dos momentos mais constrangedores do rock brasileiro. Ruim é elogio.