por Marcelo Costa

Cenas musicais não brotam do nada. Na grande maioria das vezes, elas estão associadas a núcleos culturais que tanto promovem um intercambio de informações como permitem o registro e desenvolvimento da arte local. No caso do cenário independente brasileiro foi assim com a Monstro Discos (e o lançamento da coletânea “Goiânia Rock City MMXV” reforça a tese) e é assim também com o Centro Cultural DoSol, um dos grandes responsáveis pelo boom musical que está acontecendo hoje no cenário independente potiguar.

Principal vitrine musical do Rio Grande do Norte, o Festival DoSol, que no ano passado se estendeu por cidades do interior do estado, em 2015 adota de vez “a ideia da itinerância” com shows entre 05 e 22 de novembro em quatro estados: Natal (RN), Mossoró (RN), Caicó (RN), Parnamirim (RN), Currais Novos (RN), Assú (RN), Santa Cruz (RN), João Pessoa (PB), Maceio (AL) e Recife (PE). “Separamos quatro tours com rotas diferentes para chegar em cada cidade com bastante força”, conta Anderson Foca por e-mail.

A página oficial do festival (http://festivaldosol.com.br) atualiza o line-up constantemente (“Ao todo faremos mais de 200 shows na região em novembro”, antecipa Foca), e entre os confirmados estão nomes como O Terno, Lê Almeida, Móveis Coloniais de Acaju, Far From Alaska e Tagore, entre muitos, incluindo artistas da França (Dot Legacy), Suécia (The Fume) e Portugal (Ermo). Para falar rapidamente sobre o Festival DoSol 2015, enviamos três perguntas para Anderson Foca via e-mail. Segura que é tem muito show à vista!

Como assim, Festival DoSol em 10 cidades e três estados? Dominação mundial? 😀 Explica isso?
Nós adoramos a ideia da itinerância, de não ficar parado no mesmo lugar e já fizemos diversas experiências desse tipo em outros edições. Esse ano radicalizamos nesse conceito do festival poder andar fora de Natal. Gostamos muito da coisa dos sides shows e da dupla nacionalidade do Primavera Sound e também adoramos festivais com a Vans Warped Tour, que é meio uma trupe que vai parando de cidade em cidade no verão americano. É um sonho antigo fazer o mesmo no Brasil. Vamos ver como nos saímos esse ano como esse tanto de cidades! 🙂

Como vocês estão pensando o line-up para cada uma dessas cidades? Já vi que tem banda francesa e portuguesa anunciada…
Separamos quatro tours com rotas diferentes para chegar em cada cidade com bastante força. A primeira tem o Móveis Coloniais de Acaju, Dead Fish, Ermo (Portugal), The Fume (Suécia) e Dot Legacy (França). Na segunda rota tem o Medulla, Mundo Alto, Water Rats e Maguerbes. A terceira tem o Supercombo e o Far From alaska e a quarta vi pro interior do estado com bandas do apenas do RN. Também completam o lineup bandas de cada cidade que estamos visitando. Ao todo faremos mais de 200 shows na região em novembro.

A cena musical do Rio Grande de Norte vive um momento excelente, com a Camarones fazendo turnê internacional, Far From Alaska cada vez mais reconhecido e uma série de bons discos sendo lançado por bandas do estado, e isso tem muita relação com o Centro Cultural DoSol e o próprio festival. Dos nomes novos, o que vocês já recomendam o público ficar atento no festival?
Fora o que a turma já conhece tem três nomes bem interessantes e muito diferentes no som. tem a tosqueira punk for fun do Joseph Little Drop, o rock dureza do Moloko Drive e o pop rock canção do Plutão Já Foi Planeta. Esses três são bons nomes novíssimos da cena local que devem aproveitar bem o Festival Dosol desse ano.

– Marcelo Costa (@screamyell) edita o Scream & Yell e assina a Calmantes com Champagne

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