Guilherme Weber fala sobre "A Vida é Cheia de Som e Fúria"
por Marcelo Costa
Fotos: Divulgação/Site Oficial
02/07/2001

Guardadas as devidas proporções, a Sutil Companhia de Teatro está vivendo dias de beatlemania. A Companhia curitibana está rodando o país há mais de um ano e meio com a peça A Vida é Cheia de Som e Fúria, inspirada no best seller pop de Nick Hornby, Alta Fidelidade.

A peça tem sido sucesso absoluto de crítica e público por onde passa e voltou à São Paulo no início de junho, após uma temporada de grande sucesso no meio do ano passado. Com apresentações marcadas de quinta a domingo, desde 08 de junho até 15 de julho, no Teatro do Sesi, e com entrada franca, a peça tem arrebatado um público enorme, na maioria, de jovens. Pelo menos 200 pessoas voltam para casa toda noite sem conseguir assistir a peça, já que a lotação do teatro, que é de 400 lugares, costuma esgotar uma hora e meia antes da peça iniciar.

Junto ao sucesso de público, o reconhecimento da crítica é praticamente unânime, tanto que o diretor da peça, Felipe Hirsch, recebeu o prêmio de melhor diretor de 2000, na noite de entrega do 13º Prêmio Shell, pela peça. O S&Y conversou com o ator Guilherme Weber (Felipe Hirsh estava em Curitiba) e descobriu que a peça alcançou no fim de semana 30/06-01/07 a importante marca de 100 apresentações.

Além, no bate-papo, os novos projetos da Companhia, as mudanças na peça da temporada anterior para esta nova, e música, teatro, Nick Hornby, cultura pop, listas de cinco mais e de melhores do ano. Com vocês, Guilherme Weber, ou seria Guilherme Fleming, ou ainda Rob Weber? 


Pra começar, quais são as suas cinco músicas preferidas de todos os tempos?
Ahhhhh, cara, essa é a pior pergunta que pode se fazer para um fanático em música pop, né. Bem, qualquer música tirada do Bowie, do The Cure, dos Smiths, dos Beatles, pode configurar uma lista de cinco mais. De repente, Heaven Knows I'm Miserable Now (The Smiths), The Lovecats do The Cure, Strawberry Fields Forever dos Beatles, Young Americans do Bowie e I've Been High do novo álbum do R.E.M., Reveal.

Vocês ficaram tentados a incluir listas pessoais na peça?
Todas as listas na peça são nossas. A gente leu o livro e resolveu se apropriar um pouco mais no espetáculo.  Mantivemos todas as referências de soul music, de black music que o Nick Hornby cita no livro, tipo Got To Get You Off My Mind, Marvin Gaye, e incluímos junto todas as nossas listas.

Quanto tempo foi necessário pra montar A Vida é Cheia de Som e Fúria?
Tecnicamente, para erguê-la, foram dois meses de ensaio, mas a gente já estava adaptando o livro uns quatro meses antes disso. Então, do tempo que a gente conheceu o livro até erguer o espetáculo foram seis meses. Foi rápido. Nós nos apaixonamos pelo livro e já começamos a trabalhar.

A peça já está há um ano e meio rodando o país. Qual foi o melhor público?
Foram vários bons públicos. No sul, o público tem uma identificação imensa por causa dessa coisa do frio. Tem uma nostalgia, uma melancolia que o inverno molda nas pessoas. São Paulo e Porto Alegre foram dois públicos assim, que a peça parecia que havia sido escrita para eles. E em Recife também foi muito legal. Apesar do calor todo, a juventude de Recife é super ligada em cultura pop, música pop, então foi bacana.

O que essa peça representa para você?
Pessoalmente ela me deixa feliz porque, de todos os meus projetos, esse é o mais pessoal, é o que tem mais a ver comigo. Eu participei de todo processo de criação junto com o Felipe (Hirsh) e tem essa identificação de falar muito da minha geração, da minha turma de amigos em Curitiba, e da minha vida, um pouco, o fanatismo por música pop e cultura pop. E o que me deixa extremamente feliz é que estamos fazendo uma renovação de platéia, no Rio de Janeiro deu pra sentir muito isso. Porque poucos jovens vão ao teatro no Brasil. A dramaturgia contemporânea hoje não reflete nada que traga identificação a esses jovens. Não existe uma produção contemporânea contundente, então nós estamos levando ao teatro pessoas que, às vezes, nunca iriam ver uma peça, ou pessoas que tinham abandonado o teatro com as lancheiras na escola. No Rio de Janeiro, em que basicamente a platéia é formada por pessoas da terceira idade, nós ficamos três meses em cartaz e percebemos isso: a juventude de galera indo assistir ao espetáculo e depois voltando para acompanhar outros espetáculos nossos. Nós fizemos um espetáculo no meio dessa turnê, chamado Os Incendiários, e agora vamos estrear um novo, chamado Nostalgia. E estamos sentindo que esse público jovem, que conquistamos com o Som e fúria, está acompanhando o trabalho da Companhia. Isso é bárbaro.

Desde quando você está envolvido com o teatro?
Desde os 13 anos, eu tenho 26 hoje. Comecei com teatro amador, mas a Companhia se formou em 1993 e nós estamos trabalhando juntos desde então.

Esse seu fanatismo por cultura pop deve ter facilitado a interpretação do Rob Fleming...
Demais. Eu lia e pensava 'esse cara sou eu, é a história da minha vida', apesar dele ser mais velho, mas procuramos deixar o livro o mais próximo possível da nossa realidade, alterando muitas coisas do original. Por exemplo, esse personagem, o Dick, que se mata na peça, no livro ele não se mata. É que Curitiba tem o maior índice de suicídios de jovens do Brasil, talvez por causa do frio, da melancolia, e nós tivemos um grande amigo, que era dono de uma loja de discos, amigo de infância meu e do Felipe, que acabou se matando. Essa foi uma maneira de prestar uma homenagem a ele e a essa juventude meio desesperançada de Curitiba. Essa juventude "resfriada".

Mudou algo na peça em relação ao ano passado, quando vocês estiveram com o Som e Fúria aqui em São Paulo?
Mudou. Nós fizemos algumas alterações de referência que já estavam obsoletas na primeira temporada. Na primeira versão, por exemplo, a gente falava "ah, saiu o disco do Cornelius", que na época era algo super alternativo e não tinha sido lançado aqui, só tinha sido lançado no Japão, e agora todo mundo já conhece Cornelius, então substituímos por outras referências, como o Cosmic Rough Riders, ou seja, procuramos atualizar com coisas que esses personagens tão radicais estariam escutando hoje. Também mudamos algumas músicas. Tinha muito (Bob) Dylan na primeira. Tiramos e incluímos R.E.M., que eu exigi que entrasse, porque eu sou fã, é a minha banda favorita. Entrou também David Gray, que não tinha e que nós passamos a conhecer nos últimos meses.

Textualmente mudou alguma coisa?
Textualmente não, só as referências.

Por serem fanáticos por música pop, vendo 200 pessoas para fora toda noite não aproxima vocês de seus ídolos, não há um paralelo?
Sim, é uma coisa meio pop star. Aqui em São Paulo, a entrada para o teatro do Sesi é meio que uma garagem, então a gente vê e imagina "parece o novo vídeo do Radiohead", eles saindo do furgão e entrando em uma garagem. A gente vê essa fila e isso é uma prova que essa juventude se interessa por coisas que falem sobre ela, o que é, na verdade, o que esses poetas da música pop fazem, Dylan, Bowie, Radiohead. É tão contundente e é legal que o teatro esteja causando isso, esteja falando com essas pessoas.

Mas essa coisa de ficar 200 pessoas para fora vai marcar vocês como a Companhia que fez A vida é Cheia de Som e Fúria. Isso não vai fazer com que vocês fiquem marcados e tenham que fazer sempre peças para jovens?
Eu acho que nós vamos sofrer um pouco com nosso próximo espetáculo, desse público todo cobrar uma linguagem semelhante, mas eu acho que sempre existirá um canal de identificação, porque essa é a nossa cara. As peças que nós estamos fazendo são as peças que eu gostaria de ver. Sempre existirá um canal, nem que seja na trilha. Por exemplo, a Companhia está com um espetáculo em cartaz no Rio de Janeiro, simultâneo, chamado A Memória da Água, com Eliane Giardini, Andréa Beltrão e Ana Beatriz Nogueira no elenco, e que é uma peça que não tem nada a ver com esse tipo de dramaturgia do Som e Fúria. É uma história de três irmãs cuja mãe morreu, mas aí de repente toca PJ Harvey na trilha, toca Beastie Boys, então tem um canal ali para as pessoas gostarem. E a idéia é que você vá educando esse público, fazendo com que ele aprenda a apreciar outras formas de teatro, e que eles venham pelo canal certo. Não é como levar os filhos ao teatro infantil, mas com bombas e a criança se assusta e morre de medo e não vai querer mais voltar. É muito importante a educação do público no teatro infantil, como faz o grupo teatral XPTO aqui em São Paulo, um trabalho maravilhoso que as crianças adoram.

Você viu a adaptação do "Alta Fidelidade" para o cinema? O que achou?
Vi, e sou suspeito para dizer que acho a peça melhor, mas quando li o livro pela primeira vez eu falei 'cara, isso daqui dá um filme do caralho', porque o livro já é escrito com aqueles cortes nervosos super cinematográficos. Logo que eu soube que eles iam fazer o filme, pensei 'ahhhhh, quando o filme estrear nós vamos ter de tirar a peça de cartaz', mas eu acho que nós conseguimos ir mais fundo na peça. Além dessa narração em primeira pessoa ser mais forte no teatro, e no cinema fica uma coisa meio maçante, nós pudemos trazer mais texto do livro. A trilha sonora também não me agradou. Achei muito uma trilha sonora ilustrativa e a música tem que ser um personagem mais presente, forte.

E o Rob... Gordon?
Eu acho o John Cusack sensacional, mas acho que ele não teve espaço no filme para fazer o trabalho que ele, com o talento que tem, poderia fazer, em parte por causa do Stephen Frears, que é um diretor que não tem muita intimidade com o tema. Ele não tem muita intimidade com o universo pop. Com isso, ele acabou por tratar os personagens da loja um pouco caricaturais. Eu acho o Barry exagerado demais. O Dick, muito sombrio. A história das cinco mulheres passa batido demais. Acho que se o filme caísse na mão de um (Quentin) Tarantino, ou do Danny Boyle, ou alguém com mais trânsito por esse universo, o resultado seria mais bacana.

Qual música não pode faltar na peça?
Para a condução do personagem Rob é Let's Get It On do Marvin Gaye. É ela que embala toda atmosfera do personagem, além de ser uma das músicas favoritas dele no livro que a gente manteve na trilha da peça. E tem a Junk, do (Paul) McCartney, que pontua todas as meninas. Essa foi outra mudança que incluímos. O Elvis Costello acabou de lançar um CD em parceria com uma cantora lírica, em que ele canta um pedacinho de Junk, e nós incluímos na parte da personagem Sarah.

A Companhia pensa em continuar fazendo peças com linguagem direcionada ao público jovem?
Não com linguagem para jovens, porque nós não montamos Som e Fúria para ser uma peça para jovens. A gente montou essa peça e casou dos jovens se identificarem e gostarem. Nós não montamos nada pensando em determinado resultado. Nós montamos aquilo que estamos a fim de montar e que estamos a fim de falar naquela hora. Se agradar aos jovens, ótimo, se não agradar, que venham os velhos.

Vocês não se sentem tentados a adaptar o outro livro de Nick Hornby, Um Grande Garoto?
Eu adoraria. Quando eu li pela primeira vez, falei 'seria maravilhoso adaptar', mas aí temos a imensa dificuldade de achar um garoto. No cinema é mais fácil conduzir uma criança de 12 anos, porque você corta cena, espera, mas uma temporada de teatro de quinta a domingo, viajando, além de ser uma criança que sustente o que aquele personagem precisaria no palco, é praticamente impossível. A nossa próxima peça que irá estrear aqui em São Paulo, Nostalgia, é um pouco a cara do Rob Fleming. É um personagem que é quase como se fosse o Rob Fleming garoto, e nós temos um ator de 15 anos, que é bem baixinho e irá fazer esse personagem dividindo comigo, eu faço o personagem velho e ele fará o personagem garoto, mas é um ator já experimentado e ele não teria idade para fazer o About A Boy (título original de Um Grande Garoto). Mas eu acho esse livro lindo, pior que o Alta Fidelidade, mas sensacional. E agora vai virar filme também, parece que já estão perseguindo o Hornby, o que é legal. De repente rola adaptar o How to be Good (Como Ser Legal), que é o novo livro dele e é a primeira vez que ele escreve um alter-ego feminino. Eu não li ainda, mas já encomendei e estou esperando.

Quando a peça foi montada era esperado todo esse sucesso, tanto de crítica quanto de público?
Não. A gente montou com muito pouco dinheiro, foram R$ 70 mil, e estreamos com uma temporada de dois meses em Curitiba, bem bacana, mas a gente estreou financeiramente zerado. A Companhia não teria como levar a peça para outros lugares. Daí a gente estreou, ficou uma temporada em cartaz e entrou no Festival de Teatro de Curitiba. E nesse festival, milhares de pessoas do Brasil viram, a crítica nacional inteira comentou e detonou esse boom, e começaram a surgir os convites, tanto que nós adiamos outros projetos para ficar com o Som e Fúria mais tempo. Nessa semana iremos completar 100 espetáculos. Eu fiz uma conta e são 15 dias falando texto sem parar. Mas a gente ainda vai estender mais. Tem Brasília e Goiânia que nos convidaram e nós não tínhamos ido. Buenos Aires, Portugal.

Buenos Aires e Portugal?
É, fomos convidados. Buenos Aires nós iríamos fazer esse ano em um festival, mas, com o convite do Sesi, as datas coincidiram e nós resolvemos deixar para o ano que vem. Portugal é o convite para o A Memória da Água, mas eles viram o Som e Fúria e seria para a Companhia levar os dois espetáculos para lá, no Festival do Porto, em Lisboa, ano que vem. Mas ainda temos que acertar a agenda, porque temos os novos espetáculos para montar e nós não queremos parar com o Som e Fúria, mas também não queremos ficar muito mais tempo fazendo porque tem outras coisas bacanas que a gente quer fazer.

Alguma nova peça em projeto?
Nós vamos fazer uma peça com o Marco Nanini e a Marieta Severo. É a Érica Migon (que interpreta a mãe de Rob e a namorada Penny em Som e Fúria), eu, Silvio Buarque, Marco Nanini e a Marieta Severo, com o Felipe dirigindo. É uma comédia super underground, de um novaiorquino, uma coisa meio punk, bem bacana. Nós queremos muito fazer e dependendo da agenda nós continuamos o Som e Fúria.

Como é a manutenção da peça?
A manutenção do Som e Fúria é muito cara. Os projetores, dez atores, é uma peça cara. Por isso é necessário sempre um produtor, uma produção por trás, porque a própria bilheteria não paga a manutenção.

As projeções são fundamentais?
Sim. Essa é uma linguagem que a gente já usou em outros três espetáculos anteriores. E a qualidade das projeções dessa nova temporada é bem melhor porque nós estamos operando com DVD e na época a gente operava em Super V. A luminosidade não era tão bacana, mas a gente trocou e melhorou. E as projeções são fundamentais para a narrativa. O bacana dessa tela que permite projeção e cena ao mesmo tempo é que ela vai tendo quase que a projeção do pensamento do personagem. Nós estamos usando essa linguagem também na A memória da água, que está em cartaz no Rio de Janeiro e também vamos usar no Nostalgia. Nós não pretendemos abandonar essa linguagem, porque ela amplia os limites do teatro, e sem ser uma coisa postiça. É a tecnologia integrada ao teatro.

Você, como ator, se identifica com o fato do Rob Fleming não ter um emprego convencional, com a loja de discos? Você se sente feliz com isso, com o fato de não ter um emprego convencional?
Super. Eu nunca via muito um outro canal de realização para mim. Desde garoto eu queria ser ator, mas o feliz da minha carreira foi o encontro com o Felipe Hirsh e a fundação dessa Cia, a Sutil Companhia de Teatro. Ela me permite trabalhar na criação dos espetáculos. Eu não me sentiria totalmente realizado se só fosse um ator, que me dessem um texto e dissessem 'seu personagem é esse'. Eu gosto de participar de tudo, da escolha trilha, das projeções, eu gosto de estar envolvido em todo processo de criação. Isso realmente me deixa feliz e é o que sinto falta quando vou fazer peças como contratado. Quando eu volto para a Companhia é um respiro, porque é mais autoral. E eu escolho os papéis que vou fazer. Então é mais ou menos 'vamos fazer o Alta Fidelidade,  eu quero fazer o Rob Fleming' e a gente faz.

Algo te assustou na construção do personagem "Rob Fleming"?
Assustei pela quantidade de texto. Quando a gente começou a ver que não tinha muito como transformar em diálogo, que era narração em primeira pessoa e que não tinha muito o que deixar de fora, que ele tinha de passar pelas cinco mulheres, duas vezes, e a Laura, e a loja, vimos que era uma carga de trabalho muito grande. Quando eu peguei o texto pensei: 'é quase um Hamlet', muito grande. Me deixou assustado e ainda me assusta. As temporadas do Som e Fúria nunca são temporadas tranqüilas. Eu fico preocupado de sair, preocupado com a voz, com o tempo, com resfriado. É uma temporada tensa no sentido técnico, porque a execução do espetáculo é difícil para mim. É muito tenso. Mas o Rob Fleming foi só prazer. A composição, a criação dele foi muito bacana.

Vocês chegaram a pensar em incluir algo de rock nacional na peça?
Não, porque nós procuramos manter todas as referências e, apesar da gente gostar de rock nacional, as músicas que a gente escuta são estas que estão na peça. Eu escuto pouquíssimo de rock nacional, o Felipe também, então nós não teríamos muita intimidade para tratar do tema, além de ser uma chave muito fácil de aproximação que preferimos evitar. Seria preciso fazer uma mudança geral, de situar o lugar no Brasil, e aí mudar tudo, e nós optamos por não mexer nas referências originais.

Para finalizar, nós soubemos que você pegou o Amnesiac, novo álbum do Radiohead, na semana passada. O que você achou do cd?
Eu adorei. Vocês não gostaram? Eu adoro Radiohead. Achei bacana, com os arranjos lindos. Eu gostei, mas não se compara ao novo do R.E.M.. O Reveal está anos-luz à frente. Eu achei esse novo do R.E.M. uma coisa, passou a ser o meu cd favorito deles junto com o Automatic For The People. Não concordo com quem diz que o Radiohead é a melhor banda do mundo. Para mim o R.E.M. está anos-luz, anos-luz, anos-luz à frente. Mas eu gostei do Radiohead. Eles precisam de mais um tempo para rever a própria banda, para o próprio público ver se é isso ou se está todo mundo enganado. De repente o cara está dando o primeiro passo para uma outra coisa. É um caso sério. Eu vislumbro uma coisa bacana, a conjunção desses efeitos com a composição mais forte dele (Thom Yorke) dos outros discos. Pode vir um casamento dessas duas coisas mais pra frente.

Reveal é o melhor do ano?
Total. Quase o melhor da década já, junto com o Nirvana. O R.E.M. é sensacional, melhor do ano com certeza.


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