Por Marcelo Costa
Dois cincoentões (Weller, 50, e Springsteen, 59) e um sessentão (Wilson, 66) mostram que ainda tem lenha pra queimar em seus novos álbuns.
“Working on a Dream”, Bruce Springsteen (Columbia/Sony/BMG)
O chefão chegou num ponto da carreira que – assim como Elvis Costello e Neil Young – tudo que toca vira ouro. Porém, este 16º disco de sua carreira é o menor em tempos de discos fenomenais como “The Rising” (2002), “Devils & Dust” (2005) e “The Seeger Sessions” (2006). Não é um disco ruim: o nível que é alto. A épica “Outlaw Pete” (que poderia ter metade do tempo), a alegre “This Life”, a faixa título e “The Wrestler”, tema do filme de Aronofsky, valem seu sorriso. Apenas lembre-se: Bruce pode mais.
Nota: 7
Preço em média: R$ 25
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“That Lucky Old Sun”, Brian Wilson (EMI)
O tempo passou, mas as melodias continuam inesquecíveis. Brian Wilson hoje é um senhor que no encarte posa sentando vendo o fim de tarde em Los Angeles, não se movimenta no palco e lê as letras em um teleprompter, mas que ainda é capaz de criar belezas como “Good Kind of Love” e “Southern California”. A vinheta “Cant Wait Too Long” saiu das sessões de 1967 de “Smile” (valeu, Heberthy), e a segunda metade do álbum é um bonito e tristonho acerto de contas com o passado. Até parece um “Smile II”…
Nota: 8
Preço em media: 35
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“22 Dreams”, Paul Weller (Universal)
Ele deu cano no Tim, e esse maldito disquinho mostra o tamanho do nosso prejuízo. Weller atira para todos os lados e acerta na oriental “Light Nights”, que abre o álbum de forma grandiosa, no rock direto da faixa título, na jazzista “Song For Alice” (dedicada a Alice Coltrane e com orquestração de chorar de Robert Wyatt), em “Echoes Round The Sun” (com Noel Gallagher e Gem Archer nas guitarras sujas) e em “Black River”, baladinha circense envenenada pela guitarra de Graham Coxon. E, ahh, em mais umas 12 canções…
Nota: 9
Preço em média: R$ 28
Leia também: Tim Festival 2008, por Marcelo Costa (aqui)
“Song For Alice”, na verdade, é uma homenagem à Alice Coltrane, esposa do homem, morta em 2007.
tinha comprado… não tinha ouvido… vou tirar o weller da prateleira!
Valeu, Jonas! 🙂
E Rodrigo, ouça. A primeira metade é estupenda, mas o disco cansa de uma tacada só (por ser longo demais), mas vale muito ouvir!
weller é gênio….
por “Setting Sons”..”All Mod Cons”, “Wildwood”…..pelas parcerias com os Gallaghers…
Vida eterna ao Modfather!
Achei o disco do Boss um pouco menor do que os anteriores, mas ainda assim é bem acima de grande parte do que está ai. E o disco do Weller é sensacional.
Grande Mac!
Só tive a oportunidade de checar o post agora. Fico feliz pela menção, além de concordar plenamente com o review.
De qlq forma, destes três fico com o Weller. Entendo que este disco é o mais sólido dos seus últimos trabalhos ou talvez, da sua carreira. Muito embora, ainda fique com o Stanley Road.
Mas mudando de assunto…
qual a sua opinião sobre o julgamento do “Pirate Bay”? Fica a dica para um novo tópico no site.
Gostaria de saber o que você pensa sobre o assunto, haja visto que, realmente, pra quem gosta de música, ele quase diz respeito a todos nós.
Um abraço!
wilson, como sempre, nao decepciona. esse álbum é incrível! espero conseguir a versão em vinil
É uma faixa bobinha, mas acho que My Lucky Day do cd novo do boss arrebenta demais!