JUNHO 2022
Argentina | Bolivia | Brasil | Chile | Colômbia | Cuba | Espanha | México | Peru | Uruguai
Clique no país acima para conhecer seus destaques de junho! E ouça nossa playlist.
URUGUAI
por Kristel Latecki do site PiiiLA
O Instituto Uruguaio de Meteorologia (Inumet) anunciou que junho foi o mês mais frio no Uruguai desde 1981, com três ondas de frio polar e geadas recordes. No entanto, esse frio extraordinário não foi sentido na música ou no palco. Pode ser devido à pandemia, aos efeitos econômicos da região e/ou ao desejo fervoroso de sair, mas a agenda cultural está explodindo com shows ao vivo nacionais e internacionais, e festas até o amanhecer. Teremos, sem dúvida, mais vários meses de frio, mas não faltarão propostas para enfrenta-lo e até aproveitá-lo.
MARÍA VIOLA – “GUARIDA”: María Viola deu a conhecer sua composição no grupo Maleza e emprestou seu talento como instrumentista a músicos como Gonzalo Deniz, Diego Presa, Martín Buscaglia e Fabrizio Rossi. No entanto, em junho apresentou as suas canções como solista pela primeira vez com o álbum “Guarida”.
Sonora e amigavelmente próxima de projetos como Mansalva e Animales de Poder, a música de María é construída (ou parafraseando “Maraña”, que abre “Guarida”, se cerzi ou trança) fundamentalmente com elementos acústicos e referências ao folclore e à música popular uruguaia.
Sobre guitarras e percussões que soam como mãos abertas surge uma voz polida e brilhante, que só em breves momentos significativos decide eriçar ou quebrar, e que encontra acompanhamento em ecos sussurrados de coros.
Em apenas seis músicas, Maria Viola acolhe e recebe de mãos abertas seu cativante universo sonoro. Canções que nas suas palavras são “refúgio, choro e território, paisagens dentro e fora do mundo”. Ouça!
OUTROS DESTAQUES
PAUL HIGGS – “NI AHÍ”: Alguém ousou dizer a Paul Higgs para desistir do funk. E como resposta irônica, o músico decidiu fazer uma de suas melhores canções: “Ni Ahi”. Este é o primeiro single de seu segundo LP oficial que se chamará “Tridimensional” e será lançado pelo selo Queruza (Argentina) e Little Butterfly Records (Uruguai). “Isso é música de resistência”, diz Paul. “As letras são baseadas em suas próprias experiências e divagações, mas qualquer um pode encontrar o que quer se revelar e também emitir o grito de NI AHÍ ao som da faixa”.
ELI ALMIC – “SOY ELI”: A nova faixa de Eli Almic tem ela mesma como protagonista. Abrindo o livro de sua história e sobre uma base criada pelo produtor e DJ Tinitus, “Soy Eli” fala sobre sua infância e seus sonhos realizados. “Minha avó, a conga, a rebelião contra minha mãe, crescer, vestir-se com o que há. Arranhando muitos piolhos que não paravam de voltar, querendo ser, querendo pertencer. Conectar-se com aquela garota que brinca e por um tempo é tudo que ela sonha e vê na TV. Há sonhos que ainda estão intactos, de alguma forma”, diz a artista.
TADU VÁZQUEZ Y FACUNDO BALTA – “SIEMPRE”: Depois de lançar um excelente álbum em janeiro, o multi-instrumentista Facundo Balta retorna com uma nova música com o produtor Tadu Vázquez. Romantismo e dança estão bem presentes em “Siempre”, um debow sutil onde não só brilha a voz dúctil de Facundo, mas também oferece momentos mais rap. Segundo o músico no Twitter, ele compôs a faixa uma hora depois de receber a batida.
ESTELA MAGNONE – “LLAMA”: Finalmente, Estela Magnone está preparando seu novo álbum, “Lazos”, um trabalho composto por versões de suas próprias músicas com artistas convidados, como Cristina Fernández e Malena Muyala. O primeiro single é “Llama” uma música co-criada com Eduardo Mateo, e que traz para o presente sua vasta experiência e seu bom ouvido em arranjos corais. As vozes que a acompanham são Mateo Magnone, Mayra Hugo, sua parceira no lendário trio Travesía, e seu irmão Daniel Magnone, falecido em maio passado.