por Tiago Agostini
Com nove discos de estúdio, dois ao vivos e cinco DVDs, a trajetória de 20 anos do Pato Fu pode ser dividida em trincas de álbuns: a loucura do início (1993/1996), o sonho pop da era Dudu Marote (1998/2001) e a maturidade da volta à independência (2005/2010).
O que não mudou em todo este tempo foram as características que tornaram a banda um dos destaques dos anos 90. Com ótimos e versáteis músicos – no início um trio formado por John Ulhoa, Fernanda Takai e Ricardo Koctus, a banda acrescentaria ao longo do caminho Lulu Camargo e Xande Tamietti –, o Pato Fu possui no casal John e Fernanda uma espécie de pilar.
A dinâmica é simples. Enquanto o guitarrista é o mentor intelectual da brincadeira, Fernanda sempre foi, de certa forma, a cara da banda, a doçura que contrapôs desde o início a loucura sonora que o Pato Fu pode se tornar em alguns momentos. A união destes opostos fez do Pato Fu um dos grupos mais importantes da história da música brasileira.
Rotomusic de Liquidificapum, 1993
Lançado pelo selo independente Cogumelo Records (casa dos também mineiros do Sepultura), a estreia oficial do Pato Fu é o disco mais esquisito e anárquico da discografia da banda, mais debatido do que ouvido, como diz o próprio John. Logo de cara, o cartão de visitas: a música que dá nome ao álbum tem 7 minutos e meio, diversas mudanças de andamento e uma letra sem sentido. Ainda como um trio, o Pato Fu abusava de sua “banda de apoio”, os 128 Japs, apelido dado por John ao sequenciador Roland responsável pelas programações – mais tarde o guitarrista aproveitaria o apelido para batizar o estúdio caseiro que montou nos fundos de sua casa. “Rotomusic de Liquidificapum” é um disco difícil, que começa em um ritmo acelerado e, entre uma versão da música do “Sítio do Pica-Pau Amarelo” em alta rotação e um “Hino Nacional do Pato Fu” heavy metal, só vai encontrar seu lado pop quase no final, nas ótimas “Gimme 30” e “O Mundo não Está Pronto”. As rádios chegaram a tocar “O Processo da Criação Vai de 10 até 100 mil”, e o clipe também frequentou a MTV. “O Amor em Carne e Osso”, uma balada curta levada apenas na guitarra que poderia perfeitamente estar nos discos mais recentes do grupo, destoa do resto no repertório e, até por isso, fecha o álbum apontando, de certa forma, os rumos que levariam o Pato Fu ao sucesso. O disco foi relançado em 2005 com três faixas adicionais: a versão demo de “Spoc”, uma cover de “Uncontrollable Urge”, do Devo, e uma gravação ao vivo de “Gimme 30”.
Ouça: “Rotomusic de Liquidificapum”, “Hino Nacional do Pato Fu”, “O Amor em Carne e Osso”.
Nota: 8
Gol de Quem?, 1995
O burburinho causado por “Rotomusic” abriu as portas do selo de apostas Plug, da major BMG, para o Pato Fu, e o trio não desperdiçou a oportunidade. “Rotomusic” pode ter sido a estreia, mas foi “Gol de Quem?” que, efetivamente, apresentou a banda ao público brasileiro, graças a uma música: “Sobre o Tempo”, uma dessas espécies de pop perfeito que resistem aos anos, virou hit, foi trilha sonora de “Malhação” e pôs a banda no mapa. A anarquia da estreia continua presente em momentos como “Onofle”, uma cover instrumental de “Ob-la-di Ob-la-da” e a versão arrastada de “A Volta do Boêmio”, mas o pop dá o tom no álbum. John e Fernanda ainda dividem os vocais das músicas, mas a voz doce da cantora se impõe nos melhores momentos. As comparações com Os Mutantes ganharam mais força com a cover de “Qualquer Bobagem”, superior à original dos paulistas, inclusive. Quase no final ainda há uma das melhores músicas da banda, “Spoc”, levada ao violão e com partes cantadas em francês.
Ouça: “Sobre o Tempo”, “Spoc”, “Vida de Operário”, “Gol de Quem?” e “Mamãe Ama Meu Revólver”
Nota: 10
Tem Mas Acabou, 1996
Em algum momento depois do segundo disco, o Pato Fu decidiu que precisava de um baterista. O teste para a vaga foi acompanhar “Rotomusic de Liquidificapum”, e Xande Tamietti passou com louvor. ‘Tem Mas Acabou” é o primeiro disco da banda como um quarteto, e isso fica nítido desde a dobradinha de abertura “Nós Mês” e “Água”. Produzido pelo amigo André Abujamra, é claramente um disco de transição, com a banda tateando os rumos que poderiam tomar com o novo integrante. Tem um clássico instantâneo, “Pinga” – que mais tarde foi limada dos shows pela banda – e uma favorita dos fãs, “Little Mother of Sky”, que mostra o entrosamento instantâneo da recém-formada cozinha rítmica. É neste disco também que John começa a mostrar melhor seus dotes de guitarrista, construindo ótimos riffs suingados. As esquizofrenias ainda se fazem presentes, mas apenas em “Capetão 66.6 FM”, uma das poucas músicas que permaneceu no repertório dos shows através dos anos. Curiosidade: “Por Que Te Vas”, do compositor espanhol José Luis Perales, fez sucesso mundial nos anos 1970 e embala algumas cenas do filme “Cria Cuervos”, de Carlos Saura.
Ouça: “Água”, “Céreblo”, “Little Mother of Sky”, “Porque te Vas”, “O Peso das Coisas”
Nota: 7
Televisão de Cachorro, 1998
Primeiro disco da parceria com o produtor Dudu Marote, “Televisão de Cachorro” marca o início do período de maior sucesso do Pato Fu. Mais bucólico que os anteriores, estão neles hits como “Antes que Seja Tarde” e a belíssima e intensa balada “Canção Pra Você Viver Mais”, composta por John em homenagem ao falecido pai de Fernanda. Assim como “Gol de Quem?”, é recheado de versões, em que se destacam “Tempestade”, semi-hit dos anos 90 dos brasilienses do Maskavo Roots, e “Nunca Diga”, primeira das músicas da Graforréia Xilarmônica a entrar para o repertório da banda – e que aqui aparece vestida de um punk-pop nervoso. Outra que se destaca pela energia é “Licitação”. Com ritmo acelerado, é uma das melhores baterias gravadas por Xande em toda carreira da banda – e que anos depois seria emendada pela banda com “Enter Sandman” no show do Rock In Rio, em que o Pato Fu conquistou os fãs de Guns N’ Roses. É também uma das poucas músicas cantadas por John no álbum, fato que se tornaria cada vez mais raro. “Televisão de Cachorro” alcançou a marca de Disco de Ouro embalado pelos hits “Antes Que Seja Tarde” e a cover de “Eu Sei”, da Legião Urbana.
Ouça: “Nunca Diga”, “Licitação”, “Vivo Num Morro”, “Um Dia, Um Ladrão”, “Canção Pra Você Viver Mais”
Nota: 10
Isopor, 1999
Este talvez seja o disco em que o Pato Fu melhor soube dosar suas experimentações e flertou completamente com o pop. Ok, a primeira música é toda cantada em japonês, mas “Made in Japan” tem um balanço, levado pelo baixo preciso de Ricardo, irresistível, e fez certo sucesso. “Isopor” mescla momentos de pura fofice, como a enjoativa “Depois” (que tocou muito em rádio e ganhou até versão remix), com a melancolia da faixa título e “Um Ponto Oito”. Mas, apesar delas, este é um disco feliz. “Imperfeito” começa com teclados matrimoniais que desembocam numa música de desamor; a banda resgata a sacana “O Filho Predileto de Rajneesh” do repertório do Sexo Explícito, banda anterior de John, que com seu riff marcante é o momento mais rock do álbum; “O Prato do Dia”, com sua guitarra rasgada, poderia muito bem estar em “Tem Mas Acabou”; e “Quase” fecha o álbum com John, só ao violão, em uma não balada de ninar. É neste disco também que a banda se reencontra com o pop perfeito em “Perdendo Dentes”, até hoje uma das músicas mais cantadas nos shows. Novamente o Pato Fu alcançava a marca de Disco de Ouro, o que fez com que “Isopor” voltasse às lojas em uma edição especial com três faixas bônus: “Olimpíadas 2000”, “Made In Japan Extended” e “Perdendo os Dentes”, numa versão ao vivo nos estúdios da MTV Brasil.
Ouça: “Um Ponto Oito”, “Imperfeito”, “O Filho Predileto de Rajneesh”, “Perdendo Dentes”, “Quase”
Nota: 9,5
Ruído Rosa, 2001
Último disco da parceria com Dudu Marote, “Ruído Rosa” foi descrito pela imprensa, na época de seu lançamento, como o disco mais “barroco” do Pato Fu. O exagero provavelmente foi causado pelo clima lúdico de baladas como a faixa título e “E O Vento Levou…”, ou a melancolia tecnológica da ótima versão de “Tolices’, do Ira!, com Fernanda usando efeitos na voz para criar todas as harmonias. Mixado e masterizado em Londres, o disco abre com o som de um theremin, na nervosa versão de “Eu’, da Graforréia Xilarmônica. O peso ainda se faz presente em partes de “Deus” e “Tribunal de Causas Realmente Pequenas”, mas se dilui nos teclados e violões de “Sorria, Você Está Sendo Filmado”, com John nos vocais. Para encerrar, um novo encontro com Os Mutantes em “Ando Meio Desligado”, feita sob encomenda para uma novela da Globo.
Ouça: “Eu”, “Tribunal de Causas Realmente Pequenas”, “Deus”, “Tolices”, “Sorria, Você Está Sendo Filmado”
Nota: 8,5
Toda Cura Para Todo Mal, 2005
Após uma pausa para que John e Fernanda tivessem Nina, sua primeira filha, o Pato Fu voltou caseiro. Produzido por John e gravado no 128 Japs, “Toda Cura Para Todo Mal” marca a estreia da formação atual da banda com Lulu Camargo nos teclados, incorporado após fazer participação no disco ao vivo gravado em 2002, e inaugura o selo próprio do Pato Fu, Rotomusic (embora o álbum tenha sido distribuído pela Sony/BMG). Com ótimas baladas como “Anormal” e a robertiana “Agridoce’, o ponto alto do álbum é a homenagem ao Jackson 5 em “Uh uh uh, lá lá lá, ié ié”. John volta um pouco às experimentações eletrônicas do início em “Estudar pra Quê” e “Simplicidade”, que virou trilha de comercial bucólico em uma outra versão sem a voz robótica. Mas se começa em alta rotação, o disco se perde um pouco no final, com músicas menores como “Tudo” e “Boa Noite Brasil” (com participação de Manuela Azevedo, do grupo português Clã).
Ouça: “Anormal”, “Uh uh uh, lá lá lá, ié ié”, “Amendoim”, “Agridoce”
Nota: 8
Daqui Pro Futuro, 2007
Para usar um clichê batido, este é o disco mais maduro e calmo do Pato Fu. Há certa melancolia boa que perpassa todas as faixas, com os teclados de Lulu ganhando destaque em faixas como “30000 Pés” e “A Hora da Estrela”. Abusando de instrumentos acústicos, este é um álbum tão atípico do Pato Fu que os únicos momentos agitados estão em “Woo!” e “Tudo Vai Ficar Bem”, com participação de Andrea Echeverri, do Aterciopelados. Com melodias suaves, é o disco mais Fernanda Takai da banda. Pudera: John já declarou que foi aprendendo aos poucos a compor para a esposa, o que conseguiu com maestria neste álbum. “Daqui Pro Futuro” também é um disco marcado pela paternidade, com “Mamã Papá’, e a carta de intenções na belíssima “A Verdade Sobre o Tempo”. A cover da vez é “Cities in Dust”, do Siouxie and The Banshees (que também ganhou clipe). Lançado novamente pelo selo próprio da banda, “Daqui Pro Futuro” marca a volta do Pato Fu à total independência após mais de uma década de parceria com a BMG.
Ouça: “30.000 Pés”, “Tudo Vai Ficar Bem”, “A Verdade Sobre o Tempo”, “Nada Original”.
Nota: 9,5
Música de Brinquedo, 2010
Um disco de versões tocado apenas com instrumentos de brinquedo? Uma loucura que apenas o Pato Fu poderia realizar. Com os arranjos originais reproduzidos fielmente, a banda escolheu 12 clássicos da música mundial e brasileira, adicionou vozes de crianças para dar um tom lúdico e criou um disco surpreendente, que se transformou em um show ainda mais impressionante com a participação de bonecos do grupo Giramundo. A excelência instrumental da banda se acentua neste disco, principalmente na cozinha precisa de Xande e Ricardo – o que o baterista faz em “Ska”, dos Paralamas do Sucesso, em um instrumento minúsculo é desumano. “Música de Brinquedo” funciona como uma síntese da discografia da banda utilizando músicas de terceiros: um tino pop aliado à esquizofrenia do início da carreira. Rendeu ao Pato Fu um Grammy e outro Disco de Ouro (o primeiro de uma banda independente).
Ouça: “Ovelha Negra”, “Live and Let Die”, “Todos Estão Surdos”, “Ska’
Nota: 9
Discos ao vivo e Raridades
Para comemorar dez anos de carreira, o Pato Fu lançou um “MTV Ao Vivo” em 2002, gravado no mítico Museu de Arte da Pampulha, em Belo Horizonte. Descaracterizaram seus dois maiores hits, “Sobre o Tempo” e “Perdendo Dentes”, e convidaram Lulu Camargo, ex-Karnak, para participar do disco, além da dupla Hique Gomez e Nico Nicolaiewsky, do Tangos e Tragédias, que turbinaram “Porque Te Vas”. Entre as músicas inéditas, destaque para “Me Explica” e a balada “Nada Pra Mim”, gravada também por Ana Carolina. O segundo registro ao vivo da banda radiografa o grande espetáculo que foi a turnê do disco “Música de Brinquedo”, em que, escudados por Mariá Portugal, Thiago Braga e os bonecos do Giramundo, o Pato Fu conseguiu reproduzir fielmente na loucura de tocar com instrumentos de brinquedo. Destaque para a versão de “Bohemian Rhapsody”, já no final do show.
No quesito raridades, muita coisa interessante do Pato Fu está espalhada pela web (boa parte delas liberada pela própria banda de tempos em tempos em seu site oficial). Entre os itens interessantes estão várias canções de programas da MTV Brasil, como a integra do Lual MTV (com covers para “Just Like Heaven”, do The Cure, “Save a Prayer”, do Duran Duran, e “Under The Boardwalk”, do The Drifters), e versões de “Menina Veneno”, de Ritchie, “Nunca Diga” e “Love Me Tender” (para um especial chamado Romance MTV) além de “Spoc”, uma sobra do álbum “MTV ao Vivo”. Há encontros com o Los Hermanos (“Sobre o Tempo”, “Veja Bem Meu Bem”), com João Gordo (que canta uma ótima versão do “Hino do Pato Fu”) e até com Fábio Jr. (“O Que Que Há”) além de músicas perdidas como “Tema de Natal” (aquela do “Eu pensei que todo mundo fosse filho de Papai Noel”), “BH” (uma declaração de amor à capital mineira), “Hino do Atlético Mineiro”, “Quatro Cordas”, “Devo’s Uncontrollabe Urge” (cover do Devo presente na “Pato Fu Demo”) e “A Barca” (além da trilha sonora da coleção Verão 2002/2003, de Ronaldo Fraga, assinada por John e Fernanda).
DVDs
O projeto do “MTV Ao Vivo” rendeu também um DVD, que traz algumas músicas não presentes no CD – as obrigatórias “Licitação” e “Spoc” estão nos extras – e intercala bons depoimentos dos membros da banda e convidados especiais entre as músicas. “Toda Cura Para Todo Mal’ rendeu um DVD de mesmo nome com uma proposta interessante: cada música do disco ganhou um clipe, feito por pessoas diferentes. Destaque para “Anormal”, que mostra os músicos através de visão raio-x, e a animação de Laerte para “Uh uh uh, lá lá lá, ié ié”. O disco ainda traz um mini-documentário com os bastidores da gravação do disco. “Extra! Extra!” traz um documentário da turnê de “Daqui Pro Futuro” feito pela fã Gabi Lima, que teve acesso a momentos de intimidade da banda na estrada. Todo disponível em um site especial, o disco traz algumas canções do disco tocadas em versões despojadas, além de uma seção com dicas importantes para músicos iniciantes, como “Não Fale Mal da banda Preferida da sua Mulher” e “Entregue Sua Demo para a Pessoa Certa”. “Música de Brinquedo” também ganhou um registro primoroso em vídeo. Completa a videografia da banda ainda um DVD que compila os clipes do Pato Fu até 2004.
Tiago Agostini (@tiagoagostini) é jornalista. Foto 1 / Divulgação – Foto 2 / Liliane Callegari
Leia também:
– Entrevista: John Ulhoa e os 20 anos do Pato Fu, por Tiago Agostini (aqui)
– “Música de Brinquedo” ao vivo no Ibirapuera, por Marcelo Costa (aqui)
– Pato Fu duas vezes ao vivo em São Paulo, 2010, por Tiago Agostini (aqui)
– O tempo amigo do Pato Fu, por Marcelo Costa (aqui)
– Quatro vídeos: Lados b do Pato Fu, por Marcelo Costa (aqui)
– “Daqui pro Futuro”, Pato Fu, por Marcelo Costa (aqui)
– “Onde Brilhem os Olhos Seus”, Fernanda Takai, por Marcelo Costa (aqui)
– “Toda Cura Para Todo Mal – DVD”, Pato Fu, por Marcelo Costa (aqui)
– Pato Fu ao vivo em Taubaté, 31/03/00, por Marcelo Costa (aqui)
– “Toda Cura Para Todo Mal” faixa a faixa por Fernanda Takai (aqui)
– “MTv ao Vivo”, Pato Fu, por Fábio Sooner (aqui)
– Scream & Yell entrevista Fernanda Takai, por André Azenha (aqui)
– “Rotomusic de Liquidificapum 15 Anos”, Pato Fu, por Marcelo Costa (aqui)
– “Toda Cura Para Todo Mal – DVD”, Pato Fu, por Marcelo Costa (aqui)
– Pato Fu libera vídeos em site especial, por Marcelo Costa (aqui)
Muito bom! Sinto falta de maior presença do John cantando nos últimos trabalhos, ainda assim, relendo agora as análises, percebo que gosto de todos os álbuns de estúdio. A banda possui uma regularidade difícil de encontrar no pop rock nacional…
Só acho que ‘Tem mas acabou’ poderia ter sido mais bem avaliado, sete é pouco pra ele.
Abs
Grande Tiago! Gostei do texto. Concordo com as tais 3 fases do Pato Fu. Mas acho que você foi bastante bonzinho com as notas de “Tem Mas Acabou” (onde a banda, de fato “se perdeu” e errou a mão em várias faixas, com alguns poucos destaques, como a bela “O Peso das Coisas”) e “Daqui pro Futuro”, que achei beeem chato. Sou fã desde o início, estive lá na gravação do DVD de 2002, na Pampulha e acho a banda uma das mais criativas e instigantes do nosso castigado pop rock nacional. Apenas achei que você foi generoso nestas duas avaliações, mas é aquela velha questão do “gosto”. Só apareci mesmo pra deixar este recado, o review ficou legal. Abração.
Acho que “Toda cura para todo mal” o melhor disco de rock nacional da década passada.
Gostaria que você retirasse a nota 8 e desse 10.
O resto da análise gostei bastante, parabéns!
Legal ver um Discografia Comentada do Pato Fu. Sem dúvidas, uma das bandas mais bacanas e inventivas do nosso país. Como fã, é muito bom relembrar, um a um, os discos dos caras. Meu preferido é o Ruído Rosa. E, por falar em lembrança, esse cover de “Save a Prayer” no Luau MTV é muito foda! Ouvindo no repeat aqui, hehe.
Oi Tiago! Parabéns, seus comentários de toda a discografia estão ótimos. Aprendi muita coisa interessante que não sabia sobre o Pato Fu.
Pato Fu é uma das bandas mais bacanas e criativas do Brasil. A discografia deles tem uma consistência e uma lógica de evolução que não se vê na música brasileira. 😀
Excelente discografia comentada. Concordo com quase todas as suas notas. A divergência fica por conta do “Tem Mais Acabou”: eu daria um 8.
Abraços,
Luciano