Mariana Aydar, Tiê e Maria Alcina

Por Marcelo Costa

“Peixes, Pássaros, Pessoas”, Mariana Aydar (Universal)
Em seu segundo álbum, Mariana aposta em canções inéditas e expande seu campo de atuação: de um lado Zeca Pagodinho (com que canta o excelente manifesto “O Samba Me Persegue”) e Caetano (que assina o release), do outro Romulo Fróes (de quem gravou a inédita “Nada Disso É Pra Você”) e Nenung (d’Os The Darma Lóvers, que cedeu a bela “Peixes”). Ela trafega corajosa entre estes dois pólos (indie e mainstream) e mostra evolução num álbum (com produção esperta de Kassin e Duani) que aponta um futuro promissor.
Nota: 7
Preço em média: R$ 24,90
My Space: http://www.myspace.com/marianaaydar (ouça “Peixes”)

Leia também: Romulo Fróes lança novo disco com belo show, por Marcelo Costa (aqui)

“Sweet Jardim”, Tiê (Levis Music)
Alguém cravou por ai que Tiê era a “Mallu Magalhães para adultos”, epíteto que pode mais assustar do que animar. A cantora paulistana, no entanto, está mais próxima de uma comparação com Carla Bruni – por sua paixão pelo folk e chansons francesas (e, ok, também por seu currículo com modelo). “Sweet Jardim” é um disco suave e bonito, autoral e outonal, que conta com participações de Tatá Aeroplano (em “Chá Verde”) e Toquinho (que a teve como backing em sua banda, na faixa título) e pode agradar sonhadores.
Nota: 7
Preço em média: R$ 16,90
My Space: http://www.myspace.com/tiemusica (ouça “Aula de Francês”)

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“Confete e Serpentina”, Maria Alcina (Outros Discos)
Impressionante como este inspirado “Confete e Serpentina” consegue transpor para o estúdio o carisma desta elétrica cantora. O repertório junta novatos (Wado e Ronei Jorge), consagrados (Tom Zé e Lô Borges), e ótimas versões para “Eu Quero É Botar Meu Bloco na Rua”, clássico de Sérgio Sampaio revisto de forma eletrônica, “Roendo as Unhas (Paulinho da Viola) e “Cachorro Vira-Lata”, um samba de 1934 gravado por Carmen Miranda. Destaque para a ótima “Não Pára” e para a marchinha “Das Tripas, Coração”.
Nota: 8
Preço em média: R$ 29
My Space: http://www.myspace.com/alcina (ouça “Não Pára”)

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7 thoughts on “Mariana Aydar, Tiê e Maria Alcina

  1. Este cd da Maria Alcina é o melhor de toooodos de 2009, até agora, artisticamente falando, e uma obra prima do cancioneiro popular, além de bastante sofisticado, graças a Deus. Criativo, irreverente, inteligente, de muitíssimo bom gosto (a própria foto do encarte evidencia como ele é chique), absoluta e diametralmente o oposto da mediocridade que assola, quase sempre, este Verdelindo. Ela consegue ser única, inigualável, esfuziante, quente, cheia de personalidade,
    registro vocal peculiaríssimo e muito sonoro, enfim, uma cantora inaugural como foi a Carmen Miranda _e cada uma a seu modo, incomparáveis e absolutas_ e como é, por exemplo, a Elza Soares, estas maravilhas do Brasil são destes raros artistas que fazem a verdadeira arte, e não meros exibicionistas arteiros como aquelas coisas cantoras de axé, p.ex. Salve a Alcina que põe o bloco na rua, é dez e alucina. Saravá e Evoé!!!
    Marcos Lúcioetro espantolir

  2. Hahahaha, mas diário é uma coisa autoral, hein. Na pior das hipóteses, ele vai muito além da Maria Mariana, mas ainda acho o CD bacana. E no fundo, 90% das letras da música pop são experiências próprias. É claro que as experiências dela são diferentes do Morrissey, mas cada um, cada um. “Sweet Jardin” não é inovador, nem sensacional. É apenas um disco para se ouvir sem compromisso. É um alívio no meio de tanta coisa constrangedora que recebo.

    Abração

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