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Barcelona: Top 5 Primavera Sound 2012

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Todas as fotos por Marcelo Costa (mais aqui)

Marcelo Costa (Scream & Yell e Sonora)
1) Jeff Mangum
2) Spiritualized
3) Refused
4) Girls
5) The Weeknd

Menção honrosa: Afghan Whigs, Wedding Present e Wilco

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Paulo Terron (Rolling Stone Brasil)
1) Big Star’s Third / Sister Lovers
2) Afghan Whigs
2) Jeff Mangum
4) Wavves
5) Marianne Faithful

Menção honrosa: The Weeknd

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Renato Beolchi (Portal Terra)
1) Refused
2) Napalm Death
3) Shellac
4) Godflesh
5) Mayhem

Menção honrosa: Woves in The Throne Room

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Renato “Otaner” Silva (La Cumbuca)
1) Big Star’s Third / Sister Lovers
2) Lee Ranaldo
3) Refused
4) Wilco
5) Dirty Three

Menção Honrosa: OFF! Menção real: o festival inteiro :)))

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Rodrigo Levino (Folha de São Paulo)
1) Afghan Whigs
2) Jeff Mangum
3) Girls
4) Spiritualized
5) The Weeknd

Menção honrosa: Wilco

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Leia também:
– Tudo sobre o Primavera Sound 2012 (aqui)
– Tudo sobre o Primavera Sound 2011 (aqui)
– Tudo sobre o Primavera Sound 2010 (aqui)

junho 5, 2012   No Comments

Barcelona: Richard Hawley no Arco do Triunfo

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Texto e fotos: Marcelo Costa

Após quatro dias de festival (o primeiro no Arco de Triunfo e os três seguintes no Parc del Fórum), o Primavera Sound encerrou sua edição 2012 em um domingo de chuva na capital catalã. A programação gratuita previa shows de Veronica Falls no Parc de la Ciutadella e cinco apresentações no Arco do Triunfo, mas a chuva marcou presença atrapalhando a festa de Joe Crepúsculo e Nacho Vegas. Alguns fãs ainda marcaram presença para ver Yann Tiersen, e só quando Richard Hawley adentrou o palco é que São Pedro fechou a torneira.

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“Vou ter de tocar sentado. Quebrei minha perna”, desculpou-se Hawley. Apesar do incomodo, a apresentação foi correta alternando momentos de psicodelia com outros de puro lirismo. O repertório privilegiou o recém-lançado “Standing at the Sky’s Edge” (incluindo cinco canções do álbum no curto setlist de 10 músicas – nenhuma de “Lowedges”, o belo álbum de 2003 lançado no Brasil), e o público respondeu bem aplaudindo e acompanhando o guitarrista, um homem de uma carreira solo que merece ser acompanhada com calma.

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Ainda tinha shows e DJ sets de King of Convenience e Black Lips na Sala Apolo, mas o Primavera Sound já tinha cumprido com louvor sua promessa de distribuir boa música. O destaque principal foi a qualidade do line-up mais variado de sua história, com os parceiros curadores Vice, ATP e Pitchfork apostando na radicalização do black metal, grindcore e indie: o Primavera talvez seja o melhor festival do mundo no que diz respeito a alcance de público: na mesma hora, por exemplo, The XX e Napalm Death se apresentavam em palcos diferentes.

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Essa variedade no line-up surpreendeu muita gente. Quem esperava ver Mayhem, uma banda de black metal norueguesa que toca com cabeças de porco no palco servindo como castiçal de velas, tocando num palco no mesmo horário em que Robert Smith enfileirava hits do The Cure no palco principal? Quem não se interessava por nenhum dos dois poderia ir ver Wavves ou escolher entre esperar M83, The Drums e/ou SBTRKT. No mesmo dia se apresentaram Rufus Wainwright, Girls, Laura Marling, Napalm Death, Jeff Mangum e Marianne Faithful. Palmas para quem organizou tudo isso. Ano que vem tem mais.

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Leia também:
– Tudo sobre o Primavera Sound 2012 (aqui)
– Tudo sobre o Primavera Sound 2011 (aqui)
– Tudo sobre o Primavera Sound 2010 (aqui)

junho 3, 2012   No Comments

Barcelona: Primavera Sound, Dia 3

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Texto e fotos por Marcelo Costa

O mais indie (e não só por isso) e mais fraco dia do Primavera Sound 2012 guardou surpresas especiais no Parc del Fórum, em Barcelona. Se a escalação do palco principal parecia a seleção de bandas preferidas daquele seu amigo farofa (e ele até ousou abrindo o dia com Sharon Van Etten), os palcos secundários traziam boas apostas que valiam uma caminhada – e caminhada em terceiro dia de festival equivale ao triplo do risco e do cansaço do primeiro.

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Father John Misty abria a programação no auditório às 16h do domingo, mas o bairro de Barceloneta estava tão sedutor com sua paella, seu bife de ternera, as patatas bravas, a sangria, a praia incrivelmente azul e o top less que optamos por perder não só o ex-Fleet Foxes como também Sharon Van Etten, mas ela ainda faria um showzinho acústico concorrido mais à noite no palco Ray-Ban Unplugged (um pouco maior que um caixa de sapatos).

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Após um almoço caprichado e sol na moleira, a providencial fila do auditório (que permitia uns cochilos) para conferir a segunda apresentação de Jeff Mangum no Primavera Sound 2012. Munido de uma voz enternecedora e uma batida de violão crua, o ex-Neutral Milk Hotel sentou sozinho no centro do palco do auditório e ofertou: “Vocês podem vir um pouco mais para frente se quiserem”. Resultado: dezenas de fãs assistindo ao show aos pés do herói.

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Tudo ali na beira do palco tinha jeitão de momento histórico. Um repertório clássico baseado no álbum mítico “In the Aeroplane Over the Sea”, o intimismo da proximidade ao ídolo (mesmo em um teatro sold out com três mil pessoas), a interpretação entregue de números como “Two-Headed Boy Part 1 and 2”, “Song Against Sex”, “The King of Carrot Flowers”, “Holland, 1945”, “Little Birds” e “Oh Comely”: eis um show encantador em sua simplicidade.

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Após Jeff Mangum, tudo foi acaso. A primeira ideia (diante de tantos shows perdíveis) era fazer um review completo da praça de alimentação do festival, mas as opções eram muitas indo de peritos calientes safados, texmex que engana bem, boa comida tailandesa, pizza em quatro sabores (e todos com o mesmo gosto), hambúrguer de respeito, milho “brasilian style”, pasta de caixinha, sorvete de iogurte, salsichas alemãs e… os campeões churros de chocolate.

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Enquanto isso, Girl Names mostrava no palco da revista Vice que o revival dos anos 80 permanece: o som é The Cure, a voz é Morrissey. Passo. Ao lado, no palco Pitchfork, Bradford James Cox (o Atlas Sound) sofria com o som ruim. Do outro lado da Espanha, no palco Mini, o Beach House carregava um mar de pessoas confirmando o status de bola da vez (desde de… quando mesmo?). Som sensual, mina gata perdida entre luzes cinzas e brancas, baita deja vu.

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No palco ATP, o Shellac, comandado por um possuído Steve Albini, distribuía doses generosas de honestidade rock and roll dispensando clichês. Pouco depois, Sharonzinha derretia corações na caixa de sapatos lotada do Ray-Ban Unplugged com a presença na plateia de Pat Samsone, do Wilco, e Mike Mills, do R.E.M., que tirou uma com a minha cara quando troquei de câmera para uma foto com Paulo Terron e Rodrigo Levino: “Ele é (fotógrafo) profissional – sic”. O registro tosco você vê abaixo.

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Ainda deu tempo de conferir metade do show impressionante do Weeknd, no palco do site Pitchfork, que novamente foi marcado por problemas de som e luz (que chegaram a interromper a apresentação), mas não conseguiu diminuir a intensa performance do grupo, com o canadense Abel Tesfaye merecendo com honras o título de novo Michael Jackson: que voz, que falsete, que cantor. Uma carreira para acompanhar com muita atenção.

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A vontade de ver mais uma vez o Yo La Tengo era enorme, mas o cansaço e a vontade de fugir da farofeira do Justice foram mais fortes. Taxi da Diagonal Mar para a Calle Sicilia, algumas Chimay na mesa (a trapista aqui é vendida no supermercado por… R$ 4) e a certeza de que o Primavera Sound continua sendo um dos festivais mais bacanas do planeta. Por tudo que o cerca: os shows, o entretenimento, a organização e, claro, a cidade encantadora que o abriga.

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O festival ainda não acabou. Neste domingo ainda há apresentações gratuitas no Parc de La Ciutadella (vontade de ver Veronica Falls), no Arco do Triunfo (baterei ponto em Yann Tirsen e Richard Hawley) e na Sala Apolo (que receberá Black Lips na Festa de Encerramento). Nesta segunda, voo madrugadeiro para Paris , onde na terça tenho encontro marcado com… Axl Rose. Torcendo para que o atraso não ultrapasse a marca de 15 minutos…

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Leia também:
– Tudo sobre o Primavera Sound 2012 (aqui)
– Tudo sobre o Primavera Sound 2011 (aqui)
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junho 3, 2012   No Comments

Barcelona: Primavera Sound, Dia 2

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Texto e fotos por Marcelo Costa

Preguiça em Barcelona. A quinta-feira acabou ás 5 da manhã com cerveja, sangria de caixinha e Jack & Coke, e a sexta só começou após uma bela massa no Pasta Bar, na Escudellers, 47, travessa das Ramblas (enquanto a gente acordava, o Wilco se amontoava na Revolver Records para um pocket show). O segundo dia do Primavera Sound não prometia emoções tão fortes quanto as do primeiro, mas surpreendeu com Girls e o show interminável de Robert Smith.

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O plano inicial era chegar cedo e tentar ver Laura Marling e o ex-Neutral Milk Hotel Jeff Mangum no auditório. A primeira não deu tempo, e o segundo obrigava a esperar em uma fila debaixo do sol nada convidativa. Achei mais justo dar uma rodada nos palcos: Chavez fazendo bonito no Mini, The Chameleons surpreendendo no Ray-Ban, Siskiyou repetindo a boa apresentação do I’ll Be Your Mirror e Rufus Wainwright cantando canções que já não lembro mais no palco principal.

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Mais tarde, enquanto Marianne Faithfull cantava de Rolling Stones a Decemberists, de Bob Dylan a Leonard Cohen no auditório, o duo Girls fazia uma baita apresentação no Mini, com guitarras altas, backing vocals arrasadoras e todos os hits cantados com paixão por um público emocionado. “Honey Bunny”, “Love Like A River”, “Vomit”, “Jamie Marie” e “Lust For Life” foram o destaque do show de uma banda que se encontra em seu melhor momento. Para rever.

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Dali, uma passada para tirar a prova dos nove do Big Star’s Third, e a coisa começou quente com Jeff Tweedy arrasando em “Kizza Me”. Ira Kaplan, do Yo La Tengo, voltou a fazer bonito em “O Dana” e Mike Mills comandou a festa em “Jesus Christ”. Tudo muito bonito, ainda que excessivamente contemplativo – só o fato do som estar mais alto que no show do Barbican já fez com que Alex Chilton sorrisse, onde quer que ele esteja. E aquela flautista e backing vocalista derretendo corações?

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Deixei o auditório – quando o Teenage Fanclub Norman Blake partia para o microfone – disposto a encarar o Cure. Duas do lindo “Disintegration” abriram a noite (“Plainsong” e “Pictures of You”), que prometia. Entre as oito primeiras ainda teve “Lovesong”, “In Between Days” e “Just Like Heaven”. Aproveitei “From the Edge of the Deep Green Sea” para ir olhar o Napalm Death no palco Vice. Vi seis músicas (algumas delas novas – gostaria de saber se alguém percebeu) e o Cure ainda tocava.

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Pausa para um lanche. Arranjei uma mesa no restaurante da sala de imprensa, fiz o pedido de um hambúrguer, trouxeram, comi, e o Cure ainda tocava. Voltei ao palco curado pela revista Vice, assisti às três primeiras do Mayhem, e o Cure ainda tocava. Perdi Dirty Three e Codeine, mas o Cure ainda tocava (o set list teve 36 canções!). Segundo consta, quando voltarmos hoje ao Primavera Sound, Robert Smith ainda estará no palco tocando.

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O último dia oficial do Primavera Sound (há, ainda, shows extras de Yann Tiersen e Richard Hawley no Arco do Triunfo no domingo) é o mais indie do festival: tem novamente Jeff Mangum (tentarei me esforçar mais desta vez) no Auditório, Saint Etienne e Kings of Convenience no palco principal, e, espalhados, Yo La Tengo, Beach House, Wild Beasts, Neon Indian, Shellac, Atlas Sound, Real State e The Weeknd. Acho que vou pegar uma praia…

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Leia também:
– Tudo sobre o Primavera Sound 2012 (aqui)
– Tudo sobre o Primavera Sound 2011 (aqui)
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junho 2, 2012   No Comments

Barcelona: Primavera Sound, Dia 1

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Texto e fotos por Marcelo Costa

Como era esperado, a primeira noite da edição 2012 do Primavera Sound, em Barcelona, foi uma reunião de concertos memoráveis: as voltas de Afghan Whigs e Refused, a classe de Wilco, Lee Ranaldo e Spiritualized, o show de hits do Franz Ferdinand (com direito a canções novas) mais Death Cab For Cutie, Mudhoney e Arches of Loaf (e muitos outros) mostraram porque o festival catalão é um dos melhores do mundo.

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Na programação oficial, que começou às 17h, mais de 50 bandas divididas em oito palcos na beira do Mediterrâneo, mas sabemos todos que é impossível ver 30% disso – embora a gente tente. Com boa vontade se consegue ver cinco shows inteiros e pedaços de um outro aqui e ali. Assim, uma primeira piscadela para o Arches of Loaf, que repetiu a bela apresentação do ATP em Londres, na semana passada, tocando debaixo de um solzão de 19h30.

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Na sequencia, The Afghan Whigs, outra atração do ATP londrino, que repetiu o êxito da semana anterior com um show focado. Greg Dulli continua urrando como um touro ferido em uma arena, e o novo baterista mão pesada ainda está se acostumando ao repertório, o que afeta uma das características básicas da banda, a improvisação, mas ainda assim o show é caótico, nervoso, instigante, clássico, méritos de um repertório absurdo de bom.

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Quase no mesmo horário, no palco curado pelo ATP, Lee Ranaldo mostrava com vontade as canções de seu excelente novo álbum solo. Ele deixou as experimentações de seus discos anteriores e concentrou no poder de riffs e das canções. Contou historinhas (de uma garota que conheceu em Barcelona nos anos 80 quando tocava com aquela banda, como é mesmo o nome… Sonic Youth) e solou muito. No fosso, Mark Arm acompanhava com admiração.

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Depois, três músicas do Death Cab For Cutie mostraram que a banda continua enorme na Europa, com cerca de 5 mil pessoas acompanhando o show no quinto dos infernos, ou melhor, o palco Mini, que dá a impressão que a Sagrada Família será terminada antes de chegarmos ao local do show. Depois, uma passada rápida e certeira pelo Mudhoney, para ouvir os hinos “Touch Me I’m Sick” e “Suck You Dry” e ver a galera se matando no pogo. Bonito de olhar.

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No palco principal, Jeff Tweedy soava sincero: “É bom estar de volta, Barcelona. Vocês são o melhor público do mundo, e não estou falando pra fazer média”. O repertório foi bastante ousado – principalmente em relação ao show de 2010 neste mesmo palco – com “At Least That’s What You Said”, “Spiders (Kidsmoke)”, “Too Far Apart” e, principalmente, “Laminated Cat” (do projeto Loose Fur) surpreendendo os fãs.

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Nels Cline confirma o status de monstro da guitarra seja comandando o caos de “Art of Almost”, seja solando interminavelmente em “Impossible Germany”, uma canção que deveria ser tombada como Patrimônio Histórico da Humanidade pela Unesco. O trecho final pode ter causado infarto em algum fã mais afoito: “I’m Always in Love”, “Jesus, Etc.”, “I’m the Man Who Loves You”, “Dawned On Me” e a graaande “A Shot in the Arm”. Sorriso no rosto.

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Calma que não acabou. No palco Rayban, os suecos do Refused promoviam um massacre hardcore de primeira grandeza (enquanto isso, lá no Mini, o The XX recriava suas canções). O pique do vocalista Dennis Lyxzén é impressionante: ele pula, corre e distribui pontapés no ar que facilmente derrubariam Anderson Silva. A iluminação do palco é funcional e o baixo encharcado de sujeira bate no peito de tal forma que pode desequilibrar o individuo.

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O Franz Ferdinand aproveitou o palco do Primavera para (como tem feito nos shows atuais) mostrar canções inéditas do vindouro quarto álbum. A festa começou com “Darts of Pleasure” e “Tell Her Tonight”, que bastaram para Alex Kapranos e compania terem o público nas mãos. “Right Thoughts”, a primeira das inéditas, não impressionou (eles tocaram ainda “Brief Encounters”, “Fresh Strawberries”, “WTICSFIFL? Midnight!” e “Trees & Animals”), mas o caminhão de hits (“Take Me Out”, “Walk Away”, “This Fire” e outras) fez todo mundo pular.

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Por fim, às 02h15 da manhã, Jason Pierce adentrou o palco aplaudindo o público e sua banda. Pegou a guitarra e atacou logo de cara “Hey Jane”, primeiro single do disco novo (e com um clipe sensacional). Durante pouco mais de uma hora, o Spiritualized fez do Primavera Sound uma missa. Almas levitavam ao som de “Lord Let It Rain On Me”, “Soul on Fire”, “Ladies and Gentlemen We Are Floating in Space” e a sensacional “Come Together”, quase dez minutos inesqueciveis, fecho de ouro para uma noitada inesquecível. Hoje tem mais. Aguarde.

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Leia também:
– Tudo sobre o Primavera Sound 2012 (aqui)
– Tudo sobre o Primavera Sound 2011 (aqui)
– Tudo sobre o Primavera Sound 2010 (aqui)

junho 1, 2012   No Comments

Os horários do Primavera Sound 2012

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Saíram os horários do Primavera Sound, que acontece de 31 de maio a 02 de julho em Barcelona (com o dia 30/05 e o dia 03/06 abertos ao público), momento dramático em que você percebe que alguns daqueles shows que você queria muito ver serão no mesmo horário. Veja aqui a grade completa e, abaixo, o que “pretendo” ver (e perder).

Dia 1 – 31 de Maio – Quinta-Feira
– Linda Martini (18h00)
– Archers Of Loaf (19h30)
– Afghan Whigs (20h40) *
– Death Cab For Cutie (21:45) **
– Wilco (23h) ***
– The XX (00h45) ****
– Franz Ferdinand (01h45) – começo
– Spiritualized (02h15)

* Perderei Lee Ranaldo (20h45) e Field Music (20h30)
** White Denim (21h45), Mazzy Star (21h50) e Mudhoney (22h)
*** bye bye Beirut (23h15)
**** Queria muito ver Refused (00h30)

Dia 2 – 01 de junho – Sexta-Feira
– Laura Marling (17h15)
– Jeff Mangum (18h30)
– Girls (20:15) *
– Big Star’s Third (21:45) – 15 minutos e só
– The Cure (22h10) ** – 40 minutos e só
– Napalm Death (23h) ***
– Codeine (00h45) ****
– The Rapture (02h) *****

* Era Rufus Wainwright (19h50) e Marianne Faithfull (20h00)
** Bye bye Melvins (21h45) e The War On Drugs (21h45)
*** Perderei Wavves (23h15) e Dirty Three (23h15)
**** Era a chance de M83 (00h45) e The Drums (00h50)
***** Espero pegar o finalzinho do Death In Vegas (02h15)

Dia 03 – 02 de junho – sábado
– Jeff Mangum (19h) *
– Atlas Sound (20h45) **
– The Olivia Tremor Control (21h45)
– Saint Etienne ou Shellac (23h)
– Wild Beasts ou The Weeknd (00h30) ou Yo La Tengo (00h45)
– Justice live (01h45)
– Neon Indian (03h10)

* Bye Veronica Falls (19h)
** Era uma vez Kings Of Convenience (20h30)
*** :/ Beach House (21h45) e Real Estate (22:00)

Ps. No dia 30/05, quarta-feira, ainda haverá shows gratuitos ao ar livre com Black Lips, The Walkmen e The Wedding Present. Eno domingo, 04/06, também gratuitos, Richard Hawley e Yann Tiersen

Leia também:
– Entrevista: Alberto Guijarro, diretor do Primavera Sound (aqui)
– Balanço do Primavera Sound 2010, por Marcelo Costa (aqui)
– Balanço do Primavera Sound 2011, por Marcelo Costa (aqui)

maio 11, 2012   No Comments