União dos músicos Arthur Andraus (baixo e voz), David Lacerda (bateria) e Osmar Netto (guitarra e voz), o Versário surgiu oficialmente em 2009, muito embora os três já tocassem juntos desde 2005. Com dois EPs na praça disponíveis para download gratuito (“Versário”, de 2011, e “Versário ao vivo em sem cortes”, de 2012 – baixe aqui), o grupo se prepara para lançar o primeiro álbum cheio, previsto para abril de 2014.
“Será mais pesado que o primeiro EP, com mais distorção”, adiantou o baixista Arthur, que conversou com o Scream & Yell após ó ótimo show do trio no terceiro dia do Goiânia Noise 2013, em meio a um temporal. “Tentamos fazer um show tão forte quanto a chuva que caía lá fora (risos)”, brincou o baixista, que pretende rodar o país com o novo disco, que será mais direto: “O foco é soar funcional”, avisa. Abaixo, três perguntas para a banda.
O que Goiânia tem que revela tantos power trios?
Não sei. O Versário começou como um quinteto, os integrantes saíram por motivos diversos até ficarmos nós três. E estes “motivos diversos” podem ser o que também influenciam outras bandas, pois pode ser bem difícil você encontrar pessoas que tem um mesmo propósito e acreditam na mesma ideia que a sua. A gente tem muita sorte de estarmos juntos. Já são oito anos tocando com a mesma galera. Nunca tive outra banda.
Como foi tocar no Noise 2013 e como estão os planos para 2014?
O show no Noise de 2013 foi bem legal porque tentamos fazer um show tão forte quanto a chuva que caía lá fora (risos) e (a apresentação) correspondeu às nossas expectativas. As expectativas para 2013 são as melhores possíveis já que estamos há um ano trabalhando no novo álbum, que será mais pesado que o primeiro EP, com mais distorção. As letras estão mais elaboradas também. Nós prezamos muito pela qualidade das nossas composições. Nosso foco é gravar um álbum pra show: simples e seco, onde a pessoa que escuta o CD em casa, chega ao show e vê que é aquilo mesmo. Um álbum animado pra rodar o país.
O formato trio não limita a produção?
Você tem razão, mas o foco é soar funcional. Pode ter percussão, piano e tal, mas a gente não pode se prender em fazer algo no estúdio que fique distante de como pretendemos soar no palco. Ainda estamos no primeiro estágio, gravando bateria e muito ainda será discutido. Devemos lançar este disco, com 10 músicas, em abril.
– Tomaz de Alvarenga (@tomazalvarenga) é jornalista e escreve sobre música e pão de queijo
Leia também:
– Goiânia Noise reflete uma cena local vasta e efervescente, por Marcelo Costa (aqui)
Três perguntas para:
– Rosablanca: “Somos um namoro sem crises entre os anos 80 e 90” (aqui)
– The Baggios: “Se você ouvir nossas musicas irá notar Alceu, Raul Seixas…” (aqui)
– Shotgun Wives: “Gostamos de colocar um timbre inesperado nas canções” (aqui)
– Constantina: “Música Instrumental esteve por muito tempo marginalizada” (aqui)
– Guri: “É hippie, mas parece que a música ajudou a fechar alguns buracos” (aqui)
– Stela Campos: “Sou uma colecionadora de discos à moda antiga” (aqui)
– Garotas Suecas: “Não vamos cantar em inglês para ‘conquistar os gringos’.” (aqui)
– Maglore: “Está cada vez mais difícil ser uma banda independente” (aqui)
– André Mendes: “Eu queria agora era fazer um disco leve e minimalista. Está feito” (aqui)
– Pedro Veríssimo: “A Tom Bloch nunca acabou, como muita gente pensa” (aqui)