Três perguntas: Fuzzly

por Tomaz de Alvarenga

Na ativa desde 2001 misturando grunge com stoner rock, os cuiabanos da Fuzzly fizeram uma apresentação arrebatadora no 19º Goiânia Noise, destacando-se no festival e mostrando, entre outras, “Void”, o novo single que antecede o EP a ser lançado ainda no primeiro semestre de 2014.

Formada pelo vocalista e guitarrista Dark Jordão, pelo baterista Rafael Arruda e pelo baixista Michael Fabrício, a Fuzzly lançou o primeiro EP em 2003, e depois vieram “Middle of Nothin – EP” (2004) e “Like a Flame of Vulcaine” (2006), álbum gravado na Argentina, e “Live EP”, lançado em 2012 (todos disponíveis no http://fuzzly.bandcamp.com/).

“Estamos produzindo bastante, inclusive temos um estúdio em Cuiabá”, conta o vocalista e guitarrista Dark Jordão, que também fala sobre a cena musical na cidade atualmente: “É um novo momento, com cada um fazendo da sua maneira sem alguém direcionando como todos devem fazer”, explica. Confira abaixo, três perguntas para a banda:

Vi um show de vocês em 2006, se não me engano no finado festival Calango, em Cuiabá. O que aconteceu com a banda de lá pra cá?
Estamos produzindo bastante, inclusive temos um estúdio em Cuiabá. Estamos gravando um novo EP, que sai no primeiro semestre de 2014, e a ideia é lança-lo e cair na estrada. Além dele já temos outros quatro registros. Fizemos recentemente uma turnê pela Argentina, Chile, além de São Paulo, Rio de Janeiro e agora pensamos em ir pra Europa. Também lançamos um videoclipe da música “Void”, que estará neste próximo trabalho.

Como que está Cuiabá? Antigamente havia o Espaço Cubo (Fora do Eixo), que acabou. Como está a cena independente da cidade sem ele? Tem algum grande festival?
Ficamos mais no estúdio produzindo e saímos em turnê para tocar. Não rola muito espaço e interação porque a cidade é pequena. A gente organiza show em um bar e toca só a gente, porque a cena é meio dispersa, cada banda fazendo sua correria. Não há mais festivais, porém, as bandas estão tomando iniciativa e produzindo eventos. É um novo momento, com cada um fazendo da sua maneira sem alguém direcionando como todos devem fazer.

Falando do show no Goiânia Noise, acho que o roadie teve trabalho com tantos suportes de pratos que caíam com a agressividade do baterista (risos). É sempre assim? Também percebi que a parte instrumental se sobrepõe a voz. Faz parte da proposta?
Sim, o instrumental é mais bem trabalhado. O primeiro álbum era com mais voz, agora insistimos em algo mais espacial, lisérgico e instrumental, com menos vozes. Talvez o próximo seja diferente, porque não ficamos presos a apenas uma ideia. Quanto ao Rafael (baterista), rock é isso, tem que amarrar a bateria mesmo (risos). Foi legal, fazia tempo que não tocávamos aqui, desde 2008, creio.

– Tomaz de Alvarenga (@tomazalvarenga) é jornalista e escreve sobre música e pão de queijo

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