introdução por Diego Albuquerque
Faixa a faixa por Salomão Di Pádua
Salomão Di Pádua é um artista maranhense que começou sua carreira em 1992. Em 1997, largou o funcionalismo público, foi morar em Brasília e adotou/foi adotado pela cidade, onde passou a frequentar os principais palcos da música brasiliense. Seu mais novo álbum “SALOMÃO DI PÁDUA CANTA BRASÍLIA PARA O MUNDO”, marca um momento especial na trajetória desse ludovicense. Além de comemorar seus 30 anos de carreira, o trabalho contempla a música feita por autores que, a exemplo dele, escolheram Brasília como casa.
No repertório, clássicos bem conhecidos e consagrados do público candango, agora apresentados numa releitura feita pelo produtor musical Agilson Alcântara, especialmente, para a interpretação sensível de Salomão. Gravado no estúdio G2D, em Brasília, com arranjos e direção musical de Agilson Alcântara, masterização de Marcos Paulo, o álbum tem Agilson Alcântara (violão e guitarra), Hamilton Pinheiro (baixo, fretless, acústico), Márcio Bezerra (sax, flauta, clarineta), Carlos Pial (bateria e percussão), Gregoriee Júnior (piano, teclados).
“SALOMÃO DI PÁDUA CANTA BRASÍLIA PARA O MUNDO” traz 10 faixas, canções populares da música brasileira e de Brasília, em roupagens sonoras que passam pelo samba rock, blues e samba tradicional. Vai de “Quase um Segundo”, de Herbert Vianna, gravada por diversos nomes como Cazuza e Simone, a “Bicicleta”, já cantada e aplaudida na interpretação de seu autor Eduardo Rangel; de “Pequena Mágoa”, de Paulo Mattos, artista que integrou o grupo Mel da Terra, nos anos 1980 a “Um telefone é muito pouco”, do artista Renato Matos (pai da cantora Flora Matos), que aqui é interpretada com a participação especial de Zeca Baleiro.
Exclusivo para o Scream & Yell, Salomão comenta um pouco sobre cada faixa, pra você ler enquanto ouve o álbum no seu streaming preferido.
01) Um Telefone é Muito Pouco – Não tinha como gravar um álbum em homenagem à música de Brasília sem “Um Telefone é Muito Pouco”, do querido Renato Matos. São duas figuras marcantes da cultura brasileira, o criador e a criatura. Então fiz o convite ao amigo e conterrâneo Zeca Baleiro pra fazer um feat desse clássico comigo, o que foi muito bem aceito, dando um toque especial a essa linda versão samba-rock, com arranjo de Agilson Alcântara.
02) Modo de Ser – A primeira coisa que me chamou atenção nessa música foi o título. Eu queria muito uma música do Clodo Ferreira nesse álbum, sobretudo por ele ser quem é, um dos melhores compositores do país, com suas obras gravadas pelo Brasil, como “Revelação”, consagrada pelo Fagner, e por ser um amigo muito querido e genial. “Modo de Ser” faz parte de um dos seus primeiros álbuns quando ainda fazia parte do trio Clodo, Climério e Clésio. Ter feito uma releitura de obra importante como está só agrega qualidade ao meu trabalho.
03) Bicicleta – Uma clássica declaração de amor à Brasília, composta por Eduardo Rangel, e outra obra-prima brasiliense. Gravada e regravada por seu autor, “Bicicleta” ganha uma releitura muito especial sob a batuta do arranjador e diretor musical Agilson Alcântara, que a imaginou tocada por quatro violões e flauta.
04) Timidez – Eu conheci numa Live realizada pelo próprio Fred Brasiliense. De imediato entrei em contato pedindo a música pra gravar e foi imediatamente liberada. A nossa versão foi um blusão rasgado, apaixonado sobre o amor.
05) Mistério e Som – Uma composição que a mim foi apresentada pelo meu amigo-irmão e conterrâneo Jorge Macau. A música é uma declaração à amizade, ao relacionamento de amigos, aos mistérios que envolvem uma relação de amizade, eternamente.
06) Quase um Segundo – Quando a gente ouve a nossa voz, o nosso instrumento cantar ou tocar uma música como “Quase um Segundo”, de Herbert Vianna, a gente percebe que está no caminho certo, porque não é simplesmente uma música consagrada, mas saber que que ela seja executada é necessário aprovação por parte do autor, da editora, e isso é muito significativo pra mim, como artista.
07) Deixe Comigo – Ao contrário do que muita gente pensa, Brasília também é terra do bom samba, como esse de Sérgio Duboc, Fabrizio Morelo e Vicente Sá. Aqui temos compositores, cantores, músicos com a mesma energia e competência para compor um bom samba, afinal como disse o poeta “… ninguém faz samba só porque prefere..” é preciso inspiração.
08) Marca da Verdade – Durante a seleção das 10 músicas, o que foi bem difícil pra gente, de uma coisa eu tinha certeza, queria um bom samba nesse álbum, porque embora não me considere bamba, o samba me bate muito forte. Então escolhi um dos melhores compositores que Brasília tem: Sérgio Magalhães.
09) Pequena Mágoa – Ter gravado “Pequena Mágoa”, de Paulo Mattos, me dá a sensação de ter perpetuado uma página importante na história da cultura musical em Brasília. Esta música foi um hit importante de 1986, da banda “Mel da Terra”, e até hoje é cantada e relembrada por tanta gente, agora com uma versão mais atual, porém com a mesma intenção e essência.
10 Samba do Adeus – Eu só queria cantar um samba, mas não pude resistir às maravilhas que me foram apresentadas, e uma delas é “Samba do Adeus”, dos queridos amigos Zelito Passos e Wagner Malta. Samba que fala de amor, e sobre o amor é sempre bom se falar.
Legião não entrou?