entrevista por Bruno Lisboa
Fruto da efervescente cena punk/hardcore brasileira dos anos 90, o Gritando HC fez história ao conquistar público e crítica com seus dois primeiros álbuns, “Gritando HC” (1997) e “Ande de Skate e Destrua” (2000), marcando presença em programas televisivos (como o Musikaos, então na TV Cultura, e a MTV) e ajudando a definir uma geração que teria o skate, o punk, e a crítica social como filosofias de vida.
A trajetória da banda foi marcada de maneira trágica em 2001 com a morte precoce de Marcelo Freitas (Donald), que além de ser vocalista e compositor de grande parte das canções, agia como um menestrel da cena underground. Mas apesar do baque, o Gritando HC seguiu na ativa, lançado discos de estúdio e se apresentando de forma incendiária pelo país.
Os 27 anos de estrada do Gritando HC foram a inspiração para que Alexandre Mapa, montador e realizador audiovisual que estreia como diretor de longa metragem documental, se debruçasse sobre a história do grupo em “Gritando! Punk Rock, Skate & Underground” (2021), documentário que ganha lançamento oficial na 13ª edição do Festival In-Edit Brasil.
O filme aborda não só o Gritando HC e o seu papel na cena como também é um registro emocional com relatos de pessoas que fizeram (e ainda fazem) parte desta história de resiliência e superação. Na entrevista abaixo, Alexandre Mapa fala sobre a sua relação com o punk, o processo de produção do longa, a importância do Gritando HC na cena, o legado deixado por Donald, a inclusão do documentário na programação do In-Edit e muito mais.
Primeiramente gostaria de saber como se deu a sua relação com o punk rock e como a música do Gritando HC! surgiu na sua vida?
O rock sempre esteve presente na minha vida, dentro de casa, com minha mãe e meu pai. Nasci em São Paulo, morei lá até os 13 anos e aos 11 começou meu acesso mais específico ao punk rock, com o pessoal de escola, que já tinha banda e a gente ia conhecendo as coisas. A simplicidade e o barulho sempre foram coisas que me chamaram atenção, me cativaram, e talvez estas sejam as principais características da música punk. Junto com isso vem toda aquela história do movimento, uma coisa de anarquia que eu estava conhecendo ali na época e que também fazia sentido para mim. E ali, no início dos anos 2000, quando comecei a ter acesso, a curtir, o Gritando HC! estava no auge, né? Então já era uma banda também que, junto com várias outras, se tornavam palatáveis. Então me mudei para Recife, mas continuei correndo atrás do som e do movimento, do que estava acontecendo no Nordeste também. Nesse período fiz uma grande amizade com o Pablo que, na época, quando a gente começou a produzir o filme, estava tocando baixo na banda, mas anteriormente tinha sido guitarrista, como é retratado no documentário. E nisso se deu a conexão. Eu tinha acabado de fazer o curso de Comunicação, estava fazendo um curso de rádio/tv na Universidade Federal de Pernambuco, e precisava fazer um TCC. Na época eu já conhecia o pessoal do Gritando à fundo. Então fui filmar um show deles em Recife e aí surgiu a ideia de fazer o documentário sobre a banda.
O documentário “Gritando!” foi feito durante a pandemia. Quais foram os maiores desafios ligados a produção do longa?
Apesar do filme ter sido lançado em 2021, já no segundo ano de pandemia no mundo, o filme já estava num processo avançado de pós-produção. A fase de gravação das entrevistas foi toda em 2016 e em 2017 a gente já tinha todas gravadas. Nós começamos a montar o filme ainda em 2017. E aí alguns formatos foram aparecendo. Na época se chegou à conclusão de que esse formato de 52 minutos seria o ideal, para tentar comercializar. E ao falar de comercialização a gente já fala como foi o processo de produção. Foi totalmente autoral, totalmente independente. Inicialmente fiz só com os meus equipamentos, que na época nem eram tão bons em termos cinematográficos, de qualidade de imagem. Usei também alguns equipamentos emprestados de amigos, mas tudo num estilo de produção bem DIY que, no final das contas, acabou casando e criando um pouco a estética do filme, o que faz todo sentido com a trajetória da banda. Quando a pandemia chegou, na verdade, já estávamos 100% em pós-produção. E foi nesse período que já começaram a parecer parceiros importantes. Foi o meu primeiro trabalho como diretor, mas fazendo algumas outras coisas. Fui diretor de fotografia e produtor executivo também. Durante um tempo, precisei de poucas pessoas para me ajudar, mas quando o filme já estava montado vi que precisava de alguns profissionais para poder executar algumas coisas que realmente não eram a minha (área). Como, por exemplo, essa parte de produção, principalmente voltada a distribuição. E aí é que entra a Marina, da Ideias Produções, a Alessandra Alves, que é a diretora de produção, e a Wendy Rodrigues, que é assistente de produção. Elas estão dando uma força gigante, pois são coisas que realmente sem essa parceria o filme não conseguiria chegar aonde chegou. Em termos artísticos também consegui pessoas para fazer a parte de animação, a colorização, a finalização de áudio, o cartaz do filme com a ilustração. O filme tem esse processo na pandemia, mas não chegou a afetar muito porque ele já tinha sido todo captado e montado. “Gritando” se deu nesse processo que é totalmente independente, com baixo custo, baixo orçamento e até agora a resposta está sendo bem legal de conteúdo, das poucas pessoas que viram, das pessoas que participaram. A intenção agora e dar uma rodada em festivais e ver exatamente como a gente vai conseguir comercializar e distribuir isso.
E quanto ao fato der estrear como diretor nesse período?
A pandemia foi, de certa forma, o menor dos desafios porque, como disse, os desafios foram gigantes e foram vários. A parte de não ter orçamento foi o principal desafio. Eu morava lá em Recife na época, fui para São Paulo duas vezes. Na época precisei de muito auxílio. Fiquei na casa da minha tia que foi uma pessoa muito importante para a execução do filme. Em termos financeiros e psicológicos. O filme fez parte da história dela também. As coisas meio que se misturaram. A parte de falta de equipe também. A vontade, o estudo, a necessidade de fazer algo do jeito que desse, mas sempre com o máximo de amor e qualidade possível, fez tudo ocorrer de uma maneira bastante profissional. Consegui fazer muita coisa sozinho, fazer muita coisa que talvez ficasse melhor com outra pessoa, ou talvez não também porque eu sabia exatamente o que eu queria em termos estéticos e práticos. Mas o filme demorou muito tempo para ser finalizado, porque eu não achava as pessoas certas e eu não tinha muito o que oferecer senão uma parceria. Senão o fato de ter que fazer, terminar e depois na fase da distribuição ver se conseguíamos comercializar e capitalizar isso. Então teve anos que o filme ficou praticamente parado. Muitas pessoas apareceram e saíram no meio do caminho. Que eu me lembre teve três pessoas que tentaram participar, mas nessa época de pandemia tiveram depressão e não conseguiram ajudar do jeito que tinha prometido ou que queriam. E aí eu tive que correr atrás de outras coisas. Acho que a principal desafio foi conseguir achar as pessoas certas, para fazer as coisas certas. Mesmo depois que eu achei, se isso que aconteceu comigo, imagine algumas outras pessoas. Todo trabalho que aparece você tem que botar na frente, né? Porque você tem que sobreviver, todo mundo que participou sobrevive e vivencia o audiovisual e qualquer trabalho comercialmente viável você tem que botar na frente. Então mesmo com toda vontade de fazer, de terminar, de ter o deadline de tempo, muitas vezes as coisas que apareciam, isso acontecia inclusive comigo, você tem que botar na frente ali. Mas é gratificante chegar no final e ver que o esforço de todo mundo chegou no produto legal e de qualidade.
Apesar de décadas de material de pesquisa, o punk rock nacional tem parcos registros de sua história. “Botinada” (do Gastão Moreira), “Guidable”, sobre o Ratos de Porão (de Fernando Rick e Marcelo Appezzato), “Do underground ao emo” (de Daniel Ferro) e “Califórnia Brasileira” (de Rodiney Assunção e Wladimyr Cruz) são alguns exemplos. Na sua opinião, por que, aparentemente, o mercado cinematográfico tem tido pouco apreço por produções ligadas ao gênero?
Responder a pergunta sobre o porquê das produções ligadas ao punk rock não terem tanto apreço pelo mercado não é tão fácil, mas acho que tem há uma certa obviedade ligada ao underground. Acho que, possivelmente, de maneira óbvia, produções que focam mais no mainstream são mais fáceis de divulgar. Deve ser mais fácil de divulgar uma Ivete Sangalo do que o Gritando HC, mas a gente está provando que produções voltadas a isso também tem um público-alvo grande. A gente está vendo o interesse do pessoal na cena dos anos 90. E é um pessoal que gosta muito de documentário, um pessoal que é ligado, que é antenado, que procura cultura mais alternativa, que é o que eles vivenciaram a vida inteira. Vi uma lacuna quando eu estava fazendo. Quando decidi fazer o filme vi que produções, que já não eram muitas, sobre o punk rock, sobre hardcore, sobre movimento eram muito focadas ali no início na década de 80 e falavam sobre bandas que continuaram ali na nos anos 90, mas que não tinha uma estética específica daquele período. E e vi essa lacuna temática. Nem falo tanto em termos comerciais, pois quando quis fazer era mais para gerar documentação. Mas a principal coisa de fazer documentário foi dar minha contribuição pro punk. Nunca toquei nada. Sempre gostei muito de punk de você ficava pensado como é que eu vou fazer para conseguir dar minha contribuição. Hoje é gratificante ver que correr atrás do documentário é uma contribuição muito maior do que eu imaginava. É muito maior do que a música, Ainda mais quando você consegue cravar uma história, fazer um documento, que fala sobre muita coisa, a história de muita gente e conta uma boa história. Acho que esse foi o principal, mas eu acho que é nossa obrigação fazer esse tipo de conteúdo, para tentar mudar um pouco esse mercado. Se o mercado precisa de produtos comercialmente viáveis, estamos provando que nós conseguimos (produzir com viabilidade) com a temática específica do underground, do punk. Aacho que, assim como outros filmes que você citou (como o “Guidable” e o “Botinada”), que foram grandes referências para mim, espero que o “Gritando!” também seja referência para muita gente. Tanto para quem queira fazer um filme sobre algo de dentro do underground, que você tenha que viabilizar para veicular. Se você vê que se está muito difícil, que o mercado não está abrindo, cara, faça. Punk rock é isso. É DIY. É se juntar de boas pessoas para que depois, quando der certo, as coisas se viabilizam, mesmo que depois de prontas.
O Gritando HC faz parte de uma geração do punk / hardcore nacional que chegou ao mainstream no fim dos anos 90 / início dos anos 2000, período em que bandas como Dead Fish, CPM 22, Fresno, Charlie Brown Jr. e Hateen conquistaram popularidade. Numa seara tão vasta qual o papel representando pela banda paulista?
Em relação ao posicionamento da banda na cena a gente tem que falar sobre a questão a representatividade e a questão musical também. Quando eles chegaram, na década de 90, estava todo mundo cantando em inglês. Então eles já chegaram com essa proposta de cantar em português, de forma mais simples. Ao mesmo tempo, a banda estava seguindo uma tendência mundial, indo para algo um pouco mais melódico, só que com as características bem pesadas de crítica social. No documentário pessoas como o Ganjaman, o João Gordo, o Badauí, que vivenciaram e que são influentes na cena, dizem que o Gritando HC chegou de uma maneira muito única, com um diferencial muito grande, e que o Donald era o porta-voz da geração. Essas são as palavras do Badauí, por exemplo. Ele (Donald) assumiu o protagonismo dessa época, que tinha a TV Cultura investindo nessa temática. A MTV estava no auge. E a juventude ainda estava muito ligada a esse contexto underground. A morte do Donald, de fato, foi um grande baque para essa representatividade. O Gritando HC!, interrompeu as atividades por três anos com a morte do Donald, e acabou por perder um pouco do protagonismo. Mas depois a banda voltou e nunca mais parou. E assim ela sempre se colocou num lugar de dentro do underground. Ela realmente não conseguiu atingir o mainstream, que parecia que viria ali no final de 2001, quando o Donald morreu. Acho que o Gritando é uma das grandes bandas de punk rock do país. Ela tem shows memoráveis e ainda fazem. Mas não sei conseguiu (atingir o mainstream). E não sei se era tanto a intenção, mas a banda ficou no underground, não consegui chegar nesse nível mainstream das outras bandas citadas na pergunta. Nao final do da década de 90, no início do século XXI, eles chegaram a ter protagonismo gigante. Assumiram a frente de uma geração, junto com algumas outras bandas. E muita gente começou a tocar e até hoje está aí por causa deles. A história é longa, mas de fato o mainstream não foi um lugar conquistado.
A morte de Marcelo Freitas, o “Donald” (vocalista e principal compositor da banda), causou comoção na cena em 2001. Como foi resgatar parte da trajetória do músico? Qual foi o legado deixado por ele?
Falar da história do Donald é falar da história do Gritando HC e vice-versa. Ambos estão muito ligados e o filme é, com certeza, uma homenagem a ele e a tudo que ele queria que acontecesse, tudo que ele fez e a história dele. Para deixar o filme comercialmente viável tive que deixar numa metragem específica, mas tenho um filme captado, maior do que esse, só sobre a história do Donald. Isso é algo que não descarto. Quero fazer ainda no futuro. Mas como a gente não teria a possibilidade do depoimento dele no filme, fiz questão de que a primeira entrevista que a gente fizesse fosse do Márcio, irmão do Donald, porque traria um ponto de vista mais próximo ao dele, uma relação mais próxima. E aí simplesmente ele usou o filme como a possibilidade de dar um depoimento dele, como uma possibilidade de dizer algo que ele não tinha dito ali no enterro do irmão. Ele disse que no enterro pediram para ele falar e ele não conseguiu. Então ele usou o documentário para poder se redimir e para dar o seu recado. E aí como foi a primeira entrevista, quando eu vi aquilo aconteceu que entendi de fato o tamanho a grandiosidade da coisa. Foi onde eu vi o compromisso que eu teria que ter com aquela situação. O Donald foi protagonista, enquanto ele esteve ali. Ele foi uma pessoa diferenciada e a morte dele foi algo trágico pra banda e pra cena. Então é um dos principais motivos do filme é fazer uma homenagem a ele e tenho certeza que era isso que ele queria. Espero que a gente tenha conseguido fazer algo a altura do que ele merece.
Voltando a falar sobre o gênero musical, historicamente o punk rock tem sido, desde a sua gênese, instrumento de mobilização e reflexão social. Em tempos caóticos como os nossos, como a música, em especial a do Gritando HC, pode conduzir o debate na contemporaneidade?
27 anos de banda, remando contra a maré, sem grandes conquistas financeiras com isso, acho que só o fato da banda ainda estar na ativa e de ter tanta gente os auxiliando e apoiando demonstram um ato de resistência. Já tiveram mil motivos para parar, para não fazer mais e eles estão aí, produzindo conteúdo novo, um disco que talvez esse ano ainda saia. E as temáticas são sempre as mesmas. As letras falam muito de skate. O Gritando HC! é uma banda de skate punk e me arrisco a dizer que é a principal banda deste gênero do Brasil. Quando falo isso, inevitavelmente tenho que falar do Grinders, que foi a primeira a carregar essa bandeira, mas o Gritando acho que tem um protagonismo, que nem vem só daí. Acho que são as temáticas mesmo que chamam atenção, voltadas a crítica social, de luta, de juventude, de skate. Em termos musicais eu acho que o punk rock sempre será um movimento de resistência, de contracultura, de debate. Nesse momento que a gente está vivendo, cara, se há 10 anos atrás o pessoal já estava combatendo, reclamando, tentando abrir cabeças, olha o que aconteceu de 10 anos para cá? A gente vai ser sempre combatente. Acho que o a realização do filme também é uma forma de agradecimento a tudo que eles sempre fizeram, influenciaram, abriram mentes, clarearam algumas coisas e causaram revolta,. Falar de revolta, de skate punk, de anarco punk causa revolta dentro da gente, e isso é que falta no brasileiro. E eu espero que com filme também a gente consiga remar contra a maré e fazer acontecer, mas isto não está acontecendo.
A trajetória do grupo é permeada por altos e baixos, num dos raros exemplos de como luta e a perseverança podem ser expressas através da arte. O que os fãs podem esperar do documentário?
Quando você vai dirigir e montar um filme você faz as suas escolhas narrativas, né? Você entende qual que é o melhor jeito de contar aquela história. Mas a história do Gritando HC! é bem autoexplicativa. É uma história de muita superação e acredito que isso vem de algo maior, que a música, que é o punk rock, conduz e permeia vidas. É a história de um cara e de uma menina, que começaram a namorar e implementaram na banda a história deles. Mas esta história tem um recorte de trágico que é a morte desse cara que estava à frente das coisas. A superação vem da vontade de continuar fazendo história, fazer acontecer. E aí as pessoas às vezes entram em conflito, seguem caminhos diferentes, só que com o mesmo ideal, carregando o mesmo nome, levantando uma bandeira, mesmo tendo ações diferentes, pensamentos diferentes, mas com o mesmo ideal. Então essa história de brigas, de superação, de morte, de continuar focado em um ideal, eu acho são histórias que estão além do punk rock, além de uma banda, e por isso vale a pena ser contada.
O filme faz parte da programação do festival internacional de documentários In-Edit, que chega a sua 13ª edição. Para você qual é a importância de se potencializar ações voltadas para a interface imagem e música no campo das artes?
A principal justificativa do filme é eu conseguir dar minha contribuição ao punk rock. Eu conseguir ter uma moeda de troca para tudo aquilo que o punk fez na minha vida, sabe? Sou muito fã de documentário de música e acho muito legal ver as histórias que estão por trás disso. E o Gritando HC tem uma história muito recheada. Quando comecei a gravar e produzir eu nem sabia. Acho incrível essa possibilidade, do mix cinematográfico com música. E nisso o In-Edit está à frente. Não tinha melhor jeito da gente estrear, porque considero a grande plataforma do mundo, pois é específica de documentários musicais. Essa é 13ª edição do festival no Brasil, que começou lá em Barcelona. Ter conseguido participar é algo que me deu muita alegria. O festival foi muito importante para gente porque deu um deadline para a gente terminar. Acabou dando uma obrigação para conseguir chegar no resultado. Foi muita correria nos últimos tempos, mas uma correria que valeu à pena.Para além do filme a gente vai ter uma live com uma apresentação do Gritando HC e isso aí, talvez, seja a coisa mais gostosa, a maior satisfação. Quem assistir ao filme vai ver que tem uma divergência, uma treta literalmente, entre os integrantes e o documentário foi decisivo para essas pessoas voltarem a se falar, conseguirem ficar tranquilas entre elas. E nessa live vai ter participação de gente que não toca na banda há mais de 15 anos. O filme possibilitou isso, mas o festival está sendo de fato o agente. Então o In-Edit é tudo e esperamos continuar rodando festivais. Principalmente que tenham essa pegada voltada para a música. Meu foco de produção são histórias musicais e eu tenho outros projetos, não documentais, mas que relacionam música e audiovisual. Para mim é o auge. Acho que a gente tem que continuar produzindo, espero que com apoio, mas como eu já disse se nós não fizermos as coisas não acontecem. Nós estamos aqui para fazer acontecer.
– Bruno Lisboa é redator/colunista do O Poder do Resumão. Escreve no Scream & Yell desde 2014.