Eis a vigésima edição da Confraria Scream & Yell, que oficializa sua formação de quadrilha: agora somos seis integrantes (se contarmos o Cleitinho, sete). Os jornalistas Bruno Capelas e Renato Moikano juntam-se a Marcelo Costa, Marco Tomazzoni, Tiago Agostini e Tiago Trigo, e reunir estes seis elementos no mesmo ambiente não é coisa fácil. Por isso, a edição de fevereiro da confraria chega no começo do março. E também por isso, o tema pode parecer um pouco datado, mas a conversa da equipe em torno dos premiados do Oscar rendeu vários momentos interessantes. Celebramos “Ida” e “Birdman”, ainda que o segundo divida opiniões dentro do grupo, pedimos para interditarem James Franco e Clint Eastwood, detonamos “O Jogo da Imitação” e por ai vai. No último bloco, cada integrante listou um festival de música gringo com dicas para o ouvinte. Papo bom ao som de boa música. Ouça online abaixo ou faça o download em MP3 aqui ou aqui.
Tracking list do programa:
01) “No Cities to Love”, Sleater-Kinney
02) “Anti-Summersong”, Decemberists
03) “The Next Jet to Leave Moscow”, Manic Street Preachers
04) “A Nível de Masp”, Meia Duzia de 3 ou 4
05) “Preçe Atendida”, Jair Naves
06) “Nega Jurema”, Vanguart
07) “Todas Las Hojas Son Del Viento”, Nevilton
08) “En el Camino del Sol”, Molina Y Los Cosmicos
09) “No Me Importa Verte Perder”, Bestia Bebe
10) “The Seeker”, Damon & Naomi
11) “Open Book”, José González
12) “Avalanche (2015)”, Nick Cave
13) “Shake It Off (The Perfect Drug)”, Taylor Swift vs. Nine Inch Nails
Oscar 2015
– Da Polônia, “Ida” é uma trágica história de auto-descoberta belamente filmada (aqui)
– Da Rússia, “Leviatã” lança luz sobre a falência das instituições (aqui)
– Da Estônia, “Tangerines” é uma delicada fábula educativa sobre guerra (aqui)
– Representante argentino no Oscar, “Relatos Selvagens” era uma obra em mutação (aqui)
– “Dois Dias, Uma Noite”, dos Irmãos Dardenne, supera vários filmes do Oscar (aqui)
– Tudo é intencionalmente exagerado em “Birdman”. E funciona brilhantemente (aqui)
-“Boyhood – Da Infância à Juventude” soa tanto um elogio à família quanto ao destino (aqui)
– “Sniper Americano” consegue o prêmio de “pior filme de Clint Eastwood” (aqui)
– “Selma” apresenta um Martin Luther King menos santo (aqui)
– “Mr Turner” é uma cinebiografia comovente, ainda que bruta (aqui)
– “O Jogo da Imitação”: Alan Turing merece mais que uma homenagem torta (aqui)
– “Whiplash” é um tratado sociológico moderno (embalado numa bela trilha sonora) (aqui)
– “O Abutre” é o retrato de uma sociedade viciada na espetacularização da tragédia (aqui)
– “Foxcatcher” se arrasta em meio a clichês numa trama repleta de buracos (aqui)
– Badalado filme britânico do ano, “A Teoria de Tudo” é esquemático e chapa branca (aqui)
– Drama básico sobre doença, “Para Sempre Alice” é salvo por Juliane Moore (aqui)
– “O Grande Hotel Budapeste”: cinema popular com grande apelo técnico (aqui)
– As atuações de Reese Witherspoon e Laura Dern fazem valer a pena “Livre” (aqui)
essa música do Decemberists é bem, digamos, uma homenagem, pra Everybody Knows This Is Nowhere…
Parece que em 2014 o Scream Yell finalmente descobriu a Lupe de Lupe, demorou!
Digo, em 2015, com o Quarup.
“Sal Grosso” apareceu na seção de downloads em 2012, os clipes de “Por Enquanto”, “Homem” e “Os Dias Morrem” foram destacados ao longo de 2013 junto ao EP “Distância” (na seção downloads). Em 2014 destacamos os clipes de “Eu Já Venci” e “Gaúcha” e o álbum “Quarup” (sem contar o podcast O Resto é Ruído com o Vitor, também publicado no blog). Fico na dúvida se somos nós que desconhecemos a banda ou você que desconhece o site, Bruno.
Desculpe, Mac, a intenção não foi ofender. Eu pensei que acompanhava o scream yell com frequência mas, pelo visto, algumas coisas me passaram despercebidas. É que a maioria das bandas novas que ouço, descubro por meio do Scream Yell. No caso específico da Lupe de Lupe, isso não aconteceu. Eu a descobri no site Miojo Indie, que deu bastante destaque à banda. Então, o que eu disse foi mais no sentido da surpresa por não tê-la descoberto aqui primeiro.