A Cinturinha da Paula Fernandes
Sob O CEL #10
por Carlos Eduardo Lima
A idéia era escrever sobre o Show da Virada. Havia o grande risco do texto se tornar mais uma daquelas chuvas no molhado, na qual eu tentaria entender os motivos da decadência geral da população, a conivência dos meios de comunicação de massa e os resultados que essa baixíssima produção cultural poderia acarretar para a nossa vida cotidiana. Confesso que poucas coisas me chamaram a atenção na escalação do line up do Show da Virada – antes que vocês perguntem, sim, eu passei o réveillon em casa, com minha família e não havia nenhum outro lugar melhor nesse mundo. A idéia era essa e a televisão esteve bem distante da Rede Globo na noite do 31 de dezembro, só indo parar lá para ver os fogos em Copacabana. Como dizia, repito, o line up do show não me causou tanta surpresa, a não ser por mais uma tentativa vazia de marketing pessoal para o Neymar, dessa vez escalado para cantar em dupla com Michel Teló, seu hit single de 2011, “Ah, Se Eu Te Pego”, aliado ao fato singular de nenhum nome ligado ao pop rock estava presente, exceto por Capital Inicial, NX Zero e Restart, bandas do casting da emissora.
A última atração – acho – foi a cantora mineira Paula Fernandes. Vamos admitir: é uma figura que chama a atenção, né? Morena, cabelos ondulados, vozeirão grave que não combina com o visual e, senhoras e senhores, uma cintura que dava ao corpão de Paula uma silhueta de violão, aquele adjetivo do século passado que era usado para definir uma dona com um belo corpo. No caso de Paula os atributos são até inusitados porque a moça é um produto feito para ser levado a sério. Digo isso porque o padrão estético dela se choca com o vigente, aquele de funkeiras/paniquetes e demais muléres da mídia. Nada de bunda de silicone, nada de peitos de silicone, nada de louro de farmácia, nada de corpo grosso, e nada, nem de longe, de putaria sugerida. Paula Fernandes é um tipo anômalo na mídia e isso é bem interessante.
Claro que é legal ver uma mulher bonita não apelando para a putice estilizada hoje em dia. Infelizmente a maioria das representantes do sexo feminino a dar as caras (bem, não só as caras) nas telinhas são levadas a adotar o “padrão puta”. É uma classificação genérica que abarca desde Britney Spears e congêneres, passando por ex-BBB’s, funkeiras, dançarinas de axé e chegando em Paniquetes e símiles. Quem foi que disse que é preciso sugerir facilidade sexual para uma mulher ser bonita? Algum imbecil ou alguma mulher, provável e irremediavelmente feia para buscar em si algum atributo. Que tal aquela “linda” produtora da Xuxa, a tal de Marlene Mattos? Faria sentido, né? Há ecos estéticos das fetichistas Paquitas (caras de anjo, vestidas de soldadinhos de chumbo e com grandes coxonas de fora) presentes até na imagem e em trejeitos da Shakira (que por mais loura e cosmopolita que aparente, sempre será uma menina colombiana criada em frente à TV vendo Xuxa). Não haveria então nas funkeiras e assistentes de palco? Claro que sim. E este padrão é o que vigora por aí. Aquela mulé bombada, roliça, periguete, com o cérebro do tamanho de uma ervilha, bunda do tamanho de um Ford Ka. Rebolante e temente a Jesus.
Não quero dizer que Paula Fernandes não tangencie nenhuma dessas características, mas, sinceramente, me parece que essa mineira de Sete Lagoas vem de outro caminho. O site oficial da cantora – com um patrocínio gigantesco de uma marca de chocolate nacional – informa que Paula nasceu em 1984, tendo, portanto, 27 anos. Confesso ter pensado que a idade da moça não ultrapassasse os 25 anos. Vocês, mulheres, sabem que esses dois anos são uma eternidade nessas horas, né? Pois bem, ao checar os discos de Paula, noto que há um lançamento de 2006 chamado “Dust In The Wind”, nome de uma canção setentista dos progressivos americanos do Kansas. Qual não foi a surpresa ao me deparar com um disco todo gravado em inglês com músicas gringas, num repertório que, além da faixa-título, ia de Metallica a The Who, de Goo Goo Dolls a Simon & Garfunkel. Admito que não me passava pela mente algo semelhante. E vou dizer que Paula não faz feio em nenhuma dessas versões, levando-se em conta a proposta da coisa. Quem será que a orientou a gravar um disco assim? Certamente alguém que viu na moça um potencial vocal capaz de dar conta desse repertório, numa proposta de artista para o mercado gringo ou, quem sabe, para o próprio mercado nacional, longe dos nheco-nhecos e réla-buchos do esquema rodeio-agroboy-sertanejo universitário de boutique.
O fato é que a grande guinada na carreira de Paula foi aparecer no especial de Roberto Carlos de 2010, cantando para uma platéia de centenas de milhares de pessoas em plena Praia de Copacabana. Lembra, né? Eu lembro. O Rei estava meio capenga, meio com o cabelo ralo e liso demais e vinha se recuperando de um acidente, enquanto Paula surgiu exuberante num vestido curto azul-metálico, sentou-se ao lado de RC e exibiu, sem cerimônias, um pelo par de pernocas cruzadas enquanto dividia um pot-pourri de sucessos setentistas de Roberto. Bonita, dona de um vozeirão e com presença de palco não-rebolativa – além do aval do Rei – Paula saiu do semi-anonimato para o estrelato de Faustões, Hucks, Gugus, enfim, para o grande moedor de carne do The Wall.
Fiquei sabendo que o seu CD/DVD Ao Vivo, lançado em 2011, chegou à marca de um milhão e quatrocentas mil cópias, mostrando que ainda há gente no país interessada em gastar dinheiro com disco, ao contrário do que parece ser a unanimidade. Claro que por trás dessa espontaneidade morena há um minucioso esquema de imagem e relações públicas em ação. Aliás, sugiro, de imediato, uma pessoa melhor capacitada na escolha de figurinos para Paula, imersa num pesadelo de roupas de princesa modernóide e/ou cigana esvoaçante, como uma Sandra Rosa Madalena do século XXI. Claro que há, entre esse staff, gente preocupada com a cinturinha da Paula Fernandes, alguém que acha importante e, por que não, decisivo que a menina de apresente exibindo um corpão não-bombado, muito próximo do ideal estético feminino vigente quando os homens heterossexuais – e aqui não vai qualquer preconceito, só a lógica – eram o alvo maior das ações embelezadoras da mulherada. A cinturinha e os outros atributos de Paula, que parece ter uma poupança razoável – cuidadosamente mantida longe do campo de visão, são exibidos com orgulho e como parte decisiva do pacote que a comporta, ou seja, menina linda, pra casar. Fisga um monte de gente, certo?
Claro que tem um monte de “manos” que estão a fim de ver a Mulher Melancia, a Mulher Quitanda, a Mulher Hortifruti sacudir o popozão nos Superpops da vida, mas, admito, nada disso nunca será páreo para a cinturinha da Paula Fernandes e tenho dito.
CEL é Carlos Eduardo Lima (siga @celeolimite), historiador, jornalista e fã de música. Conhece Marcelo Costa por carta desde o fim dos anos 90, quando o Scream & Yell era um fanzine escrito por ele e amigos, lá em sua natal Taubaté. Já escreveu no S&Y por um bom tempo, em idas e vindas. Hoje tem certeza de que o mundo como o conhecíamos acabou lá por volta de 1994/95 mas não está conformado com isso.
Assino embaixo dez vezes quanto a cinturinha da moça!
Só assim pra concordar contigo. rsrsrs
PS: Já a ouvi cantar umas duas vezes e achei-a bem ruinzinha. Ela meio que prende a boca, fica parecendo que canta “rangendo os dentes”. Estranho.
Bom, vc perguntou então acho que posso te ajudar. Quem orientou e orienta ainda hoje a cantora Paula Fernandes é o maestro Marcus Viana http://www.sonhosesons.com.br/pgmarcus.htm Lider da banda de Rock Progressivo ‘Sagrado Coração da Terra’ http://www.sonhosesons.com.br/pgsagrado.htm
E sinceramente descordo que haja alguem cuidando da imagem dela. A assessoria de imprensa dela é um desastre, totalmente inoperante. Se vc for analisar o meio em que ela surgiu e as circunstancias, logo ve que não tem como planejar isso, e que estamos diante de um fenomeno. Não tem explicação para o que aconteceu com ela. O meio dela é totalmente machista e discriminatório. Até hoje ela sofre com preconceito mesmo sendo a artistas mais requisitada do país com cache de até 300 mil reais. Mais surpreendente é a música que ela canta totalmente oposta ao que se espera em uma arena de rodeios, onde ela mais se apresenta. Acho que aí entra a forma que ela se veste. O público sertaneja é composto 70% feminino, ela não pode parecer estar ali como uma competidora, disputando os olhares masculinos, e acho que a forma como ela se veste tem mais à ver com uma coisa cênica do que propriamente moda. Sobre a música dela diria que é um POP\rock, com bastante folk e traços de country e indo pro lado de uma MPB. A impressão é de que quando se fez o atual CD e DVD dela não esperavam que ela fosse se apresentar para platéias acima dos 50 mil, chegando á 100 e à 300 mil espectadores. Uma sugestão pra vc, outro ponto que merece ser analisado é o contraponto entre as músicas submissas que se ve por aí tratando das mulheres e as músicas totalmente dominadoras e controladora dela. Diria até que as músicas da Paula Fernandes beiram ao feminismo. Analise a música ‘Pássaro de Fogo’. É uma música de uma mulher dominadora com total controle sobre suas descisões, determinada e corajosa. As músicas dela são cabeça, são músicas inteligentes realmente. Não tem nenhuma mulher fazendo a música que ela está fazendo aqui no Brasil. Não tem. Fica a sugestão. E olhe só, fora da cena artística ela se veste muito elegantemente. Apesar de que eu gosto muito de tudo o que ela veste nos palcos. https://twitter.com/#!/PaulaFernandes7/status/155406058570002432/photo/1 Abraços chará.
Eduardo, conheço o Sagrado Coração da Terra e, quando dei uma pesquisada para o texto, vi que o Marcus Vianna havia apadrinhado a carreira da Paula, mas bem no começo, quando ela não era um fenômeno pop. Ele ainda está na “direção musical” da menina?
Ótimo texto, e só pra constar, não adianta querer que a produtora de moda dela a oriente melhor, porque é a própria Paula que escolhe seus questionáveis figurinos. Vi uma vez uma matéria em que ela se orgulhava (e muito!) de suas escolhas. Então tá, né?
CEL, musicalmente ela me soa quase igual à Roberta Miranda. Claro que todo o “extramúsica” é bem diferente da Robertona, mas enfim, a semelhança tá evidente na minha cabeça. Mas o musical é o que menos se debate quando fala de Paula. Ela não ofende nem morde, está aí “para casar” mesmo. Tudo isso para dizer que, como “produto”, ela não me interessa. Como cintura (e pernas e rosto etc) é muito bem-vinda, pelas razões que seu texto apontou muito bem.
Eu escutei boa parte de um disco de estúdio dela num som ambiente de loja quando eu tava em alguma fila looonga… E quer saber? Achei que está no mesmíssimo nível de muita coisinha gringa metida a folk-pop ou country-pop que é despejada nas rádios e na MTV ocasionalmente. Não acrescenta nada à nossa vida ou cultura musical, não tem nada de extraordinário. Mas também não fica atrás do trabalho dessas artistas genéricas estrangeiras que mencionei sem dar nome às vacas. Tem um padrão mínimo de qualidade que guia o trabalho. Não sei se tudo dela é assim (ouvi também alguma coisa do disco ao vivo e achei meio chatonildo, apesar de ter uns bons momentos aqui e ali). O fato é que o inconsciente coletivo de nariz empinado tende a classificar ordinariamente e nivelar por baixo tudo o que tem os rótulos “sertanejo” e “country” nesse país.
Acho que a associação com a Roberta Miranda vem do fato do meio ser muito masculino, como foi dito aí em cima. Ao contrário dela, a Paula me parece mais suave, mais produzida no sentido pop-folk que o Malcher mencionou aí. Também acho que é uma música inofensiva e com um mínimo de cuidado para agradar campo e cidade.
Os peitinhos dela também são ótimos.
Não gosto muito do som, mas a figura é agradabilíssima de se ver.
você acertou em três artigos seguidos – que milagre. palmas.
Sim, continua sim. São unha e carne em BH. O atual produtor dela é o Maluly mas o Marcus Viana está sempre olhando tudo, está envolta de tudo. Esse vídeo aqui é o da gravação do audio para o ‘Show da Virada’ em São Paulo, se você conhece o Marcus Viana irá ve-lo aí no meio. http://www.youtube.com/watch?v=iK-RWHswdds
Chama a atenção de todos, para essa música. Pra mim uma das maiores canções brasileiras de todos os tempos. Acho que como o Melcher(que concordo em partes no que diz ali) à nariz empinado nesse país que se fehca para tudo o que tem o rótulo de Sertanejo. Vejam a gigantesca injustista que Almir Sater, Renato Teixeira, Dino Franco, Angelino de Oliveira… entre outros sofrem com isso. Vamos ser sinceros e olhar com carinho, com o que tem feito para a música nacional a dupla Victor & Leo por exemplo. Mas voltando á música, olhem a poesia genial existente na música ‘Jeito de Mato’, bem como o desempenho da artistas. Sejamos sinceros. essa música não merece sinceros aplausos? http://www.youtube.com/watch?v=hesptNyhRk0&ob=av2n
Eu sinceramente tenho muita esperança de que o próximo trabalho venha com mais qualidade, uma vez que ela já tem um público fiel. Tenho certeza de que ela consiga fazer uma música mais elaborada, com melhores arranjos, pois a poesia dela já é de grande qualidade. Não á dúvida de que a música dela foi feita para agradar as massas. Espero que ela possa realmente fazer uma música que mereça ser criticada. Eu torço muito, e ao contrário de meus amigos acho que ela possui sim grande potencia volcal, mas o erro está em quem orienta sua carreira. Ela está muito mal orientada e espero que corrijam logo o rumo das coisas.
Eu acho que os discos anteriores, mesmo o disco de covers, estão acima da mérdia.
1- Jeito de Mato – Paula Fernandes
http://www.youtube.com/watch?v=hesptNyhRk0
2- Jeito de Mato-Paula Fernandes com Almir Sater(cantar com Almir Sater não é pra qualquer um)
http://www.youtube.com/watch?v=z75JpfOKIBI
3-Seio de Minas- Paula Fernandes
http://www.youtube.com/watch?v=1ux38zbTVSo
4-Cheiro de Relva- Paula Fernandes
http://www.youtube.com/watch?v=aP80S76hWLM
5-Tristeza do Jeca – Paula Fernandes, Renato Tixeira e Sergio Reis
http://www.youtube.com/watch?v=GG24Lv3B3a8
6-Quem me levará sou eu – Paula Fernandes(Som Brasil homenagem ao Dominguinhos)
http://www.youtube.com/watch?v=Rjv7nd67M50
7-Caminhoneiro – Paula Fernandes e Dominguinhos
http://www.youtube.com/watch?v=MXkjvHZ3JwA
8- Pantanal – Marcus Viana, Paula Fernandes, 14 Bis e Transfônica Orquestra
http://www.youtube.com/watch?v=-xF6hTPArec
9-Pátria Minas – Marcus Viana, Paula Fernandes, 14 Bis e Transfônica Orquestra
http://www.youtube.com/watch?v=2q3aUzRDkaQ
10- Maketub – Paula Fernandes, Marcus Viana e Transfônica Orquestra.
http://www.youtube.com/watch?v=t1lLD6A_JjI
11- Canal de vídeo dela no Youtube http://www.youtube.com/user/PaulaFernandesVEVO
12 – Com destaque a minha música prefeira junto á ‘Jeito de Mato’: Sensações. http://www.youtube.com/watch?v=-BWit9kFJUQ
13 – E pra te agradar caro chará, aqui ‘Romaria’ do santista e taubateano Renato Teixeira, na voz de Paula Fernandes e Tânia Mara.
http://www.youtube.com/watch?v=fFvdB9u64nE
Puta que pariu, CEL, que texto mais medíocre! E “Quem foi que disse que é preciso sugerir facilidade sexual para uma mulher ser bonita? Algum imbecil ou alguma mulher, provável e irremediavelmente feia para buscar em si algum atributo.”
Vai ser machista e retrógrado assim lá na PQP.
Finalmente, tudo que precisávamos: o indie encontra o sertanejo universitário via screamyell…. Por favor, no próximo lançamento da moça, queremos entrevista, faixa-a-faixa e sorteios de um fim de semana no castelo de Caras na companhia da donzela…
Ananda, obrigado pelas palavras gentis mas o texto procura falar no mesmo idioma dos critérios da mídia para definir beleza e padrões. Eu realmente acho que há o privilégio desse padrão, a da mulher-piranha, que se torna atraente por sugerir facilidade sexual. Eu sou um feminista assumido, podes crer.
Boa tentativa, CEL. Infelizmente, o Forasta já se expressou melhor aqui: http://noticias.r7.com/blogs/andre-forastieri/2010/08/10/as-paquidermicas-panicats/
Não sabia que o Cel era igual ao Finatti…
Não acompanho muito de perto, mas me parece que no início, antes da explosão pós Roberto Carlos, o som dela tinha essa cara mais “do mato” mesmo. Apesar da música “Jeito De Mato”, se não me engano, ter sido trilha de novela global, a impressão que tenho é que viram no som dela uma oportunidade comercial mais interessante, aí sai Almir Sater e entra Shania Twain ou Taylor Swift (com quem a Paula Fernandes gravou um dueto recentemente, tão empolgante quanto comida de hospital), e com isso, com essa migração do sertanejo mais rural para o sertanejo/pop (universitário?) o som perdeu em qualidade com a diluição.
Entrando no cerne da questão levantada pelo Cel.
Sou o cara menos moralista que conheço, mas é mesmo um horror a celebração ao vulgar que a mídia promove.
O padrão puta de periferia invadiu a Tv. Todas querem tomar bomba pra ficarem com aquelas pernas muscolosas horrorosas e tb acabam levando para casa uma voz de travesti.
Ahh, se elas soubessem… Uma cinturinha, como bem colocou o Cel, uma perna torneada, porém feminina – sem músculos a mostra. Enfim, curvas! Faz muito mais sucesso com a ala masculina.
Mas, antes fosse só isso. A bronca mais pesada são os valores que esse tipo de gente geralmente tem na cabeça.
É triste.
Pra combater a desgraça da vulgaridade só mesmo com educação.
Quer ser puta? Ok. Mas um pingo de classe, por favor.
Caso contrário não pago! rsrsrrsrsrs
PS: Comparar o Cel com Finatti não tem cabimento. Discordo bastante do Cel, mas pelo que conheço – através de seus artigos – é um pessoa sensível e sensata.
Completando:
Um pingo de classe e conteúdo – para as putas. Pra ficar bem entendido e não passar por uma questão de classe social.
Bom,pra quem falou que sertanejo e indie não combinam,vejam o Michel Teló na NME,rsrs.Mas voltando,amei a versão dela pra Behind Blue Eyes,descobri no facebook,ela faz lindamente mesmo,só não gostei de Nothing Else Matters,acho que a temática é muito bruta,não faz muito sentido em voz feminina.Também acho as letras muito boas,fogem do obvio e as ideias de arranjo também,algo que sai daquele batuque que falam que é sertanojo deficitário.Ela se supera,apesar de não ser lá muito dificil,visto o que temos.Mas mesmo assim tem que se dar a nota pra ela.Espero que ela faça melhor.
E mesmo assim, em um blog sobre música tudo o que foi falado foi sobre o corpo dela.
a forma como ela se veste tem toques camponeses e também uma raiz roqueira, nota-se isso pela onipresença dos (lindos) corselets dela!!!
Também acho que é um texto equivocado. Mesmo que tenha tentado abordar outras questões a partir do corpo dela (?), no final das contas, é só um julgamento pela aparência . Acho que dá pra fazer uma lista de cantoras que não seguem o tal “padrão puta”, em diversos estilos diferentes, mas o cara puxou essa como diferencial da Paula Fernandes. Quando poderia ter se limitado a falar da música dela.
E isso: “Algum imbecil ou alguma mulher, provável e irremediavelmente feia para buscar em si algum atributo. Que tal aquela “linda” produtora da Xuxa, a tal de Marlene Mattos? Faria sentido, né?”
Alô, aqui não é o clube do Bolinha.
Ei, gente, esse não é um texto machista, por favor, né? Talvez seja sexista e talvez fale algo positivo sobre a obra da Paula, que deve, sim, ser colocada à parte desse lote de “cantoras” populares que aí está.
a menina é linda, convenhamos. seria tão legal se ela viesse para o lado iluminado da força, para se juntar a cantoras como tulipa ruiz e céu na retomada do pop no brasil…
Quando ela surgiu a gritaria era enorme porque ela usava corsellets e tulles. A chamavam pejorativamente de Maria Antonieta. Hoje já perceberam como todos estão se vestindo assim? Já percebeu isso? Será que é por influencia dela isso?
linda te amo:)
Ótima cantora, com técnica vocal aprimorada e grande presença de palco, perfeita e linda até dizer basta.
paula fernandes só quer dinheiro!!!!! ela já ignorou por várias vezes seus fãs!!!!! gente ela só esta aproveitando dos seus proprios fãs que ficam igual um idiotas (desculpe o termo) dando dinheiro para ela de ingressos e fazem de tudo para poder ver ela canta ( uma voz de homem e feia). ela não é nem um pouco santa, ninguem é mas ela não presta!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Simples e sofisticada, ao mesmo tempo. Menina e mulher. Autêntica. Simpática, super-simpática. Verdadeira. Elegante, inclusive quando só elogia as pessoas. Elegante, quando é ofendida e ignora. Bonita. Bonita, não… LINDA! Original!!! Gente boa, típico dos mineiros/mineiras. Sorriso franco e gentil. Sangue bom! Como faz muito sucesso, é um fenômeno musical… incomoda muita gente. Enquanto isso, canta com RobertoCarlos, Dominguinhos, RenatoTeixeira, AlmirSater, Ivete, VictoreLeo, ZezédiCamargoeLuciano, EduardoCosta, MiltonNascimento, etc e é convidada por Juanes, MichaelBolton, canta com TaylorSwift, está sendo requisitada por DulceMaria.. Compositora (das boas!) e cantora (que voz!), temos porque nos orgulhar dessa mineirinha. Admiro-a, eu, uma senhora que bem poderia ser sua mãe. Não bastasse tudo isso, namora um rapaz de boa família, culto, mineiro (ser mineiro é uma qualidade, SABIAM?) e ambos estão felizes. que Deus a proteja e os abençoe.
CEL: em casa fico longe dos sites e blogs, uso o tempo para ouvir e baixar música e me dedicar à família (tudo que a envolve), não necessariamente nessa ordem, por isso só cheguei nesse texto há algumas semanas, quando voltei a ler na net, leio a publicação de um ano de uma só vez, e alguns escritos me dão uma coceira nos dedos, vontade de participar da peleja. Confesso que à primeira vista, o título não me atraiu, visto que estava mesmo fora do que se espera dos seus escritos (rs), sem preconceito (incrível como tudo que se escreve na net em qualquer formato, você tem logo que adentrar um “sem preconceito” (não que isso evite a chuvarrada de acusações que apedrejam todo mortal, seja machismo, homofobismo, social, etc, etc, etc.; eu mesmo já fui tachado de preconceito social, logo na minha primeira incursão como escritor, aí não tem quem aguente), mas, voltando ao tema, concordo com você, se bem entendi em resumo: ela é excelente de curva e boa de música (analisando a carreira toda), e isso nos apetece, não necessariamente nesta ordem.
PS.: Alguém investigou se ela fez cirurgia para acentuar a cintura extraindo um par de costelas? Pride, in the name of … peace.