por Tiago Agostini
É engraçado: gostar de Los Hermanos hoje em dia virou quase uma vergonha. Perceba em qualquer conversa que aborde o grupo e que envolva mais do que quatro ou cinco pessoas: automaticamente os detratores falarão mais alto, ridicularizando a banda e seus fãs fiéis. Será inevitável que os dois ou três que gostem do quarteto a defendam, mas geralmente sem muita convicção. Uma situação que pode mudar com o provável lançamento do disco solo de Rodrigo Amarante em 2012.
Convenhamos, no entanto, que nos últimos anos os fãs de Los Hermanos não têm realmente muito do que se orgulhar. “4”, derradeiro disco da banda, era extremamente irregular e mostrava a dupla central criativa cada vez mais distante: enquanto os bons momentos vinham do ensolarado Amarante – como em “O Vento” –, Camelo estava cada vez mais introspectivo – como em “Dois Barcos”. O abismo era tão aparente que os próprios perceberam e, ao se unirem para gravar o quinto disco, em 2007, preferiram separar a banda por tempo indeterminado a lançar um trabalho ruim.
Cada um seguiu seu caminho sem ressentimentos e mantendo a amizade – os shows de reunião, tanto no SWU como abrindo para o Radiohead, mostram isso. Camelo demorou um pouco, mas lançou seu aguardado primeiro disco solo, “Sou”, que comprovou o que todos temiam: as músicas eram ainda mais arrastadas e herméticas que as composições do “4” – em outras palavras, era um disco chato. Ele ainda lançou um “MTV Ao Vivo” que ninguém deu bola e veio com “Toque Dela”, um álbum mais fácil, porém esquecível, no início deste ano. Por mais que ainda mantenha sua relevância na música nacional, Camelo foi mais importante no noticiário nestes anos fora do Los Hermanos devido às comparações com Polanski.
Amarante, artisticamente, também não fez muita coisa. Lançou um disco com a Orquestra Imperial e outro com o Little Joy, além de manter viva sua colaboração com Devendra Banhart. Nada que realmente demonstrasse a que veio: “Carnaval Só Ano que Vem”, o registro da Orquestra, é um belo disco, mas resultado de um enorme trabalho coletivo; “Little Joy”, a parceria com o baterista Fabrizio Moretti, do Strokes, une um monte de musiquinhas bonitas e agradáveis, mas completamente inofensivas.
O disco que deve sair em 2012 é, de fato, o momento em que Amarante mostrará finalmente suas ideias musicais. Não adianta especular sobre como o disco virá: os trabalhos pós-“4” pouco trazem pistas estéticas atuais de Amarante. De acordo com o Mauricio Valladares, no programa Ronca Ronca, da OiFM, o cantor volta ao Brasil no início do ano que vem e deve liberar o disco em março. Uma vez anunciado, porém, ele já se torna um dos lançamentos mais aguardados de 2012.
Afinal, por mais que hoje o grupo seja ridicularizado por seus detratores, o Los Hermanos é a banda mais importante da década 00 no Brasil. Excluindo Emicida, os tecnobregas e o CSS e seus sub-filhotes, absolutamente todo mundo que surgiu no cenário independente após 2001 deve algo ao Los Hermanos. “Bloco do Eu Sozinho” é um marco histórico: foi o disco que fez toda uma geração perder a vergonha de ouvir samba e música popular brasileira.
A revolução involuntária hermânica só foi possível, é óbvio, porque tanto “Bloco” quanto o disco seguinte, “Ventura”, eram duas obras sensacionais – o disco de estreia, homônimo e mais esporrento, também é brilhante –, unindo lirismo com peso e vigor, melodias doces com letras acima da média. Além disso, o quarteto soube criar uma relação íntima e direta com o público, uma equação que gerou fãs tão fieis que as apresentações da banda sempre foram marcadas pela plateia cantando mais alto que a banda.
O culto ainda existe. No show do SWU do ano passado, mesmo separados do palco pela área VIP, os fãs se faziam escutar durante músicas como “O Vencedor” e “Cara Estranho” – os confetes e serpentinas usuais foram poucos, mas estiveram presentes. A claudicante apresentação de Camelo no Rock in Rio deste ano só foi salva por “Além do que se Vê”, uma das grandes músicas de “Ventura”. E, desde o começo do ano, Rodrigo Barba tem tocado o “Bloco” na íntegra com uma banda que inclui os metais da época dos Hermanos e Gabriel Bubu, que acompanhava a banda, na guitarra. Os relatos são de que shows no Teatro Odisseia, no Rio, têm filas enormes do lado de fora. Quem não consegue entrar fica cantando na porta, junto – o vídeo abaixo mostra um pouco da comoção.
Depois do estouro de “Anna Julia”, o Los Hermanos nunca voltou a ser mainstream, mas se tornou a maior banda do underground, sendo responsável direta pelo aumento de público dele. Durante uma conversa no ano passado, Fabrício Ofuji, produtor do Móveis Coloniais de Acaju, comentava a ausência do Los Hermanos do cenário. “Teria sido melhor se eles tivessem continuado. Muita gente parou de ouvir coisas novas quando eles acabaram”, disse, frente à questão de se o Móveis teria “herdado” muitos fãs do quarteto.
Muito se questiona hoje sobre qual o próximo estágio da atual geração do independente brasileiro. Há uma percepção de que o público existe, mas a pergunta é: o tamanho da cena e a popularidade dos artistas são suficientes? Ou é necessário um passo adiante em termos de visibilidade? Mais ainda: como dar esse próximo passo em busca de um público maior? Dependendo da qualidade e do desempenho, talvez a resposta para o dilema esteja no disco solo de Amarante. Agora é esperar as águas de março…
– Tiago Agostini (@tiagoagostini) é jornalista e edita o Discos da Vida
Fotos: 1, 2 e 5 por Marcelo Costa (@screamyell) / 3 e 4 por Liliane Callegari (@licallegari)
Leia também:
– Marcelo Camelo ao vivo em Lisboa, por Pedro Salgado (aqui)
– “Toque Dela”, de Marcelo Camelo, chega a soar desestimulante, por Adriano Costa (aqui)
– “Sou”, de Marcelo Camelo, é um disco chaaaaaaato, por Marcelo Costa (aqui)
– Los Hermanas lidera lista dos Melhores da Década 00 com dois discos no topo (aqui)
– Três dias de SWU no interior de São Paulo, por Marcelo Costa (aqui)
– 2001: Los Hermanos comenta faixa a faixa o álbum “Bloco do Eu Sozinho” (aqui)
– 2002: Entrevista: “Fizemos o Bloco à revelia”, diz a banda para Martin Fernandez (aqui)
– 2005: “Ventura”, Los Hermanos: qualquer rótulo aqui soa inadequado, por Jonas Lopes (aqui)
– 2005: “4”, Los Hermanos: música do inconsciente coletivo, por Carlos Eduardo Lima (aqui)
– 2005: Seita Los Hermanos segue firme em São Paulo, por Bruno Ondei e Juliano Costa (aqui)
– 2007: A antepenúltima ceia do Los Hermanos, por Marco Antonio Bart (aqui)
– 2009: Little Joy ao vivo: Diversão, descompromisso e pontos nos ís, por Marcelo Costa (aqui)
Texto supimpa!
belo texto!
Perfeito… em alguns aspectos rs
Tudo é uma questão de preferência. Acho q essa diferença, q vc classificou como irregularidade, é o q me chamou atenção neles. Gosto muuuito das músicas “depressivas” do Camelo, mas, às vezes, tô pras mais doidas do Amarante.
Gosto dos textos do Tiago. Mas esse ficou muito aquém a ponto de trazer um comentário como esse no3 ao texto, discutindo “depressão”.
Texto legal!
Mas só pelo fato de Amarante ter estado com a Orquestra Imperial já mostra o quanto ele tinha mais interesse coletivo e é melhor humorado.
Ah! A comparação com Polanski foi foda e engraçada!
HEHEHEHEHE!
texto inteiramente equivocado. fico triste pelas pessoas q se identificaram com as opiniões deturpadas do autor. na proxima vez espero que ele tenha mais base nas informações que publica. se é comigo eu processo. a banda nao terminou pelos motivos citados e nunca almejou o mainstream e estão todos bem felizes fora dele. ao contrário. a idéia é exatamente nunca voltar pra lá. e não conheço niguem com vergonha de falar que gosta da banda. quantos anos vc tem mesmo??
Texto interessante, mas se depender do Amarante acho que a cena independente continuará exatamente como está. Não por demérito das músicas que ele venha a apresentar e sim por falta de interesse (dele, com certeza; do “público”, talvez). Juntos, Camelo e Amarante deram a sua contribuição. Separados, brincar de ser feliz deixou de ser apenas uma brincadeira de carnaval e isso parece bastar a ambos. Soltem-se as tábuas de salvação, elas já submergiram. Estão todos à deriva, inclusive eles.
Acho que esse texto reume bem o fã chato do Los Hermanos
http://adolargangorra.blogspot.com/2008/11/como-me-fudi-no-show-do-los-hermanos.html
Bom texto, com análises bem feitas. Los Hermanos tem pelo menos 2 discos sensacionais. A grande banda da década passada, sem dúvida alguma. O que faz a banda ter tantos detratores hoje, não é o trabalho dela em si, e mais a postura errática e sem sal do Camelo. Torço para que o Amarante lance um grande disco ano que vem, e não um arremedo de ideias e canções como o Camelo vem fazendo, para provar enfim que pelo menos um deles também pode produzir algo de bom individualmente.
Legal o texto.
E tem sim muita gente com vergonha de dizer que gosta da banda, e não pelo grupo em si, mas pela proporção que o LH ganhou e, principalmente, pelos fãs que conquistou.
Em uma roda universitária, até pouco tempo atrás, se você dissesse que não gostava de LH, tinha uma grande chance de apanhar e ser avacalhado. As pessoas colocaram o Camelo e Amarante no patamar de Lennon-McCartney. E são as mesmas pessoas que, em 2001, quando eu dizia que o Bloco era um disco sensacional, diziam: “ih, a banda de Ana Júlia?! Que merda”.
Famoso caso: banda boa, fãs insuportáveis, e a maioria, bem atyrasados.
Mandou bem, Tiago!
Eu só queria saber de onde se tirou que ser “ensolarado” é bom e ser “introspectivo” é ruim. Queria mesmo…
O Los Hermanos era o nosso Strokes da década de 00. Como o próprio, é fogo de palha.
pra mim tanto o 4 quanto o sou tem algumas das melhores canções do camelo, mas enfim, tanto seu texto quanto meu comentário são só opniões. fora isso, o tema é bom, mas o texto vai do nada à lugar algum.
texto certeiro. e q venha o album de rodrigo amarante.
O 4 pra mim é lindo. É cheio de altos e baixos, mas é lindo. E devo tudo isso ao Amarante. Todo mundo tem seu hermano favorito e, aqueles fãs que ainda têm coragem de entoar o nome da banda em voz alta, normalmente, vai preferir o Amarante a esse ser quase pré-histórico que se tornou o Camelo.
Acho que o disco dele tem tudo, tudo pra dar certo. Pra mim, ele é o Paul, o Noel, que toda banda deveria ter.
Tb fico com o questionamento da Helaine aí em cima.
Nunca fui fã dos Hermanos, mas das músicas que ouvi as que mais gostei, sem dúvida, eram as cantadas pelo Camelo.
Pra mim a grande banda dos anos 00 é a Nação Zumbi.
Ahh, o Amarante participa do novo disco da neo soporífera Marisa Monte.
Acho Sou um disco do caralho, aquilo é a sutileza que muita gente esqueceu o que significa. Toque Dela é complexo demais pra essa efemeridade pop, ninguém dá muita bola pra arranjo, timbre, feeling… quero ver um cara que toque guitarra não ficar pelo menos um pouco encantado ouvindo algo desses dois discos – como Téo e a Gaivota, aquela obra prima de primeira grandeza.
Eu não vejo essa vergonha de “gostar de Los Hermanos”. Nunca fui fã dessa banda, gosto de alguns discos e só, mas eu vejo os fãs da banda esgotando todos os shows do Camelo, indo nos shows de reunião da banda e como o próprio Tiago disse, o culto ainda existe.
Quanto ao “Sou” ser chato, sinceramente acho que confundem a pessoa Marcelo Camelo com sua obra, os shows dessa turnê foram um dos melhores daquele ano, assim como o novo show da turnê “Toque Dela”. Se ele é carismático isso é um outro assunto, mas seus discos musicalmente são muito bons. E concordo com os dois comentários acima, do jackmout sobre ninguém dar bola para os arranjos do Camelo e do Zé Henrique sobre a Nação Zumbi ser a grande banda dos anos 00.
Abs!
Não concordo nem com o inicio nem com o meio, aí nem li o final… Tendencioso.
Discordo tanto de você que fico até tonto depois de ler.
O 4 é o melhor disco do Los Hermanos, e a carreira solo do Camelo ainda uma coisas mais relevantes produzidas MUNDIALMENTE. Pelo amor de deus, vá escutar seus “indie rock dançantes” e “eletropops” e deixe de escrever sobre o que não te atinge. Qual o problema com a introspecção, meu caro?
Achei o texto bacana, bem escrito e argumentado. Mas a questão da introspecção do Camelo não tem nada de ruim. Os cds são bons, não são músicas de shows lotados, mas pra se ouvir em casa, em silêncio. Abraço.
Sei que me acusarão de sem conteúdo explicativo e toda aquela nãnãnã.. mas a única coisa que eu consigo dizer é:
cara, como você é chato.
(e sei que cada um tem sua opinião, mas depois que você disse que o primeiro cd é “brilhante” e o Quatro ruim, amigo, fui dar uma volta e não voltei.)
é… o Camelo sei lá…. vamo vê esse ae… mas acho que o (des)equilibrio é que dava o tempero dos Hermanos… Bloco é o melhor disco de rock brasileiro, junto com o segundo do Secos e Molhados!
bom, eu me coloco daqueles que nunca gosotu muito dos hermanos. vi uns tres shows e achava eles ruins de palco pra caramba. mas reconheço que num determinado momento de marasmo pop, acabaram por suprir essa carencia de algo diferente. gosto de ana julia. até hoje ainda acho a mais agradável canção deles. e gosto de cara estranho e sentimental. lá no fundo, os hermanos me passavam algo meio muito mais pretensão do que realização. e o pior não foi a banda, mas as sequelas que eles causaram. depois deles vieram um monte de bandas com vocalistas cantando como se estivessem bêbados, de boca fechada, fazendo sambinha de branco e dizendo o quão sensíveis eram. lembro do meu filho adolescente dizer que odiava o jeito que aquele amarante tocava guitarra, com aquele sacolejar meio ridículo…acho que eles se levavam a sério demais.
Não acho q ser fã dessa grande banda seja vergonhoso. Discordo de muita coisa do texto, principalmente quanto aos trabalhos paralelos a banda. Marcelo mandou bem no Sou, Amarante não conseguiu o que queria com o Little Joy, e perdeu tempo adiando esse solo para 2012. Creio que a cena independente esta crescendo e seu publico tambem, Wado, Karina Buhr, Criolo, China, Cidadão Instigado…enfim, estão contribuindo muito!
Eu entendi algumas partes da sua argumentação, mas tenha cuidado com as palavras, esse “… quase uma vergonha” pode gerar um mal entendimento, como vi nos comentários.
Não me sinto QUASE envergonhado por ser fã de Los Hermanos, me sinto lisonjeado e feliz por conhecer uma banda com álbuns tão bons que nunca me cansei e nunca me cansarei de ouvir, mesmo com 6 anos sem nada novo.
Cara, botar o “4”, “Sou” e “Toque dela” tão pra baixo assim é muito sem noção, eu acho “4” uns dos melhores discos da banda, por ser diferente de todos os outros, por destacar o talento individual dos dois, “Sou” então nem palavras pra elogiar esse disco, arranjos de fazer chorar o coração mais duro, violão lindo, voz linda, tudo lindo.
Eu só acho que a banda errou em entrar em reclusão por “besteiras”, não sei os reais motivos, mas peguemos o Radiohead como exemplo, os caras estão juntos há 23 anos e nunca acabaram prq Thom York já lançou um disco solo e vários EPs, prq Jonny tem seu trabalho como produtor de trilhas sonoras, prq Phil também já lançou um disco solo, meu os caras fazem o que gosta, se eu quero uma coisa q não convém com a banda prq eu não posso lançar em solo sem me separar do grupo??
Enfim, que venha o disco do Amarante, e que seja FODA como ele e como foi “Sou” do Camelo.
O 4 é pra mim um dos melhores discos que já ouvi em toda minha vida! o LH me influenciou e ainda me influencia muito na maneira como vejo a vida. Não é apenas música e sim arte tanto o Amarante quanto o Camelo são sensacionais e sem dúvida tudo o que fizeram e ainda estão fazendo meche demais com os verdadeiros fãs do LH, e é por esse motivo que pessoas ainda procuram noticias da banda e ainda se emocionam ao ouviram cada musica do LH, Little Joy, Sou, Toque dela ou ao lerem os textos do Medida e também quando vemos o Barba arrebentando na batera.
Falar isso dos discos do LH é totalmente idiota! Os Los Hermanos não são uma bandinha de garagem como muitas das que vemos por ai que ficam na mesma a vida toda ou que mudam seu estilo em busca de publico e reconhecimento, eles são únicos conseguem fazer mudar a cada música a cada acorde a cada nota e não descaracterizar a banda.
EU NÃO TENHO E NUNCA VOU TER VERGONHA DE DIZER EU AMO LOS HERMANOS e procuro insistentemente noticias sobre a volta deles, e espero que eles ainda realizem o meu sonho e o de muitos fãs de ir a um show da banda.
Aponta pra fé e rema.
É bem típico de fanzinho chato do Los Hermanos diminuir o primeiro disco que é, sim, muito bom e foi um passo pra uma evolução maior.
O 4 é um disco que divide muito opniões, alguns acham sensacionais e outros como eu acham um trabalho irregular e cansativo, mas para fanzóide que quer pagar de diferente é óbvio que o disco mais pretencioso teria que ser a grande obra-prima e o disco mais foda do universo, e o pior, tratar isso como UMA VERDADE UNIVERSAL no mundo da música, afinal, dizer que é o Bloco ou mesmo o Ventura seria ser “lugar comum” demais…
Fanzóide dessa banda realmente dá vergonha, não vergonha de admirá-los muito, como eu admiro, mas de compartilhar isso com a “cabeçada”.
@Dennix – estranho, mas eu assim como 95% dos ouvintes considera o primeiro disco do Secos e Molhados muito melhor, e na minha opnião é o melhor disco do rock nacional, e convincentemente, com a melhor capa também.
Acho Bloco certamente o melhor disco da década de 00, mas fico com alguns outros clássicos em níveis à frente desse, como “Da Lama ao Caos”, os 5 primeiros discos dos Mutantes, “Fruto Proibido”, “Made in Brazil (disco da banana)” e talvez um ou outro que eu tenha esquecido
Que texto babaca. De alguém que considera o trabalho/pesquisa/composição musical como um tesouro e não como apenas um trabalho, pesquisa, composição. Como se o Camelo ou o Amarante estivesse fazendo algo para agradar seus fãs ou ouvintes. Eles mesmos já disseram inúmeras vezes que não pautam suas composições esperando o agrado do público. Quem faz isso é o Michel Teló, a Ivete, a Britney, que deve ser o conceito de música que o autor desse texto aqui admira. Os dois hermanos são foda porque não estou preocupados com expectativas. E SOU é tão arriscado e audacioso quanto KID A (com suas devidas proporções e influências). O Marcelo nunca fez este cd para os fãs dos Hermanos, nem para os críticos que um dia enalteceram as músicas das sua banda. Ele fez para se entender, para se investigar, por pulsão, por curiosidade de si, porque era o que queria fazer e queria ouvir naquele momento. O mesmo vale pro Little Joy.
Um texto crítico que diz que um cd é chato ou inofensivo, e que aguarda o trabalho de um artista como se fosse a SALVAÇÃO, não deve ser respeitado. É babaca. Não diz nada. Não acrescenta nada, nem revela coisas que não sabemos. Só dá mais caldo para esse blablabla de twitter e facebook onde todo mundo quer dar uma opinião e essa opinião não passa de Curtir ou Não Curtir. Tô cansado desse jornalismo.
Um dos piores textos e mais preguiçosos que já li.
Seu texto está incoerente.
Moro no Rio e nas rodas de amigos não vejo ninguém com vergonha de dizer que é fã de Los Hermanos, pelo contrário, parece que gostar da banda está virando modinha. Ainda segundo você, o disco do Amarante pode por fim a essa vergonha. Como assim? Quem espera ouvir Los Hermanos em um disco Solo dos caras está muito bitolado. Bloco do Eu Sozinho realmente é uma pérola, o melhor da banda; o homônimo de 1999 também é muito bom, Ventura confirmou a dupla Camelo e Amarante como grandes compositores e músicos singulares, e 4 é um disco diferente, mas com muita qualidade. Foi uma guinada muito violenta após Ventura, é preciso ouvi-lo muitas vezes para entende-lo. Concordo com voce em preferir Los Hermanos Ensolarado e suas desilusões, do que introspectivo demasiadamente.
Carlos, acho que já está na hora de trocar dessa roda de amigos
Sério? Que texto tolo
Não há porque ter vergonha do que é bom. Los Hermanos é muito bom!
Bom texto e boa argumentação, na minha opnião.
Ler os comentários só confirma minha visão de que grande parte dos fãs dos “Loser Manos” são xiitas e simplesmente não aceitam qualquer opnião que fale mal da banda ou que seja contrária a sua e a da sua “roda de amigos”. Um dos comentários mais ridículos foi de um sujeito dizendo que o álbum solo do Camelo é um dos mais relevantes MUNDIALMENTE. Pera ae, menos né?
Ela tem sua relevância no cenário nacional e ainda influencia muita gente, mas dai a querer endeusar os caras é muito exagero e pretensão.
discordo veementemente de que “toque dela” seja facilmente esquecível, é lindo, brilhante! “sou” sim, é um lixo, mas “toque dela”…. é genial!
Irregular, equivocada em alguns pontos e (em geral) ruim é essa “resenha” ou sabe-se lá o quê… Ela deve refletir o contexto social do seu escritor, provavelmente, mas não de um conjunto amplo de experiências e opiniões…
Deprimente, é só oque eu posso dizer desse post, será que quem escreveu esse post tem acompanhado a turnê do Los Hermanos esse ano? Será que ele tem visto os lugares por onde a banda passa, transbordar de gente, transbordar de alegria, de sorrisos, de choros, será que este cara não vê as milhares de vozes cantando junto com a banda, formando um só coro! Não, acho que ele não vê nada disso, acho até que ele nem acompanha a turnê, oque torna esse post, uma crítica sem fundamentos, uma opinião desprovida de conhecimento, se possível acesse o youtube, ou as paginas das redes sociais ligadas a banda, pra ver que os fãs chatos de Los Hermanos são MILHARES, espalhados por toda a parte! Só quem esteve presente, é capaz de sentir uma coisa tão forte, inexplicável, incalculável, imensurável…
Rodrigo, ele tem acompanhado a turnê sim. E até escreveu um excelente artigo para o Portal Terra:
http://musica.terra.com.br/noticias/0,,OI5767194-EI1267,00-Em+noite+nostalgica+Los+Hermanos+e+fas+devotos+revivem+hits+em+SP.html
Ps. Estou de acordo com ele.
grande texto, estou terminando de baixar Cavalo, vamos ver o que é que dá…
O “Cavalo” me decepcionou, muito, tá parecendo os discos (e músicas) mais chatas do Camelo…
a única coisa que me chamou atenção no disco todo foi Mon Nom…
mesmo quando ele debanda pro lado do Little Joy o negócio não decola