Trechos de uma carta antiga
“Sim, sim. A magia do cinema é única. Meu DVD tem tentado me explicar coisas da vida ultimamente (risos). Mas ainda preciso da última temporada de Friends. Interessante tudo isso do Rudolph Steiner. Na verdade, mesmo com um setênio novo a começar, e praticamente do zero, ainda não crio coragem para entender as coisas. Religião e Astronomia ou qualquer coisa assim me assustam demais, como heroína. São coisas que acho que eu iria gostar demais, e iria ser sem volta. Guardo minha velhice para elas. Você conhece bem isso, hein? Essas teorias… Vamos, gaste mais umas palavras sobre isso, só para me distrair a mente e me fazer pensar um pouco mais. Está sendo bom. Um corpo humano com vários corpos? Hummm. Não sei. Ainda acho que sou único… sorry, leoninos são terríveis. Na verdade, a abertura de um novo ciclo me atrai. Mas o que a gente deixa para trás dói bastante. E isso me assusta. Além de parecer que estou sempre começando de novo… e eu gosto do jeito que sou. Na verdade, já devia ter me aquietado… risos. As poesias ainda não surgiram, calma. É preciso sangrar um pouco mais, e de um pouco mais de silêncio (essa cidade é muito barulhenta!!!!). A cerveja me faz bem. Estou leve. O estômago dói pacas, mas sinto que vou despencar na cama e acordar a hora que alguém cismar de tocar o telefone. Ainda preciso finalizar um texto e seria de bom grado tomar um banho, mas está tão frio. Torço por sol no seu fim de semana de praia. Sol.”