por Murilo Basso
fotos: Rafael Rocha
Lançando mão de percussões inusitadas e letras sofisticadas o quarteto gaúcho Apanhador Só chegou a um dos grandes discos do ano. E já se vão seis meses de 2010. O disco de estréia (homônimo) dos rapazes mescla inúmeras influências. Rock, MPB e country se misturam para dar corpo a canções capazes de surpreender o ouvinte após algumas audições.
“Se for muito fácil na primeira audição acaba se tornando raso ao longo do tempo. É muito uma proposta de longevidade do disco, de não fazer algo para ficar apenas aqui. Eu penso que tem que ficar o máximo possível na vida das pessoas. Não é à toa que fazemos música”, diz o guitarrista Felipe Zancanaro.
O álbum está liberado gratuitamente no site oficial da banda (http://www.apanhadorso.com/) desde seu lançamento (baixe aqui) com várias canções candidatas a hits (“Um Rei e o Zé”, “Pouco Importa”, “Prédio”, “Nescafé”, “Maria Augusta”: escolha a sua), mas seria interessante você pegar o disquinho nas mãos: uma capa envelope guarda um encarte caprichado em formato de cartões (cada um com uma letra do álbum além das informações do disco) em um trabalho gráfico bonito e interessante.
De passagem pela capital gaúcha, Alexandre Kumpinski (voz) e Felipe receberam o Scream & Yell. Na pauta cinema, planos, Porto Alegre e todo o processo de concepção do mais novo trabalho do grupo. De cara, uma pergunta repleta de espinhos, que a banda respondeu com naturalidade e personalidade.
Como é lidar com as comparações com Los Hermanos? Isso incomoda?
Felipe: Para nós é super tranqüilo. Afinal conhecemos bem onde buscamos nossas origens, onde a gente bebe. E acho que são referências muito parecidas com as deles. Talvez venha daí a comparação. Misturar música brasileira e rock com letras mais poéticas.
Kumpinski: Acho que por ser mais melodioso. A galera desce a guitarra e canta melodioso. Pronto, já é Los Hermanos (risos)
Felipe: Matou a charada, de onde vem essa comparação. A guitarra com melodia muito brasileira.
Kumpinski: É porque partindo de Los Hermanos, há algo que não se pode negar…
Querendo ou não marcou nossa geração, não é?
Felipe: Isso! E não tem como fugir. Então, não tendo como fugir, você pode tocar!
E como é fazer samba quadrado em Porto Alegre, uma cidade tradicionalmente roqueira?
Felipe: Acho que isso é muito mais uma visão que do pessoal de fora tem, do que a que temos daqui. Apesar de a grande maioria ter essa levada “rock-oasis”, também existe uma galera que faz outras coisas, que relaciona com samba.
Kumpinski: Agora é Oasis né? Antes eram Beatles (risos).
É isso que chama um pouco minha atenção; essa “outra galera” fica muito restrita a Porto Alegre, certo? A visão predominante de quem está fora talvez seja essa mesmo, “rockzinho-mod” que, vez ou outra, faz “escapar” alguma banda bacana. Pública, por exemplo…
Felipe: E mesmo dentro desse estilo a Pública tem uma sutileza que muitas bandas não têm por aqui. É que, apesar de ter certo nome no cenário rock, nosso independente ainda é muito pequeno. São poucas casas, muitas bandas e uma rotatividade muito grande. Então o público vai ver o que está acontecendo até porque não existe estrutura para separar. Mas concordo que poucas bandas consigam sair do RS, embora tenha muita coisa rolando. E o que aconteceu conosco é que mesmo misturando muitas coisas somos uma banda que está dentro desse cenário “indie”. E temos muita sorte porque o público que vai ao show de uma banda “mod” também acaba indo ao nosso.
Kumpinski: Em 2006, quando lançamos nosso primeiro EP, tudo era mais difícil. A Trama Virtual ainda era o grande site do Brasil. O myspace ainda engatinhava. O público que agora busca material na internet ainda não existia por aqui. Existia a galerinha que ia aos shows e eu sentia um “bater de frente”. Nós éramos os hippies! (risos) Hoje o pessoal não está nem aí. Ouve o som, gosta e não tem medo de dizer. Aos poucos foi mudando e eu nem sei exatamente quando mudou, mas hoje não sentimos mais isso.
Felipe: Talvez essa seja a grande sacada. Assim conseguimos sustentar nossa identidade, independente do que rolava sempre por aqui. Apesar de naturalmente se relacionar, de alguma forma, não era algo que queríamos. Tocar o mesmo estilo para tentar se enquadrar dentro do cenário. Vai ver isso tenha criado um certo destaque. “Olha lá os hippies passando!” (risos). Pelo menos sabiam que éramos nós.
Então vocês não se consideram “rock gaúcho”?
Kumpinski: É que o “rock gaúcho” virou um gênero e nós não estamos dentro desse gênero. O que acontece é que somos uma banda de rock e somos do Rio Grande do Sul (risos). A estética é diferente.
Hoje em dia quem são as bandas “pares” do Apanhador Só?
Kumpinski: Banda Gentileza, Bazar Pamplona, Pélico…
Felipe: Acho que temos alguma relação, mesmo não estando na mesma geração, no mesmo “bolo”, com os caras do Curumim. Tem aquela coisa das misturas de timbres, de uma postura de criação que tem relação conosco, mesmo ele não priorizando tanto a canção, sendo mais técnico.
Alexandre, de que forma seu trabalho com o cinema influencia no Apanhador?
Kumpinski: Têm alguns versos, algumas coisas que eu às vezes fico pensando se vieram do cinema. Como “não é o prédio que tá caindo, são as nuvens que tão passando”. Lembra esquema de câmeras, enquadramento, movimentação de elementos. É muito visual. Um efeito visual, uma ilusão que eu acabei transpondo para a letra. Também tem uma música nova que se chama “Salão de Festas”, um jornalista ouviu em um show e depois comentou “essa é uma música que você percebe ser de alguém que lida com o cinema”. Ela parece uma estrutura de roteiro. É uma historinha contada em pedaços, cada verso pode parecer um plano, formando uma cena. Montando a cena geral, através de pequenas partes. Que é a essência do cinema. No geral, acho que é isso, porque eu trabalho com pós-produção de som, a essência do som. A natureza do som que eu trabalho no cinema não tem relação com a música. A não ser quando eu faço trilha, que acaba servindo como pesquisa de timbres, gêneros e ritmos.
O pessoal do Mombojó disse uma vez que compunha suas músicas pensando nos clipes delas. Você já chegou a compor / arranjar pensando em imagens? Tenho essa sensação com “Porta Retrato”.
Felipe: Eu também. (risos)
Kumpinski: Cara, isso não é consciente. Até “Porta Retrato” quem colocou a letra foi mais o Estevão. A letra partiu mais dele do que de mim. É certo que uma coisa acaba influenciando a outra na hora da criação. O que tu tem de referências, de bagagem acaba acrescentando, mas o que exatamente eu não sei precisar.
Felipe: Até porque não temos muitos videoclipes. Temos dois, sendo que um deles nem passou pelas nossas idéias. E a banda não tem a cultura do videoclipe, então não é algo que a gente fique pensando muito, talvez até devesse.
De qualquer forma, algumas canções do disco são muito imagéticas. “Porta Retrato” as três vezes que eu ouvi surgiram imagens. E todas diferentes…
Kumpinski: É o lance da narrativa. Quando eu comecei a estudar cinema eu não entendia nada da linguagem. Eu via a galera debatendo e ficava meio deprê: “como eu não consigo compreender”. Mas agora é meio natural. A noção de estrutura cinematográfica deve mexer com a noção da estrutura narrativa dentro da canção.
Felipe: Eu também tenho essa relação com ela. É muito imagética. Em “Nescafé” eu vejo a cor da coberta amassada.
Falando em “Nescafé” ela também é assinada pelo Ian Ramil? Quem é ele? Parente de algum Ramil famoso?
Kumpinski: É filho do Vitor (risos).
E vocês gostam de Vitor Ramil?
Kumpinski: Fãzaço!
Kleiton & Kledir?
Kumpinski: Eu acho um saco! (risos) Parou né, velho! Os caras fizeram uma música lá, “Deu Pra Ti”, e resolveram se atirar nas cordas e ficar vivendo do que já tinham. Já o Vitor estourou com “Estrela, Estrela” e não parou. Hoje tá com uma obra linda e lança um disco melhor que o outro. Quarenta e tantos anos e não pára. E eu acho que é assim que tem que ser.
Em alguns momentos o disco me lembrou Lô Borges. Mas mais pelas escolhas de timbres.
Kumpinski: Pois é, e não é uma influência para mim. Não é algo que eu perceba. Mas é muito doido. Agora que saiu o disco, conversando com as pessoas, aparece muita coisa que não é, mas poderia ser e acaba não sendo, mas sei lá se é. Vai ver é e eu não sei. (risos)
Felipe: Justamente porque a gente tem essa liberdade de misturar, fazer o que der na telha e não ficar assim: “Pô, vamos fazer uma banda com duas guitarras e um arranjo meio Lô Borges”. Não, nós só nos juntamos na sala, começamos a tocar, a arranjar e de repente surgiu. Trabalhamos muito com a espontaneidade.
É espontâneo, mas não é aquela coisa fácil, que bate e pega, certo?
Felipe: Isso. E esse é o grande barato do disco. Para algumas pessoas não, mas para quem está habituado com o estilo, para quem gostava de Bazar, para quem gostava de Gentileza, talvez seja mais fácil. Mas é o grande mérito dele. Meu pai estava comentando esses dias, que ele já ouviu tantas vezes que chegou ao ponto de largar a “corujice” e poder criticar (risos). E agora começou a escutar detalhes que ele não sabia que existiam. “Agora eu tô escutando aquela sinetinha, aquele papelzinho amassado”. Aqueles detalhes que eu acho um barato, porque o disco vai te abraçando com eles. Se for muito fácil na primeira audição acaba se tornando raso ao longo do tempo. É muito uma proposta de longevidade do disco, de não fazer algo para ficar apenas aqui. Eu penso que tem que ficar o máximo possível na vida das pessoas. Não é à toa que fazemos música.
Soube de uma gaúcha que mora no exterior e soltou a seguinte frase “esse é o disco que eu ouço pra matar a saudade de casa”. E aí, tem cara de Rio Grande do Sul mesmo ou é balela?
Kumpinski: Tem cara de Porto Alegre. Do Bonfim, dessas ruas. Da tarde de Porto Alegre… Tem esse clima, de uma cidade que não é uma grande metrópole, mas também não é uma cidade pequena. Tem um pouco da molecagem dos campos de futebol da Zona Norte. Tem a Osvaldo Aranha ali atrás, cheia de carros e ônibus, mas aqui nós estamos em uma ruazinha parecida com a rua do meu pai. Árvores. Tem muito disso nas composições, muita coisa do ambiente.
Felipe: Tem muita coisa da rua. De sair a tarde e acabar na casa de um amigo a noite. Esse ambiente de estar solto na cidade, sabe-se lá para onde você vai. Eu não compus, mas sinto muito isso. E Porto Alegre não é uma cidade para turista. Se tu chegar aqui e for seguir placas tu vai parar em um lugar totalmente contrário do lugar que tu pretende chegar. Tu vai seguindo a placa, ela vai te indicando o caminho e de repente não tem mais placa nenhuma e tu tá indo na direção errada. Mas é uma cidade provinciana, de certa forma. No Bonfim tu sempre acaba encontrando algum conhecido. Se tu sair na rua tu acaba conhecendo as pessoas. E as pessoas conversam contigo, criando um pouco esse clima.
Já falamos sobre cinema, sobre a cidade, mas e literatura? Érico Verissímo?
Kumpinski: É uma formação tão de infância, de adolescência, que eu não consigo afirmar se está lá. Deve estar. Assim como Gabriel Garcia Marquez. Mas o que tem, de fato, é o Diego Grando. É um poeta daqui que compôs três músicas do disco. Inclusive uma delas partiu do livro dele, que eu peguei um poema, musiquei o final dele e acrescentei algumas idéias, então a música é praticamente o poema dele.
E a história de que “Peixeiro” surgiu daqueles concursos “Poema no Ônibus”?
Kumpinski: Tu já entrou no ônibus aqui?
Sim…
Kumpinski: Então, tem uns quatro adesivos com poemas. Era o início desse concurso e eu e o Marcelo Noah, um grande amigo meu, ficávamos inventando frases e tivemos essa idéia de fazer versos e inscreve-los. Pegar o CPF dos nossos amigos e fazer a inscrição no nome deles só pela diversão de imaginar eles pegando o ônibus algum dia e ver : “Pô, hey, Marcelo Souto, como assim?”. E nós fizemos “O nosso amor é uma garrafa de vinho, virando vinagre devagarinho” para colocar no nome do Marcelo Souto, que é um dos compositores de “Nescafé” e tocou baixo no Apanhador lá no início, um amigo nosso. E um cara com quem a gente gosta de avacalhar! (risos). Só que o poema não passou e um dia quando eu estava compondo ele veio como refrão ideal. Eu não lembro exatamente se a música começou e depois ele se encaixou ou se ela partiu dele. Mas foi isso, uma avacalhação acabou virando uma música (risos). E essa é uma das frases que o pessoal mais comenta.
“E se não der?” é o que mais me pareceu “fora de lugar”. Tem uns riffs meio Cake e até a voz me pareceu diferente. E tem o charme de fechar o primeiro álbum da banda perguntando: “E se não der?”.
Felipe: Ela foi cogitada como nome do disco, porque ficávamos pensando: “E se não der?”, “E se o disco não vingar?”, mas acabamos desistindo porque poderia ficar uma coisa meio “já entramos em campo perdendo”. Ou muito pretensioso (risos).
Kumpinski: Mas a piada acabou ficando para o final, lá no final, depois de tudo, tem uma voz falando: “Como assim?”.
Felipe: E no final chutamos o balde (risos). Parece que fazemos as pazes com o rock. Uma guitarrada, aquela coisa meio clássica. Clichê pra caralho! (risos)
Então, próximos passos? Amadurecer, perder a inocência, cair nas drogas…
Kumpinski: Concretamente já estamos pensando no clipe, filmamos o show de lançamento aqui e foi ótimo, lotaram as duas sessões. Filmamos com uma boa estrutura, sete câmeras. Captamos o som separado e pretendemos fazer uma pós-produção bacana e lançar um DVD, embora isso deva demorar (risos). Continuar fazendo shows, divulgar, porque sentimos que estamos em um momento bom. As pessoas estão gostando do disco, ele está se espalhando sozinho, o número de downloads não caí. Temos que aproveitar e continuar fazendo shows, porque muita gente vai ao nosso show e diz que ele é melhor que o disco (risos). E já estamos com umas seis músicas para o segundo disco.
Felipe: Já pensando em quando o ritmo começar a diminuir, para já estarmos trabalhando no próximo disco. Não demorar tanto para lançar e já ir adiantando o serviço.
Kumpinski: Tá sendo positivo. Estamos no melhor momento da carreira, com oportunidades muito boas. Como já tivemos em 2006, quando ganhamos o Festival de bandas Trama Universitário e abrimos para a Maria Rita, no Rio, para 5 mil pessoas. Foi tipo um “boom”, isolado. Tá, mas agora passou e o que vamos fazer? Continuamos sendo uma bandinha de nada. Agora estamos fazendo várias coisas bacanas, aparece algo aqui, depois outra coisa, mas tudo meio encaixado. Temos que trabalhar para manter esse ritmo, com os pés no chão. Trabalhar como sempre trabalhamos esperando que as pessoas gostem. Quando você vê que as pessoas estão gostando seu trabalho faz sentido, quer dizer que pode dar certo e que tu pode continuar fazendo.
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“Apanhador Só”, Apanhador Só (Independente)
por Adriano Mello Costa
Apanhador Só. Preste bem atenção nesse nome em 2010. O grupo gaúcho desembarca no seu primeiro disco nesse ano e chega com um trabalho repleto de qualidades. Carregando o mesmo nome da banda, o álbum foi forjado de maneira independente depois de dois Ep’s lançados em 2006 e 2008.
São 13 faixas que unem mpb e rock, Clube da Esquina e Tortoise, Tom Zé e Radiohead, Los Hermanos e The Sea And Cake. As letras são bem construídas e ora contam histórias de uma maneira meio antiga, ora sacam da carteira tiros rápidos de ironia. Nenhuma canção passa sem provocar alguma reação positiva no ouvinte.
A abertura já traz uma das grandes músicas do ano até agora. “Um Rei e o Zé”, parceria de Alexandre Kumpinski com Ian Ramil (filho de Vitor Ramil) é deliciosa, alternando melodia e um peso moderado. Fecha com versos bem escritos: “não leva a mal/eu só queria poder ter outra filosofia/mas não nasci para conversar com rei”. São muitos os destaques. “Maria Augusta”, por exemplo, mistura Mutantes, psicodelia, forró, barulhos diversos e guitarras.
“Peixeiro” traz desesperança quando canta “o nosso amor, uma garrafa de vinho/virando vinagre devagarinho”. “Bem-Me-Leve” une Fernando Venturini e Los Hermanos. “Nescafé” vem com guitarras, desamor, cambalachos e milongas. “Jesus, O Padeiro e O Coveiro” é cheia de efeitos e faz o Violeta de Outono namorar o Pavement. “Vila do ½ Dia” muda tudo de novo. Insanamente alegre, pop, ensolarada. Canção para manhãs de domingo.
O Apanhador Só estréia mostrando um interessante mosaico de influências que vão conversando devagarinho, sem pressa, puxando uma cadeira, abrindo a primeira cerveja e quando menos se percebe estão completamente envolvidas, abraçadas e convivendo em harmonia. Tipo de banda que a primeira audição do disco serve somente para conquistar, deixando o verdadeiro prazer para futuras audições. Gratíssima surpresa do ano.
cara, que combinação legal a desses caras. botei para baixar, e se pá compro o disquinho deles de verdade ao vivo em cores e cartões. valeu a dica.
Gostando desses caras,altamente espontâneos e complexos na medida.Se pá eu quero cd na loja,mais interessante do que MP3,apesar de eu ter o meu.Apanhador nas loja!
Eu recomendo o cd e o show, viu! Depois do download viciei nas músicas, mas confesso que achei ainda mais interessante a proposta do cd, o encarte e os cartões…
Já tô no aguardo das músicas novasque – pelo show – não ficam nem um pouco atrás das viciantes 13 faixas.
Gostei bem do disco. Na minha viagem pessoal vi uma coisa meio mineira de Clube da Esquina, Flavio Venturini ali na mistura mesmo. Vida longa a banda.
Na boa, murilo
Acho essa a tua melhor entrevista.
Me sinto dentro, fazendo parte. Do tipo de som que combina com todas as intenções d’alma. Mas, claro , p’ro meu coração de menina, “Nescafé” & “Bem-me-leve” são as mais tocadas. Depois vem “Um Rei e o Zé”, “Maria Augusta” & “Origames Over”. Fiz seleçãozinha porque a vida é cheia de quer sim, quer não, mas o álbum inteirim é uma delícia.
Gostei bastante do álbum. Não sai do meu celular. O único ponto baixo pra mim é “Nescafé”. Pegada “Teatro Mágico”. Poderiam ter deixado de fora. O restante do álbum é acima da média.