Por Marcelo Costa
“Outer South”, Conor Oberst and The Mystic Valley Band (MusicBrokers)
Oberst deixou para trás o country folk do álbum anterior (e os dramas do Bright Eyes) para acelerar em direção a algo que ele mesmo parece não saber o que é (talvez Neil Young, Dylan e Springsteen). A sonoridade lembra os discos recentes de Cat Power e a divisão da função de vocalista entre o compositor e membros da Mystic Valley Band rende altos e baixos a um conjunto de canções que soam tanto honestas quanto banais. Espera-se mais de Oberst. “Outer South” é um disco para ouvir, gostar e esquecer.
Preço: R$ 35 (nacional)
Nota: 6
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“Grace / Wastelands”, Peter Doherty (EMI)
Em seu primeiro álbum solo, o ex-Libertines/Babyshambles optou por uma sonoridade acústica que em nada lembra seus trabalhos anteriores. A voz malemolente marca presença, assim como a paixão pelo Clash (no quase reggae “Last Of The English Roses”), mas “A Little Death Around the Eyes” e “Salomè”, com arranjos de cordas, são novidade. Dot Allison dueta no folk suave “Sheepskin Tearaway” e a discreta participação de Graham Coxon (do Blur, em 11 das 12 músicas) confere qualidade ao resultado final.
Preço: R$ 30 (nacional)
Nota: 7
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“Live in London”, Leonard Cohen (Sony/BMG)
O show começa e Cohen diz ao público que apesar do inconveniente financeiro (um calote do empresário) que o obrigou a voltar aos palcos, “é uma honra tocar para vocês esta noite”. O show segue, e ele graceja: “Meu último show em Londres foi há 14, 15 anos. Eu tinha 60, era só um garoto com um sonho doido”. Aos 74 anos, o poeta canadense lança seu quarto registro ao vivo, um álbum duplo generoso com 26 canções, uma dezena delas (até mais) em versões puras e emocionantes. Melhor… só vendo ao vivo.
Preço: R$ 39 (nacional)
Nota: 9
Esse “Live in London” é realmente muito bom. Emociona mesmo. Abs. 🙂
Leonard Cohen. Classudo.