Por Marcelo Costa
Fotos: Silvio Tanaka / Divulgação
O que faz um show ser algo inesquecível? Várias coisas, mas para organizar o pensamento vamos dividir esta apreciação em três pilares: 1) A interatividade entre artista e platéia que faz o público acreditar que estava diante de um momento único 2) A transcendência das canções do estúdio para o ao vivo 3) As surpresas que decorrem de algo que está acontecendo ali na sua frente. Seguindo estas três métricas, o show do Oasis na Arena Anhembi, em São Paulo, em um sábado de chuva, foi burocrático e sonolento.
No quesito interatividade, só um tolo poderia esperar dos Gallagher algo a mais do que eles representam no palco. Liam, quando não está cantando (e isso acontece em quase 30% da noite), fica estático em algum lugar do palco (quase sempre no canto esquerdo próximo à bateria). Quando canta, enfia as mãos nos bolsos, estica a corcunda e beija o microfone – posicionado mais alto que sua cabeça – como se fosse atraído por ele.
Por sua vez, Noel até conversa com a platéia – brincando (“Toda vez que tocamos aqui chove”) ou assustando (“Se continuarem jogando coisas nós sairemos do palco”), mas o negócio dele mesmo é tocar, e ele toca muito. Porém, há um distanciamento enorme entre músicos e público, uma frieza que talvez funcionasse em um pequeno tablado de pub, mas que parece solitário (para eles e para nós) em um grande palco.
Quanto à transcendência, qualquer banda que faça shows na Arena do Anhembi tem como desculpa a péssima acústica do lugar, um espaço aberto na lateral de um rio cujos ventos fazem as notas musicais bailarem no ar, o que acaba causando a sensação de que alguém está aumentando e baixando o volume a todo momento. O local é de ótimo acesso, espaçoso para grandes audiências, mas prejudica – e muito – o som final.
Talvez por isso os rocks furiosos (“Rock ‘n’ Roll Star”, “Morning Glory”, “Supersonic”, “Ain’t Got Nothin'”) soem embolados enquanto as baladas (“I’m Outta Time”, “Songbird”, “Wonderwall”) vieram mais límpidas, audíveis em todos os seus detalhes. E foram elas, quase sempre, que deram momentos de brilho ao show. “The Masterplan” veio em uma versão arrasadora e “Don’t Look Back In Anger”, quase acústica já no bis, mostrou ser a grande música de Noel – e do Oasis.
Porém, mais do que interatividade e transcendência, o que falta ao Oasis no palco são surpresas. A banda praticamente toca o mesmo repertório todas às noites, o que em tempos de internet faz com que muita gente já tenha ouvido este mesmo show mais de uma vez (seja em Londres, Paris ou Buenos Aires). As canções vêm uma após a outra seguindo um roteiro pré-estabelecido cujo final feliz é dedicado aos Beatles.
Esta rendição à burocracia faz com que a banda soe apática (apesar do excelente batera Chris Sharrock mostrar serviço e chamar a atenção em vários momentos), e a apresentação canse. Tanto faz assisti-los em São Paulo, Plutão ou Guantánamo: o show será sempre o mesmo. Não há entrega. Não há a sensação de que se está vivendo um momento único. É só mais um show de rock cujo atrativo são algumas canções clássicas (e ainda ficam faltando outras), o que até agrada parte do público, mas é pouco.
Mais novos que R.E.M. e U2, e contemporâneos de Pearl Jam e Radiohead, o Oasis parece – mais do que todos os outros – ter se transformado em uma caricatura de si mesmo, um jovem dinossauro do rock que funciona em estúdio (“Dig Out Your Soul” é um discaço), mas que se arrasta no palco mostrando força em determinados momentos, e dormindo sobre a própria cauda na maior parte do tempo. O resultado é um show morno, que tem momentos de brilho intenso tanto quanto de tédio. Se você perdeu esta turnê, não se preocupe: eles voltam em dois anos fazendo a mesma coisa.
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Oasis ao vivo em Curitiba
Por Murilo Basso
Você pode até não gostar dos irmãos Gallagher. Na verdade, muita gente não gosta pois aquele discursinho de “salvadores do rock’n’roll” já morreu faz tempo. E, convenhamos, eles pararam muito longe dos Beatles e dos Stones. Também é fato que nenhuma outra banda envelheceu tanto nesses últimos 15 anos quanto o Oasis. Para o bem ou para o mal. Os excessos de Noel usados para dizer coisas sem importância e a inconseqüência, normalmente, destemperada de Liam da época de “Definitely Maybe” parecem ter ficado para trás. Coisas do tempo em que rockstars morriam por overdose.
Hoje, o Oasis se tornou um daqueles poucos grupos que possuem facilmente mais de uma dezena de canções, que a maioria do público pode até não saber as letras de cor, mas ao menos consegue acompanhar nos refrões. E começar um show com guitarras extremamente fortes dando base para “Live my life in the city, there’s no easy way out” não é pouco. Não mesmo. Fica difícil não agradar.
Daí pra frente alternam-se hit’s, canções pouco conhecidas de “Dig Out Your Soul” e várias desafinadas de Liam. O refrão de “Lyla” foi praticamente assassinado. Simplesmente não há mais a força necessária nos vocais para as canções mais antigas – e não seria demérito algum baixar o tom delas. O show vai se arrastando até Noel assumir os microfones pela primeira vez, em “Waiting for the Rapture”, com aquele ar blasé característico e “Masterplan”, quase hipnótica.
Quando tudo realmente parece que vai engrenar, Liam reassume os vocais e “Songbird” é cantada em coro pelo público presente. Já “Slide Away” traz aquela sensação de apreensão de volta, quase agonizante tamanho o “esforço” vocal realizado. Soa inacabada, capaz de satisfazer velhos fãs, mas com poucas, ou nenhuma chance de conquistar novos.
De uma maneira geral, ao vivo a postura continua a mesma. Estáticos, uma música atrás da outra, pouquíssimas conversas. Mesmo assim, ainda conseguem empolgar: um palco gigante e simples, poucos efeitos, disposição para cantar canções “clássicas”… Afinal do que mais um bom show de rock precisa para agradar seus fãs? De novidade, apenas Chris Sharrock na bateria, que cumpre muito bem seu papel e não deixa saudades de Zak Starkey.
“Morning Glory” é, infelizmente, o único grande momento de Liam. É quando você lembra que o Oasis um dia teve aquela vontade interior de fazer algo com algum significado e conseguiu, seja ele qual fosse. Talvez pese o fato de o som da banda ser essencialmente voltado para o passado; o que pensando melhor é algo bom, pois quando tentaram soar “jovens” em “Standing On The Shoulder Of Giants” acabaram como tiozinhos tentando parecer cool e descolados.
Há uma ligação tão forte entre o público e as canções clássicas que é impossível passar despercebida. Elas causam uma sensação que faz você se sentir bem e isso não acontece todos os dias. Funciona mais ou menos assim; não é você quem escolhe uma música, é ela quem te escolhe. De repente, você não consegue mais viver sem ela – e você pode acreditar, “Wonderwall” ainda é capaz de proporcionar momentos pra lá de bacanas. “Supersonic” fecha a primeira parte da apresentação. Arrogante e divertida como sempre conseguiu ser.
Na volta para o bis, Noel consegue conciliar técnica e energia de uma forma quase única em “Don’t Look Back In”; provando que sabe como poucos fazer grandes composições sem que elas percam sua simplicidade. “Falling Down” traz um pouco de esperança, provavelmente o Oasis, ou Noel, tenha conseguido envelhecer com dignidade. “I am The Walrus” – “roubando” o lugar de “Live Forever” – fecha a apresentação.
O show acaba e você tem certeza que faltou alguma coisa. Só não consegue saber o quê. E tem certeza que o tempo comprovou que Noel é sim a força que move o Oasis, afinal ele compôs grande parte das músicas, dita o ritmo do show mesmo que discretamente, isolado no canto direito do palco. E definitivamente, como um conjunto, mesmo que por poucos minutos, voltam a serem grandes quando o guitarrista assume os vocais. Pena que não é durante todo o show…
Mais fotos de Silvio Tanaka: http://www.flickr.com/photos/tanaka
Leia também:
– “Dig Out Your Soul”, do Oasis, por Marcelo Costa (aqui)
– Oasis ao vivo no Rock In Rio III, por Marcelo Costa (aqui)
Fui no show do Radiohead e fikei com vontade de ir nesse, mas acho que fiz bem não indo, o Radiohead me deixou “mal acostumado” com a qualidade, certamente eu sairia frustrado desse show. A entrega dos musicos do Radiohead são coisa de outra planeta ou mesmo Supernova.
Gostei do show apesar do som estar baixo. Nessas horas que lamento nao pagar a area vip. Duvido que estivesse ruim la. Mas gostei bastante do show.
uau , muito boa as duas criticas , parabéns Marcelo e Murilo , vocês conseguiram fazer uma resenha que é bastante realista sem prescisar esculachar a banda hehehe
Desde sempre o Oasis foi uma banda polêmica e hoje mais do que nunca eles dividem opiniões , até por que desde 2000 eles lançam discos irregulares e falam muita besteira na imprensa , distorcendo a imagem do grupo , principalmente em relação aos jovens que ainda não sabem da importância deles na história do rock.
A grande força que ainda faz a banda ser cultuada apaixonadamente por muitos é o Definitely Maybe e o Morning Glory , esses discos causaram e ainda causam um impacto tão grande , tão intenso que chega ser dificil pra muitas bandas novas chegarem perto do que o Oasis fez.
Dinossauros soltavam fogo pelas ventas? Então eram dragões…
Deixa o meu dinossauro, Andy!!! (hehe). Valeu pela correção!
Eu sempre achei oasis banda de estúdio. nunca gostei da postura estática do vocalista. não gosto do tipo blasé. me acostumei com michael stipe, iggy pop, bono, eddie vedder, renato russo (esse então, continua insuperável junto com stipe).
realmente não dá pra ser blasé no palco com aquela voz cagada do Liam.
Liam sempre se comportou assim no palco, o que não gera ese tipo de ‘espanto’ por parte dos fãs. Quanto ao Radiohead, não há como comparar com Oasis, sendo que a segunda banda é de rock’n’roll e a segunda, experimental. Assiti ao show do Radiohead e tive vontade de dormir em alguns momentos. É o tipo de show que só deixa seus fãs 100% felizes mesmo.
Ao vivo, o Oasis é uma decepção. Vi uma vez. Enough.
A guitarra do Noel é fraquinha, abafada e disfarçada por um instrumental ruidoso. Liam tem lá seu estilo, mas sua voz é pequenina (embora, vá lá, mereça o errezinho de marca registrada). O resto, na falta de uma definição melhor, é resto. O repertório é bom, mas não excelente. Se fossem tocar apenas as melhores músicas, o show duraria uns 50 minutos.
Mas o que me chamou a atenção foi outra coisa. Num dos textos, li 4 letrinhas e 1 número. O que será que elas faziam num comentário sobre um show do Oasis no Brasil? Aí não dá para ficar calado. Como sou chato e gosto de uma boa discussão, a ela portanto.
Primeiro:
Tentar comparar Oasis com Radiohead e Pearl Jam, mesmo que subliminarmente, tudo bem. Dá uma briga boa mesmo. Descontados perfis e detalhes técnicos, são bandas de mesmo nível de relevância. O Radiohead ainda tem uma vantagem: o famoso benefício da dúvida. Eles ainda podem subir alguns degraus nessa escala se desistirem de ser bundões.
Segundo e mais importante:
U2 e REM estão andares, edifícios acima dessas três bandas. Não cabe comparação. Não cabe sequer menção. Em relação ao U2, não dá nem para começar a conversa; seria tedioso para mim e constrangedor para fanáticos por Oasis. Com o REM, quase a mesma coisa. Mesmo com três patas, eles impõem muito mais respeito que pitbullzinhos como Noel e Liam.
Bem… poderia dizer mais, mas me falta ânimo. Como falta ao Oasis atualmente.
P.S’s:
1) Parabéns ao Marcelo Costa pelo bom texto. É bem isso mesmo. Só discordo quanto ao “discaço” Dig Out Your Soul.
2) Que merda, hein, Marcelo Costa! Tá mal de correspondente, hein, bicho? Como deve ser brodagem, tudo bem, tudo bem…
Assiti ao show do Oasis pelo canal Multishow e achei muito bom, não foi sonolento que nem o Radiohead, mas tbm não foi tão animador assim, dizem que o show de São Paulo foi melhor.
Noel infelizmente pareçeu estar mais velho, cansado e chateado durante todo o show, ja o Liam mostrou grande empolgação, gostei dele, sua postura de “mãos para tras corpo encurvado e goste de mim se quiser” ja virou uma marca dele, isso nem incomoda mais, eles sempre foram paradões mesmo e nem precisam ficar pulando no palco pra chamar atenção, para o bem ou para o mal.
Pow REM e principalmente U2 ao vivo são outro papo, eles são magnificos, assisti ao Zoo TV DVD e ninguem bate aquele show, so não gosto de algumas afetações do Bono, principalmente naquele show que fizeram no Brasil em 2006 cheio de frescurasde Coexist, salve Africa e tal.
Concordo com Dig Out Your Soul ser um discaço, foi um dos melhores que ouvi ano passado.
O Oasis fica para depois, nao da para sair daqui para ver o show deles. No mais, a banda fez um otimo disco mesmo ano passado e funciona melhor em estudio.
🙂
Eu sou fã do Radiohead e do Oasis, as vezes mais fã do Oasis, mas não tem comparar mesmo o show deles com a turma do Thom Yorke, como citado pela Amanda, em alguns momentos do show do Radiohead dá sono, principalmente quando tocam The gloaming, mas o que põe eles na frente do Oasis, é sua entrega no palco e sua mudanças no set list, durante toda turne do In Rainbows, a banda não repetiu o seu set list nenhuma vez, todo show parece é algo “novo”, inesperado, já o Oasis é mesmo coisa, igual ao que o Marcelo disse.
Sono com the gloaming? Acho que a diferença – e isso inevitavelmente soa pedante – é que Radiohead captura o modo mental contemporâneo, visita as partes mais bizarras e contraditórias dele, tortura-o, leva-o à máxima auto-consciência, quase sempre para nos retirar da nossa zona de conforto ilusória e nos fazer sentir algo que por um breve momento não seja convencional, condicionado. É música reflexiva – daí no Kid A eles praticamente abandonarem as letras tradicionais – porque a música em si já comunicava: acrescentar um eu convencional discursivo seria redundância.
Já o Oasis é festa – uma celebração sarcástica da postura rock’n’roll convencional: cigarretes and alcohol. Sarcástica, mas também conivente (o Oasis, e isso é claro para todo mundo, é paródia de si mesmo: provavelmente por isso o Noel anda chateado).
Um prende-se ao presente, esforça-se para descondicionar-se e encontrar algo real; o outro cria um mundo à parte – um mundo de convenções.
Para se entender isso na prática, basta andar no metrô de SP ouvindo Radiohead. Soa como a trilha sonora mesmo da metrópole hoje. Já se se escuta Oasis, ou a maioria das bandas por aí, não há conexão evidente.
Enfim. Queria ter ido ao show do Oasis. É das minhas preferidas.
Bons e sinceros reviews (como sempre).
E como sempre também, sempre tem um espertão que comenta achando que é colunista ou que deveria estar no lugar do colunista. E olha que para se criar um blog não precisa-se de muito. Até onde eu sei, é de graça. Então não é defender A ou B, é ser sincero.
Quem acha fraca as resenhas, que faça igual ou melhor; comece montando um Blog, por exemplo.
Valeu Mac – assisti o show aqui em Curitiba e mais: consegui autografo com todos os membros da banda no meu Epiphone e no baixo Giannini do meu irmão.
Telesônica armada!
Abraço!
myspace.com/telesonica
Ah. Vale menção outra coisa…
o trabalho do Jay (ex-Kula Shaker), tecladista.
Sinceramente, não dá pra imaginar Oasis sem ele.
Imagine as músicas do show, como por exemplo, Masterplan, sem o Background do “Jesus” como o Noel referiu.
Seu trabalho é extremamente perceptível para quem acompanha ao vivo. Claro, que acha que a banda são só dois, geralmente não percebe isso, mas olha.. tira o Jay da banda pra vc ver…
E o cara é ex-Kula Shaker né Mac? Competentíssimo. Além de ser o mais gente boa: qdo assinou o violão e o baixo, assinou bem no cantinho de ambos. Indaguei pq… e ele respondeu que assim, tinha mais espaço para “as estrelas”.
Sacas?
Abração!
É verdade. Este pessoal na qual vc se referiu de “chupa-paus” diz respeito a uma turma que geralmente concorda com o que fora dito e reconhece o trabalho realizado pelo autor. “Taxação” é normal mesmo.
O duro é qdo aparecem espertões querendo criticar (o que é absolutamente plausível) sem acrescentar. Se não souber varrer, não pega no “pau” da vassoura…
Então quer dizer que além de críticas construtivas, alguns ainda querem “comentadores” construtivos.
Entendo perfeitamente, Pollyanna. Criaríamos assim uma grande “corrente do bem”, bem ao molde daquele filminho que você deve adorar. Talvez assim você e sua banda contem com a benevolência de alguns, não é mesmo? Uma criticazinha amigável no SY é sempre bem-vinda, fala aí! E se, além disso, ainda rolar umas entradinhas pra show, melhor ainda, né não?
Só que, Pollyanna, entenda: há uma coisa chamada DEMOCRACIA, que permite a todos escreverem e se manifestarem como bem entenderem. E há outra coisa, não menos importante, chamada INDIVIDUALIDADE, que permite a todos terem seus gostos e suas opiniões.
Minhas opiniões incomodam você e mais meia dúzia? Tente imaginar minha cara de quem está preocupado com isso. Não sou jornalista, Pollyanna. Meu tutuzinho vem de outro lugar. Também não sou músico. Não preciso fazer média com ninguém.
Ademais, é com tanta “construtividade” que se constrói uma cenário musical bocó como o nosso. Onde algo como Móveis Coloniais de Acaju é tida como “grande banda”. Tudo bem. São coisas da democracia. São opções da individualidade.
Quer uma “crítica construtiva”? Troque seu nome artístico e o nome da sua banda. De Herberthys e Sonics, o mundo já está cheio. De imitações xexelentas de Los Hermanos, também. Quer uma opinião que “acrescente”? Chame sua banda de “Pollyanna”.
Eita, Fabrizzio, bateu recordes de babaquice agora, hein. 🙂
Individualidade é sim algo sensacional, mas pensamentos rasteiros e levianos são uma grande merda. Só nos basta rir. 🙂
Mac, nao seui como voce aguenta
Então, é difícil lutar contra o pensamento médio. Se o cara quer acreditar em críticas amigáveis e troca de favores, fazer o que? Um cara pode ser assassinado se levantar bandeira de honesto nesse país (risos). No entanto, o Scream sempre se caracterizou por ser um lugar em que quase todo mundo fala daquilo que gosta (e eu gosto de Oasis, muito embora o texto acima não tenha sido amigável), já que o Scream é lo-fi total, o que não quer dizer que a gente vá amaciar por medo, susto ou gosto. Porém, sempre vai ter alguém que acredita de verdade nesse lance de “crítica amigável, entradinhas pra show e fazer média”, por mais rasteiro que seja esse pensamento. Pois é difícil demais aceitar que o cara que escreveu acha mesmo o Móveis Coloniais uma grande banda (no que eu concordo). Esse mesmo cara provavelmente vai escrever sobre o disco do Do Amor, e pode ter certeza que vai elogiar. Eu não gosto deles (talvez até mude de idéia ouvindo o disco, mas acho o show chaaaato), mas nem por isso vou dizer que o cara está fazendo média. Ele simplesmente bateu sei lá quantos mil toques falando sobre isso pq gosta e acredita, e eu não sou o dono da verdade suprema. As pessoas vão ler, talvez vão baixar e ouvir, concordar ou discordar. A gente não precisa fazer média com ninguém, mas isso é completamente intangível. E é o tipo de coisa que diz mais sobre a pessoa que fala do que necessariamente daquilo que ela falou.
Meu bom e honesto Mac, os recordes estão aí para serem batidos.
Quem disse que minhas imodestas opiniões são para serem levadas a sério? São rasteiras e levianas, sim. Você tem toda a razão. Só não são muito menos rasteiras que algumas outras babaquices que leio às vezes neste site. A diferença é que não dá nem para rir. “Então por você continua entrando aqui?” Sei lá, boa pergunta. Basicamente, para me informar. De vez em quando, até deixo um postzinho minimamente articulado. Se um ou outro trouxa se incomoda, paciência. Que peçam para você bloquear.
E já que falamos em trouxas e coisas rasteiras, achei interessante o comentário do Zavie. É instigante como alguns moluscos estão sempre prontos a sair de suas conchinhas para se fazer notar. Se for para se fazer notar, que seja homem, não uma lesma. Ou que pelo menos diga alguma coisa interessante. Mas isso deve ser difícil para um celomado rastejante.
No mais, eu não duvido da idoneidade dos textos do SY. Me parece nítido que você é um cara bem intencionado. Só acho que estão faltando critério, bom senso e bom gosto em muitos dos textos. Por outro lado, sobram afetação e babação. É de franzir a testa. Agora, o que eu acho, sinceramente, não tem a menor importância. É só mais uma opinião rasteira e leviana, que não deve, claro, ser levada a sério.
Ainda bem, pois se a gente for levar a sério todas as opiniões – positivas e negativas, rasteiras e levianas – do mundo não vive.
Já a critíca da “falta de critério, bom senso e bom gosto” é algo que deve ser atribuida ao site em todos os seus nove anos, já que tudo que é (e foi) publicado aqui passa (e passou) pelo meu crivo. E vou te dizer que o tempo não fez tão bem ao meu humor, pois sou mais ranzinza hoje do que nove anos atrás.
Porém, cada um enxerga o mundo com as ferramentas históricas que cultivou em toda a sua vida. De repente, pela sua história, tudo é afetação e babação. Pra mim, não. E necessariamente nenhum dos dois está errado. O problema é desvalorizar a opinião do outro sem base ou crítica. As minhas opiniões estão expostas em cada texto que escrevo, que servem apenas para mostrar uma visão do mundo, a minha. Alguns concordam. Outros discordam. E a vida segue.
Idoneidade? Eu durmo tranquilo, e isso basta. Mas se alguém for atrás de alguma das coisas que a gente fala aqui, e gostar, valeu o dia. Eu já fui atrás de muita coisa que li, e algumas delas não gostei. Mas as coisas que gostei valeram muito a pena. A gente já fez muito disso aqui, mas não dá para agradar todo mundo. Felizmente.
Hahahahaha.
Demoro Fabrizzio, monta um blog cara. Nao gaste todas as suas energias aqui.
E valeu pela dica sobre minha banda (aliás, não só comento sobre música como tb executo música – se agrada ou não aí é outros “quinhentos”). Ela diz muito sobre sua pessoa.
De qlq forma fica a máxima do Zappa e derivado: música geralmente diz respeito ao músico, por mais amador que ele seja.
Como ponho minha cara pra bater e tenho uma banda, concordo com ele.
Mas sério, monte um blog. Direcione a sua “babaquice” (como se referiu o Mac – e tb concordo com ele) neste setor. Tenho certeza que toda essa sua vontade de escrever rendera frutos e adeptos.
Um abraço!
Meu caro comentarista e executor musical
(ou será que posso te chamar de Pollyanna?),
Blog? Agradeço a sugestão, mas já tenho mulher, filha e trabalho para cuidar. Minhas energias estão bem gastas nestas atividades. E depois, a única pretensão que tenho ao escrever aqui é me divertir. Se alguém ri ou se incomoda, tanto melhor.
E outra: para quê blog, se posso, aqui e alhures, falar e até interagir com uma galerinha maior e mais selecionada? Como você mesmo disse, sou um espertão. Se o Marcelo Costa, que é dono do site, não se incomoda com minha suposta esperteza, por que eu me incomodaria?
Vontade de escrever? Frutos? Adeptos? Não me dê mais crédito do que eu mereço, Pollyanna.
Abr.
E o fabrizzio continua na sua ardua saga “Sou mala e daí?” . Divertido isso.
Eu jurei que ia ficar quietinho 🙂 Porque na verdade, a história pouco me importava. Mas como o próprio cidadão em questão deu corda e acabou se enforcando…
Enfim, é uma questão de raciocínio lógico:
“2) Que merda, hein, Marcelo Costa! Tá mal de correspondente, hein, bicho? Como deve ser brodagem, tudo bem, tudo bem…”
Uma pessoa leva 9, 10 anos para construir toda sua credibilidade (e acredite, nesse caso, ela não é nenhum pouco pequena); mantém um site que milhares de pessoas – inclusive, você – buscam e usam como referência…
Tu, em algum momento, acha que ele ia arriscar isso por pura “brodagem”? =)
Subestimar inteligência alheia é bobagem né não!?
Deixa de ser besta rapá. E procure o que fazer. Abraço 🙂
Murilo Basso,
Desculpe pelo trocadilho (que você deve ouvir desde criança), mas deixe de ser cabaço, cara.
O quê uma coisa tem a ver com outra? Você leu o que escreveu? Aposto que não. Erro típico de analfabetos funcionais, que não sabem estruturar um raciocínio, por mais simples que seja. Nada pessoal. Só não tenho paciência para gente bronca. Mas vamos lá.
Rapaz: pequenos atos de brodagem (ou amizade, que seja), existam ou não, não desmerecem o teor crítico nem a credibilidade de ninguém. E se você não tem desenvoltura mental para entender ironias/sarcasmos, não me culpe por isso.
Entendeu? Não? Entendo…
Então mostre em que momento eu acusei alguém do que quer que fosse. Vai lá, eu espero.
Ou quer um tempo para pensar e formular outro post? Belezura… eu espero também.
Mas não vou responder, ok? Você é chucro demais para merecer isso.
Vá ler um livro, vai… Pode até ser “Pollyanna”.
Abraço pra você também.
(o quê a boa educação não me obriga a fazer…)
Aqui nesse palco o fabrizzio reafirma pra ele mesmo “pô sou inteligente, discuto com o Marcelo Costa”. kkkkkkk. Mac carregue essa cruz aí!
É isso aí, Leno…
Fico feliz vendo você comentar meus comentários. Sinal que você acompanha com afinco. Ótimo. Assim, quem sabe, talvez até você aprenda alguma coisa. A se expressar com alguma decência, de repente.
Sinceramente? Acho difícil. Desde que tenho o desprazer de ler seus posts aqui (sou masoquista, bem sei), não vejo melhora alguma. São sempre as mesmas asneiras. Sempre aquele pseuso-pseuso-pseuso-pseuso-pseuso-pseuso-pseuso-intelectualismo paupérrimo. É uma tristeza. Tudo bem, eu confesso: até me divirto. A natureza humana é algo interassantíssimo, de fato.
Mas quer saber? Vale a pena tentar melhorar. Sempre vale. Vá em frente. Acredite. Um dia, com muito esforço e muita sorte, você chega lá.
KKKKKK para você também.
Nossa fabrizzio tanto rancor. sabe, discutir com vc pra q?? vc é um ogro meu filho. Vc pode falar a coisa mais interessante do mundo (acho dificil) e mesmo assim, soa SOFRIVEL. Sabe pq eu leio oq vc diz???? sabe???? é pra eu ri depois!
falow mano.
fabrizzio:
“…o que eu acho, sinceramente, não tem a menor importância. É só mais uma opinião rasteira e leviana, que não deve, claro, ser levada a sério…”.
Falou, está falado.
Pelo menos está casado, o que é bacana. Se vc não achou a esposa na zona (o que tratando da sua pessoa e análises – não é uma hipótese a ser descartada), não morre sozinho. Heehehehe.
Abraço!
o oasis e perfeito e dificio falar mao dos carinhas a inglatera ama eles eu estive la em londres onde o oasis e religiao entao. analise ben antes de falar. de umas das bandas mais inportantes do reino unido. aaaa e o oasis e melhor que o rediohead muito mais e brincadeira compara 100% oasis valeu porra……………………………….
Passei só para discordar do fabrizzio… u2 está uma merda há anos, não faz uma música boa desde 1999 e um disco bom desde os anos 80, fora que, ao vivo, nunca gostei
bundão por bundão, estão iguais ao Radiohead e os remanescentes do Oasis [Beady Eye e Noel] nesse sentido
ps.: só agora li os outros comentário, que babaca…