Por Marcelo Costa
Três bandas lendarias do rock retornam com um álbum ao vivo, uma coletânea e um bom álbum de inéditas.
“4:13 Dream”, The Cure (Universal)
Com o escudeiro Porl Thompson retornado ao grupo após 14 anos, Robert Smith cogitou um álbum duplo, mas optou por um bom grupo canções que ora soam tempestuosas (“Underneath The Stars” e “Siren Song” remetem ao clima de “Disintegration”), ora calmas (“The Only One” e “The Perfect Boy” são fase “The Top”/”Head on The Door”). O single “Freakshow”, de guitarrinha envenenada e baixo denso, e as enlouquecidas “The Scream” e “It’s Over” impressionam. Não é um clássico, mas faz bonito na discografia da banda.
Nota: 7
“Live At Shea Stadium”, The Clash (Sony & BMG)
Sintomático que o maior nome do punk fosse apenas a banda de abertura de uma lenda do rock, o Who. “Live At Shea Stadium” não é um “Live At Leeds”, mas transpira emoção. “Spanish Bombs”, “Police on My Back”, “Clampdown” e “Tommy Gun” são retratos de uma noite clássica de rock (e reggaes, vide “Guns of Brixton”). O encarte traz fotos de Bob Gruen, Don Letts filmou o show e Glyn Jones produziu o áudio. O punk nunca imaginou chegar aqui. Meses depois a banda desintegrou-se. A História estava escrita.
Nota: 8
Leia também: Discografia comentada do Clash, por Marcelo Costa (aqui)
“The Sound of Smiths”, The Smiths (Warner)
A mais extensa coletânea (45 faixas) dedicada ao grupo de Morrissey e Marr coloca ao lado daquelas canções que você já decorou (e são taaaantas) alguns b-sides inéditos em CDs oficiais como as bonitas “Jeane” e “Wonderful Woman”, a instrumental “Money Changes Everything”, versões ao vivo de “Handsome Devil” (no lendário Hacienda), “Meat Is Murder” e “What’s The World?”, e “Pretty Girls Make Grave” retirada da famosa Troy Tate Demo. Pegue os CDs “Singles” e os “Best 1 e 2” e presenteie um amigo.
Nota: 9
Leia também: Morrissey ao vivo em Benicassim, por Marcelo Costa (aqui)
mac, comprei no site da mute – mutebank, uma caixa com os primeiros 10 singles 7″ dos smiths + 2 outros 7″, chamada singles box; cara, como eu tenho saudade de ter uma banda como os smiths por perto…
abraços do sul.
Putz, já peguei essa caixinha nas mãos! Estou me contendo com essa febre de volta do vinil, sabe, mas que ela é um tremendo de um quitute, ah é!
Abração
só tenho comprado vinis muito selecionados e do que eu gosto muito, tipo nick cave, tom waits, smiths, neil young… na verdade acho mais legal do que realmente bom – explico: o vinil pesado é legal e bonito, as capas são legais e bem produzidas; outra coisa legal são os vinis coloridos ou os picture discs: a trilha do juno é laranja, tenho dois 7″ do nick cave, um vermelho e um prata, tem a edição de 50 anos do kind of blue que é, bem, azul; comprei um picture disc do disco da banana, que tem a banana rosa sobre vinil branco…
enfim, acho legal prá car**** de ver e tocar, mas na hora de ouvir, me dá um “let down”… ainda prefiro os cds… não sei se estou errado, todo mundo diz o contrário, mas prefiro o som do cd!
a caixinha dos smiths, realmente, é um t****, tem um poster legal com todas as capas dos singles…
ao fim e ao cabo, apenas mais uma maneira de me vender de novo o que eu já tinha comprado outras vezes antes.
Abraço.
vendo Chevette 1980
Ae Marcelo, que tal colocar The Cure naquela seção de Discografia Comentada, conheço muito pouco deles, gostaria da sua opnião sobre os albums do Cure pra ter uma ideia. Seria uma boa ideia.
Uma boa, hein! Deixa sobrar um tempinho que começo!
Desse pódio, o Cure já me interessou bem mais. O mesmo não posso dizer das outras duas bandas. Venero The Smiths e The Clash desde sempre! E com relação a estes últimos, para além desse “Live at Shea Stadium” que escreveu uma boa passagem da História do punk, há ainda outra novidade: o antigo guitarrista Mick Jones está fornecendo uma colecção pessoal de memorabilia para o Chelsea Space, em Londres. Vale bem a pena ler sobre os detalhes e aproveitar para checkar a foto atual do cara – meio assustador, hein?
http://cotonete.clix.pt/quiosque/noticias/body.aspx?id=42368