por Marcelo Costa
“Anywhere I Lay My Head”, Scarlett Johansson (ATCO)
Atores que se arriscam na música são comuns no showbusiness (o contrário também), e em 90% dos casos o resultado é irregular. Scarlett, infelizmente, não é uma exceção. Ela fez direitinho a tarefa de casa: escolheu músicas de um compositor respeitado (Tom Waits) e cercou-se de pessoas de renome (David Andrew Sitek, do TV on the Radio; Nick Zinner, do Yeah Yeah Yeahs; e David Bowie), mas sua voz, pálida e fraca, não justificaria nem um single, quiçá um álbum. Como cantora, Scarlett é uma boa atriz…
Preço em média: R$ 50 (importado)
Nota: 1
“Hard Candy”, Madonna (Warner)
Aos 50 anos (a serem completados em agosto), ela viu nascerem dezenas de “filhas”, e até beijou na boca a mais famosa (incesto é tão Madonna), mas continua dando as cartas no mundo pop. Seu 11º álbum choca hip hop (via Timbaland e Pharrell) com dance, e mesmo não tendo uma canção fenomenal como “Music” (esqueçam os clássicos), quebra um galho em “4 Minutes”, “Candy Shop” e, humm, “Give It 2 Me”. Enche o saco ali pelo meio, mas é só deletar uns três MP3 e tudo bem. Não afasta o tédio, mas diminui.
Preço em média: R$ 39 (nacional)
Nota: 5
“The Frozen Borderline 1968-1970”, Nico (Rhino/WEA)
Christa Päffgen (que Warhol batizou como Nico) manteve pós-Velvet Underground (o clássico “disco da banana”) uma carreira errática de álbuns aterrorizantemente tristes. “The Frozen Borderline” reúne duas pequenas obras primas de medo, terror e perda (os folk góticos “The Marble Index” e “Desertshore”) acrescentando 17 bônus entre faixas demo e outtakes totalizando mais de 30 canções gélidas que podem congelar lágrimas, corações e até mesmo vodka. Proibido para candidatos a suicida e amantes desesperados.
Preço em média: R$ 80 (importado)
Nota: 10
Minha cantora predileta é Marianne Faithfull, mas apesar de “aterrorizantemente triste”, Nico é única, eu acho. Tenho o The Frozen Borderline, e para os que se iniciam na cultura gótica preparem-se. Ou melhor continuarem mesmo com “Lacrimosas”, “Nightwishs” e “Evanescences” da vida.
alguém falou de sacanagem pra scarlett johansson q ela tava mandando muito naquele karaoke do ‘lost in translation’ e ela acreditou,,,
Oi Mac.
Me perdoe por constar um comentário aqui, sendo que nada a ver, mas, não disponho de outro meio e achei interessante falar contigo a respeito disto, já que vc é um excelente comentarista e conhecedor de grupos e músicas.
Ontem lí aqui no Ig, sobre uma jovem que se suicidou aos treze anos e…os pais alegam que ela curtia alguns grupos “emo”, me lembro que um deles é My Chemical Romance.
Eu amo as músicas desse grupo, bom…pelo menos o cd que contém a música “Desert Song” que amo de paixão, realmente ela é meio tristonha, já procurei traduzi-la e tem mesmo um contexto que nos chama ” à “luta”,
mas…a mocinha foi bem fundo, heim???
Pena, né? ter no mundo pessoas que se deixam levar tão facilmente por interpretações errôneas e/ou grupos tão bons qto ao Chemical (na minha opinião,bem entendido) levar jovens a ter tal atitude. Espero que não seja assim tão fácil jogar a culpa sobre esse grupo ou sobre tantos outros que sempre acabam ficando em evidência, porque pessoas educada com base de muito carinho e amor, dificilmente encontrarão motivos pra se suicidarem por gostarem de ouvir e curtirem alguns de grupos musicais.
Bem…é só isso, eu só quis dizer, me perdoe mais uma vez!
Disco fraquinho mesmo esse da Scarlett. Vou atras da Nico. Abs.
Olá! Estava eu a passear pela net e acabei encontrando seu blog.
Por sinal muito interessante.
És brasileiro ou argentino?
Um forte abraço e uma ótima semana.
Fiquei empolgadissima com o CD da Nico, mas depois de ler a última frase do comentário, acho que vou ter que esperar!!!
Beijos e continue sempre assim.
A Nico realmente mereceu a nota 10.