Top Ten Shows Internacionais (até 2007)

por Marcelo Costa

Texto originalmente publicado na coluna Revolution, no iG, em novembro de 2007

Dias atrás, para justificar meu descontentamento com a fraca temporada de shows deste ano (em comparação com a fartura de anos anteriores), fiz uma listinha com os melhores shows que vi em minha vida, respondendo a um comentário de um leitor, meio como dizendo: “Não sou eu que sou chato, os shows deste ano é que estão muito fracos”. A listinha foi feita em cima da hora, na correria, mas quem leva cultura pop a sério não deve (e não pode) fazer qualquer lista despretensiosamente. A consciência pesa.

E foi assim: acordei na madrugada do mesmo dia em que fiz a primeira lista decidido a fazer uma definitiva. E fiz. Era para ser um Top 10, virou um Top 20, depois um Top 25, um Top 30 e por fim um Top 50, ou melhor, dois Top 50: um nacional e um internacional. Não foi tarefa fácil. Por fim acabei incluindo mais dois Top 10 (isso não tem fim! – risos): um dos shows que criei muita expectativa, e me frustrei; outro com os shows que eu queria ter visto, mas, por algum motivo, perdi. A lista completa (com 100 shows, incluindo os perdidos), pode ser conferida aqui, mas nas próximas quatro semanas vou resgatar na memória pensamentos sobre cada Top Ten, e publicar aqui.

Atualização (08/2015): fiz uma nova lista com 25 shows entre 2005 e 2015. Confira aqui

Pra começar, a lista internacional. E a pergunta: para você, leitor, qual foi o melhor show gringo que você viu na vida?

Top 10 Internacional

01) R.E.M. no Rock in Rio, Rio de Janeiro (2001)

Não basta admirar um artista para que ele seja responsável pelo melhor show que você viu na vida. É uma pequena conjunção de fatores que torna um show algo especial. Particularmente, admiro (muito) e já vi ao vivo gente como Brian Wilson, Patti Smith, Neil Young e Echo & The Bunnymen, e apesar deles terem feito grandes shows, nenhum deles está neste Top Ten pessoal. É um preâmbulo necessário para evitar comentários óbvios tipo “esse é o seu show preferido porque você é fã da banda”. Nem sempre as bandas que mais admiramos são aquelas que fazem os melhores shows de nossas vidas. Às vezes são os piores… Não é o caso do R.E.M. no Rock In Rio 3. O show aconteceu no segundo dia do festival, num sábado, e estava cercado de expectativas. Quando recebi no meio da tarde o set list que a banda iria apresentar mais à noite, fiquei impressionado: era impossível que eles fizessem um show ruim com aquele repertório. O trio havia selecionado um repertório best of para seu show no Brasil, que viria a se tornar o maior público para o qual a banda já tinha se apresentado. Assim que o Foo Fighters encerrou sua apresentação, tratei de arrumar um lugar na “fila do gargarejo” para presenciar o show. E foi… inesquecível. Michael Stipe estava visivelmente emocionado. O som – que havia derrubado Beck e Foo Fighters – começou ruim, com o baixo à frente dos outros instrumentos, mas em três músicas já estava tudo ok. Daí vieram clássico atrás de clássico: “Fall On Me”, “Stand”, “So Central Rain”, “Daysleeper”, “At My Most Beautiful”, “The One I Love”, “Man on The Moon”, “Everbody Hurts”? Até hoje em dia, quando ouço o CD com o áudio do show, me arrepio quando Peter Buck dispara no bandolim o riff inconfundível de “Losing My Religion”, e ouve-se a massa vibrando (imagine 150 mil pessoas atrás de você gritando insanamente quando ouvem uma das músicas mais lindas já escritas na música pop). No final, “It’s The End” embebida em microfonia e Michael Stipe repetindo “and i fell fine” sem querer sair do palco. Antológico, clássico e inesquecível.

02) Page e Plant no Hollywood Rock, São Paulo (1996)

Eu ainda morava em Taubaté, e só consegui ir a esse show porque ganhei o convite em uma promoção do Estadão. O lance era mais ou menos o seguinte: os sorteados se encontravam às 16h na porta do jornal, e um ônibus fretado levaria a turma toda para o estádio do Pacaembu. Claro que a maioria dos ganhadores chegou mais cedo, e a turma foi se conhecendo enquanto biritava num boteco ao lado. Na hora de ir pro estádio todo mundo já se tratava como amigo de infância. Jimmy Page e Robert Plant chegavam ao Brasil para divulgar o álbum “No Quarter”, baseado em canções do Led Zeppelin e algumas faixas novas. Ao vivo, o repertório do disco que trazia “Kashmir”, “The Battle of Evermore”, “That’s The Way” e “Thank You”, entre outras, recebeu o acréscimo de clássicos como “Imigrant Song” (que abriu a noite), “Heartbreaker”, “The Song Remains The Same”, “Whole Lotta Love” (com Plant inserindo “Light My Fire” e “Break On Throught” do Doors no meio), “Black Dog” e, mama mia, “Rock’n’Roll”. Além de Robert Plant engasgando para cantar o trecho rápido de “Going To California”, o que permaneceu mais fresco na memória foi o seguinte: após uma versão densa de vários violões para “Gallows Pole”, o palco fica completamente escuro. Permanece assim durante cerca de uns 50 segundos. De repente, as luzes do estádio inteiro se apagam. E surge, cortando a escuridão, o riff poderoso do blues “Since I’ve Been Loving You”. Nada mais a declarar sobre esse show…

03) Elvis Costello no Tom Brasil, São Paulo (2005)

Um show de Elvis Costello no currículo é muito pouco para se falar dele ao vivo. Na verdade, para se falar de um show de Costello e banda é preciso ver, ao menos, quatro apresentações, sendo que em cada uma você fica concentrado em apenas um dos músicos. Ao vivo, ele é acompanhado pelo grupo The Imposters, uma versão atualizada dos Attractions, que como única mudança traz o excelente baixista Davey Faragher no lugar de Bruce Thomas. O baterista Pete Thomas e o tecladista e mago do theremin Steve Nieve estão com Costello desde o início dos tempos. A banda é tão coesa que fica difícil não se prender a uma linha de baixo por meio minuto para logo em seguida descobrir que Nieve está fazendo alguma maluquice nos teclados ou que o próprio Costello está brincando de guitar hero. O instrumental é tão poderoso que dá vontade de ver o mesmo show várias vezes, para ir colhendo detalhes que possam ter passado despercebidos em uma primeira audição. Costello entregou ao público paulista seu suor, seu melhor repertório em uma execução primorosa. Música da noite: uma versão extensa e violentamente crua de “I Want You”, com citações de U2 (“Ever Better The Real Thing”) e Beatles (“Happiness Is A Warm Gun”).

04) Morrissey no Personal Fest, Buenos Aires (2004)

Antes de abrir a boca, Morrissey reuniu o grupo na frente do público e se curvou em sinal de agradecimento. Suas quatro primeiras palavras: “Cry for me, Argentina”. O local foi ao delírio. Vestido de reverendo, (uma roupa toda preta com um pequeno detalhe branco na gola), Morrissey arrasou com cinismo, clássicos dos Smiths e extremo bom humor. O que dizer de um show cuja segunda música é “How Soon Is Now?”, a quinta é “Bigmouth Strikes Again” e a última (ou décima sexta, como quiseres), “There Is A Light That Never Goes Out”? Ah, teve “Everyday Is Like a Sunday” também…

05) Mercury Rev no Curitiba Rock Festival, Curitiba (2005)

Entre o público, pouca gente acreditava que Jonathan Donahue e sua turma conseguissem superar a perfeição indie do Weezer na noite anterior do Curitiba Rock Festival, mas a banda foi além: fez uma apresentação com momentos instrumentais impecáveis, imagens no telão (perfeitamente sincronizadas com as músicas) com citações que iam do filósofo prussiano Arthur Schopenhauer ao piloto norte-americano Michael Andretti; do cineasta Stanley Kubrick, passando por Vladimir Nabukov e Yuri Gagarin até chegar em E.T. e no Mestre Yoda. Inspiradíssimo, o vocalista Jonathan Donahue regeua banda como se fosse um maestro em uma orquestra, cuja batuta fora trocada por uma garrafa de vinho branco. No fim das contas, uma frase no telão resumiu tudo: “O mundo não é feito de átomos. É feito de histórias”. O Mercury Rev fez história em Curitiba.

06) The Cure no Ibirapuera, São Paulo (1987)

Meu único show internacional na década de 80, embora eu quisesse (e tivesse tentado) ver outros. A impressão, hoje, é que tudo foi maravilhoso, mesmo com o som estando prejudicado pela péssima acústica do local (embora qualquer acústica fosse melhor que a do TCC, local que abrigava todos os shows nacionais em Taubaté), muito devido ao fato de que era tudo novidade. Claro que não foi só isso. O Cure, quando aportou no Brasil em 87, era uma das maiores bandas do mundo. E Robert Smith estava de muito bom humor. Hoje é impossível cantar “In Between Days” sem soar nostálgico, mas, aos 17 anos, após perambular pela rua matando tempo para aguardar o metrô abrir e voltar pra casa (horas depois), a única coisa que eu conseguia pensar era em assoviar a canção infinitamente.

07) Lou Reed no Credicard Hall, São Paulo (2000)

Ele é aquilo mesmo que você imagina: jaqueta de couro, uma fender jogada elegantemente a sua frente, e um repertório de clássicos que não vão ser tocados no show. E mesmo assim é um show inesquecível. Ele enfia goela abaixo do público uma porção de canções novas – boas, mas sem o brilho das canções do Velvet e de sua carreira solo no início dos anos 70 – e quando você já não está conseguindo mastigar mais, ele saca do bolso “Sweet Jane”, “Dirty Boulevard” e “Perfect Day”, e enfia no meio uma anção nova com cheiro de velha, a bela “Baton Rouge”, e te faz ir sorrindo pra casa.

08) Beth Gibbons no Tim Festival, Rio de Janeiro (2003)

Beth Gibbons, só ela, é um show. A cantora agarra o microfone de um jeito que fica difícil imaginar alguém arrancá-lo de suas mãos. Ela mastiga cada palavra, sente cada sílaba, arrepia quando se encolhe junto ao microfone, parecendo se esconder. E isso acontece praticamente o tempo todo. Ela esbanja carisma tanto quanto timidez. A rotina é quase sempre a mesma. Ela desfia suas letras doloridas. Quando a letra abre espaço para a melodia, a cantora se coloca de costas e toca um singelo pandeiro, acompanhando a bateria. A canção termina, o público aplaude. Alguém grita “Portishead”, e ela, de costas, levanta um copo em sinal de brinde. No final, após toda banda deixar o palco, ela ficou pedindo desculpas pelo seu português, por sua voz. Parecia não ter noção que havia acabado de realizar um dos melhores shows que já passaram pelo País.

09) Sonic Youth no Free Jazz, São Paulo (2000)

Eu não esperava nada desse show. Havia ganho o convite de uma amiga que tinha ficado em casa, e precisou voltar para Porto Alegre na última hora. Sua recomendação: “se eu não voltar pra ver o show, vá você”. Apesar de ter ouvido muito Sonic Youth entre “Sister” (1987) e “Dirty” (1992), eu tinha me desconectado deles antes da metade dos anos 90 e achava que esse seria um show de barulhos e microfonias, algo que eu não estava muito interessado no começo do novo século. Após três dias virando balada, e acordando cedo no quarto dia para uma extensa prova de admissão no saudoso Noticias Populares, cheguei ao Jóquei Clube arrebentado de cansaço. Na hora do show eu só pensava em dormir, mas cada música que surgia me arrastava para frente do palco. Foi um hino atrás do outro, e mesmo as canções do “NYC Ghosts & Flowers”, recém-lançado, pareciam pepitas de ouro. Um sonho em forma de show de rock. Mesmo. Eu sei que para quem viu o show do Claro Que é Rock, anos depois, fica difícil acreditar, mas é sério. Foi um show assustador de tão bom.

10) Pearl Jam no Estádio do Pacaembu, São Paulo (2005)

Eu também não ia nesse show. Acabei convencido por uma amiga, na última hora. Comprei o ingresso na mão de cambista e adentrei ao Pacaembu. Primeira tapa na cara da desconfiança: o carisma de Eddie Vedder é algo impressionante. O repertório foi algo de histórico. Da arquibancada, as cenas mais impressionantes aconteceram logo no começo do show, com o público da pista acompanhando em ondas o crescendo da melodia de “Given To Fly”, e no final, com Eddie Vedder arremessando seu coração para o público brasileiro após exercitar um punhado de frases em português. Emocionante.

25 thoughts on “Top Ten Shows Internacionais (até 2007)

  1. Desses todos, só presenciei os dois (em seguida) do Pearl Jam em SP, e o do Jimmy Page/Plant no Hollywood Rock. Devo dizer que ambos do Pearl Jam foram excelentes e emocionantes, mas para mim, o mais marcante mesmo foi o Flaming Lips no Claro que é Rock. Nem tanto pelo show em si, mas principalmente pela festa que foi. Eu tinha ingerido algumas doses a mais de álcool e outras coisas ilícitas, e estava totalmente no clima daquela viagem alucinógena, até bonita de se ver em virtude das frases de impacto no telão, aquele visual onírico de fábula infantil… até hoje me arrepia só de lembrar! Parabéns pelos textos, excelentes como sempre!

  2. Que lixo de lista, quis dar uma de alternativo colocando Elvis Costello, Betty Gibbons e Sonic Youth. Faltou U2.

  3. Eu também fui aos dois do Pearl Jam. O da sexta feira no meio da galera. E foi muito bacana o show no meio da tarde, foi diferente… a garoa caindo durante Given To Fly foi pra lá de especial. Um que eu gostei muito também foi Ben Harper no Via Funchal. Lugar pequeno mas caiu como uma luva pra apresentação. Ele conseguiu que a casa ficasse em silêncio e cantou solo, sem instrumentos, muito alto!!!

  4. Só pra constar: meu melhor show, contando entre bandas nacionais e internacionais foi com a Patife Band (Paulo Barnabé e Cia) no Circo Voador RJ, no início dos anos 90. Ali pensei “O Rock acabou” Em termos de linguagem não há mais nada a ser feito. As possibilidades estão esgotadas. Veja bem, estou falando de música. Mas dizem que rock é comportamento, essas bobagens…

  5. Bem aí vai a MINHA lista:
    1- PAUL McCARTNEY NO MARACANÃ (insuperável);
    2-ROGER WATERS NA APOTEOSE (fodástico);
    3-RUSH NO MARACANÃ (eletrizante);
    4-ERIC CLAPTON NA APOTEOSE (realização de um sonho);
    5- REM NO ROCK IN RIO;
    6- ROLLING STONES NO MARACANÃ (sensacional);
    7-PAGE AND PLANT NO HOLLYWOOD ROCK (maneiríssimo);
    8-JETHRO TULL NO CITIBANK HALL(muito loco);
    9-DAVID GILMOUR NO ANTIGO METROPOLITAN (chapante)
    10- AQUI ESTOU RESERVANDO ESPAÇO PARA O SHOW DO POLICE QUE JÁ ESTOU COM O INGRESSO COMPRADO. VALEU!

  6. Meu melhor show foi Judas Priest no Rock’n Rio 2 em 1991 Maracanã!!!
    Covardia, ninguem fez nada igual. Socorro , esses show listado não chegariam nem na barra da calça do Judas!!!

  7. Marcelo, fui em muitos shows na minha vida e concordo com você. O R.E.M no rock in rio foi inesquecível e certamente o melhor.

  8. fala, mac!
    legal a lista!
    estou em ‘sào paulo e venho morar aqui com a patroa definitivamente em 2008. cara, tô com um material que gostaria de deixar pessoalmente em suas mãos. assim a gente aproveita pra se conhecer – aquela vez do upload 2002 não conta pq mal nos falamos.

    me dá aí as coordenadas pra que eu possa te encontrar, cara!
    um abração,
    Marcus

  9. Queria ter ido ao show do REM, mas era muito nova e não pude ir –‘

    Fui ao show do Pearl Jam (em SP e no RJ) e o do RJ definitivamente foi o melhor da minha vida.

    Ess eano tiveram alguns shows bacanas sim, o melhor de todos na minha humilde opinião foi do Placebo, e o que estava com altas espectativas e me decepcionei foi o do Aerosmith..

    Tambem achei o show da Juliette Lewis com o The Licks bem bacana, e o The Killers não foi ruim tambem não, mas seu gosto é um pouco (muito ;P) mais rock’n roll do que o meu…

    Dia 08 agora tem Police e dia 12 Chris Cornell, derepente minha lista muda, quem sabe o Chris Cornell não é pior que o Aero, ou o Police não supera o Placebo AHUhuAHU

    Valeu!

    ;*

  10. cara, acredito que sim!
    mas por via das dúvidas, me descola uns 15 minutos na sua agenda no fim-de.
    abraço,
    Marcus

  11. Ok parábens pela sua lista, há shows nela que eu gostaria muito de ter ido, como R.E.M e Page e Plant. Só achei meio estranho certas bandas, mas ok a lista é SUA. Acho que o título do texto não expressa que a lista é sua, somente no decorrer, ok?
    Abraço

  12. segue minha lista de shows, pelo menos dos que eu lembrei no momento (sem ordem de grandeza):

    – Page & Plant (os veios envelheceram muito bem aquelas canções clássicas do Olimpo do Rock, com direito a material inédito). Se bem que o show solo do Plant, que começou como o primeiro álbum do LZ começa, tb teve momentos avassaladores.
    – Paul McCartney – Maraca: apoteose do pop universal.
    – Roger Waters – Apoteose: Aqueles clássicos todos ali enfileirados e um Roger Waters tranquilaço como um velho roqueiro inglês cheio de categoria tb foi demais. PF é Roger Waters e PONTO.
    – Rush no Maraca – Ouvir a minha preferida do Presto ali ao vivona na minha frente foi demais, o ponto alto de show, tão bom que me deu até vontade de ir embora de tão insuperável.
    – Eric Clapton: O cara tava bem exposto demais por aqui na época com o Journeyman e aquela fila de clássicos foi demais.
    – Nirvana no HollyRock 1993: os grandes momentos da história do rock no planeta terra que tive a oportunidade de testemunhar – sem contar o restante da escalação e os acontecimentos fora do comum naquele evento.
    – Deftones no RIR3: aquilo ali foi %!@$&@# parte de um dos meus discos preferidos tocada ao vivo contemporaneamente.
    – Rolling Stones com Bob Dylan: a primeira ve que Dylan sorriu em público. E olha que já havia visto ambas as atraçoes antes ao vivo.
    – Dylan em 1990: sem ter muita noção do que testemunhara na época, aquilo deve ter ficado entranhado no meu inconsciente. sabia que eu dei um jeito de gravar esse show em microcassete?
    – Deep Purple no Maracanazinho, em 1990. Dei um “mosh”da arquibancada e quase mifu, mas fiquei na moral e vi o show de perto com meu ingresso de arquibancada conseguido na última hora. John Lord comanda!!!!!!! Ian Paice fez o solo de bateria mais esquisito que já vi.
    – The Cure / Smashing Pumpkins no HollyRock 1995. Haveria eu de ter de visto ambas as bandas em diferentes ocasiões, antes e depois, mas ver o cure com um show longuíssimo – diferentemente do de 1987 – antecedido pelos pumpkins era mellon collie foi uma experiência %!@$&@#
    – Smashing Pumpkins Adore Tour, 1998. O disco havia sido lançado há coisa de um mês, mas já o sabia de cor. E chegou na hora me senti um dos poucos a apreciar devidamente a importância daquilo que vi na época. E pra ser mais memorável, ao final do show saí de onde estava dizndo que voltaria com a ÚNICA palheta que o billy corgan usou no show e, pro meu espanto, realmente voltei pra casa com a tal da PALHETA, sem necessidade de aluguel. Inacreditável!
    – Rollins Band / Anthrax / Siouxsie & the banshees / Pantera / Danzig/ Slayer & Suicidal tendencies / Fight: a temporada de shows no Imperator em 1994 foi memorável para um estudante de jornalismo que estudava ali ao lado, próximo ao Méier. Valeria um longo comentário sobre cada um dos shows.
    – Fugazi no Circo Voador em 1994. Circo vazio e vi uma briga rolar com um conhecido meu metido a brigão durante o show, ao ponto de o Ian McKaye deixar o cara subir no microfone pra fazer um esculacho no malaco. Zé Carioca Peixote sabe do que estou falando…
    – The Mission – Canecão, turnê do Children: O mission era tão popular na época quanto o Linkin Park era há dois anos e achava Wayne Hussey sensacional.
    – The Stooges / Sonic Youth: Aquele Claro que é Rock foi um dos festivais mais subestimados da história dos festivais no Brasil. Cinco reais pelo ingresso pra assistir a tudo aquilo é realmente memorável.
    – White Stripes: Jack White é %!@$&@#..
    – RHCP, turnê By The Way, ATL Hall: Melhor show dos cinco que eu vi da banda até hoje. Kiedis de mau humor , mas arrebentando na angst roqueira. Caraca, quem não viu esse show não tem noção do que deixou de testemunhar…
    – Mudhoney e Pearl Jam: O mudhoney já havia sido clássico em 2000 e poucos, mas vê-los com o Pearl Jam de forma temporã ali na apoteose foi uma experiência importante. Se bem que só reforçou o que achava do Pearl Jam. Mas o grande momento foi em Kick out the Jams quando o Mark Arm no show do Pearl Jam quis sacanear a galera que insiste ainda em perguntá-lo sobre o rock americano do início dos 90. Tudo bem, pode ter sido ilusão minha, mas tá valendo…
    – Esqueci do Elvis Costello, do television, etc.

    Sei lá, devo ter esquecido de enumerar mais algum show. Mas acho que é uma boa lista. E olha que preferi não colocar shows de artistas brasileiros.
    abraço
    Marcus

  13. faltou mencionar o show do neil young no rir3 e o do cult, no metropolittan – ainda na primeira metade dos 90. aquele show no qual rolou a briga entre o ian e o billy duff no palco, que ocasionou o fim do grupo. putz, o fodda é que esse show foi gravado pela casa… gostaria de revê-lo.

    tb tem o show que marcou o lançamento do “barulho” no circo, com a tal jam de um combo onde participaram membros de rdp, sepultura, ministry e mais jello biafra em 92 e tb o sensacional show do mano negra na lapa tb com a participaçao do jello biafra.

    não repare o português de beira de cais pq isso aqui é escrito de canela.
    abraço

  14. “10) Pearl Jam no Estádio do Pacaembu, São Paulo (2006)
    Eu também não ia nesse show. Acabei convencido por uma amiga, na última hora”… sou eu a amiga??? 🙂

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