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Nick Cave no cinema… novamente

Após as experiências com “Nick Cave: 20 Mil Dias na Terra” (leia resenha), de Iain Forsyth e Jane Pollard em 2014, e “One More Time With Feeling” (leia resenha), de Andrew Dominik em 2016, Nick Cave & The Bad Seeds retornam às telas de cinema, desta vez por uma noite (e antes dos shows no Brasil), compartilhando uma apresentação da sua celebrada turnê mundial de 2017.

Filmado na Royal Arena de Copenhagen em outubro de 2017, “Distant Sky” captura Nick Cave & The Bad Seeds tocando novas composições do álbum “Skeleton Tree” (2016) ao lado de hits da carreira da banda. Os primeiros shows do grupo em três anos provocaram uma resposta ensandecida de fãs, críticos e amigos, renovando um relacionamento profundo e íntimo onde quer que o grupo tocasse.

Dirigido pelo premiado cineasta David Barnard, “Distant Sky” será exibido em 500 salas de cinemas ao redor do mundo no dia 12 de abril. No mapa oficial já constam locais de exibição em São Paulo, Rio de Janeiro e Ribeirão Preto. Assista ao trailer abaixo e confira o set list completo do show em Copenhagen.

Anthrocene
Jesus Alone
Magneto
Higgs Boson Blues
From Her to Eternity
Tupelo
Jubilee Street
The Ship Song
Into My Arms
Girl in Amber
I Need You
Red Right Hand
The Mercy Seat
Distant Sky (feat. Else Torp nos vocals)
Skeleton Tree

Bis:
The Weeping Song
Stagger Lee
Push the Sky Away

fevereiro 15, 2018   No Comments

Oi Futuro lança projeto LabSonica no Rio

A Oi Futuro apresentou na segunda-feira (04/09) o projeto LabSonica, um novo laboratório de experimentação sonora que terá estúdios de gravação, coworking para selos e gravadoras independentes, oficinas de DJ e sound design, ambiente para ensaios e shows intimistas. Bandas, músicos, produtores, artistas plásticos, empreendedores e desenvolvedores tecnológicos da área serão selecionados para o programa por meio de editais públicos. O primeiro edital de residência artística do LabSonica foi aberto no mesmo dia para consulta pública (confira).

Este novo espaço para fomentar a criatividade e a inovação no campo do som e da música terá sede no bairro do Flamengo, no prédio administrativo do instituto Oi Futuro, na Rua Dois de Dezembro, e será ponto de encontro de criadores de diversas áreas com infraestrutura necessária para que bandas, músicos, produtores, pesquisadores da arte sonora, gravadoras independentes, desenvolvedores e outros talentos realizem seus projetos sonoros e viabilizem produções independentes. O estúdio tem projeto assinado pelo produtor musical Rodrigo Vidal e o engenheiro de gravação Carlos Duttweller.

Para marcar o lançamento do LabSonica, o centro cultural Oi Futuro recebeu uma ocupação artística de todo o prédio, com shows, DJs, performances, artistas sonoros, debates sobre o mercado musical no Brasil com representantes da Natura Musical, SIM São Paulo, Red Bul Station, do Governo do Estado do Rio de Janeiro e do músico Lucas Santtana com mediação de Rodrigo Lariu, entre outras atrações, com curadoria coletiva de projetos parceiros (os festivais Multiplicidade, A.Nota, Levada, Novas Frequências e BIG – Brazil’s Independent Games Festival). Houve ainda shows de Alice Caymmi com o grupo Relógios de Dali e do Combo Cordeiro com a cantora Keila.

“Queremos atrair artistas, produtores e pesquisadores para ocuparem nosso novo espaço, onde terão condições privilegiadas para desenvolverem ideias originais, trocarem entre si e reverberarem seus projetos para a cidade”, explicou Roberto Guimarães. O LabSonica atuará também na curadoria da programação cultural do Oito, espaço de inovação e empreendedorismo que a Oi lançou recentemente no Rio. Entre as iniciativas já confirmadas para o espaço por meio do LabSonica estão atrações dos festivais RC4 e Novas Frequências. Assista abaixo ao bate papo com Fabiana Batistella (SIM –Semana Internacional de Música), Fernanda Paiva (Natura Musical), Leo Feijó (SEC), Lucas Santtana (cantor e compositor), Martin Giraldo (RedBull Station) com mediação de Rodrigo Lariú, jornalista e fundador do selo Midsummer Madness.

setembro 5, 2017   No Comments

Quero…

Domingo à noite… e cansaço. Mas até que consegui fazer um bocado de coisas que havia me proposto a fazer na semana que passou: revi alguns Wong Kar-Wai (que renderam a segunda postagem sobre filmes do cineasta, agora focada nos desencontros românticos), fui ao Jazz na Fábrica assistir Eddie Allen distribuir bom humor e boa música (as fotos são da Lili) num repertório que ora fazia a gente se sentir num filme de Woody Allen, ora seguia as belas matizes do blues e do r&B no mood jazz, e também ao Coala Festival (texto só na segunda-feira, mas a galeria de fotos está aqui). Que a semana que começa seja… leve.

Ps1. Quero ver no cinema os novos filmes de Sofia Coppola e Christopher Nolan
Ps2. Quero ver Thundercat no Jazz na Fábrica
Ps3. Quero escrever sobre os discos de Juliana Hatfield, Hurray For The Riff Raff e Joan Shelley
Ps4. Quero diminuir a fila de livros aqui ao meu lado
Ps5. Quero (re)ver “Match Point” e acabar logo a filmografia comentada do Woody Allen
Ps6. Quero beber os últimos lançamentos da Dogma
Ps7. Quero dinheiro na conta 🙂

agosto 13, 2017   No Comments

Matando saudade dos velhos tempos…

Quando fui escrever sobre o sétimo apartamento que morei em São Paulo, acabei recorrendo a posts que eu havia escrito na primeira versão deste blog, uma imitação tosca que me permitia ser um pouco mais pessoal (o que, na verdade, sempre foi a ideia da Calmantes com Champagne, sinceridade quase suicida). E dai me perdi lendo e relendo várias coisas que eu mesmo não lembrava. Bons tempos. E veio a questão: será que eu conseguiria retomar aquela escrita novamente, 10 anos depois? A gente só vai descobrir se tentar, né mesmo. Bora.

Segundas-feiras são sempre cansativas para mim. Apesar dos sábados e domingos costumarem serem intensos, na minha cabeça a segunda-feira é o dia internacional de colocar as coisas em ordem, o que, sempre, me deixa um pouco atrapalhado, ansioso e, consequentemente cansado. No caso de hoje ajuda o fato do Scream & Yell estar baleando bastante desde a quarta passada, quando deu alguma pane no data center do servidor – e isso me angustia ferozmente, até porque há tanta coisa legal para ser publicada.

Ainda assim o dia foi ok. Consegui organizar algumas coisas (incluindo uma lista de CDs e DVDs para venda, juntando coisas que um amigo deixou aqui com coisas minhas que tenho repetida – acredita que comprei o “Bootleg Series 10”, do Bob Dylan, na Second Spin, achando que era o 11? E quando chegou, ao abrir o pacote, veio aquela sensação de “hummm, não era você que eu queria”), publicar uma entrevista com a Dulce Quental (que eu adoro) e uma resenha do Leo sobre o novo disco dos Paralamas.

Essa resenha do Leo me fez ir atrás do disco, e passei a manhã toda ouvindo. Gostei, viu. E acho que já deve ser o segundo disco dos Paralamas neste século que mais ouço, só perdendo para o “Brasil Afora” (que grande canção é “Mormaço”!). Do disco novo gostei muito da versão pesada que eles fizeram para “Medo do Medo”, da Capicua, ainda que eu prefira a versão original – já conhece a obra dessa baita rapper portuguesa? Não? Baixa gratuitamente (e já) o disco “Sereia Louca” no site dela. É incrível! Voltando aos Paralamas, gostei também de “Itaquaquecetuba” e de “Cuando Pase El Temblor”.

Outro disco que rodou bastante aqui hoje, como comprova minha LastFM, foi o novo do Apanhador Só (já baixou?), que está crescendo e crescendo a cada audição. Também ouvi, por cima, o disco do Otto (enquanto inventava de fazer braciola no almoço), e quero ouvir com mais calma. Depois na sequencia vieram os discos novos do Adriano Cintra (download aqui), Trupe Chá de Boldo (download aqui), Picassos Falsos, Camila Honda e Rincon Sapiencia. Ao menos musicalmente o dia rendeu.

A semana promete. Lili está de férias, e vamos tentar conferir a mostra do Henri de Toulouse-Lautrec, no MASP, nesta terça, aproveitando a gratuidade da visita (nesse Brasil pós-golpe afundado na crise, qualquer economia é muito bem-vinda). E ainda tenho que preparar a pauta das gravações do Scream & Yell Vídeos, que devem ocorrer na quarta. Nem sei ainda sobre o que vou falar…

Ainda quero tentar ver Eddie Allen na quinta no Sesc Pompeia, dentro do Jazz na Fábrica, Natália Matos sexta na Casa do Mancha, o festival Coala no sábado e Hermeto no domingo. E, nesse meio tempo, rever “Amor à Flor da Pele”, do Wong Kar Wai, para escrever um segundo post com três filmes dele, agora focando nessa trilogia da qual ainda fazem parte “Dias Selvagens” e “2046” (aqui o primeiro post); e também “Match Point”, do Woody Allen, para a filmografia comentada dele que estou quase terminando (já foram 48, faltam “apenas” 15)…

Que a sinusite vá embora e que a força esteja conosco (e traga freelas!).

Ps. A cerveja do dia foi a neozelandesa 8 Wired Super Conductor Double IPA, mais uma boa replicação de estilo por parte dos caras, mas sem nenhuma novidade. Eu estava tão curioso para beber as 8 Wired e, seis cervejas depois, posso dizer que estou meio decepcionado com uma série de boas cervejas, mas com pouca personalidade. Tem mais uma ainda na geladeira… quem sabe.

agosto 8, 2017   No Comments

A programação do Jazz na Fábrica 2017

Agosto é o mês do já tradicional festival Jazz na Fábrica, que acontece no Sesc Pompeia. Neste ano, a sétima edição do festival reúne 17 atrações nacionais e internacionais de oito países: África do Sul, Alemanha, Brasil, Espanha, Estados Unidos, Gana, Israel e Moçambique. Confira abaixo a programação completa e fique atento a abertura das vendas de ingressos:

  • Venda online a partir de 03/08, quinta-feira, às 15h. Aqui!
  • Venda presencial nas unidades do Sesc SP a partir de 04/08, sexta-feira, às 17h.

Eddie Allen (Estados Unidos)
21h30 dos dias 10, 11 e 12/08 (quinta, sexta e sábado)
O trompetista de Milwaukee, Winsconsin, foi influenciado fortemente pelo estilo da conhecida Associação para o Avanço de Músicos Criativos de Chicago (AACM), que se destaca por seu comprometimento a formar novos músicos para a cena moderna. Em 1981, Allen se mudou para Nova York e, nesse período, buscou aprimorar suas habilidades de improvisação. Foi também na década de oitenta que começou sua produção ao lado de nomes já consagrados da cena jazzística, como Art Blakey, Dizzy Gillespie, Randy Weston e Max Roach. Além das improvisações do free jazz, o trompetista traz em suas composições segmentos do blues, também trabalhando com o R&B e o rock. Para o Jazz na Fábrica, Allen traz um repertório baseado em seu álbum “Push” (2014) e é acompanhado de um septeto.

Local: Comedoria. Não recomendado para menores de 18 anos.
R$60,00. R$30,00. R$18,00
Capacidade: 500 pessoas

Nenê Trio (Brasil) + Itamar Borochov (Israel)
21h do dia 11 de agosto (sexta)
Realcino Lima Filho, o Nenê, nasceu em Porto Alegre, mas viveu na França por 12 anos. Em sua estadia na Europa, apresentou seu projeto Ritmos do Brasil em quatro países: França, Dinamarca, Alemanha e Suíça. Tocou ao lado de nomes como Hermeto Pascoal, Pau Brasil, Paulo Moura, Egberto Gismonti e Stan Getz; além de ter acompanhado artistas como Milton Nascimento, Elis, Gal, Caetano, Bethânia, Gil e Ângela Maria. Nenê lança, no Jazz na Fábrica, seu álbum “Verão”.

Itamar Borochov mescla em suas composições elementos rítmicos de diversos locais, porém mantém suas raízes pessoais iraquianas, resultando em afinidade pela sensibilidade musical árabe e pan-africana. Depois de trabalhar ao lado de artistas como Curtis Fuller e Candido Camero, lançou dois discos, “Outset” (2014) e “Boomerang” (2016), que terão seus repertórios apresentados no Jazz na Fábrica.

Local: Teatro. Não recomendado para menores de 12 anos.
R$40,00. R$20,00. R$12,00.
Capacidade: 356 pessoas

Hermeto Pascoal e Grupo (Brasil)
12/08, 21h (sábado)
13/08, 18h (domingo)
O show no Jazz na Fábrica marca o lançamento do álbum “No Mundo dos Sons”, pelo Selo Sesc. O multi-instrumentista conta com mais de 20 CDs lançados e é um dos maiores nomes da música instrumental do Brasil, sendo reconhecido por sua musicalidade tanto nacional como internacionalmente.

Local: Teatro. Não recomendado para menores de 12 anos.
R$40,00. R$20,00. R$12,00.
Capacidade: 700 pessoas

Jazzmin’s (Brasil)
Às 16h do dia 13/08 (domingo)
A big band é formada por Paula Valente (sax e flauta), Lis de Carvalho (piano), Lilian Carmona (bateria), Gê Cortes (baixo), Marta Ozzetti (flauta), Renata Montanari (guitarra), Laís Marina Francischinelli e Fabrícia Medeiros (clarinete), Beatriz Pacheco, Taís Cavalcanti e Mayara Almeida (saxofone), Estefane Santos e Grazi Pizani (trompete), Kelly Vasconcelos (trompa), Joyce Peixoto Pasti e Sheila Batista (trombone), Glaucia Vidal (vibrafone). Elas apresentam um repertório totalmente dedicado à música popular, porém com arranjos de jazz.

Local: Deck. Livre.
Gratuito!

Globe Unity Orchestra (Alemanha)
Às 21h dos dias 17 e 18/08 (quinta e sexta)
O conjunto de free jazz fez sua estreia no Festival de Jazz de Berlim, em 1966. A apresentação combinou o quarteto do multi-instrumentista Gunter Hampel com o quinteto do trompetista Manfred Schoof e o trio do clarinetista e saxofonista Peter Brötzmann.

Local: Teatro. Não recomendado para menores de 12 anos.
R$50,00. R$25,00. R$15,00. Capacidade: 700 pessoas

Thundercat (Estados Unidos)
Às 21h30 dos dias 17 e 18/08 (quinta e sexta)
Stephen “Thundercat” Bruner exibe a fusão do jazz, soul, funk e hip-hop, aspectos que se destacaram e formaram uma identidade própria na cena musical contemporânea jazzística. De 2002 a 2011, foi baixista da banda Suicidal Tendencies. Trabalhou com a cantora texana Erykah Badu nos álbuns “New Amerykah Part One (4th World War)”, de 2008, e “New Amerykah Part Two (Return of the Ankh)”, de 2010. Está em carreira solo desde 2015 e lançou em fevereiro deste ano seu terceiro álbum, “Drunk”, com 23 faixas autorais.

Local: Comedoria. Não recomendado para menores de 18 anos.
R$60,00. R$30,00. R$18,00.
Capacidade: 800 pessoas

Abdullah Ibrahim (África do Sul)
19/08, às 21h (sábado)
20/08, às 18h (domingo)
Nascido em 1934 como Adolphus Brand, o pioneiro da cena jazzística sul-africana se converteu ao islamismo em 1968, mudando seu nome para o qual é conhecido hoje, Abdullah Ibrahim. O compositor, pianista e saxofonista mudou-se para a Suíça nos anos 1960 para fugir do apartheid. Lá, conheceu o pianista e compositor americano Duke Ellington, que tornou-se uma das grandes influência do sul-africano e foi o responsável por leva-lo aos Estados Unidos. Em 1965, participaram juntos do famoso Newport Jazz Festival. Foi em 1976 que lançou seu primeiro álbum, “Banyana”, e de lá para cá se consagrou como um dos grandes nomes do jazz contemporâneo.

Local: Teatro. Não recomendado para menores de 12 anos.
R$60,00. R$30,00. R$18,00.
Capacidade: 700 pessoas

Jimmy Dludlu (Moçambique)
Às 21h30 do dia 19 de agosto (sábado)
Nascido na cidade de Maputo, em Moçambique, Jimmy Dludlu começou a tocar guitarra aos 13 anos, sendo influenciado pelo jazz e pela música africana. Nos anos 1980, começou sua carreira profissional tocando com músicos de países como Suazilândia, Gana e Bostwana. Foi na década de 1990 que se tornou um músico de estúdio e se tornou líder da banda Loading Zone, que realizou turnês com ícones da música sul-africana, como Miriam Makeba e Papa Wemba. Dludlu traz nove álbuns em sua discografia, incluindo seu mais recente trabalho, “In The Groove” (2016), que terá seu repertório apresentado no Jazz na Fábrica.

Local: Comedoria. Não recomendado para menores de 18 anos.
R$40,00. R$20,00. R$12,00.
Capacidade: 800 pessoas

Emiliano Sampaio e Soundscape Big Band (Brasil)
Às 16h do dia 20/08
Emiliano e Junior Galante, líder da Soundscape Big Band, são colegas de longa data, já tocaram juntos em outros projetos e têm uma relação próxima com a Europa. Sampaio se mudou para a Áustria em 2012 e, neste período, lançou quatro discos dedicados à música instrumental.
A Soundscape Big Band une a linguagem da música contemporânea ao jazz, à música brasileira e à música clássica. É reverenciada como uma das mais relevantes bandas brasileiras do gênero. Para o Jazz na Fábrica, Emiliano rege, pela primeira vez, a Soundscape Big Band.

Local: Deck. Livre.
Gratuito!

Amaro Freitas (Brasil) + Hadar Noiberg (Israel)
Às 21h do dia 24 de agosto (quinta)
O pianista e compositor Amaro Freitas apresenta, acompanhado de seu trio, o concerto “Sangue Negro” – título de seu álbum de estreia, lançado em 2016, que conta com músicas de sua autoria e obras de compositores já consagrados da MPB, como Dominguinhos, Tom Jobim e Pixinguinha.

Hadar Noiberg, neste show, é acompanhada por Tal Mashiach no baixo e Daniel Dor na bateria. Seu repertório conta com canções de seu álbum “From the Ground Up” (2015), seu segundo álbum. O disco marca a carreira de Noiberg como líder de banda e apresenta suas composições para seu trio.

Local: Teatro. Não recomendado para menores de 12 anos.
R$40,00. R$20,00. R$12,00.
Capacidade: 700 pessoas

Roy Hargrove (Estados Unidos)
Às 21h30 dos dias 24 e 25 de agosto (Quinta e Sexta)
Além de seu projeto solo, o trompetista texano lidera três grupos: RH Factor, Roy Hargrove Quintet e Roy Hargrove Big Band. Além do protagonista, a sonoridade da banda é formada por piano, baixo, bateria e sax. No Jazz na Fábrica, Roy recebe a participação especial da cantora italiana Roberta Gambarini, com quem mantém parceria há uma década.

Local: Comedoria. Não recomendado para menores de 18 anos.
R$60,00. R$30,00. R$18,00.
Capacidade: 500 pessoas

Chicuelo-Mezquida (Espanha)
Às 21h do dia 25 de agosto (Sexta-feira)
Juan “Chicuelo” Gómez é ganhador de um prêmio Goya e, além de sua carreira como solista, faz parcerias em trio com os cantores flamencos Miguel Poveda e Duquende. É considerado como um dos poucos guitarristas a conseguir ampliar o flamenco de forma influente. Marco Mezquida traz um pianismo que se enriquece com a diversidade musical. Sua sonoridade é marcada pela autenticidade e sua dedicação à música.

Local: Teatro. Não recomendado para menores de 12 anos.
R$50,00. R$25,00. R$15,00.
Capacidade: 700 pessoas

Annette Peacock (Estados Unidos)
26/08, 21h, sábado
27/08, 18h, domingo
Além de uma das cantoras americanas de jazz de maior destaque, a nova-iorquina é compositora, arranjadora, musicista e escritora. Nascida em 1941 no Brooklyn, Peacock já lançou 12 álbuns e apresenta-se no formato piano e voz, focando seu repertório em seus principais discos, como “I’m The One” (1972), “X Dreams” (1978) e “The Perfect Release” (1979).

Local: Teatro. Não recomendado para menores de 12 anos.
R$50,00. R$25,00. R$15,00.
Capacidade: 700 pessoas

Debo Band (Estados Unidos)
26/08, às 21h30 (sábado)
27/08, às 19h30 (domingo)
O grupo está na ativa desde 2006 e traz uma mistura de ritmos tradicionais, jazz e soul com uma pegada mais funky. A big band concebida em Boston (EUA) é liderada pelo saxofonista e etnomusicólogo Danny Mekonnen, artista de origem etíope nascido no Sudão e criado nos Estados Unidos, e pelo franco-etíope Bruck Tesfaye, cujo vocal em amharic (uma das línguas faladas na Etiópia) faz um contraponto psicodélico hipnótico com os metais estridentes da seção de sopros e a guitarra, numa sonoridade que atualiza as influências de seus conterrâneos.

Local: Comedoria. Não recomendado para menores de 18 anos.
R$50,00. R$25,00. R$15,00. C
Capacidade: 800 pessoas

Pat Thomas (Gana)
Às 17h do dia 27/08
Pat Thomas nasceu em 1951 em uma família de músicos, o que o fez ter um contato com a música desde sempre. Ao longo de sua carreira, fez parte de diversas bandas de funk, afrobeat e afropop, como a Satellites, em 1973, e Sweet Beans, em 1974. Ganhou o prêmio Voz de Ouro da África oito anos depois da formação da segunda banda, tornando-se um grande percursor do estilo highlife. Em 2015, lançou o álbum “Pat Thomas & Kwashibu Area Band” junto de um sexteto liderado pelo multi-instrumentista Kwame Yeboah. O trabalho ganhou atenção mundial em sua apresentação na conferência Womex, em Budapeste, no ano passado.

Local: Deck. Livre.
Gratuito!

Serviço: Jazz na Fábrica
De 10 a 27 de agosto de 2017, quinta a domingo
Locais: Comedoria, Teatro e Deck

Venda online a partir de 3 de agosto, quinta-feira, às 15h (aqui)
Venda presencial nas unidades a partir de 4, sexta-feira, às 17h.

 

julho 31, 2017   No Comments

Livro de Lee Ranaldo ganhará edição nacional

Publicado originalmente em 1998, “jrnls80s – Poems, Lyrics, Letters, Observations, Wordplay and Postcards from the Early Days of Sonic Youth”, de Lee Ranaldo, irá ganhar edição nacional nos próximos meses. O livro compila relatos de Lee Ranaldo sobre os primeiros anos de estrada do Sonic Youth, poesia, rascunhos de letras e doideiras. Segundo Marcelo Viegas, que está cuidando da parte editorial do livro (e lançou recentemente seu próprio livro, “Então? Coletânea de entrevistas de Música, Skate e Arte”), “jrnls80s é tão experimental quanto um disco do Sonic Youth: tem momentos ‘normais’ e coisas bem dissonantes”. O lançamento está em fase final de tradução devendo chegar nas livrarias entre setembro e outubro por uma nova editora, a Terreno Estranho.

Leia também:
– Lee Ranaldo desfila Fenders detonadas em show no Largo da Batata (aqui)
– Intimismo valoriza “Sonic Youth: Sleeping Nights Awake” (aqui)
– “Girl in a Band”, de Kim Gordon, uma intensa confissão de fracasso (aqui)
– “1991 – The Year Punk Broke”: difícil não se apaixonar por Kim (aqui)
– Thurston Moore em SP: “Vocês estão sentindo o gosto do inferno? (aqui)
– Faixa a Faixa: “Murray Street”, do Sonic Youth (aqui)
– Claro Que é Rock 2005: Sonic Youth cansa em um show sonolento (aqui)
– “Between The Times And The Tides”, um belo disco de Lee Ranaldo (aqui)
– “Demolished Thoughts”, Thurston Moore soa interessado em sossego (aqui)

julho 11, 2017   No Comments

Trecho da biografia dos Engenheiros do Hawaii

infinita

A pedido do Scream & Yell, o jornalista Alexandre Lucchese, autor da primeira biografia do Engenheiros do Hawaii, “Infinita Highway: Uma Carona com os Engenheiros”, lançada em outubro deste ano pela editora Belas Letras, liberou um trecho do livro para leitura. Confira ainda a entrevista que Lucchese concedeu à Janaina Azevedo e publicada no Scream & Yell. Abaixo, um trecho exclusivo da biografia.

***

Humberto Gessinger, Marcelo Pitz e Carlos Maltz caminhavam pelos labirínticos corredores da Penitenciária Estadual do Jacuí, em Charqueadas, quase chegando ao que pensavam ser finalmente a saída daquele emaranhado de paredes e grades. Sem jamais terem ali entrado, eram guiados por um membro da instituição, ao qual seguiam enquanto jogavam conversa fora.

– E então, o que achou do show? – perguntou o guia a Gessinger.

– Foi bacana. O pessoal foi legal. Um cara até me disse que tinha uma banda, pediu se eu tinha umas cordas velhas de guitarra, aí passei para…

Antes de terminar de ouvir a frase, o guia saiu correndo na direção oposta à que estavam seguindo. Atônitos com a súbita mudança de orientação, os Engenheiros do Hawaii tentaram ir atrás de seu cicerone, mas viram que ele já andava longe, passando por grades que eles não saberiam transpor. Sem saber como ir adiante, ficaram em uma espécie de purgatório entre a liberdade e as celas.

Então guitarrista do grupo, Gessinger jamais havia feito outro uso para as cordas de seu instrumento além de atarraxá-las firmemente na sua Giannini para tocar as bases e solos das músicas que fazia. Do outro lado da grade, no entanto, havia quem pudesse transformar uma simples corda de aço em um artefato mortal – ainda mais se já tivessem em sua ficha criminal casos de enforcamento. Só depois dos oficiais da penitenciária terem retirado as cordas do meio dos presidiários é que o grupo conseguiu sair do prédio.

Não há uma data precisa, mas o show dos Engenheiros na Penitenciária de Charqueadas ocorreu no último trimestre em 1985, quando a banda já era “bastante conhecida”, como conceituou o repórter Cunha Jr, em uma matéria sobre o evento para a programação local da TV Cultura. No vídeo, é possível ver Gessinger solando sua guitarra por alguns segundos, seguido de cenas de presidiários cantando sambas e boleros, além de alguns internos aproveitando o microfone de televisão para questionar porque seguiam ainda na prisão, já que supostamente já teriam cumprido suas penas.

Além da apresentação dos Engenheiros do Hawaii, havia também grupos que se desenvolveram na própria penitenciária tocando no mesmo dia. Os roqueiros de classe média da capital foram parar ali por incentivo do então produtor do grupo, Ricardo Martinez, amigo de infância de Carlos Maltz. Martinez tinha pessoas próximas envolvidas na organização do festival, e empolgou os rapazes para incrementar a programação como convidados de fora.

– Lá dentro o clima foi supernormal, mas era louco porque entrar lá com uma banda chamada Engenheiros do Hawaii valia mais pelo gesto do que pelo som. Não havia conexão, era uma coisa que estava começando no Brasil, e aquelas pessoas tinham anos de diferença. Não era como Johnny Cash ou B.B. King tocando numa penitenciária americana, fazendo um som que era tradicional para os detentos – contextualiza Gessinger.

engenheiros

Veja também:
– Alexandre Lucchese: “Os guris não deviam ser fáceis de trabalhar” (aqui)
– Download: Scream & Yell lança tributo aos Engenheiros (aqui)
– Ao vivo: Humberto Gessinger segue em frente dignamente (aqui)
– Gessinger: “Não há planos para nenhuma volta dos EngHaw” (aqui)

novembro 29, 2016   No Comments

O line-up do Porão do Rock 2016

No último sábado de outubro, Brasília celebra mais um Porão do Rock, festival que alcança sua 19ª edição, abrigado novamente no estacionamento do Estádio Mané Garrincha, no Eixo Monumental da capital federal. O Scream & Yell já esteve no festival nas edições de 2014 (leia aqui) e 2015 (leia aqui), e a edição deste ano traz um dos line-ups mais caprichados do Porão nos últimos anos, celebrando clássicos como Planet Hemp, Nação Zumbi e Ira! ao lado de nomes importantes do momento atual da música brasileira tal qual Emicida, Boogarins e Far From Alaska. No território candango, Joe Silhueta e Almirante Shiva prometem se destacar. Confira os horários:

PALCO CHILLI BEANS
15h30 – My Last Bike (DF)
16h30 – Joe Silhueta (DF)
17h30 – Zamaster (DF)
18h55 – Emicida (SP)
20h35 – Far From Alaska (RN)
22h30 – Trampa (DF)
23h55 – Ira! (SP)
1h35 – Almirante Shiva (DF)

PALCO BUDWEISER
16h – Os Gatunos (DF)
17h – Nafandus (CE)
18h05 – Supla (SP)
20h – Passo Largo (DF)
21h25 – Nação Zumbi (PE)
23h05 – Boogarins (GO)
1h – Darshan (DF)
2h10 – Planet Hemp (RJ)

PALCO PESADO
15h40 – Peso Morto (DF)
16h20 – Quilombo (DF)
17h – As Verdades de Anabela (DF)
17h40 – Zumbis do Espaço (SP)
18h40 – Os Til (DF)
19h30 – Vodoopriest (SP)
20h30 – Miasthenia (DF)
21h20 – Hibria (RS)
22h25 – Oitão (SP)
23h30 – Worst (SP)
0h30 – Lost in Hate (DF)
1h20 – Project 46 (SP)

SERVIÇO
19º Porão do Rock
Data: 29/10/2016
Estacionamento do estádio Mané Garrincha
Informações sobre ingressos aqui

outubro 19, 2016   No Comments

Nick Cave & The Bad Seeds: o filme

nickcave

O 16º álbum de estúdio de Nick Cave & The Bad Seeds, “Skeleton Tree”, já tem data pra chegar às lojas: 09 de setembro! Um dia antes, porém, chega aos cinemas “One More Time With Feeling”, documentário de Andrew Dominik (“O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford“) que foi pensado como um registro da banda no palco, mas enveredou por algo mais significativo ao acompanhar o cenário trágico de composição e gravação do álbum “Skeleton Tree”. Filmando em preto e branco, com improvisações e narrações de Nick Cave além de entrevistas e imagens captadas por Dominik, “One More Time With Feeling” é, segundo o diretor, um verdadeiro testamento de um artista tentando encontrar o seu caminho em meio a escuridão. Assista ao trailer e leia a resenha!

 

Leia também:
– “Nick Cave: 20.000 Dias na Terra”: um dos melhores filmes musicais (aqui)
– “Push The Sky Away” é daqueles discos para se ouvir e ouvir (aqui)
– Discografia comentada: Nick Cave and The Bad Seeds (aqui)

agosto 2, 2016   No Comments

Um dia de domingo em Olinda

A aventura toda começou “cedo”: antes do meio dia parti de Pina pra Olinda no 910 (“Rio Doce a Piedade, de Barra de Jangada até Casa Caiada”) e cheguei rápido e sussa. Subi morro, desci morro, fiz fotos, papeei com repentistas, subi morro, desci morro e tomei uma garoa tipicamente paulistana subindo “morro, ladeira, córrego, beco, favela”. A fome bateu e dentre as ofertas disponíveis (vários restaurantes *****) escolhi um “botecão” que tinha “cerveja de verdade” cara demais (R$ 29 numa Primator India Pale Ale não dá), mas me pareceu mais acolhedor, o Peneira, e não errei. Pedi bode com fava, uma Bohemia e gastei umas duas horas e meia (e mais três Bohemias) observando e me divertindo com os frequentadores habituais e assistindo ao primeiro tempo da final da Copa do Nordeste (e torcendo com eles).

Dali parti para A Casa do Cachorro Preto, que receberia um show / ensaio aberto da Rua do Absurdo, cujo disco “Limbo”, de 2014, apareceu em várias listas de melhores do ano. O lugar é uma galeria de arte com obras bem interessantes e vibe ótima. Conta pontos, na minha matemática alcoólatra pessoal, o fato deles terem cerveja caseira no cardápio, a La Ursa em três estilos respeitáveis: Saison, IPA e Bock. O show, marcado para às 16h (eu mesmo cheguei às 17h), começou quase 18h e foi excelente, com a sonoridade do quarteto se misturando com a fauna local (cigarras e outros pássaros) numa execução primorosa de baixo, bateria diminuta (e bastante eficiente), cavaquinho engatado na pedaleira e voz. Fiquei imaginando esse mesmíssimo show ensaio num festival bacana. Gostaria de rever isso nessa sintonia.

Dali, ideia de Jarmeson: Baile Cubano no Clube Bela Vista, no Alto Santa Terezinha. Prum cara infelizmente germânico como eu (ou seja, com as juntas duras), por um lado foi uma tortura: todo mundo dançando e eu ali, remexendo os membros e com medo da omoplata ou do fêmur despencarem do corpo para o meio do salão. Por outro lado foi revigorante, duas horas de música cubana e latina que eu nunca tinha ouvido, metaleira apitando, aquela melancolia feliz do estilo e muito, muito charme melódico numa das melhores músicas do mundo. O cansaço bateu (e, milagre, os ossos não caíram na pista nem nos 15 segundos que insistiram em me tirar pra dançar – pra constatar a falta de “molejão”) e começou uma nova aventura:

Segundo Jarmeson, dali até Pina, onde eu estava hospedado, dava uns R$ 30 (e eu tinha R$ 32 na carteira – e o celular já tinha morrido umas quatro horas antes, ou seja, nada de 99 ou Uber). “Não esquenta com as voltas que o motorista do taxi vai fazer pra sair do morro”, ele avisou. Me despedi, sai do clube e parei um taxi. Falei o destino e ele mandou: “Minha maquininha tá quebrada, quanto você paga até lá?”. R$ 32. Ok, partiu. Mais ou menos. Uns 5 minutos depois, já fora do morro, ele encosta o carro e diz: “Pina é muito longe. Vou deixar você aqui para que você pegue um outro taxi, tudo bem?”. Ok, mas quanto eu te devo? “Não se preocupa, vai sossegado”.

Certo, tô ali no meio de algum lugar do Recife que eu não sei onde, garoando, e decido caminhar a ficar parado. Uns 500 metrôs depois vejo outro taxi, e dou sinal: “Meu caro, quanto você cobra pra me levar até Pina?”. Ele diz R$ 40, aviso que tenho R$ 32 e bora. “Você tava no Baile Cubano e desceu a pé até aqui?”, ele se surpreende. Conto sobre o outro taxista e ele observa: “Pina é longe mesmo”. Segue o cortejo. No caminho, ele liga para uma paquera e pergunta se pode encontra-la no baile em que ela tá. Ela diz que tá embaçado, e o romance fica pra segunda (ele desliga deixando “um cheiro” pra ela). Conversamos então sobre o frio paulistano (do tempo em que ele foi motorista de uma grã-fina do Morumbi) e de Santos e Audax até o momento mágico do dia: começa a tocar uma versão sofrível em português de “Killing Me Softly” na FM, e o amigo motorista dá um show encobrindo a voz da rádio cantando a versão original, em inglês, como se estivéssemos em um karaokê móvel, com direito a agudos, falsetes e tudo mais.

Ele me deixa no hotel, desejo bom trabalho pro parceiro e subo o elevador pensando em quantas nuances um simples dia de domingo (na voz de Gal e Tim) pode ter. Obrigado, Recife 🙂

Ps. Valeu Jarmeson, valeu Júlio. Baita domingo!

maio 5, 2016   No Comments